Prova de filosofia Antiga
80- 98
19(Questão)
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Mito
21. O mito é essencialmente uma narrativa (...) que não se define apenas pelo tema ou objeto da narrativa, mas pelo modo de narrar. (M. Chaui)
O modo de narrar característico do pensamento mítico pode ser corretamente definido como uma forma que recorre
(A) à fantasia somente para descrever o sobrenatural.
(B)) ao mágico para descrever o mundo e o homem.
(C) à experimentação para explicar a natureza.
(D) à descrição para compreender o progresso histórico.
(E) à experimentação para descrever o mundo e a história.
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22.O mito:
I. É uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião.
II. Procura explicar os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semideuses e heróis (todas elas são criaturas sobrenaturais).
III. É uma primeira tentativa de explicar a realidade.
IV. O termo "mito" é, por vezes, utilizado de forma pejorativa para se referir às crenças comuns (consideradas sem fundamento objetivo ou científico, e vistas apenas como histórias de um universo puramente maravilhoso) de diversas
comunidades.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I, apenas
b) II e III, apenas
c) III e IV, apenas
d) I e IV, apenas
e) I, II, III e IV
Texto para as questões 26 e 27
Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre,
e Tártaro nevoento no fundo do chão de amplas vias,
e Eros: o mais belo entre Deuses imortais,
solta-membros, dos Deuses todos e dos homens todos
ele doma no peito o espírito e a prudente vontade.
Do Caos Érebos e Noite Negra nasceram.
Da Noite aliás Éter e dia nasceram,
gerou-os fecundada unida a Érebos em amor.
Terra primeiro pariu igual a si mesma
Céu constelado, para cercá-la toda ao redor
e ser aos Deuses venturosos sede irresvalável sempre.
Hesíodo. Teogonia. J. Torrano (Trad.), São Paulo: Iluminuras, 1995, 116-128.
26 -Com base no texto e acerca da relação entre mito e razão no surgimento da filosofia, é correto afirmar que
A - há, no mínimo, uma continuidade temática entre filosofia e mitologia, na medida em que aquela se interessa por temas que interessaram a esta, como, por exemplo, a origem das coisas.
B - há continuidade metodológica entre a filosofia e as narrativas míticas, já que ambas se preocupavam com a observação dos fenômenos a serem explicados.
C - a mitologia não almejava explicar o mundo; esta tarefa é exclusividade da filosofia.
D - a filosofia não compartilha com a mitologia seu interesse por deuses.
27 - Ainda considerando o texto como referência, assinale a opção incorreta, acerca das características do mito grego que o distinguem da filosofia.
A - Há, no mito, personificação de elementos naturais.
B - A autoridade das narrativas míticas advém das Musas.
C - Há, no mito, uma preocupação excessiva com a validade dos seus argumentos.
D - O mito é uma tentativa incipiente de explicar o lugar do homem no mundo.
Internet: - www.brasilescola.com - (com adaptações).
Acerca da mitologia grega, assinale a opção correta.
A - Divulgava-se a mitologia grega por meio de obras escritas, como a Teogonia, de Hesíodo.
B - Nas narrativas, os deuses são descritos com aparência semelhante à dos seres humanos, contudo, diferentemente dos humanos, são desprovidos de sentimentos.
C - Nas narrativas mitológicas, não se inclui a ideia de verdade revelada.
D - Na mitologia grega, pulveriza-se a explicação do mundo, vinculando-a aos humores dos deuses.
27. Nas práticas arcaicas, o discurso não constata o real, ele performativamente o faz ser. (...) No discurso "racional" diz-se que as coisas são tais; logo, diz-se a verdade: subordina-se a verdade ao real que ela enuncia. (...) A passagem às práticas racionais de veridicidade pode, portanto, ser descrita como uma inversão: da autoridade do mestre como abonador da realidade daquilo que ele fala à autoridade da realidade como abonadora da veridicidade do que diz o locutor.
No texto supracitado, Francis Wolff aponta uma das várias diferenças fundamentais entre o discurso racional e o discurso arcaico ou mítico. A partir dele, é correto dizer que no discurso
(A) racional a verdade e a realidade estão subordinadas a seu enunciador.
(B) mítico a verdade impõe-se a partir da realidade das coisas, a despeito do mestre que o profere.
(C) racional a verdade depende de práticas rituais que instituem a própria realidade.
(D) racional a realidade é instituída performativamente pelo elocutor.
(E) racional a verdade é subordinada à realidade das coisas que se busca descrever.
41. O que vemos aí é uma completa mudança de todos os valores anteriores. O mito, que estava relegado às posições inferiores, foi subitamente elevado à suprema dignidade.
Essa afirmação, retirada de O Mito do Estado (Cassirer), descreve uma forma de conceber o mito que é representativa da transição do pensamento
(A) pré-socrático para o socrático.
(B) antigo para o medieval.
(C) medieval para o moderno.
(D) iluminista para o romântico.
(E) romântico para o positivista.
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Filosofia
22. A razão grega é a que de maneira positiva, refletida, metódica, permite agir sobre os homens, não transformar a natureza. Dentro de seus limites como em suas inovações, é filha da cidade. (J. P. Vernant)
A partir desse excerto de Vernant, é correto afirmar que em sua visão:
(A) a expressão "milagre grego" descreve corretamente a continuidade entre o pensamento mítico e o surgimento da filosofia.
(B) o surgimento da filosofia permitiu aos gregos o desenvolvimento de tecnologias que impulsionaram seu desenvolvimento econômico.
(C)) o surgimento da filosofia é solidário da nova ordem política das cidades gregas na qual o debate público ocupa lugar central.
(D) a filosofia é a principal causa da urbanização crescente das colônias gregas a partir do século VII a.C.
(E) a democracia do mundo rural grego foi fruto do embate das doutrinas filosóficas e políticas florescidas a partir de Sócrates.
_________________________________________________________
21.Sobre a Filosofia podemos afirmar:
a) Originou-se da inquietação gerada pela curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações comumente não aceitas sobre a sua própria realidade.
b) Originou-se da inquietação gerada pelo sentimento humano de grandeza e questionador sobre os valores e as interpretações comumente aceitas sobre a sua própria realidade.
c) Originou-se da inquietação gerada pela curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações comumente aceitas sobre a sua própria realidade.
d) Originou-se do comodismo e da fase da curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações
comumente aceitas sobre a sua própria realidade.
e) N.D.R
50. É INCORRETO afirmar que um dos principais fatos que define a atividade filosófica na época de seu nascimento entre os gregos é
(A) a tendência à racionalidade.
(B) o orientalismo religioso.
(C) a recusa de explicações pré-estabelecidas.
(D) a tendência à argumentação.
(E) a capacidade de generalização.
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Filosofia
30. A pergunta "o que é filosofia?" normalmente remete a outras confabulações. Sobre esse tema, analise as afirmativas abaixo e marque "V" para verdadeiro e "F" para falso.
( ) a primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não aos "pré-conceitos," aos "pré-juizos", as fatos e às ideias da experiência cotidiana, ao que "todo mundo diz e pensa", ao estabelecido;
( ) uma segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos;
( ) as faces da atitude filosófica constituem o que se pode chamar atitude crítica, a qual deve apresentar-se separável da noção de racional;
( ) a filosofia inicia sua investigação naquele instante em que abandonamos certezas cotidianas e não dispomos de nada para substituí-las ou para preencher a lacuna deixada por elas;
( ) a filosofia se volta preferencialmente para os momentos de crise no pensamento, na linguagem e na ação, embora seja nesses momentos críticos que se manifesta mais claramente a desnecessidade de fundamentação das ideias, dos discursos e das práticas em função da urgência nas soluções.
Avaliando essas declarações, marque a alternativa que contempla corretamente a sequência de cima para baixo.
A) F,F,V,F e V;
B) V,F,F,V e F;
C) V,V,V,V e V;
D) V,V,F,V e F;
E) V,F,V,V e F;
( ) a primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não aos "pré-conceitos," aos "pré-juizos", as fatos e às ideias da experiência cotidiana, ao que "todo mundo diz e pensa", ao estabelecido;
( ) uma segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos;
( ) as faces da atitude filosófica constituem o que se pode chamar atitude crítica, a qual deve apresentar-se separável da noção de racional;
( ) a filosofia inicia sua investigação naquele instante em que abandonamos certezas cotidianas e não dispomos de nada para substituí-las ou para preencher a lacuna deixada por elas;
( ) a filosofia se volta preferencialmente para os momentos de crise no pensamento, na linguagem e na ação, embora seja nesses momentos críticos que se manifesta mais claramente a desnecessidade de fundamentação das ideias, dos discursos e das práticas em função da urgência nas soluções.
Avaliando essas declarações, marque a alternativa que contempla corretamente a sequência de cima para baixo.
A) F,F,V,F e V;
B) V,F,F,V e F;
C) V,V,V,V e V;
D) V,V,F,V e F;
E) V,F,V,V e F;
22. A razão grega é a que de maneira positiva, refletida, metódica, permite agir sobre os homens, não transformar a natureza. Dentro de seus limites como em suas inovações, é filha da cidade. (J. P. Vernant)
A partir desse excerto de Vernant, é correto afirmar que em sua visão:
(A) a expressão "milagre grego" descreve corretamente a continuidade entre o pensamento mítico e o surgimento da filosofia.
(B) o surgimento da filosofia permitiu aos gregos o desenvolvimento de tecnologias que impulsionaram seu desenvolvimento econômico.
(C)) o surgimento da filosofia é solidário da nova ordem política das cidades gregas na qual o debate público ocupa lugar central.
(D) a filosofia é a principal causa da urbanização crescente das colônias gregas a partir do século VII a.C.
(E) a democracia do mundo rural grego foi fruto do embate das doutrinas filosóficas e políticas florescidas a partir de Sócrates.
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21.Sobre a Filosofia podemos afirmar:
a) Originou-se da inquietação gerada pela curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações comumente não aceitas sobre a sua própria realidade.
b) Originou-se da inquietação gerada pelo sentimento humano de grandeza e questionador sobre os valores e as interpretações comumente aceitas sobre a sua própria realidade.
c) Originou-se da inquietação gerada pela curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações comumente aceitas sobre a sua própria realidade.
d) Originou-se do comodismo e da fase da curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações
comumente aceitas sobre a sua própria realidade.
e) N.D.R
50. É INCORRETO afirmar que um dos principais fatos que define a atividade filosófica na época de seu nascimento entre os gregos é
(A) a tendência à racionalidade.
(B) o orientalismo religioso.
(C) a recusa de explicações pré-estabelecidas.
(D) a tendência à argumentação.
(E) a capacidade de generalização.
De fato, é no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se.
Essa frase de Vernant é uma síntese de sua tese, segundo a qual
(A) a racionalidade, da forma que a conhecemos, só existe a partir da filosofia política de Platão.
(B) o surgimento da filosofia tem profunda conexão com o desenvolvimento da vida pública das cidades gregas.
(C) a preocupação com a ciência política é o ponto em comum entre as doutrinas pré-socráticas.
(D) a democracia ateniense surge como produto da ética e da filosofia política dos séculos VII e VI a. C..
(E) o desenvolvimento da Razão se deve ao intenso envolvimento político dos filósofos do período helenístico.
43. A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem, tal é para eles o elemento, o princípio dos seres; e por isso julgam que nada se cria nem se destrói, como se tal natureza subsistisse para sempre.
O excerto acima corresponde a
(A) um comentário apócrifo à cosmogonia de Hesíodo.
(B) uma descrição de Xenefonte sobre Sócrates e seus discípulos.
(C) uma crítica dos pitagóricos a Heráclito.
(D) uma crítica de Sócrates às filosofias que o precederam.
(E) uma síntese de Aristóteles sobre a filosofia présocrática.
Essa frase de Vernant é uma síntese de sua tese, segundo a qual
(A) a racionalidade, da forma que a conhecemos, só existe a partir da filosofia política de Platão.
(B) o surgimento da filosofia tem profunda conexão com o desenvolvimento da vida pública das cidades gregas.
(C) a preocupação com a ciência política é o ponto em comum entre as doutrinas pré-socráticas.
(D) a democracia ateniense surge como produto da ética e da filosofia política dos séculos VII e VI a. C..
(E) o desenvolvimento da Razão se deve ao intenso envolvimento político dos filósofos do período helenístico.
43. A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem, tal é para eles o elemento, o princípio dos seres; e por isso julgam que nada se cria nem se destrói, como se tal natureza subsistisse para sempre.
O excerto acima corresponde a
(A) um comentário apócrifo à cosmogonia de Hesíodo.
(B) uma descrição de Xenefonte sobre Sócrates e seus discípulos.
(C) uma crítica dos pitagóricos a Heráclito.
(D) uma crítica de Sócrates às filosofias que o precederam.
(E) uma síntese de Aristóteles sobre a filosofia présocrática.
Pré-socráticos
33. Entre as afirmações a seguir apenas uma se refere à cosmogonia e não à cosmologia.
Identifique-a.
A) Ele [Anaximandro] diz que aquilo que produz, a partir do eterno, o calor e o frio se separou quando da geração deste mundo, e que a partir dele uma espécie de esfera de camas se formou em volta do ar que circunda a Terra, como a casca em redor da árvore. Quando esta [a esfera] estalou e foi encerrada em determinados círculos, foi então que se formaram o Sol e a Lua e os astros.
(Pseudoplutarco, Strom., 2 in REZENDE, 2005)
B) Alguns há, como Anaximandro entre os antigos, que afirmam que ela [a Terra] se mantém imóvel devido ao equilíbrio. Pois convém que aquilo que está colocado ao centro, e está a igual distância dos extremos, de modo algum se desloque mais para cima ou para baixo ou para os lados; e é-lhe impossível mover-se simultaneamente em direções opostas, pelo que se mantém fixa, por necessidade.
(Aristóteles, De Caelo, B13, 295 b 10 in: REZENDE, 2005)
C) [segundo Anaximandro] os corpos celestes nascem como círculos de fogo separados do fogo do mundo e cercados de ar. Há respiradouros, aberturas como as da flauta, nos quais aparecem os corpos celestes; consequentemente, os eclipses dão-se quando os respiradouros são obstruídos. A Lua é vista ora a aumentar, ora a diminuir, consoante a obstrução ou abertura dos canais. O círculo do Sol é 27 vezes maior do que [a Terra, o da] Lua [18 vezes]; o Sol é o mais alto, e os círculos das estrelas fixas são os mais baixos.
(Hipólito, Ref., I, 6, 4-5 in: REZENDE, 2005)
D) [segundo Anaxímenes] A Terra, sendo plana, é transportada pelo ar, e semelhantemente o Sol, a Lua e os outros corpos celestes, todos eles ígneos, vão sobre o ar graças à sua configuração plana.
(Hipólito, Ref., I, 7, 4 in: REZENDE, 2005)
E) Anaxímenes diz que os astros estão implantados, como pregos, no cristalino.
(Écio II, 14, 3-4 in: REZENDE, 2005)
34. Relacione as colunas.
I - Heráclito II - Parmênides
( ) somente a mudança é real e a permanência é ilusória;
( ) somente a identidade e a permanência são reais e a mudança é ilusória;
( ) o devir, o fluxo dos contrários, é a aparência sensível, mera opinião que formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e lembranças;
( ) a luta é a harmonia dos contrários, responsável pela ordem racional do universo;
( ) o mundo em que se vive não tem sentido, não pode ser conhecido, é uma aparência impensável e nos faz viver na ilusão.
A sequência correta de cima para baixo encontra-se na alternativa:
A) II, I, I, II e I;
B) II, II, I, I e II;
C) I, I, II, II e I;
D) I, II, II, I e II;
E) I, II, II, II e I;
33. Entre as afirmações a seguir apenas uma se refere à cosmogonia e não à cosmologia.
Identifique-a.
A) Ele [Anaximandro] diz que aquilo que produz, a partir do eterno, o calor e o frio se separou quando da geração deste mundo, e que a partir dele uma espécie de esfera de camas se formou em volta do ar que circunda a Terra, como a casca em redor da árvore. Quando esta [a esfera] estalou e foi encerrada em determinados círculos, foi então que se formaram o Sol e a Lua e os astros.
(Pseudoplutarco, Strom., 2 in REZENDE, 2005)
B) Alguns há, como Anaximandro entre os antigos, que afirmam que ela [a Terra] se mantém imóvel devido ao equilíbrio. Pois convém que aquilo que está colocado ao centro, e está a igual distância dos extremos, de modo algum se desloque mais para cima ou para baixo ou para os lados; e é-lhe impossível mover-se simultaneamente em direções opostas, pelo que se mantém fixa, por necessidade.
(Aristóteles, De Caelo, B13, 295 b 10 in: REZENDE, 2005)
C) [segundo Anaximandro] os corpos celestes nascem como círculos de fogo separados do fogo do mundo e cercados de ar. Há respiradouros, aberturas como as da flauta, nos quais aparecem os corpos celestes; consequentemente, os eclipses dão-se quando os respiradouros são obstruídos. A Lua é vista ora a aumentar, ora a diminuir, consoante a obstrução ou abertura dos canais. O círculo do Sol é 27 vezes maior do que [a Terra, o da] Lua [18 vezes]; o Sol é o mais alto, e os círculos das estrelas fixas são os mais baixos.
(Hipólito, Ref., I, 6, 4-5 in: REZENDE, 2005)
D) [segundo Anaxímenes] A Terra, sendo plana, é transportada pelo ar, e semelhantemente o Sol, a Lua e os outros corpos celestes, todos eles ígneos, vão sobre o ar graças à sua configuração plana.
(Hipólito, Ref., I, 7, 4 in: REZENDE, 2005)
E) Anaxímenes diz que os astros estão implantados, como pregos, no cristalino.
(Écio II, 14, 3-4 in: REZENDE, 2005)
34. Relacione as colunas.
I - Heráclito II - Parmênides
( ) somente a mudança é real e a permanência é ilusória;
( ) somente a identidade e a permanência são reais e a mudança é ilusória;
( ) o devir, o fluxo dos contrários, é a aparência sensível, mera opinião que formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e lembranças;
( ) a luta é a harmonia dos contrários, responsável pela ordem racional do universo;
( ) o mundo em que se vive não tem sentido, não pode ser conhecido, é uma aparência impensável e nos faz viver na ilusão.
A sequência correta de cima para baixo encontra-se na alternativa:
A) II, I, I, II e I;
B) II, II, I, I e II;
C) I, I, II, II e I;
D) I, II, II, I e II;
E) I, II, II, II e I;
38 - Os homens dão sempre mostras de não compreenderem que o logos é como eu o descrevo, tanto antes de o terem ouvido como depois. É que, embora todas as coisas aconteçam segundo este logos, os homens são como as pessoas sem experiência, mesmo quando experimentam palavras e ações tal como eu as exponho, ao distinguir cada coisa segundo a sua physis e ao explicar como ela é; mas os demais homens são incapazes de se aperceberem do que fazem quando estão acordados, precisamente como esquecem o que fazem quando a dormir.
Heráclito (DK 22 B 1). In: G. S. Kirk et alli. Os filósofos pré-socráticos. C. A. Fonseca (Trad.), Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994, p. 193.
Com base no texto, é incorreto traduzir a palavra physis como
A - natureza.
B - essência.
C - constituição.
D - causa.
Heráclito (DK 22 B 1). In: G. S. Kirk et alli. Os filósofos pré-socráticos. C. A. Fonseca (Trad.), Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994, p. 193.
Com base no texto, é incorreto traduzir a palavra physis como
A - natureza.
B - essência.
C - constituição.
D - causa.
22 - Este kosmos, não o criou nenhum dos deuses, nem dos homens, mas sempre existiu e existe e há de existir: um fogo sempre vivo, que se acende com medida e com medida se extingue.
Heráclito (DK 22 B 31) In: G. S. Kirk et alli, Os filósofos pré-socráticos. C. A. Fonseca (Trad.), Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994, p. 205.
Para Heráclito e, de um modo geral, para toda filosofia nascente, o importante conceito kosmos deve ser entendido como
A - mundo.
B - ordem.
C - fogo.
D - razão.
Heráclito (DK 22 B 31) In: G. S. Kirk et alli, Os filósofos pré-socráticos. C. A. Fonseca (Trad.), Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994, p. 205.
Para Heráclito e, de um modo geral, para toda filosofia nascente, o importante conceito kosmos deve ser entendido como
A - mundo.
B - ordem.
C - fogo.
D - razão.
O florescimento da filosofia ocorre a partir das realizações dos chamados filósofos pré-socráticos, como Tales de Mileto, Anaxágoras, Anaxímenes, entre outros. Essa nova maneira de pensar conflitava em muitos aspectos com a maneira de pensar expressa nos mitos ou nas narrativas mitológicas desenvolvidas na Grécia Arcaica por aedos como Hesíodo e Homero.
Uma diferença entre a forma de pensamento da filosofia présocrática e a fundamentada nos mitos é
A - a preocupação com a explicação dos fenômenos naturais.
B - a visão animista com base na qual se explicam os fenômenos naturais.
C - a preocupação dos pré-socráticos com questões éticas ou morais.
D - a sistematização do conhecimento sobre o mundo mediante a busca de princípios sintéticos.
Uma diferença entre a forma de pensamento da filosofia présocrática e a fundamentada nos mitos é
A - a preocupação com a explicação dos fenômenos naturais.
B - a visão animista com base na qual se explicam os fenômenos naturais.
C - a preocupação dos pré-socráticos com questões éticas ou morais.
D - a sistematização do conhecimento sobre o mundo mediante a busca de princípios sintéticos.
54. O fogo vive a morte da terra e o ar vive a morte do fogo; a água vive a morte do ar e a terra a da água.
Este excerto deve ser interpretado como um exemplo
(A) da dialética ascendente de Platão, que parte da imagem para chegar à essência ou à idéia do ser.
(B) da noção heraclitiana de um fogo primordial como princípio do devir do cosmos.
(C) das perspectivas relativistas dominantes entre os sofistas contemporâneos de Sócrates.
(D) da perspectiva empirista que caracteriza os escritos de Aristóteles.
(E) da perspectiva epicurista, que valoriza simultaneamente a alma e os sentidos.
27. Muitas vezes, somos surpreendidos pela compreensão "naturalista" que os primeiros pensadores da escola jônica tiveram da realidade. Tales de Mileto dizia que "tudo é água". Essa atitude, que pode parecer mitológica ou científica, possibilitou, segundo Hegel nas suas Preleções sobre a História da Filosofia, o nascimento do pensamento filosófico porque aí começa:
A) uma compreensão natural da natureza
B) uma interpretação objetiva da realidade
C) uma aproximação do ente imediato
D) uma aproximação da percepção sensível
E) um distanciamento da percepção sensível
29. "O ser é tão pouco como o não-ser; o devir é e também não é. As determinações absolutamente opostas estão ligadas numa unidade; nela temos o ser e também o não-ser. Dela faz parte não apenas o surgir, mas também o desaparecer; ambos não são para si, mas são idênticos". Nesta passagem de suas Preleções sobre a história da filosofia, Hegel está citando e comentando o pensamento pré-socrático de:
A) Tales de Mileto
B) Anaxágoras de Clazômenas
C) Empédocles de Agrigento
D) Heráclito de Éfeso
E) Parmênides de Eléia
Sofistas
O homem é a medida de todas as coisas. Das coisas que são o que são e das coisas que não são o que não são. A frase acima é atribuída a Protágoras, um dos mais celébres sofistas. A partir dela deve-se inferir que um dos traços distintivos de sua filosofia é o
(A) positivismo.
(B) relativismo.
(C) dogmatismo.
(D) humanismo.
(E) niilismo.
Sócrates
35. Em Sócrates (470-399 a.C.) encontramos a Ironia e a Maiêutica, bem como um elevado grau de antropologia.
Sobre esses temas apenas não é possível afirmar ser verdadeiro no pensamento do referido filósofo.
A) A formação humana é uma espécie de "operação de trazer para fora" e diálogo, este que se realiza por parte de um mestre, o qual desperta, levanta dúvidas, solicita pesquisa, dirige e problematiza;
B) Sócrates fixa em seu pensamento dois tipos de Paidéia entre os quais um mais político ligado aos papéis sociais dos indivíduos, distintos quanto às qualidades intrínsecas da sua natureza que os destinam a uma ou outra classe social e política;
C) O diálogo abre para a dialética, ou seja, para a unificação através da oposição, construindo uma unidade que tende a tornar-se cada vez mais rica;
D) A Paidéia de Sócrates é problemática e aberta; mas fixa o itinerário e a estrutura do processo com as escolhas que o sujeito deve realizar; consigna o modelo de formação dinâmico e dramático, mas ao mesmo tempo individual e universal;
E) Sócrates reconhece o caráter pessoal da formação, seu processo carreado de tensões, sua tendência ao autodomínio e autodireção e o fato de ser uma tarefa contínua;
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23.Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas idéias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos. Sobre este filósofo é correto afirmar:
a) Sua arte de dialogar, conhecida como maiêutica, provocava aquilo que ficou conhecido como "a parturição das idéias".
b) Sua arte de dialogar, conhecida como dialética, provocava aquilo que ficou conhecido como "a parturição das idéias".
c) Sócrates nasceu em Atenas e morreu na mesma cidade, anos mais tarde, de velhice.
d) Sócrates procurava responder à questões do tipo: "O que é a natureza ou o fundamento último das coisas?"
e) N. D. R.
Por conta de sua atuação junto aos jovens gregos, Sócrates passou à história como possível modelo de educador. Seu método dialético procurava questionar as teses que eram apresentadas pelo interlocutor. Seu objetivo, com isso, era:
A) Passar seu saber ao interlocutor, contribuindo para a sua formação de acordo com a filosofia.
B) Explicitar a insustentabilidade da objetividade de toda e qualquer tese, mostrando que "o homem é a medida de todas as coisas".
C) Purificar o interlocutor das opiniões falsas que ele tinha, abrindo caminho para que se chegasse à verdade.
D) Extinguir as teses frágeis e incorretas do interlocutor, provando que a verdade é relativa.
E) Contribuir para a subversão da ordem social estabelecida, o que o levaria a ser condenado à morte.
Platão
24.Platão nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Sobre este filósofo pode-se afirmar:
I. Suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das idéias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).
II. Platão não valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento.
III. Fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as idéias e pensamentos socráticos.
IV. Foi um dos maiores críticos da democracia do seu tempo. Pelo menos daquela que era praticada em Atenas e que ele conheceu de perto.
V. Como já em Sócrates, assim em Platão a filosofia tem um fim prático, moral; é a grande ciência que resolve o problema da vida. Este fim prático realiza-se, no entanto,
materialmente, através da especulação, do conhecimento da ciência.
Estão corretas as proposições:
a) I, II e III, apenas
b) II, IV e V, apenas
c) II, III e IV, apenas
d) I, III e IV, apenas
e) I, II, III, IV e V
39 - Platão rejeita a arte porque
A - ela não representa nada.
B - ela representa diretamente as Formas.
C - ela é cópia da cópia, isto é, porque ela representa a natureza, que por sua vez representa as Formas.
D - ela é causa do belo.
QUESTÃO 48
A defesa da imortalidade da alma em algumas das obras de Platão decorre
A - do fato de a reencarnação ser necessária à sustentação da teoria platônica do conhecimento como recordação.
B - do fato de todos nascerem, de acordo com o autor, como tabula rasa.
C - da necessidade de se ver o ímpio pagando pelos seus atos, se não na vida atual, em outra.
D - da crítica que o autor faz aos filósofos pré-socráticos por aderirem a análises do mundo natural, desconsiderando a dimensão espiritual.
63. O modelo da cidade ideal, segundo Platão, está fundamentado na concepção de uma divisão em três partes ou classes sociais: artesãos, agricultores e comerciantes; guerreiros; magistrados e governantes. Este modelo funda-se na teoria de que cada indivíduo possui três almas ou três princípios que o compõem: a alma concupiscente; a alma irascível; e a alma racional. Cada classe social possuiria uma função bem definida, na qual cada membro seria escolhido pelas suas capacidades, surgidas em um processo de educação. Desse modo, os magistrados e os governantes seriam escolhidos para esses cargos segundo seus conhecimentos e sabedoria, pois seriam eles os mais preparados para fazer uso da alma racional. A concepção de regime político que fundamenta o modelo de governo platônico é a
(A) Democracia.
(B) Aristocracia.
(C) Monarquia.
(D) Tirania.
(E) Oligarquia.
34. O filósofo, autor do texto que originalmente descreve a alegoria da caverna, é
(A) Kant.
(B) Descartes.
(C) Platão.
(D) Hegel.
(E) Locke.
Considere o texto para responder às questões de números 41 a 45.
"Essa imagem, caro Glauco, deves aplicar a tudo o que foi dito anteriormente, assemelhando o lugar que vemos com nossos olhos à morada na prisão, e a luz da fogueira que arde lá ao poder do sol. E, se tomares a subida até o alto e a visão das coisas que lá estão como ascensão da alma até o mundo inteligível, não me frustrarás em minha expectativa, já que queres ouvir-me falar dela. Deus sabe se ela é verdadeira... Em todo o caso, eis o que penso. No mundo cognoscível, vem por último a ideia do bem que se deixa ver com dificuldade, mas, se é vista, impõe-se a conclusão de que para todos é a causa de tudo quanto é reto e belo e que, no mundo visível, é ela quem gera a luz e o senhor da luz e, no mundo inteligível, é ela mesma que, como senhora, propicia verdade e inteligência, devendo tê-la diante dos olhos quem quiser agir com sabedoria na vida privada e pública."
(República, Martins Fontes, 2006)
41. O texto pode ser caracterizado como o caminho do
(A) cidadão para a liberdade.
(B) homem para a morte.
(C) cego para a luz.
(D) filósofo para a verdade.
(E) sofista para a sombra.
42. A separação do mundo em visível e inteligível equivale, respectivamente, à vida
(A) pública e à vida privada.
(B) do bem e à vida do mal.
(C) do corpo e à vida da alma.
(D) física e à vida biológica.
(E) fácil e à vida difícil.
43. A ideia do bem é o que orienta a ascensão da alma. Este movimento caracteriza a
(A) retórica socrática.
(B) dialética platônica.
(C) dúvida cartesiana.
(D) lógica aristotélica.
(E) hedonismo epicúreo.
44. A ideia do bem gera a luz e propicia a verdade. Desse modo,
(A) só os bons conhecem a luz e a verdade.
(B) só quem compreende o bem conhece a luz e a verdade.
(C) só sei que nada sei é um bem.
(D) a luz e a verdade são bens privados.
(E) a luz e a verdade são bens públicos.
45. Assinale a alternativa correta.
(A) O visível e o inteligível são modos de agir.
(B) O visível e o inteligível são maneiras de sentir.
(C) O visível e o inteligível são métodos de memorização.
(D) O visível e o inteligível são caminhos para a riqueza.
(E) O visível e o inteligível são formas de saber.
32. Na sua República, Platão expõe, no Livro VII, a famosa "alegoria da caverna". Sócrates, personagem central do diálogo, busca com ela fornecer a Glauco, seu interlocutor, uma imagem do que dissera antes. Para ele, a saída do prisioneiro da caverna é "a ascensão da alma para a região do inteligível". No limite extremo desta região encontra-se a idéia suprema, comparada ao sol. Ela precisa ser contemplada por quem quiser:
A) agir com sabedoria exclusivamente na vida pública
B) agir com sabedoria exclusivamente na vida particular
C) agir com sabedoria tanto na vida pública como na particular
D) abdicar de agir em prol da dedicação ao pensamento puro
E) deixar de agir apenas na vida privada em prol da ação política
33. Platão foi o maior responsável pela imagem perpetuada até hoje dos sofistas. No Livro X de sua República, é sugerida uma aproximação entre eles e os artistas, já que ambos dão "a impressão de poder fazer tudo". Neste contexto, Platão afirma que, quando encontramos alguém assim, devemos:
A) louvá-lo, pois pode ser um gênio
B) elogiá-lo, por conta de sua versatilidade
C) fugir, pois pode ser demoníaco
D) desconfiar, pois pode ser um charlatão
E) testá-lo, para ver se de fato faz tudo
34. Platão reconhece, no Livro X de sua República, o poder que possui a poesia sobre os homens. Seus efeitos poderiam influenciar pesadamente nossas emoções. Segundo ele, nesse contexto, a poesia é, sobretudo, capaz de:
A) estragar as pessoas sérias
B) corromper o espírito do filósofo
C) sublimar os maus sentimentos
D) edificar o homem moralmente
E) estimular a parte superior da alma
35. Platão classifica, no Livro X da sua República, os pintores como imitadores. Mas isso ainda é pouco, pois ele diz mais. Platão esclarece o que os pintores imitam. Segundo ele, os pintores imitam:
A) a realidade
B) a natureza
C) os conceitos
D) a aparência
E) a verdade
(A) positivismo.
(B) relativismo.
(C) dogmatismo.
(D) humanismo.
(E) niilismo.
Sócrates
35. Em Sócrates (470-399 a.C.) encontramos a Ironia e a Maiêutica, bem como um elevado grau de antropologia.
Sobre esses temas apenas não é possível afirmar ser verdadeiro no pensamento do referido filósofo.
A) A formação humana é uma espécie de "operação de trazer para fora" e diálogo, este que se realiza por parte de um mestre, o qual desperta, levanta dúvidas, solicita pesquisa, dirige e problematiza;
B) Sócrates fixa em seu pensamento dois tipos de Paidéia entre os quais um mais político ligado aos papéis sociais dos indivíduos, distintos quanto às qualidades intrínsecas da sua natureza que os destinam a uma ou outra classe social e política;
C) O diálogo abre para a dialética, ou seja, para a unificação através da oposição, construindo uma unidade que tende a tornar-se cada vez mais rica;
D) A Paidéia de Sócrates é problemática e aberta; mas fixa o itinerário e a estrutura do processo com as escolhas que o sujeito deve realizar; consigna o modelo de formação dinâmico e dramático, mas ao mesmo tempo individual e universal;
E) Sócrates reconhece o caráter pessoal da formação, seu processo carreado de tensões, sua tendência ao autodomínio e autodireção e o fato de ser uma tarefa contínua;
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23.Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas idéias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos. Sobre este filósofo é correto afirmar:
a) Sua arte de dialogar, conhecida como maiêutica, provocava aquilo que ficou conhecido como "a parturição das idéias".
b) Sua arte de dialogar, conhecida como dialética, provocava aquilo que ficou conhecido como "a parturição das idéias".
c) Sócrates nasceu em Atenas e morreu na mesma cidade, anos mais tarde, de velhice.
d) Sócrates procurava responder à questões do tipo: "O que é a natureza ou o fundamento último das coisas?"
e) N. D. R.
Por conta de sua atuação junto aos jovens gregos, Sócrates passou à história como possível modelo de educador. Seu método dialético procurava questionar as teses que eram apresentadas pelo interlocutor. Seu objetivo, com isso, era:
A) Passar seu saber ao interlocutor, contribuindo para a sua formação de acordo com a filosofia.
B) Explicitar a insustentabilidade da objetividade de toda e qualquer tese, mostrando que "o homem é a medida de todas as coisas".
C) Purificar o interlocutor das opiniões falsas que ele tinha, abrindo caminho para que se chegasse à verdade.
D) Extinguir as teses frágeis e incorretas do interlocutor, provando que a verdade é relativa.
E) Contribuir para a subversão da ordem social estabelecida, o que o levaria a ser condenado à morte.
Platão
24.Platão nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Sobre este filósofo pode-se afirmar:
I. Suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das idéias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).
II. Platão não valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento.
III. Fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as idéias e pensamentos socráticos.
IV. Foi um dos maiores críticos da democracia do seu tempo. Pelo menos daquela que era praticada em Atenas e que ele conheceu de perto.
V. Como já em Sócrates, assim em Platão a filosofia tem um fim prático, moral; é a grande ciência que resolve o problema da vida. Este fim prático realiza-se, no entanto,
materialmente, através da especulação, do conhecimento da ciência.
Estão corretas as proposições:
a) I, II e III, apenas
b) II, IV e V, apenas
c) II, III e IV, apenas
d) I, III e IV, apenas
e) I, II, III, IV e V
39 - Platão rejeita a arte porque
A - ela não representa nada.
B - ela representa diretamente as Formas.
C - ela é cópia da cópia, isto é, porque ela representa a natureza, que por sua vez representa as Formas.
D - ela é causa do belo.
24 -Sócrates: - Dizes que aquele que deseja coisas belas é desejoso das coisas boas?
Mênon: - Perfeitamente.
Sócrates: - Dizes isso no pensamento de que há alguns que desejam coisas más, e outros que desejam as boas? Não te parece, caríssimo, que todos desejam as coisas boas?
Platão. Mênon. 77b6-c2; Maura Iglésias (Trad.), São Paulo: Loyola, 2001.
Acerca do intelectualismo socrático, julgue os itens a seguir.
I - Para Sócrates, não há fraqueza de vontade.
II - Se alguém age mal, age por ignorância.
III - Se alguém conhece o bem, pode escolher entre agir bem ou mal.
IV - Para Sócrates, não há equivalência entre as coisas boas e as coisas belas.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e III.
C - II e IV.
D - III e IV.
Mênon: - Perfeitamente.
Sócrates: - Dizes isso no pensamento de que há alguns que desejam coisas más, e outros que desejam as boas? Não te parece, caríssimo, que todos desejam as coisas boas?
Platão. Mênon. 77b6-c2; Maura Iglésias (Trad.), São Paulo: Loyola, 2001.
Acerca do intelectualismo socrático, julgue os itens a seguir.
I - Para Sócrates, não há fraqueza de vontade.
II - Se alguém age mal, age por ignorância.
III - Se alguém conhece o bem, pode escolher entre agir bem ou mal.
IV - Para Sócrates, não há equivalência entre as coisas boas e as coisas belas.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e III.
C - II e IV.
D - III e IV.
QUESTÃO 42
QUESTÃO 48
A defesa da imortalidade da alma em algumas das obras de Platão decorre
A - do fato de a reencarnação ser necessária à sustentação da teoria platônica do conhecimento como recordação.
B - do fato de todos nascerem, de acordo com o autor, como tabula rasa.
C - da necessidade de se ver o ímpio pagando pelos seus atos, se não na vida atual, em outra.
D - da crítica que o autor faz aos filósofos pré-socráticos por aderirem a análises do mundo natural, desconsiderando a dimensão espiritual.
63. O modelo da cidade ideal, segundo Platão, está fundamentado na concepção de uma divisão em três partes ou classes sociais: artesãos, agricultores e comerciantes; guerreiros; magistrados e governantes. Este modelo funda-se na teoria de que cada indivíduo possui três almas ou três princípios que o compõem: a alma concupiscente; a alma irascível; e a alma racional. Cada classe social possuiria uma função bem definida, na qual cada membro seria escolhido pelas suas capacidades, surgidas em um processo de educação. Desse modo, os magistrados e os governantes seriam escolhidos para esses cargos segundo seus conhecimentos e sabedoria, pois seriam eles os mais preparados para fazer uso da alma racional. A concepção de regime político que fundamenta o modelo de governo platônico é a
(A) Democracia.
(B) Aristocracia.
(C) Monarquia.
(D) Tirania.
(E) Oligarquia.
34. O filósofo, autor do texto que originalmente descreve a alegoria da caverna, é
(A) Kant.
(B) Descartes.
(C) Platão.
(D) Hegel.
(E) Locke.
Considere o texto para responder às questões de números 41 a 45.
"Essa imagem, caro Glauco, deves aplicar a tudo o que foi dito anteriormente, assemelhando o lugar que vemos com nossos olhos à morada na prisão, e a luz da fogueira que arde lá ao poder do sol. E, se tomares a subida até o alto e a visão das coisas que lá estão como ascensão da alma até o mundo inteligível, não me frustrarás em minha expectativa, já que queres ouvir-me falar dela. Deus sabe se ela é verdadeira... Em todo o caso, eis o que penso. No mundo cognoscível, vem por último a ideia do bem que se deixa ver com dificuldade, mas, se é vista, impõe-se a conclusão de que para todos é a causa de tudo quanto é reto e belo e que, no mundo visível, é ela quem gera a luz e o senhor da luz e, no mundo inteligível, é ela mesma que, como senhora, propicia verdade e inteligência, devendo tê-la diante dos olhos quem quiser agir com sabedoria na vida privada e pública."
(República, Martins Fontes, 2006)
41. O texto pode ser caracterizado como o caminho do
(A) cidadão para a liberdade.
(B) homem para a morte.
(C) cego para a luz.
(D) filósofo para a verdade.
(E) sofista para a sombra.
42. A separação do mundo em visível e inteligível equivale, respectivamente, à vida
(A) pública e à vida privada.
(B) do bem e à vida do mal.
(C) do corpo e à vida da alma.
(D) física e à vida biológica.
(E) fácil e à vida difícil.
43. A ideia do bem é o que orienta a ascensão da alma. Este movimento caracteriza a
(A) retórica socrática.
(B) dialética platônica.
(C) dúvida cartesiana.
(D) lógica aristotélica.
(E) hedonismo epicúreo.
44. A ideia do bem gera a luz e propicia a verdade. Desse modo,
(A) só os bons conhecem a luz e a verdade.
(B) só quem compreende o bem conhece a luz e a verdade.
(C) só sei que nada sei é um bem.
(D) a luz e a verdade são bens privados.
(E) a luz e a verdade são bens públicos.
45. Assinale a alternativa correta.
(A) O visível e o inteligível são modos de agir.
(B) O visível e o inteligível são maneiras de sentir.
(C) O visível e o inteligível são métodos de memorização.
(D) O visível e o inteligível são caminhos para a riqueza.
(E) O visível e o inteligível são formas de saber.
32. Na sua República, Platão expõe, no Livro VII, a famosa "alegoria da caverna". Sócrates, personagem central do diálogo, busca com ela fornecer a Glauco, seu interlocutor, uma imagem do que dissera antes. Para ele, a saída do prisioneiro da caverna é "a ascensão da alma para a região do inteligível". No limite extremo desta região encontra-se a idéia suprema, comparada ao sol. Ela precisa ser contemplada por quem quiser:
A) agir com sabedoria exclusivamente na vida pública
B) agir com sabedoria exclusivamente na vida particular
C) agir com sabedoria tanto na vida pública como na particular
D) abdicar de agir em prol da dedicação ao pensamento puro
E) deixar de agir apenas na vida privada em prol da ação política
33. Platão foi o maior responsável pela imagem perpetuada até hoje dos sofistas. No Livro X de sua República, é sugerida uma aproximação entre eles e os artistas, já que ambos dão "a impressão de poder fazer tudo". Neste contexto, Platão afirma que, quando encontramos alguém assim, devemos:
A) louvá-lo, pois pode ser um gênio
B) elogiá-lo, por conta de sua versatilidade
C) fugir, pois pode ser demoníaco
D) desconfiar, pois pode ser um charlatão
E) testá-lo, para ver se de fato faz tudo
34. Platão reconhece, no Livro X de sua República, o poder que possui a poesia sobre os homens. Seus efeitos poderiam influenciar pesadamente nossas emoções. Segundo ele, nesse contexto, a poesia é, sobretudo, capaz de:
A) estragar as pessoas sérias
B) corromper o espírito do filósofo
C) sublimar os maus sentimentos
D) edificar o homem moralmente
E) estimular a parte superior da alma
35. Platão classifica, no Livro X da sua República, os pintores como imitadores. Mas isso ainda é pouco, pois ele diz mais. Platão esclarece o que os pintores imitam. Segundo ele, os pintores imitam:
A) a realidade
B) a natureza
C) os conceitos
D) a aparência
E) a verdade
45. Finalmente [...] será feito um esforço gigantesco para colocar a alétheia no lugar da doxa. Será o momento em que a filosofia em vez de ocupar-se com a origem do mundo e as causas de sua transformação, se interessará exclusivamente pelos homens, pela vida social e política.
Nesse excerto Chauí se refere a dois filósofos responsáveis por uma ruptura que mudou a orientação do pensamento filosófico grego. São eles:
(A) Tales e Anaxímenes de Mileto.
(B) Heráclito e Pitágoras.
(C) Pitágoras e Parmênides.
(D) Sócrates e Platão. (E) Platão e Aristóteles.
Nesse excerto Chauí se refere a dois filósofos responsáveis por uma ruptura que mudou a orientação do pensamento filosófico grego. São eles:
(A) Tales e Anaxímenes de Mileto.
(B) Heráclito e Pitágoras.
(C) Pitágoras e Parmênides.
(D) Sócrates e Platão. (E) Platão e Aristóteles.
Voltaire
O texto acima, extraído de O Filósofo Ignorante, abre a crítica de Voltaire à filosofia de Leibniz que se estenderá por mais um capítulo da obra. Nele, a tese de que esse é o melhor dos mundos possíveis é contradita através
(A) da comparação irônica com Platão e da exposição dos males do mundo que atingem a todos, inclusive os defensores da filosofia de Leibniz.
(B) do recenseamento dos diversos argumentos levantados contra Leibniz ao longo dos séculos XVII e XVIII.
(C) de argumentos céticos que demonstram o dogmatismo e a arbitrariedade das teses do racionalismo leibniziano.
(D) de um retorno deliberado às doutrinas da ortodoxia católica por meio de um evidente fideísmo expresso nas opiniões do narrador.
(E) da demonstração formal da impossibilidade lógica dos pressupostos metafísicos da doutrina de Leibniz, bem como da condenação de suas conseqüências morais.
56. No plano do humano [...] o filósofo é o condutor. O mantenedor da justiça que deve reinar. E não tanto o que mantém a justiça quanto aquele que conduz os homens à justiça [...] à autonomia espiritual que é a consciência da relatividade do mundo sensível.
É correto afirmar que, nesse excerto, Franklin L. e Silva tem como referência a visão
(A) relativista dos sofistas e seu projeto político.
(B) platônica do papel do filósofo.
(C) agostiniana do compromisso do filósofo com a transcendência.
(D) kantiana do papel da filosofia para o esclarecimento e a autonomia.
(E) de A. Schopenhauer sobre a missão do filósofo.
A respeito das diferentes concepções de ciência e verdade em Platão e Aristóteles, assinale a alternativa falsa:
a. ( ) Aristóteles considerou a lógica como uma disciplina de preparação (propedêutica) para o melhor desenvolvimento das ciências.
b. ( X ) O único ponto de continuidade entre o pensamento platônico e o aristotélico acerca do conhecimento era que ambos consideravam os sentidos como a fonte de toda a confusão (que conduzem à doxa - opinião).
c. ( ) À diferença de Platão, para quem a dialética era o único método válido, Aristóteles distinguia a dialética da analítica. Para ele, a dialética só comprova as opiniões por sua consistência lógica, ao passo que a analítica trabalha de forma dedutiva, a partir de princípios que se apoiam sobre uma observação precisa.
d. ( ) No Órganon, Aristóteles expõe um método positivo para a ciência, que permite considerá-la um saber demonstrável: só se pode chamar de ciência aquilo que é metódico e sistemático, ou seja, lógico
e. ( ) No conjunto de obras que formam o Órganon aparecem primeiramente "Categorias", a seguir "Sobre a interpretação", "Analíticos" (Primeiros e Segundos), "Tópicos" e finalmente "Elencos sofísticos".
3. Platão lançou mão tanto da ironia quanto da maiêutica socráticas, transformando-as em um procedimento por ele denominado de dialética, o método mais profícuo de aproximação em direção às ideias universais.
Na versão platônica, esse método consiste em:
a. ( X ) trabalhar expondo e examinado teses contrárias sobre um mesmo assunto, com o intuito de descobrir qual dentre elas era falsa e deveria portanto ser abandonada em prol da tese verdadeira, que deveria ser mantida.
b. ( ) examinar detidamente as raízes socioeconômicas nas quais as ideias tiveram origem, isto é, trata-se de descobrir as leis fundamentais que definem a forma organizativa dos homens em sociedade para, assim, identificar as teses verdadeiras.
c. ( ) dialogar longamente utilizando técnicas de persuasão ou convencimento - retóricas - com o objetivo de convencer a audiência da veracidade dos argumentos.
d. ( ) estimular o processo de proliferação de ideias férteis através do mecanismo tese (primeira afirmação sobre o ser) - antítese (a negação da afirmação precedente) - síntese (a negação da negação, momento no qual tese e antítese aparecem reformuladas).
e. ( ) defender que a prática da atividade filosófica não pode prescindir da prática do diálogo e que somente através dele seria possível entender a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação.?
44. Palavras como estas e todas as outras de mesma espécie, pediremos vênia a Homero e outros poetas, para que não se agastem se as apagarmos. Não que não sejam poéticas e doces de escutar para a maioria; mas, quanto mais poéticas, menos devem ser ouvidas por crianças e por homens que devem ser livres, e temer a escravatura mais do que a morte.
(Platão, República, 387 b1 ss)
Com esta fala de Sócrates, Platão vincula a obra poética a uma finalidade
(A) lúdica.
(B) literária.
(C) religiosa.
(D) pedagógica.
(E) heroica.
Tendo em vista as discussões a respeito da ética apresentadas nos diálogos platônicos, por meio da figura de Sócrates, é INCORRETO afirmar:
(A) O indivíduo ético é aquele capaz de autocontrole, de "governar" a si mesmo.
(B) A possibilidade de agir corretamente e de tomar decisões éticas depende de um conhecimento do Bem.
(C) A virtude não pode ser ensinada.
(D) O papel do filósofo consiste em despertar a virtude que se encontra adormecida em cada uma das pessoas.
(E) A virtude é algo que pode ser ensinado e aperfeiçoado através de exercícios.
É correto afirmar que, nesse excerto, Franklin L. e Silva tem como referência a visão
(A) relativista dos sofistas e seu projeto político.
(B) platônica do papel do filósofo.
(C) agostiniana do compromisso do filósofo com a transcendência.
(D) kantiana do papel da filosofia para o esclarecimento e a autonomia.
(E) de A. Schopenhauer sobre a missão do filósofo.
A respeito das diferentes concepções de ciência e verdade em Platão e Aristóteles, assinale a alternativa falsa:
a. ( ) Aristóteles considerou a lógica como uma disciplina de preparação (propedêutica) para o melhor desenvolvimento das ciências.
b. ( X ) O único ponto de continuidade entre o pensamento platônico e o aristotélico acerca do conhecimento era que ambos consideravam os sentidos como a fonte de toda a confusão (que conduzem à doxa - opinião).
c. ( ) À diferença de Platão, para quem a dialética era o único método válido, Aristóteles distinguia a dialética da analítica. Para ele, a dialética só comprova as opiniões por sua consistência lógica, ao passo que a analítica trabalha de forma dedutiva, a partir de princípios que se apoiam sobre uma observação precisa.
d. ( ) No Órganon, Aristóteles expõe um método positivo para a ciência, que permite considerá-la um saber demonstrável: só se pode chamar de ciência aquilo que é metódico e sistemático, ou seja, lógico
e. ( ) No conjunto de obras que formam o Órganon aparecem primeiramente "Categorias", a seguir "Sobre a interpretação", "Analíticos" (Primeiros e Segundos), "Tópicos" e finalmente "Elencos sofísticos".
3. Platão lançou mão tanto da ironia quanto da maiêutica socráticas, transformando-as em um procedimento por ele denominado de dialética, o método mais profícuo de aproximação em direção às ideias universais.
Na versão platônica, esse método consiste em:
a. ( X ) trabalhar expondo e examinado teses contrárias sobre um mesmo assunto, com o intuito de descobrir qual dentre elas era falsa e deveria portanto ser abandonada em prol da tese verdadeira, que deveria ser mantida.
b. ( ) examinar detidamente as raízes socioeconômicas nas quais as ideias tiveram origem, isto é, trata-se de descobrir as leis fundamentais que definem a forma organizativa dos homens em sociedade para, assim, identificar as teses verdadeiras.
c. ( ) dialogar longamente utilizando técnicas de persuasão ou convencimento - retóricas - com o objetivo de convencer a audiência da veracidade dos argumentos.
d. ( ) estimular o processo de proliferação de ideias férteis através do mecanismo tese (primeira afirmação sobre o ser) - antítese (a negação da afirmação precedente) - síntese (a negação da negação, momento no qual tese e antítese aparecem reformuladas).
e. ( ) defender que a prática da atividade filosófica não pode prescindir da prática do diálogo e que somente através dele seria possível entender a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação.?
4. Segundo Platão, quatro formas ou graus de conhecimento poderiam ser identificados e distinguidos.
Assinale a alternativa onde as quatro formas aparecem hierarquicamente ordenadas.
a. ( ) opinião, intuição intelectual ,crença e raciocínio.
b. ( ) intuição, crença, opinião justificada e raciocínio.
c. ( X ) crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual.
d. ( ) crença, crença justificada, raciocínio primitivo e raciocínio fundamentado.
e. ( ) crença, opinião justificada, raciocínio e argumento.
Assinale a alternativa onde as quatro formas aparecem hierarquicamente ordenadas.
a. ( ) opinião, intuição intelectual ,crença e raciocínio.
b. ( ) intuição, crença, opinião justificada e raciocínio.
c. ( X ) crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual.
d. ( ) crença, crença justificada, raciocínio primitivo e raciocínio fundamentado.
e. ( ) crença, opinião justificada, raciocínio e argumento.
44. Palavras como estas e todas as outras de mesma espécie, pediremos vênia a Homero e outros poetas, para que não se agastem se as apagarmos. Não que não sejam poéticas e doces de escutar para a maioria; mas, quanto mais poéticas, menos devem ser ouvidas por crianças e por homens que devem ser livres, e temer a escravatura mais do que a morte.
(Platão, República, 387 b1 ss)
Com esta fala de Sócrates, Platão vincula a obra poética a uma finalidade
(A) lúdica.
(B) literária.
(C) religiosa.
(D) pedagógica.
(E) heroica.
Tendo em vista as discussões a respeito da ética apresentadas nos diálogos platônicos, por meio da figura de Sócrates, é INCORRETO afirmar:
(A) O indivíduo ético é aquele capaz de autocontrole, de "governar" a si mesmo.
(B) A possibilidade de agir corretamente e de tomar decisões éticas depende de um conhecimento do Bem.
(C) A virtude não pode ser ensinada.
(D) O papel do filósofo consiste em despertar a virtude que se encontra adormecida em cada uma das pessoas.
(E) A virtude é algo que pode ser ensinado e aperfeiçoado através de exercícios.
a) A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive.
b) A Ética teria surgido com Platão, pois se exigi maior grau de cultura.
c) A moral investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência.
d) A ética não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por natureza, seres sociais.
e) A ética se constitui em um processo de formação do caráter da pessoa humana.
33.Julgue as afirmativas a seguir:
I. Aristóteles, ao contrário de seu mestre, esforçou-se por demonstrar que a essência não se separa dos corpos apreendidos pelos sentidos. O conhecimento é constituído a partir da percepção e da experiência.
II. A teoria platônica e aristotélica tem suas raízes no debate epicurista.
III. Segundo Platão, conhecer é conhecer a essência. O mundo que os sentidos captam é verdadeiro.
IV. A filosofia de Platão, ao contrário da de Aristóteles prioriza o mundo das idéias.
V. A semelhança encontrada entre o pensamento platônico e o Aristotélico é a conclusão do mundo ideal como mundo real.
Estão falsos:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) I e IV
d) III e IV
e) II, III e V
b) A Ética teria surgido com Platão, pois se exigi maior grau de cultura.
c) A moral investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência.
d) A ética não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por natureza, seres sociais.
e) A ética se constitui em um processo de formação do caráter da pessoa humana.
33.Julgue as afirmativas a seguir:
I. Aristóteles, ao contrário de seu mestre, esforçou-se por demonstrar que a essência não se separa dos corpos apreendidos pelos sentidos. O conhecimento é constituído a partir da percepção e da experiência.
II. A teoria platônica e aristotélica tem suas raízes no debate epicurista.
III. Segundo Platão, conhecer é conhecer a essência. O mundo que os sentidos captam é verdadeiro.
IV. A filosofia de Platão, ao contrário da de Aristóteles prioriza o mundo das idéias.
V. A semelhança encontrada entre o pensamento platônico e o Aristotélico é a conclusão do mundo ideal como mundo real.
Estão falsos:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) I e IV
d) III e IV
e) II, III e V
25. Pois eu, Atenienses, devo essa reputação exclusivamente a uma ciência. Qual vem a ser essa ciência? A que é, talvez, a ciência humana. É provável que eu a possua realmente, os mestres mencionados há pouco possuem, quiçá, uma sobre-humana. (Platão)
Esse trecho, retirado da Apologia de Sócrates, é uma ilustração frisante:
(A)) do caráter antropológico da reflexão socrática.
(B) do ceticismo radical das especulações socráticas.
(C) da identidade entre o pensamento socrático e a cosmologia de Tales.
(D) da continuidade entre sua doutrina e o pensamento mítico.
(E) do surgimento da ciência experimental.
_________________________________________________________
Esse trecho, retirado da Apologia de Sócrates, é uma ilustração frisante:
(A)) do caráter antropológico da reflexão socrática.
(B) do ceticismo radical das especulações socráticas.
(C) da identidade entre o pensamento socrático e a cosmologia de Tales.
(D) da continuidade entre sua doutrina e o pensamento mítico.
(E) do surgimento da ciência experimental.
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26. Eis, com efeito, em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se deixar conduzir: em começar do que aqui é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como que servindo-se de degraus, de um só para dois e de dois para todos os belos corpos, e dos belos corpos para os belos ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das ciências acabe naquela ciência, que nada mais é senão a do próprio belo, e conheça enfim o que é em si belo.
O trecho acima transcrito pode ser corretamente interpretado como um exemplo:
(A) das perspectivas essencialistas dominantes entre os sofistas contemporâneos de Sócrates.
(B) do método de busca pela arkhé (princípio) característico dos pré-socráticos.
(C)) da dialética ascendente de Platão, que vai da imagem para subir até a essência ou a idéia.
(D) da perspectiva indutiva e empirista que caracteriza os escritos de Aristóteles.
(E) da perspectiva epicurista, que valoriza simultaneamente a alma e os sentidos.
39. "Arístocles, de cognome Platão (428-7 a 348-7 a.C), ateniense, foi discípulo de Sócrates. Vivendo nos bastidores da política desde criança, pois sua família descendia de pessoas importantes politicamente, percebe muito bem as manobras políticas de seu tempo. Muito aprende com Sócrates contra os sofistas, a desmascará-los como os que utilizavam da palavra independentemente da verdade, que Sócrates tanto prezava. Com a condenação do mestre, por acusações indébitas e tramoia política, Platão fica desiludido com a justiça. Mas, a influência socrática continuaria nele; a exemplo disso, tem-se a sua preocupação em precisar os conceitos em nome do conhecimento e questão da ética. O objetivo platônico, passa, então, à associação entre verdade e filosofia, voltando aos ideais políticos de conceber algo justo".
PLATAO. A República. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2003, complemento de leitura. (Col. A obra-prima de cada autor).
De suas experiências e viagens, Platão elaborará a concepção do "sábio governante", que expressa na sua obra A República. Na referida obra, mais especificamente no livro VII, o seu "Mito da Caverna" expõe o seu dualismo a nível do seu idealismo no campo do conhecimento. Entre as citações abaixo marque "V" para verdadeiro e "F" falso nas afirmações retiradas do "Mito da Caverna" e, por vezes, modificadas a fim de testar vossos conhecimentos sobre o tema - Platão: das aparências ao mundo das ideias perfeitas. As declarações a serem marcadas como verdadeiras são aquelas que contemplam integralmente o pensamento do filósofo Platão e as declarações a serem marcadas como falsas podem ter sido alteradas em seu sentido original. Logo após estabelecer uma sequência de cima para baixo, aponte a alternativa que corresponda inteiramente a esse encadeamento.
( ) "... se um homem nessas condições descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol?";
( ) "... pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos objetos";
( ) "... olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objetos, refletidas na água, e, por último, para os próprios objetos";
( ) "Mas quem fosse inteligente (...) lembrar-se-ia de que as perturbações visuais são duplas, e por dupla causa, da passagem da luz à sombra, e da sombra à luz";
( ) "... a educação não é o que alguns apregoam que ela é. Dizem eles que arranjam a introduzir ciência numa alma em que ela não existe, como se introduzissem a vista em olhos cegos";
( ) "... à lei não importa que uma classe qualquer da cidade passe excepcionalmente bem, mas procura que isso aconteça à totalidade dos cidadãos, harmonizando-os pela persuasão ou pela coação, e fazendo com que partilhem uns com os outros do auxílio que cada um deles possa prestar à comunidade".
A) F,V,F,F,V e F
B) F,V,V,V,F e V
C) V,V,F,V,F e F
D) V,V,V,V,V e V
E) V,F,V,F,V e V
O trecho acima transcrito pode ser corretamente interpretado como um exemplo:
(A) das perspectivas essencialistas dominantes entre os sofistas contemporâneos de Sócrates.
(B) do método de busca pela arkhé (princípio) característico dos pré-socráticos.
(C)) da dialética ascendente de Platão, que vai da imagem para subir até a essência ou a idéia.
(D) da perspectiva indutiva e empirista que caracteriza os escritos de Aristóteles.
(E) da perspectiva epicurista, que valoriza simultaneamente a alma e os sentidos.
39. "Arístocles, de cognome Platão (428-7 a 348-7 a.C), ateniense, foi discípulo de Sócrates. Vivendo nos bastidores da política desde criança, pois sua família descendia de pessoas importantes politicamente, percebe muito bem as manobras políticas de seu tempo. Muito aprende com Sócrates contra os sofistas, a desmascará-los como os que utilizavam da palavra independentemente da verdade, que Sócrates tanto prezava. Com a condenação do mestre, por acusações indébitas e tramoia política, Platão fica desiludido com a justiça. Mas, a influência socrática continuaria nele; a exemplo disso, tem-se a sua preocupação em precisar os conceitos em nome do conhecimento e questão da ética. O objetivo platônico, passa, então, à associação entre verdade e filosofia, voltando aos ideais políticos de conceber algo justo".
PLATAO. A República. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2003, complemento de leitura. (Col. A obra-prima de cada autor).
De suas experiências e viagens, Platão elaborará a concepção do "sábio governante", que expressa na sua obra A República. Na referida obra, mais especificamente no livro VII, o seu "Mito da Caverna" expõe o seu dualismo a nível do seu idealismo no campo do conhecimento. Entre as citações abaixo marque "V" para verdadeiro e "F" falso nas afirmações retiradas do "Mito da Caverna" e, por vezes, modificadas a fim de testar vossos conhecimentos sobre o tema - Platão: das aparências ao mundo das ideias perfeitas. As declarações a serem marcadas como verdadeiras são aquelas que contemplam integralmente o pensamento do filósofo Platão e as declarações a serem marcadas como falsas podem ter sido alteradas em seu sentido original. Logo após estabelecer uma sequência de cima para baixo, aponte a alternativa que corresponda inteiramente a esse encadeamento.
( ) "... se um homem nessas condições descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol?";
( ) "... pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos objetos";
( ) "... olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objetos, refletidas na água, e, por último, para os próprios objetos";
( ) "Mas quem fosse inteligente (...) lembrar-se-ia de que as perturbações visuais são duplas, e por dupla causa, da passagem da luz à sombra, e da sombra à luz";
( ) "... a educação não é o que alguns apregoam que ela é. Dizem eles que arranjam a introduzir ciência numa alma em que ela não existe, como se introduzissem a vista em olhos cegos";
( ) "... à lei não importa que uma classe qualquer da cidade passe excepcionalmente bem, mas procura que isso aconteça à totalidade dos cidadãos, harmonizando-os pela persuasão ou pela coação, e fazendo com que partilhem uns com os outros do auxílio que cada um deles possa prestar à comunidade".
A) F,V,F,F,V e F
B) F,V,V,V,F e V
C) V,V,F,V,F e F
D) V,V,V,V,V e V
E) V,F,V,F,V e V
Aristóteles
36. Leia as afirmações abaixo sobre o tema A Ética Aristotélica.
I. Aristóteles sustentou que haveria três formas de felicidade. A primeira seria uma vida de prazer e divertimentos; a segunda estaria em uma vida como cidadão livre e responsável e, a terceira, em uma vida como pensador e filósofo. Enfatizou ainda que estes seriam três critérios distintos, sendo a felicidade resultado da adoção de exclusiva de um ou outro.
II. No que se refere às relações humanas, Aristóteles advogava que não deveríamos ser covardes, mas corajosos, não miseráveis ou extravagantes, mas liberais.
III. Aristóteles defendia que o homem somente será feliz usando todas as suas habilidades e capacidades.
A alternativa que contempla a única informação adequada sobre o tema é:
A) I, II e III são verdadeiras;
B) Somente I é verdadeira;
C) Somente I e II são verdadeiras;
D) Somente I e III são verdadeiras;
E) Somente II e III são verdadeiras;
37. O texto aristotélico da Política teve uma grande influência no desenvolvimento da ciência política em nossa tradição e faz parte de um conjunto de estudos que inclui o exame de um grande número de constituições das cidadesestados gregas da época, das quais só chegou até nós A Constituição de Atenas.
A passagem selecionada a seguir contém parte da definição aristotélica do homem como "animal político" (zoon politikón). Propositalmente, algumas expressões e/ou palavras foram retiradas do texto - substituídas por pontilhados - e reunidas integralmente em uma única alternativa. Após a leitura do texto marque aquela opção que melhor preenche as lacunas respectivamente.
"Aquele que é naturalmente um marginal ama a guerra e pode ser comparado a uma peça fora do jogo. Daí a evidência de que o homem é um animal político mais ainda que as abelhas ou que qualquer outro animal gregário. Como dizemos frequentemente, a natureza não faz nada em vão; ora, o homem é o único entre os animais a ter ___________. (...) Trata-se de uma característica do homem ser ele o único que tem o senso do bom e do mau, ___________, bem como de outras noções deste tipo. É a associação dos que têm em comum essas noções que constitui __________ e o Estado".
A) Linguagem - do justo e do injusto - a família;
B) Família - do bom e do ruim - a comunidade;
C) Sociedade - do útil e do inútil - a sociedade;
D) Simbologia - do certo e do errado - a nação;
E) Cultura - da virtude e do malefício - o território;
40. Segundo Gabriel Chalita (2005), o Silogismo é para Aristóteles a forma mais adequada de estrutura lógica de pensamento. Esse conceito tem um significado bastante específico na doutrina aristotélica: é o encadeamento de duas premissas (uma geral e outra particular) que levam a uma conclusão particular.
No Silogismo tem de haver um relacionamento específico entre as premissas; o que, de forma abstrata, pode ser descrito da seguinte forma:
Premissa 1: Todo A é B.
Premissa 2: C é um exemplar de A.
Conclusão: C é B.
Ou então, de maneira concreta, exceto na conclusão da alternativa:
A) Os mamíferos (A) respiram (B).
O elefante (C) é um mamífero (A).
Logo, o elefante (C) respira (B).
Esse é um exemplo de silogismo válido, pois quando ambas as premissas são verdadeiras, a conclusão será necessariamente verdadeira.
B) Todo animal é perigoso.
O gato é um animal.
Logo, o gato é perigoso.
Embora esse silogismo esteja corretamente estruturado, sua primeira premissa é falsa, o que faz com que a conclusão seja inconsistente.
C) O cobre é condutor de eletricidade, e a prata, e o
ouro, e o ferro, e o zinco...
Logo, todo metal é condutor de eletricidade.
Nesse silogismo encontra-se uma proposta analógica, onde sempre é possível oferecer conclusões verdadeiras a partir da semelhança entre casos particulares.
D) Todos os mamíferos (A) têm sangue quente (B).
O corvo (C) é uma ave (D).
Logo, o corvo (C) tem sangue quente (B).
Nesse caso, não há nenhuma ligação entre as premissas. Embora a conclusão seja verdadeira, o silogismo é inválido.
E) Os livros (A) são feitos de papel (B).
O boletim escolar (C) é feito de papel (B).
Logo, o boletim escolar (C) é um livro (A).
Aqui se obtém uma conclusão falsa a partir de duas premissas verdadeiras. A ligação correta entre as premissas se dá quando a premissa particular apresenta um caso específico do conjunto descrito na premissa geral.
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23. A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem, tal é para eles o elemento, o princípio dos seres; e por isso julgam que nada se cria nem se destrói, como se tal natureza subsistisse para sempre. (Aristóteles)
É correto afirmar que, no trecho acima, Aristóteles refere- se:
(A) à cosmogonia de Hesíodo que, em seus poemas, apresentou uma visão filosófica da natureza.
(B) às especulações dos sofistas, caracterizadas por seu relativismo quanto ao conhecimento da natureza.
(C) à perspectiva antropológica das reflexões socráticas sobre o homem, a justiça e a virtude.
(D) à visão platônica de um mundo das idéias, caracterizado pela existência de formas eternas.
(E)) à busca, por parte dos filósofos pré-socráticos, do princípio gerador do devir e da permanência do mundo.
24. Assim, pois, a virtude é um hábito de escolha, que se acha no meio termo em relação a nós, determinada pela razão e, como faria um sábio, eqüidistância entre dois vícios, um por excesso, o outro por falta. (...) Por isso é também grande e árdua a empresa a realizar-se: pois é grande empresa encontrar o meio termo de cada coisa, como achar o centro do círculo não é para qualquer um, mas para quem sabe. (Aristóteles)
A partir do trecho acima, pode-se afirmar corretamente que, para Aristóteles, a virtude (excelência moral) é o meio termo entre
(A) dois vícios: o mal absoluto e o bem supremo.
(B) duas faculdades complementares: o hábito e a escolha.
(C) dois elementos conflitantes: a razão e o hábito.
(D)) dois extremos: o mal por excesso e o mal por falta.
(E) dois vícios: a falta de razão e o excesso de razão.
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25.Sobre os pensadores gregos é incorreto o que se diz em:
a) Aristóteles aceitou a idéia, vigente em sua época, de que tudo na natureza se compunha de quatro elementos - ar, água, fogo e terra -, mas a eles acrescentou um quinto elemento - o éter -, que formaria o espaço celeste.
b) Platão, ao contrário de Sócrates, interessou-se vivamente pela política e pela filosofia política.
c) Em seu método, ao iniciar uma conversa, Aristóteles sempre adotava a posição de uma pessoa ignorante, que apenas "sabe que nada sabe". E justamente por usar esta afirmativa, ele forçava as pessoas a usarem a razão. Ele entrava de tal forma na conversa, e de tal forma a dominava, que era capaz de aparentar uma maior ignorância ou de mostrar-se mais tolo do que realmente era.
d) De fato, Aristóteles pode ser considerado o criador do estudo da Lógica e seu livro Organon, que trata desse tema, foi o único, dentre toda a sua obra, a continuar sendo estudado na Europa após a queda do Império Romano.
e) Entre as acusações contra Sócrates estava a de que ele estava introduzindo novos daimonions, novas entidades divinas.
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60. O eudemonismo de Aristóteles tem como objetivo fundamental:
A) o dever.
B) a justiça.
C) a verdade.
D) a felicidade.
E) o conhecimento.
49. Aristóteles centrou sua atenção numa questão essencial do filosofar - o ser -, partindo do real enquanto substância, para compreendê-lo e daí, formular entendimento sobre o conhecer e o agir. Seu projeto filosófico está revelado em:
A) A essência do ser humano, ou de qualquer outro objeto do conhecimento, não é desvendada no próprio ser humano ou no objeto que esteja sendo investigado.
B) O ser real é constituído de dois coprincípios que são indissociáveis, sendo que um expressa a potência para ser e o outro, a atualização do ser.
C) O mundo externo do sujeito é compreendido a partir do mundo racional, baseado em dois princípios: o ser em potência e o ser em ato.
D) As mutabilidades visíveis no cotidiano das coisas e da vida são perfeitamente conciliadas com a ideia de ser.
E) O ser verdadeiro é abstrato e não representa a realidade concreta do ser dual.
37 - Para Aristóteles, os predicados acidentais são aqueles que
A - não significam a essência e não são contra-predicáveis.
B - não significam a essência e são contra-predicáveis.
C - significam a essência e são contra-predicáveis.
D - significam parte da essência e não são contra-predicáveis.
69. A política se serve das outras ciências práticas e legisla sobre o que é preciso fazer e do que é preciso abster-se; assim sendo, o fim buscado por ela deve englobar os fins de todas as outras, donde se conclui que o fim da política é o bem propriamente humano. Mesmo se houver identidade entre o bem do indivíduo e o da cidade, é manifestamente uma tarefa muito mais importante e mais perfeita conhecer e salvaguardar o bem da cidade, pois o bem não é seguramente amável mesmo para um indivíduo, mas é mais belo e mais divino aplicado a uma nação ou à cidade.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco)
Segundo o texto,
(A) a ética e a política estão vinculadas, de modo que o bem do indivíduo está subordinado ao Bem Supremo da Pólis.
(B) as qualidades das leis e do poder são independentes das qualidades morais dos cidadãos.
(C) o bem do indivíduo está acima de tudo na Pólis, pois esta é a finalidade última da política.
(D) o Príncipe é aquele que possui virtù política.
(E) a cidade justa deve ser governada pelo filósofo.
Na Arte Poética, Aristóteles desenvolve longamente a questão do papel pedagógico das artes, particularmente da tragédia, que, segundo o filósofo, tem a função de produzir a catarse, isto é,
(A) o discurso sensível perfeito.
(B) o sentimento do sublime.
(C) o livre jogo da imaginação e do entendimento.
D) a serenidade apolínea.
(E) a purificação espiritual dos espectadores.
63. Os filósofos e artistas que defendem a chamada arte pela arte afirmam que
(A) o valor da obra de arte decorre de seu compromisso crítico diante das circunstâncias presentes.
(B) a arte só é arte se for pura, isto é, se não estiver preocupada com as circunstâncias históricas, sociais, econômicas e políticas.
(C) o artista deve tomar posição diante de sua sociedade, lutando para transformá-la e melhorá-la.
(D) o papel de conscientizar as pessoas sobre as injustiças e opressões do presente faz parte do propósito do artista.
(E) o importante na obra de arte é a mensagem que ela transmite, mesmo que sua forma seja repetitiva e sem força inovadora.
64. A arte imita a natureza. (Aristóteles)
A citação acima refere-se ao princípio da
(A) Sturm und Drang.
(B) mímesis.
(C) formatividade.
(D) arte como objeto imaginário.
(E) arte como analogon da razão.
52. Parece que a felicidade, mais que qualquer outro bem, é tida como este bem supremo, pois a escolhemos sempre por si mesma, e nunca por causa de algo mais; mas as honrarias, o prazer, a inteligência e todas as outras formas de excelência (...), escolhemo-las por causa da felicidade, pensando que através delas seremos felizes.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco)
Partindo da citação acima, é INCORRETO afirmar:
(A) A noção de felicidade é central à ética aristotélica, que por esse motivo é caracterizada como "ética eudaimônica".
(B) Aristóteles associa a noção de bem com a noção de felicidade.
(C) Para Aristóteles, a felicidade parece ser escolhida por causa dela própria.
(D) Para Aristóteles, escolhemos a felicidade tendo em vista apenas as honrarias, o prazer e a inteligência.
(E) Para Aristóteles, todas as nossas escolhas devem ter por finalidade última a felicidade.
54. A excelência moral é (...) um meio-termo entre duas formas de deficiência moral, uma pressupondo excesso e outra pressupondo falta (...). Sua característica é visar às situações intermediárias nas emoções e nas ações.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco)
A partir do trecho acima, é INCORRETO afirmar:
(A) A doutrina do meio-termo, ou justa medida, é um dos princípios fundamentais da ética aristotélica.
(B) A ação correta do ponto de vista ético deve evitar os extremos, caracterizando-se pelo equilíbrio ou justa medida.
(C) Um vício (ou deficiência moral) é um sentimento ou conduta excessiva ou deficiente.
(D) A moderação (ou temperança) é a característica do indivíduo equilibrado no sentido ético.
(E) A sabedoria prática, para Aristóteles, consiste em evitar o meio-termo em todas as nossas ações.
46. Tal ciência é a ......, pois é ela que determina, entre os saberes, quais são os necessários para as cidades e que tipo de saberes cada classe de cidadão deve possuir (...). A ...... se serve das outras ciências práticas e legisla sobre aquilo que é preciso fazer e sobre aquilo do que é preciso abster-se; assim sendo, o fim buscado por ela deve englobar os fins de todas as outras, donde se conclui que o fim da ...... é o bem propriamente humano.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco)
Qual é o nome de ciência que preenche corretamente as lacunas do trecho acima?
(A) Metafísica.
(B) Ética.
(C) Dialética.
(D) Poética.
(E) Política.
69. Leia o excerto.
"Ora, parece que a felicidade, acima de qualquer outra coisa, é considerada como esse sumo bem. Ela é buscada sempre por si e nunca no interesse de uma outra coisa."
A Ética é uma investigação sobre os princípios que motivam, justificam ou orientam as ações humanas, refletindo sobre os fundamentos dos valores sociais e historicamente construídos.
O excerto apresenta o princípio fundamental da ética de
(A) Sócrates.
(B) Plotino.
(C) Aristóteles.
(D) Kant.
(E) Tomás de Aquino.
Na sua Metafísica, Aristóteles afirma que a sabedoria é ciência sobre certos princípios e certas causas. Ele busca examinar, então, as concepções que temos do sábio. Para ele, dentre as ciências, a de mais alta sabedoria é aquela que é escolhida:
A) por conta dos resultados que produz
B) por si e unicamente em vista do saber
C) por possuir valor político
D) por conter orientação prática
E) por ficar dentro dos limites das sensações
37. De acordo com a leitura da Ética a Nicômaco, podese dizer que o elemento central da ética aristotélica é a felicidade, que consiste na atividade da alma segundo a virtude. Para Aristóteles, a virtude encontra-se:
A) no meio-termo, no equilíbrio
B) na pureza, na ingenuidade
C) no amor, no coração
D) nas emoções, nos sentimentos
E) no ascetismo, na frieza
26. É comum explicar o nascimento da filosofia cronologicamente,dando destaque a seu início entre os gregos antigos. Para um aluno iniciante, isso muitas vezes faz pensar que se trata de uma disciplina sem atualidade. Porém, Aristóteles, na abertura da sua Metafísica, faz uma afirmação que pode sugerir que o pensamento filosófico possui uma origem não cronológica. Segundo ele:
A) Todos os homens, por natureza, experimentam a dúvida.
B) Todos os homens, por natureza, tendem ao saber.
C) Todos os homens, por natureza, são criadores.
D) Todos os homens, por natureza, buscam um método.
E) Todos os homens, por natureza, odeiam as sensações.
. Resta, portanto, ser a "prudência" uma disposição, acompanhada de regra verdadeira, capaz de agir na esfera daquilo que é bom ou mau para um ser humano. Enquanto a produção, com efeito, tem um fim diferente de si mesmo, o mesmo não se sucede com a ação, sendo a própria boa prática seu fim.
Aristóteles
A partir da citação acima, é correto afirmar que, para Aristóteles, a
(A) ação difere da produção, pois somente a primeira pode ser considerada boa ou má.
(B) prudência é uma disposição necessária a qualquer ação, prática ou arte que seja produto do engenho humano.
(C) ação só pode ser considerada boa ou má a partir dos resultados da aplicação de seus produtos.
(D) ação política e a conduta ética são campos que exigem deliberação sobre fins, daí a importância da prudência.
(E) prudência, que inibe a coragem, é uma virtude no campo da ética, mas não no da política.
50. Com efeito, aquele que prefere conhecer por conhecer, escolherá acima de tudo a ciência por excelência, e tal é a ciência do supremo cognoscível [...]. Enfim, a ciência principal e que é superior a toda ciência subordinada, é aquela que conhece tendo em conta o fim para qual cada coisa deve ser feita, fim que é, para cada ser, seu bem e, de maneira geral, o supremo Bem no conjunto da Natureza.
Aristóteles
A partir da citação acima, é correto afirmar que o autor postula a superioridade da
(A) vida contemplativa em relação à vida ativa.
(B) política em relação à vida contemplativa.
(C) teologia em relação à filosofia.
(D) ciência em relação à teologia.
(E) ética em relação à ciência.
51. A razão humana, num determinado domínio de seus conhecimentos, possui o singular destino de se ver atormentada por questões que não pode evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais não pode dar resposta por ultrapassarem completamente suas possibilidades.
A partir da leitura do parágrafo acima, é correto afirmar que, para seu autor,
(A) há questões que ultrapassam nossa capacidade de conhecer, mas que se impõem pela própria natureza da razão.
(B) o conhecimento humano é incapaz de produzir respostas racionais aos problemas impostos pela natureza.
(C) a razão humana é impotente em face dos enigmas da natureza, ainda que seja capaz de produzir conhecimento sobre si própria.
(D) a razão humana tende naturalmente para o ceticismo.
(E) a razão humana tende naturalmente para o dogmatismo.
36. Leia as afirmações abaixo sobre o tema A Ética Aristotélica.
I. Aristóteles sustentou que haveria três formas de felicidade. A primeira seria uma vida de prazer e divertimentos; a segunda estaria em uma vida como cidadão livre e responsável e, a terceira, em uma vida como pensador e filósofo. Enfatizou ainda que estes seriam três critérios distintos, sendo a felicidade resultado da adoção de exclusiva de um ou outro.
II. No que se refere às relações humanas, Aristóteles advogava que não deveríamos ser covardes, mas corajosos, não miseráveis ou extravagantes, mas liberais.
III. Aristóteles defendia que o homem somente será feliz usando todas as suas habilidades e capacidades.
A alternativa que contempla a única informação adequada sobre o tema é:
A) I, II e III são verdadeiras;
B) Somente I é verdadeira;
C) Somente I e II são verdadeiras;
D) Somente I e III são verdadeiras;
E) Somente II e III são verdadeiras;
37. O texto aristotélico da Política teve uma grande influência no desenvolvimento da ciência política em nossa tradição e faz parte de um conjunto de estudos que inclui o exame de um grande número de constituições das cidadesestados gregas da época, das quais só chegou até nós A Constituição de Atenas.
A passagem selecionada a seguir contém parte da definição aristotélica do homem como "animal político" (zoon politikón). Propositalmente, algumas expressões e/ou palavras foram retiradas do texto - substituídas por pontilhados - e reunidas integralmente em uma única alternativa. Após a leitura do texto marque aquela opção que melhor preenche as lacunas respectivamente.
"Aquele que é naturalmente um marginal ama a guerra e pode ser comparado a uma peça fora do jogo. Daí a evidência de que o homem é um animal político mais ainda que as abelhas ou que qualquer outro animal gregário. Como dizemos frequentemente, a natureza não faz nada em vão; ora, o homem é o único entre os animais a ter ___________. (...) Trata-se de uma característica do homem ser ele o único que tem o senso do bom e do mau, ___________, bem como de outras noções deste tipo. É a associação dos que têm em comum essas noções que constitui __________ e o Estado".
A) Linguagem - do justo e do injusto - a família;
B) Família - do bom e do ruim - a comunidade;
C) Sociedade - do útil e do inútil - a sociedade;
D) Simbologia - do certo e do errado - a nação;
E) Cultura - da virtude e do malefício - o território;
40. Segundo Gabriel Chalita (2005), o Silogismo é para Aristóteles a forma mais adequada de estrutura lógica de pensamento. Esse conceito tem um significado bastante específico na doutrina aristotélica: é o encadeamento de duas premissas (uma geral e outra particular) que levam a uma conclusão particular.
No Silogismo tem de haver um relacionamento específico entre as premissas; o que, de forma abstrata, pode ser descrito da seguinte forma:
Premissa 1: Todo A é B.
Premissa 2: C é um exemplar de A.
Conclusão: C é B.
Ou então, de maneira concreta, exceto na conclusão da alternativa:
A) Os mamíferos (A) respiram (B).
O elefante (C) é um mamífero (A).
Logo, o elefante (C) respira (B).
Esse é um exemplo de silogismo válido, pois quando ambas as premissas são verdadeiras, a conclusão será necessariamente verdadeira.
B) Todo animal é perigoso.
O gato é um animal.
Logo, o gato é perigoso.
Embora esse silogismo esteja corretamente estruturado, sua primeira premissa é falsa, o que faz com que a conclusão seja inconsistente.
C) O cobre é condutor de eletricidade, e a prata, e o
ouro, e o ferro, e o zinco...
Logo, todo metal é condutor de eletricidade.
Nesse silogismo encontra-se uma proposta analógica, onde sempre é possível oferecer conclusões verdadeiras a partir da semelhança entre casos particulares.
D) Todos os mamíferos (A) têm sangue quente (B).
O corvo (C) é uma ave (D).
Logo, o corvo (C) tem sangue quente (B).
Nesse caso, não há nenhuma ligação entre as premissas. Embora a conclusão seja verdadeira, o silogismo é inválido.
E) Os livros (A) são feitos de papel (B).
O boletim escolar (C) é feito de papel (B).
Logo, o boletim escolar (C) é um livro (A).
Aqui se obtém uma conclusão falsa a partir de duas premissas verdadeiras. A ligação correta entre as premissas se dá quando a premissa particular apresenta um caso específico do conjunto descrito na premissa geral.
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23. A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem, tal é para eles o elemento, o princípio dos seres; e por isso julgam que nada se cria nem se destrói, como se tal natureza subsistisse para sempre. (Aristóteles)
É correto afirmar que, no trecho acima, Aristóteles refere- se:
(A) à cosmogonia de Hesíodo que, em seus poemas, apresentou uma visão filosófica da natureza.
(B) às especulações dos sofistas, caracterizadas por seu relativismo quanto ao conhecimento da natureza.
(C) à perspectiva antropológica das reflexões socráticas sobre o homem, a justiça e a virtude.
(D) à visão platônica de um mundo das idéias, caracterizado pela existência de formas eternas.
(E)) à busca, por parte dos filósofos pré-socráticos, do princípio gerador do devir e da permanência do mundo.
24. Assim, pois, a virtude é um hábito de escolha, que se acha no meio termo em relação a nós, determinada pela razão e, como faria um sábio, eqüidistância entre dois vícios, um por excesso, o outro por falta. (...) Por isso é também grande e árdua a empresa a realizar-se: pois é grande empresa encontrar o meio termo de cada coisa, como achar o centro do círculo não é para qualquer um, mas para quem sabe. (Aristóteles)
A partir do trecho acima, pode-se afirmar corretamente que, para Aristóteles, a virtude (excelência moral) é o meio termo entre
(A) dois vícios: o mal absoluto e o bem supremo.
(B) duas faculdades complementares: o hábito e a escolha.
(C) dois elementos conflitantes: a razão e o hábito.
(D)) dois extremos: o mal por excesso e o mal por falta.
(E) dois vícios: a falta de razão e o excesso de razão.
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25.Sobre os pensadores gregos é incorreto o que se diz em:
a) Aristóteles aceitou a idéia, vigente em sua época, de que tudo na natureza se compunha de quatro elementos - ar, água, fogo e terra -, mas a eles acrescentou um quinto elemento - o éter -, que formaria o espaço celeste.
b) Platão, ao contrário de Sócrates, interessou-se vivamente pela política e pela filosofia política.
c) Em seu método, ao iniciar uma conversa, Aristóteles sempre adotava a posição de uma pessoa ignorante, que apenas "sabe que nada sabe". E justamente por usar esta afirmativa, ele forçava as pessoas a usarem a razão. Ele entrava de tal forma na conversa, e de tal forma a dominava, que era capaz de aparentar uma maior ignorância ou de mostrar-se mais tolo do que realmente era.
d) De fato, Aristóteles pode ser considerado o criador do estudo da Lógica e seu livro Organon, que trata desse tema, foi o único, dentre toda a sua obra, a continuar sendo estudado na Europa após a queda do Império Romano.
e) Entre as acusações contra Sócrates estava a de que ele estava introduzindo novos daimonions, novas entidades divinas.
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60. O eudemonismo de Aristóteles tem como objetivo fundamental:
A) o dever.
B) a justiça.
C) a verdade.
D) a felicidade.
E) o conhecimento.
49. Aristóteles centrou sua atenção numa questão essencial do filosofar - o ser -, partindo do real enquanto substância, para compreendê-lo e daí, formular entendimento sobre o conhecer e o agir. Seu projeto filosófico está revelado em:
A) A essência do ser humano, ou de qualquer outro objeto do conhecimento, não é desvendada no próprio ser humano ou no objeto que esteja sendo investigado.
B) O ser real é constituído de dois coprincípios que são indissociáveis, sendo que um expressa a potência para ser e o outro, a atualização do ser.
C) O mundo externo do sujeito é compreendido a partir do mundo racional, baseado em dois princípios: o ser em potência e o ser em ato.
D) As mutabilidades visíveis no cotidiano das coisas e da vida são perfeitamente conciliadas com a ideia de ser.
E) O ser verdadeiro é abstrato e não representa a realidade concreta do ser dual.
37 - Para Aristóteles, os predicados acidentais são aqueles que
A - não significam a essência e não são contra-predicáveis.
B - não significam a essência e são contra-predicáveis.
C - significam a essência e são contra-predicáveis.
D - significam parte da essência e não são contra-predicáveis.
69. A política se serve das outras ciências práticas e legisla sobre o que é preciso fazer e do que é preciso abster-se; assim sendo, o fim buscado por ela deve englobar os fins de todas as outras, donde se conclui que o fim da política é o bem propriamente humano. Mesmo se houver identidade entre o bem do indivíduo e o da cidade, é manifestamente uma tarefa muito mais importante e mais perfeita conhecer e salvaguardar o bem da cidade, pois o bem não é seguramente amável mesmo para um indivíduo, mas é mais belo e mais divino aplicado a uma nação ou à cidade.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco)
Segundo o texto,
(A) a ética e a política estão vinculadas, de modo que o bem do indivíduo está subordinado ao Bem Supremo da Pólis.
(B) as qualidades das leis e do poder são independentes das qualidades morais dos cidadãos.
(C) o bem do indivíduo está acima de tudo na Pólis, pois esta é a finalidade última da política.
(D) o Príncipe é aquele que possui virtù política.
(E) a cidade justa deve ser governada pelo filósofo.
Na Arte Poética, Aristóteles desenvolve longamente a questão do papel pedagógico das artes, particularmente da tragédia, que, segundo o filósofo, tem a função de produzir a catarse, isto é,
(A) o discurso sensível perfeito.
(B) o sentimento do sublime.
(C) o livre jogo da imaginação e do entendimento.
D) a serenidade apolínea.
(E) a purificação espiritual dos espectadores.
63. Os filósofos e artistas que defendem a chamada arte pela arte afirmam que
(A) o valor da obra de arte decorre de seu compromisso crítico diante das circunstâncias presentes.
(B) a arte só é arte se for pura, isto é, se não estiver preocupada com as circunstâncias históricas, sociais, econômicas e políticas.
(C) o artista deve tomar posição diante de sua sociedade, lutando para transformá-la e melhorá-la.
(D) o papel de conscientizar as pessoas sobre as injustiças e opressões do presente faz parte do propósito do artista.
(E) o importante na obra de arte é a mensagem que ela transmite, mesmo que sua forma seja repetitiva e sem força inovadora.
64. A arte imita a natureza. (Aristóteles)
A citação acima refere-se ao princípio da
(A) Sturm und Drang.
(B) mímesis.
(C) formatividade.
(D) arte como objeto imaginário.
(E) arte como analogon da razão.
52. Parece que a felicidade, mais que qualquer outro bem, é tida como este bem supremo, pois a escolhemos sempre por si mesma, e nunca por causa de algo mais; mas as honrarias, o prazer, a inteligência e todas as outras formas de excelência (...), escolhemo-las por causa da felicidade, pensando que através delas seremos felizes.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco)
Partindo da citação acima, é INCORRETO afirmar:
(A) A noção de felicidade é central à ética aristotélica, que por esse motivo é caracterizada como "ética eudaimônica".
(B) Aristóteles associa a noção de bem com a noção de felicidade.
(C) Para Aristóteles, a felicidade parece ser escolhida por causa dela própria.
(D) Para Aristóteles, escolhemos a felicidade tendo em vista apenas as honrarias, o prazer e a inteligência.
(E) Para Aristóteles, todas as nossas escolhas devem ter por finalidade última a felicidade.
54. A excelência moral é (...) um meio-termo entre duas formas de deficiência moral, uma pressupondo excesso e outra pressupondo falta (...). Sua característica é visar às situações intermediárias nas emoções e nas ações.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco)
A partir do trecho acima, é INCORRETO afirmar:
(A) A doutrina do meio-termo, ou justa medida, é um dos princípios fundamentais da ética aristotélica.
(B) A ação correta do ponto de vista ético deve evitar os extremos, caracterizando-se pelo equilíbrio ou justa medida.
(C) Um vício (ou deficiência moral) é um sentimento ou conduta excessiva ou deficiente.
(D) A moderação (ou temperança) é a característica do indivíduo equilibrado no sentido ético.
(E) A sabedoria prática, para Aristóteles, consiste em evitar o meio-termo em todas as nossas ações.
46. Tal ciência é a ......, pois é ela que determina, entre os saberes, quais são os necessários para as cidades e que tipo de saberes cada classe de cidadão deve possuir (...). A ...... se serve das outras ciências práticas e legisla sobre aquilo que é preciso fazer e sobre aquilo do que é preciso abster-se; assim sendo, o fim buscado por ela deve englobar os fins de todas as outras, donde se conclui que o fim da ...... é o bem propriamente humano.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco)
Qual é o nome de ciência que preenche corretamente as lacunas do trecho acima?
(A) Metafísica.
(B) Ética.
(C) Dialética.
(D) Poética.
(E) Política.
32 - Nossa discussão será adequada se tiver tanta clareza quanto comporta o assunto, pois não se deve exigir a precisão em todos os raciocínios por igual, assim como não se deve buscá-la nos produtos de todas as artes mecânicas. Ora, as ações belas e justas, que a ciência política investiga, admitem grande variedade e flutuações de opinião, de forma que se pode considerá-las como existindo por convenção apenas, e não por natureza. E em torno dos bens há uma flutuação semelhante, pelo fato de serem prejudiciais a muitos: houve, por exemplo, quem perecesse devido à sua riqueza, e outros por causa da sua coragem. Ao tratar, pois, de tais assuntos, e partindo de tais premissas, devemos contentar-nos em indicar a verdade aproximadamente e em linhas gerais; e ao falar de coisas que são verdadeiras apenas em sua maior parte e com base em premissas da mesma espécie, só poderemos tirar conclusões da mesma natureza. E é dentro do mesmo espírito que cada proposição deverá ser recebida, pois é próprio do homem culto buscar a precisão, em cada gênero de coisas, apenas na medida em que o admita a natureza do assunto.
Aristóteles. Ética a Nicômaco. 1094b10-27; L. Vallandro e G. Bornheim (Trad.). In: Os pensadores. V. IV: Aristóteles, São Paulo: Abril Cultural, 1973 (com adaptações).
Com base no texto acima e na filosofia aristotélica, assinale a opção incorreta.
A - O método da ciência política é dialético, isto é, parte de opiniões comuns aceitas pela maioria ou pelos sábios.
B - Não há resposta objetiva em questões morais.
C - A verdade da ciência política é menos precisa que a da matemática.
D - A finalidade da ética e da ciência política é a ação, não a verdade.
Aristóteles. Ética a Nicômaco. 1094b10-27; L. Vallandro e G. Bornheim (Trad.). In: Os pensadores. V. IV: Aristóteles, São Paulo: Abril Cultural, 1973 (com adaptações).
Com base no texto acima e na filosofia aristotélica, assinale a opção incorreta.
A - O método da ciência política é dialético, isto é, parte de opiniões comuns aceitas pela maioria ou pelos sábios.
B - Não há resposta objetiva em questões morais.
C - A verdade da ciência política é menos precisa que a da matemática.
D - A finalidade da ética e da ciência política é a ação, não a verdade.
69. Leia o excerto.
"Ora, parece que a felicidade, acima de qualquer outra coisa, é considerada como esse sumo bem. Ela é buscada sempre por si e nunca no interesse de uma outra coisa."
A Ética é uma investigação sobre os princípios que motivam, justificam ou orientam as ações humanas, refletindo sobre os fundamentos dos valores sociais e historicamente construídos.
O excerto apresenta o princípio fundamental da ética de
(A) Sócrates.
(B) Plotino.
(C) Aristóteles.
(D) Kant.
(E) Tomás de Aquino.
Na sua Metafísica, Aristóteles afirma que a sabedoria é ciência sobre certos princípios e certas causas. Ele busca examinar, então, as concepções que temos do sábio. Para ele, dentre as ciências, a de mais alta sabedoria é aquela que é escolhida:
A) por conta dos resultados que produz
B) por si e unicamente em vista do saber
C) por possuir valor político
D) por conter orientação prática
E) por ficar dentro dos limites das sensações
37. De acordo com a leitura da Ética a Nicômaco, podese dizer que o elemento central da ética aristotélica é a felicidade, que consiste na atividade da alma segundo a virtude. Para Aristóteles, a virtude encontra-se:
A) no meio-termo, no equilíbrio
B) na pureza, na ingenuidade
C) no amor, no coração
D) nas emoções, nos sentimentos
E) no ascetismo, na frieza
26. É comum explicar o nascimento da filosofia cronologicamente,dando destaque a seu início entre os gregos antigos. Para um aluno iniciante, isso muitas vezes faz pensar que se trata de uma disciplina sem atualidade. Porém, Aristóteles, na abertura da sua Metafísica, faz uma afirmação que pode sugerir que o pensamento filosófico possui uma origem não cronológica. Segundo ele:
A) Todos os homens, por natureza, experimentam a dúvida.
B) Todos os homens, por natureza, tendem ao saber.
C) Todos os homens, por natureza, são criadores.
D) Todos os homens, por natureza, buscam um método.
E) Todos os homens, por natureza, odeiam as sensações.
. Resta, portanto, ser a "prudência" uma disposição, acompanhada de regra verdadeira, capaz de agir na esfera daquilo que é bom ou mau para um ser humano. Enquanto a produção, com efeito, tem um fim diferente de si mesmo, o mesmo não se sucede com a ação, sendo a própria boa prática seu fim.
Aristóteles
A partir da citação acima, é correto afirmar que, para Aristóteles, a
(A) ação difere da produção, pois somente a primeira pode ser considerada boa ou má.
(B) prudência é uma disposição necessária a qualquer ação, prática ou arte que seja produto do engenho humano.
(C) ação só pode ser considerada boa ou má a partir dos resultados da aplicação de seus produtos.
(D) ação política e a conduta ética são campos que exigem deliberação sobre fins, daí a importância da prudência.
(E) prudência, que inibe a coragem, é uma virtude no campo da ética, mas não no da política.
74. Para Aristóteles, a variedade dos regimes políticos depende de dois fatores principais: a índole do povo e a extensão do território. Assim, um povo cuja índole tende espontaneamente para a igualdade e a liberdade, e cuja cidade é de pequena extensão territorial, naturalmente tenderá a instituir uma
(A) anarquia.
(B) monarquia.
(C) plutocracia.
(D) democracia.
(E) aristocracia.
75. Na concepção aristotélica, ...... é o princípio para escolher entre alternativas possíveis, realizando-se como decisão e ato voluntário. Contrariamente, sob a ......, o agente sofre a ação de uma causa externa, que o obriga a agir de uma determinada maneira.
(Chauí, M. Convite à filosofia)
Neste trecho, preenchem correta e respectivamente as lacunas, de acordo com o pensamento da autora:
(A) liberdade - necessidade
(B) determinação - liberdade
(C) fatalidade - necessidade
(D) contingência - liberdade
(E) necessidade - liberdade
(A) anarquia.
(B) monarquia.
(C) plutocracia.
(D) democracia.
(E) aristocracia.
75. Na concepção aristotélica, ...... é o princípio para escolher entre alternativas possíveis, realizando-se como decisão e ato voluntário. Contrariamente, sob a ......, o agente sofre a ação de uma causa externa, que o obriga a agir de uma determinada maneira.
(Chauí, M. Convite à filosofia)
Neste trecho, preenchem correta e respectivamente as lacunas, de acordo com o pensamento da autora:
(A) liberdade - necessidade
(B) determinação - liberdade
(C) fatalidade - necessidade
(D) contingência - liberdade
(E) necessidade - liberdade
50. Com efeito, aquele que prefere conhecer por conhecer, escolherá acima de tudo a ciência por excelência, e tal é a ciência do supremo cognoscível [...]. Enfim, a ciência principal e que é superior a toda ciência subordinada, é aquela que conhece tendo em conta o fim para qual cada coisa deve ser feita, fim que é, para cada ser, seu bem e, de maneira geral, o supremo Bem no conjunto da Natureza.
Aristóteles
A partir da citação acima, é correto afirmar que o autor postula a superioridade da
(A) vida contemplativa em relação à vida ativa.
(B) política em relação à vida contemplativa.
(C) teologia em relação à filosofia.
(D) ciência em relação à teologia.
(E) ética em relação à ciência.
51. A razão humana, num determinado domínio de seus conhecimentos, possui o singular destino de se ver atormentada por questões que não pode evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais não pode dar resposta por ultrapassarem completamente suas possibilidades.
A partir da leitura do parágrafo acima, é correto afirmar que, para seu autor,
(A) há questões que ultrapassam nossa capacidade de conhecer, mas que se impõem pela própria natureza da razão.
(B) o conhecimento humano é incapaz de produzir respostas racionais aos problemas impostos pela natureza.
(C) a razão humana é impotente em face dos enigmas da natureza, ainda que seja capaz de produzir conhecimento sobre si própria.
(D) a razão humana tende naturalmente para o ceticismo.
(E) a razão humana tende naturalmente para o dogmatismo.
Julgamos conhecer cientificamente cada coisa, de modo absoluto e não, à maneira sofística, por acidente, quando julgamos conhecer a causa pela qual a coisa é, que ela é sua causa e que não pode essa coisa ser de outra maneira.
Aristóteles
Dada essa definição de ciência que Aristóteles nos fornece nos Segundos Analíticos, é correto afirmar que, para ele, o conhecimento científico é sempre relativo
(A) à opinião.
(B) ao contingente.
(C) ao necessário.
(D) à moral.
(E) às matemáticas.
Aristóteles
Dada essa definição de ciência que Aristóteles nos fornece nos Segundos Analíticos, é correto afirmar que, para ele, o conhecimento científico é sempre relativo
(A) à opinião.
(B) ao contingente.
(C) ao necessário.
(D) à moral.
(E) às matemáticas.
2. Segundo a teoria dos silogismos, há quatro tipos de proposições categóricas, que diferem em qualidade e em quantidade, são elas: A, E, I e O.
Assinale a alternativa falsa:
a. ( ) I é subalterna de A.
b. ( ) O é subalterna de E.
c. ( ) I e O são subcontrárias.
d. ( X ) A e E são proposições complementares.
e. ( ) A e O, e I e E são proposições contraditórias.
5. A primeira classificação geral das ciências foi realizada por Aristóteles, que as dividiu hierarquicamente em três grupos.
Assinale a alternativa que ordena corretamente os tipos, obedecendo ao critério da superioridade-inferioridade:
a. ( ) teoréticas (ou contemplativas), aplicadas (relativas à aplicação prática) e lógicas (relativas às regras do correto raciocínio).
b. ( ) teoréticas puras (ou naturais), teoréticas aplicadas (ou sociais) e páticas (ou da ação humana).
c. ( ) lógicas (relativas às regras do correto raciocínio), teoréticas (ou contemplativas) e práticas (ou da ação humana).
d. ( X ) teoréticas (ou contemplativas), práticas (ou da ação humana) e produtivas (ou relativas à fabricação e às técnicas).
e. ( ) lógicas (relativas às regras do correto raciocínio), teoréticas (ou contemplativas) e instrumentais (relativas à fabricação de instrumentos).
6. Leia o argumento abaixo.
- Todos os animais são mortais.
- Alguns répteis são animais.
- Alguns répteis são mortais. Assinale a alternativa que indica se o argumento é um silogismo válido ou inválido e, se for este o caso, qual regra violou.
a. ( X ) Este é um silogismo que atendeu às regras da validade silogística.
b. ( ) O argumento anterior é um silogismo inválido porque o termo "mortais" está distribuído na conclusão, mas não na premissa.
c. ( ) Este silogismo é inválido porque tem duas premissas particulares.
d. ( ) Este silogismo é inválido, porque o termo médio nunca está distribuído, pois em ambas as premissas é predicado.
e. ( ) Este silogismo é inválido porque a conclusão é particular, mas uma das premissas é universal.
8. Existem certas características básicas que diferenciam os argumentos dedutivos dos indutivos.
Analise as características abaixo:
1. A conclusão encerra informação que nem implicitamente estava contida nas premissas.
2. Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será, necessariamente.
3. Toda a informação ou conteúdo factual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, contido nas premissas.
4. Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente - porém não necessariamente - verdadeira.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente as características acima ao respectivo tipo de argumento.
a. ( ) 1. dedutivo; 2. dedutivo; 3. indutivo; 4. indutivo.
b. ( ) 1. dedutivo; 2. indutivo; 3. indutivo; 4. dedutivo.
c. ( ) 1. dedutivo; 2. indutivo; 3. dedutivo; 4. indutivo.
d. ( X ) 1. indutivo; 2. dedutivo; 3. dedutivo; 4. indutivo.
e. ( ) 1. indutivo; 2. indutivo; 3. dedutivo; 4. dedutivo.
9. Um silogismo é considerado válido apenas se satisfizer todas as regras da validade silogística.
Assinale a alternativa que não corresponde a uma regra silogística.
a. ( ) Um silogismo deve ter exatamente três termos: um termo maior, um menor e um médio.
b. ( ) O termo médio deve aparecer nas duas premissas e jamais na conclusão.
c. ( ) A conclusão não pode conter o termo médio, já que a função deste se esgota na ligação entre os termos maior e menor.
d. ( ) De duas premissas particulares nada poderá ser concluído, pois o termo médio não terá sido tomado em toda a sua extensão.
e. ( X ) O termo médio não pode ser tomado em toda a sua extensão nenhuma vez, caso contrário ele não poderia fazer a ligação entre o maior e o menor.
10. Teste a validade do argumento seguinte, utilizando tabelas de verdade.
- O livre-arbítrio é possível ou somos joguetes dos Deuses.
- Se o livre-arbítrio for possível, não somos joguetes dos Deuses.
- Logo, não somos joguetes dos Deuses.
Seja:
P = O livre arbítrio é possível e
Q = Somos joguetes dos Deuses
Assinale a alternativa correta.
a. ( ) A forma dada é inválida porque tanto na circunstância em que P é falsa e Q verdadeira como na circunstância em que tanto P como Q são falsas, a premissa é verdadeira e a conclusão, falsa.
b. ( ) A forma dada é válida, tendo em vista que não há circunstância alguma na qual as premissas sejam verdadeiras e a conclusão, falsa.
c. ( X ) O argumento dado é inválido porque na circunstância em que P é falsa e Q verdadeira, as premissas são verdadeiras e a conclusão, falsa.
d. ( ) O argumento dado é inválido porque na circunstância em que Q é falsa e P é verdadeira, as premissas são verdadeiras e a conclusão, falsa.
e. ( ) O argumento dado é inválido porque na circunstância em que Q e P são ambas falsas, as premissas são verdadeiras e a conclusão, falsa.
13. Analise as afirmativas abaixo, com relação aos conceitos de validade, contradição, contingência e satisfatibilidade:
1. Diz-se que uma fórmula A é logicamente válida (ou logicamente verdadeira) se e somente se é verdadeira para todas as interpretações.
2. Uma fórmula A é contraditória (ou logicamente falsa) se e somente se é falsa para qualquer interpretação, ou se e somente se sua negação for logicamente válida.
3. Uma fórmula A é contingente se e somente se ela for verdadeira para algumas interpretações e falsa para outras.
4. Uma fórmula é satisfatível se existe pelo menos uma interpretação, tal que haja uma sequência s de elementos do domínio da interpretação que satisfaça a fórmula dada.
5. Como todas as tautologias são fórmulas válidas, necessariamente teremos que todas as fórmulas válidas precisam ser consideradas tautologias.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 5.
b. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 5.
c. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
d. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 5.
e. ( X ) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
14. Com relação à lógica dita clássica, é incorreto afirmar:
a. ( ) O objeto da lógica é a proposição, que é a expressão dos juízos formulados pela razão humana.
b. ( X ) A lógica estuda e define as regras do raciocínio correto, porém não é de sua competência estabelecer os princípios que as proposições devem seguir.
c. ( ) Quando se atribui um predicado a um sujeito, temos uma proposição.
d. ( ) O raciocínio lógico se expressa através de proposições conectadas, e essa conexão chama-se silogismo.
e. ( ) Existem determinados princípios que toda proposição e todo silogismo devem seguir para serem considerados verdadeiros.
15. Assinale a alternativa que indica as 3 leis básicas da lógica hoje dita aristotélica.
a. ( X ) lei da identidade (A=A), lei da não-contradição - nenhuma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo - e a lei do terceiro excluído, segundo a qual A é A ou não é A.
b. ( ) lei da não-contradição - nenhuma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo -, a lei do terceiro excluído, segundo a qual A é A ou não é A, e lei da razão suficiente: tudo o que existe tem a sua razão de ser.
c. ( ) lei da identidade (A=A), lei da razão suficiente: tudo o que existe tem a sua razão de ser, e a lei de bivalência, segundo a qual para toda proposição, ela ou a sua negação precisa ser verdadeira.
d. ( ) lei de bivalência, segundo a qual para toda proposição, ela ou a sua negação precisa ser verdadeira, a lei da não-contradição - nenhuma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo -, e a lei da causalidade, segundo a qual tudo que ocorre tem uma causa.
e. ( ) lei da não-contradição - nenhuma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, a lei da causalidade, segundo a qual tudo que ocorre tem uma causa, e lei do terceiro excluído, segundo a qual A é A ou não é A.
20. É sabido que várias lógicas modernas ditas não clássicas, ou "heterodoxas" violam algumas das três leis da lógica clássica.
A esse respeito, analise as afirmativas abaixo.
1. Tanto as lógicas paraconsistentes quanto as intuicionistas violam o princípio da razão suficiente.
2. As lógicas paraconsistentes violam a lei da não-contradição.
3. As lógicas intuicionistas violam a lei do terceiro excluído e o princípio da identidade.
4. Lógicas não reflexivas são aquelas lógicas heterodoxas para as quais não vale a lei da identidade. Este é o caso, por exemplo, da lógica quântica.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
b. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
c. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
d. ( X ) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
e. ( ) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
21. Com relação à lógica paraconsistente em comparação com a lógica clássica, podemos afirmar:
1. Toda teoria dedutiva (T) baseada na lógica clássica é inconsistente se, e somente se, é trivial.
2. Uma lógica é dita paraconsistente, se pode ser usada como a lógica subjacente para teorias inconsistentes e triviais, que são chamadas teorias paraconsistentes.
3. Historicamente, o pensamento paraconsistente começa no ocidente com Heráclito de Éfeso. Desde então diversos filósofos (dentre os quais podemos citar Hegel e Marx) têm argumentado que as contradições são fundamentais para a compreensão da realidade.
4. Alguns dos campos mais férteis de aplicações da lógica paraconsistente são o da ciência da computação, da engenharia, da medicina, por exemplo.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
b. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
c. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
d. ( X ) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
e. ( ) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
Epicuro
48. Quando dizemos que o prazer é o fim, não queremos referir-nos aos prazeres dos intemperantes ou aos produzidos pela sensualidade, como crêem certos ignorantes, que se encontram em desacordo conosco ou não nos compreendem, mas ao prazer de nos acharmos livres de sofrimento do corpo e de perturbações da alma.
Epicuro
A partir do trecho citado, é correto afirmar que a ética epicurista
(A) busca o equilíbrio entre os desejos sensuais e as restrições espirituais.
(B) funda sua idéia de prazer na negação do corpo em favor das alegrias do espírito.
(C) funda-se na noção de dever impessoal de negação do corpo.
(D) atribui ao corpo e à matéria a origem da infelicidade. (E) é um hedonismo que procura aliar prazer, senso de limite e serenidade.
53. O termo ataraxia designa o ideal da imperturbabilidade ou da serenidade da alma, em decorrência do domínio sobre as paixões ou da extirpação destas.
(Abbagnano, N. Dicionário de filosofia)
O termo ataraxia está fortemente ligado ao
(A) epicurismo e estoicismo.
(B) hermetismo e ao congruísmo.
(C) jansenismo e ao laxismo.
(D) idealismo transcendental.
(E) materialismo.
Outros
(Abbagnano, N. Dicionário de filosofia)
O termo ataraxia está fortemente ligado ao
(A) epicurismo e estoicismo.
(B) hermetismo e ao congruísmo.
(C) jansenismo e ao laxismo.
(D) idealismo transcendental.
(E) materialismo.
Outros
27. Tomamos inicialmente consciência da liberdade ou de seu contrário em nosso relacionamento com outros, e não no relacionamento com nós mesmos. Antes que se tornasse um atributo do pensamento ou uma qualidade da vontade, a liberdade era entendida como o estado do homem livre, que o capacitava a se mover, a se afastar de casa, a sair para o mundo e a se encontrar com outras pessoas em palavras e ações (...). A liberdade necessitava também de um espaço comum para encontrar a companhia de outros homens. (H. Arendt)
O conceito de liberdade acima descrito tem como referência a noção
(A) kantiana de autonomia, como a lei que cada indivíduo dá a si mesmo.
(B) hobbesiana de liberdade como ausência de impedimento externo.
(C) cristã de liberdade como um atributo da alma.
(D)) antiga de liberdade como um atributo público e político.
(E) moderna de liberdade como vitória da vontade sobre o desejo.
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O conceito de liberdade acima descrito tem como referência a noção
(A) kantiana de autonomia, como a lei que cada indivíduo dá a si mesmo.
(B) hobbesiana de liberdade como ausência de impedimento externo.
(C) cristã de liberdade como um atributo da alma.
(D)) antiga de liberdade como um atributo público e político.
(E) moderna de liberdade como vitória da vontade sobre o desejo.
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32.A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética existem há muitos séculos. A própria etimologia destes termos gera confusão, sendo que Ética vem do grego "ethos" que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de "mores", significando costumes. Sobre estes dois conceitos é correto afirmar:
53. A arte como mímesis da physis corresponde ao pensamento característico do período:
A) Antigo.
B) Moderno.
C) Medieval.
D) Pós-Moderno.
E) Contemporâneo.
A) Antigo.
B) Moderno.
C) Medieval.
D) Pós-Moderno.
E) Contemporâneo.
Considere o texto para responder às questões de números 46 a 50.
"Por que os nossos sentidos nos enganam às vezes, quis supor que não havia coisa alguma que fosse tal como eles nos fazem imaginar. E, porque há homens que se equivocam ao raciocinar, mesmo no tocante às mais simples matérias de geometria, e cometem aí paralogismos, rejeitei como falsas, julgando que estava sujeito a falhar como qualquer outro, todas as razões que eu tomara até então por demonstrações. E enfim, considerando todos os mesmos pensamentos que temos quando despertos nos podem também ocorrer quando dormimos, sem que haja nenhum, nesse caso, que seja verdadeiro, resolvi fazer de conta que todas as coisas que até então haviam entrado no meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões de meus sonhos. Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capaz de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio de Filosofia que procurava."
(Discurso do Método, abril, 1979)
(Discurso do Método, abril, 1979)
47. Dentre as alternativas abaixo, aquela que indica o objeto de estudo da lógica é.
A) razão.
B) matéria.
C) intuição.
D) juízos de valor.
E) leis formais do pensamento.
A) razão.
B) matéria.
C) intuição.
D) juízos de valor.
E) leis formais do pensamento.
21. A ciência é um conhecimento racional dedutivo e demonstrativo como a matemática, portanto, capaz de provar a verdade necessária e universal de seus enunciados e resultados, sem deixar nenhuma dúvida.
(Chaui, M. Convite à Filosofia, p. 221)
O trecho acima resume qual concepção de ciência?
(A) Empirista.
(B) Construtivista.
(C) Quântica.
(D) Racionalista.
(E) Newtoniana.
(Chaui, M. Convite à Filosofia, p. 221)
O trecho acima resume qual concepção de ciência?
(A) Empirista.
(B) Construtivista.
(C) Quântica.
(D) Racionalista.
(E) Newtoniana.
67. Sabe-se que a ciência é uma atividade racional e, por isso, se vale das regras da lógica para fundamentar seus conhecimentos, no entanto a indução não parte das regras lógicas para se legitimar. Ela parte da experiência.
Com base no trecho, analise as seguintes afirmações.
I. Com base na observação de um grande número de experiências, por meio dos cinco sentidos, cria-se uma lei ou teoria científica.
II. Uma boa teoria deve permitir a falsificabilidade; quanto mais, melhor.
III. Com a indução, parte-se do particular para o universal; esse conceito utiliza a generalização para criar leis e teorias científicas.
IV. A ousadia, para conseguir progredir em busca de um conhecimento mais aprofundado sobre a realidade deve ser uma das características de uma boa teoria.
Segundo a Proposta Curricular, das afirmações, estão relacionadas a uma visão crítica da ciência apenas
(A) II e IV.
(B) I, III e IV.
(C) I, II e IV.
(D) III e IV.
(E) I, II e III.
Com base no trecho, analise as seguintes afirmações.
I. Com base na observação de um grande número de experiências, por meio dos cinco sentidos, cria-se uma lei ou teoria científica.
II. Uma boa teoria deve permitir a falsificabilidade; quanto mais, melhor.
III. Com a indução, parte-se do particular para o universal; esse conceito utiliza a generalização para criar leis e teorias científicas.
IV. A ousadia, para conseguir progredir em busca de um conhecimento mais aprofundado sobre a realidade deve ser uma das características de uma boa teoria.
Segundo a Proposta Curricular, das afirmações, estão relacionadas a uma visão crítica da ciência apenas
(A) II e IV.
(B) I, III e IV.
(C) I, II e IV.
(D) III e IV.
(E) I, II e III.
70. Uma situação de aprendizagem do ensino médio pretende desenvolver no aluno as competências e habilidades do exercício da reflexão crítica voltada à análise da construção social das subjetividades.
Assinale a alternativa que corresponde ao pensador cuja abordagem é adequada ao desenvolvimento dessas competências e habilidades, em conformidade com a Proposta Curricular.
(A) Sócrates.
(B) Paul Ricoeur.
(C) John Locke.
(D) Theodor Adorno.
(E) Max Stirner.
Assinale a alternativa que corresponde ao pensador cuja abordagem é adequada ao desenvolvimento dessas competências e habilidades, em conformidade com a Proposta Curricular.
(A) Sócrates.
(B) Paul Ricoeur.
(C) John Locke.
(D) Theodor Adorno.
(E) Max Stirner.
39. Uma passagem dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Médio ensina: "Graças a uma história de pelo menos 2.500 anos, a Filosofia acumulou um vastíssimo corpo de conhecimentos, constituindo-se num dos maiores conjuntos bibliográficos de um único gênero. Esse conjunto poderia ser apresentado, simplificadamente, como uma moeda, que possui duas faces: uma refere-se às diversas dimensões sobre as quais a elaboração filosófica se produz, como, por exemplo, a natureza, a arte, a linguagem, a moral, o conhecimento etc; a outra refere-se às diversas perspectivas filosóficas em que essas dimensões são abordadas, os diferentes sistemas, diferentes tradições e correntes em Filosofia". Esta segunda face da moeda poderia parecer exterior ao filosofar propriamente dito, porém, ela pode ser experimentada no interior dos próprios textos filosóficos. No início da quarta parte do Discurso do método, por exemplo, Descartes indica a sua relação com certa escola de pensamento que desejava superar. Segundo ele, a verdade "eu penso, logo existo" era tão firme e certa que não poderia ser abalada nem pelas mais extravagantes suposições dos:
A) racionalistas
B) realistas
C) idealistas
D) deterministas
E) céticos
A) racionalistas
B) realistas
C) idealistas
D) deterministas
E) céticos
Segundo a explicação metafísica, todas as coisas que existem possuem uma natureza específica, pertencendo a uma determinada espécie de seres. As diferenças entre os seres são acidentais e não substanciais, uma vez que a substância é a estrutura necessária do ser. Com base nessa hipótese, pode-se afirmar que
(A) não é possível inferir das coisas qualquer perspectiva universalista.
(B) todas as coisas possuem somente uma existência particular.
(C) as diferenças entre os seres são unicamente acidentais.
(D) não existe uma estrutura necessária do ser.
(E) a explicação metafísica serviu de base para as correntes empiristas da filosofia.
(A) não é possível inferir das coisas qualquer perspectiva universalista.
(B) todas as coisas possuem somente uma existência particular.
(C) as diferenças entre os seres são unicamente acidentais.
(D) não existe uma estrutura necessária do ser.
(E) a explicação metafísica serviu de base para as correntes empiristas da filosofia.
24. Para Marilena Chauí, em vez de perguntar "que horas são?", podemos indagar "o que é o tempo?". Em vez de dizermos "ficou maluca?" ou "está sonhando?", podemos nos perguntar "o que é o sonho", a loucura, a razão?" (Convite à Filosofia. São Paulo, Ática, 1994). Portanto,
(A) não é possível diferenciar entre senso comum e atitude filosófica.
(B) filosofar implica assumir, no plano do pensamento, os mesmos parâmetros habitualmente empregados na vida cotidiana.
(C) filosofar significa ater-se à aceitação imediata da realidade.
(D) a filosofia começa pela reafirmação necessária das crenças e preconceitos do senso comum.
(E) a atitude filosófica diferencia-se estruturalmente do senso comum.
(A) não é possível diferenciar entre senso comum e atitude filosófica.
(B) filosofar implica assumir, no plano do pensamento, os mesmos parâmetros habitualmente empregados na vida cotidiana.
(C) filosofar significa ater-se à aceitação imediata da realidade.
(D) a filosofia começa pela reafirmação necessária das crenças e preconceitos do senso comum.
(E) a atitude filosófica diferencia-se estruturalmente do senso comum.
QUESTÃO 50
Um argumento lógico
A - é considerado válido se sua conclusão for verdadeira.
B - admite uma conclusão válida a partir de premissas inválidas.
C - é considerado válido se a verdade da conclusão decorrer necessariamente da verdade das premissas.
D - admite que se conclua uma falsidade de premissas verdadeiras, desde que o argumento seja válido.
28. Frente à natureza, entre seus múltiplos significados, podemos ver o homem como observador, pesquisador, configurador, mas também como explorador, expropriador e destruidor. Ao mesmo tempo, o homem é parte deste todo que se chama de "bioesfera". Podemos pensar que estes aspectos contraditórios fazem parte do processo antropológico que se formou paulatinamente ao longo da civilização. Pensando esta tensão dialética em termos filosóficos, em termos de razão, que tipo de desenvolvimento histórico da modernidade se encontra subjacente à crise ecológica que ameaçou a humanidade no século XX?
A) O esgotamento dos recursos, a contaminação do solo, da água, da atmosfera, a extinção das espécies, a ameaça atômica e a explosão demográfica.
B) O predomínio de uma racionalidade cognitiva-técnico-instrumental, uma razão subjetiva desprendida da razão objetiva e tomada como soberana e senhora do mundo.
C) A realização do ditado bíblico: "crescei e dominai a terra".
D) A forma como a sociedade é organizada, onde pessoas passam fome, crianças são jogadas no lixo, onde o aumento da riqueza produz o aumento da pobreza e da fome no mundo.
E) A razões políticas histórico-contingentes, como o nazismo, o fascismo, o stalinismo.
Um argumento lógico
A - é considerado válido se sua conclusão for verdadeira.
B - admite uma conclusão válida a partir de premissas inválidas.
C - é considerado válido se a verdade da conclusão decorrer necessariamente da verdade das premissas.
D - admite que se conclua uma falsidade de premissas verdadeiras, desde que o argumento seja válido.
28. Frente à natureza, entre seus múltiplos significados, podemos ver o homem como observador, pesquisador, configurador, mas também como explorador, expropriador e destruidor. Ao mesmo tempo, o homem é parte deste todo que se chama de "bioesfera". Podemos pensar que estes aspectos contraditórios fazem parte do processo antropológico que se formou paulatinamente ao longo da civilização. Pensando esta tensão dialética em termos filosóficos, em termos de razão, que tipo de desenvolvimento histórico da modernidade se encontra subjacente à crise ecológica que ameaçou a humanidade no século XX?
A) O esgotamento dos recursos, a contaminação do solo, da água, da atmosfera, a extinção das espécies, a ameaça atômica e a explosão demográfica.
B) O predomínio de uma racionalidade cognitiva-técnico-instrumental, uma razão subjetiva desprendida da razão objetiva e tomada como soberana e senhora do mundo.
C) A realização do ditado bíblico: "crescei e dominai a terra".
D) A forma como a sociedade é organizada, onde pessoas passam fome, crianças são jogadas no lixo, onde o aumento da riqueza produz o aumento da pobreza e da fome no mundo.
E) A razões políticas histórico-contingentes, como o nazismo, o fascismo, o stalinismo.
"A ciência tem início quando se compreende que o universo é um todo natural, com comportamentos imutáveis e próprios - comportamentos que podem ser determinados pela razão humana, mas que estão além do controle da ação humana".
(CORNFORD, 2001, p. 9)
31. Com base nos estudos sobre o nascimento da Filosofia, analise as frases abaixo.
I. Quanto ao distanciamento do ser com relação ao objeto externo, no desenvolvimento da raça humana, a descoberta de que existem coisas exteriores ao ser deve localizar-se em tempos remotos. Mas uma coisa é fazer esta descoberta, e outra coisa bastante diferente é chegar à ideia de que esses objetos externos possuem uma natureza própria, estranha à natureza do homem, e que não exibem nem simpatia nem hostilidade pelas paixões e desejos do ser humano.
II. No homem, bem como nos animais superiores, o primeiro uso da inteligência foi estabelecer meios de alcançar os fins práticos que não podem ser alcançados de imediato. Assim, a inteligência, em todos os tempos, não atendeu exclusivamente aos objetivos da ação.
III. A princípio o alcance do pensamento era limitado pelas imperiosas necessidades da ação. Eram selecionadas na medida em que entravam para as atividades humanas. Não eram interessantes pelo que são em si mesmas, mas como coisas com as quais podemos fazer algo ou que podem agir sobre nós.
Sobre a chamada época pré-científica na história do pensamento filosófico, conclui-se que:
A) I, II e III estão corretas;
B) Somente I está correta;
C) Somente II está correta;
D) Somente I e II estão corretas;
E) Somente I e III estão corretas;
32. Segundo o Relatório Belmont de 1978, os princípios éticos básicos que devem ser levados em conta na bioética são: o respeito pelas pessoas, a beneficência e a justiça. Este relatório foi reformulado por Tom Beauchamp e James Childress e, ao publicarem o livro Princípios da ética biomédica, acrescentaram, entre outras coisas, o princípio da não maleficência, desmembrando-o do princípio da beneficência.
Assinale a alternativa que melhor define o princípio da não maleficência aplicado à ética dos profissionais da saúde:
A) Não fazer juízos sobre os pacientes.
B) Curar o paciente.
C) Se não se pode fazer o bem a um paciente, curando-o, por exemplo, deve-se, ao menos, evitar causar-lhe mal.
D) Fazer o menor mal possível.
E) Se um profissional da saúde não pode fazer o bem ao paciente, deve, ao menos, causar-lhe pequenos danos.
(CORNFORD, 2001, p. 9)
31. Com base nos estudos sobre o nascimento da Filosofia, analise as frases abaixo.
I. Quanto ao distanciamento do ser com relação ao objeto externo, no desenvolvimento da raça humana, a descoberta de que existem coisas exteriores ao ser deve localizar-se em tempos remotos. Mas uma coisa é fazer esta descoberta, e outra coisa bastante diferente é chegar à ideia de que esses objetos externos possuem uma natureza própria, estranha à natureza do homem, e que não exibem nem simpatia nem hostilidade pelas paixões e desejos do ser humano.
II. No homem, bem como nos animais superiores, o primeiro uso da inteligência foi estabelecer meios de alcançar os fins práticos que não podem ser alcançados de imediato. Assim, a inteligência, em todos os tempos, não atendeu exclusivamente aos objetivos da ação.
III. A princípio o alcance do pensamento era limitado pelas imperiosas necessidades da ação. Eram selecionadas na medida em que entravam para as atividades humanas. Não eram interessantes pelo que são em si mesmas, mas como coisas com as quais podemos fazer algo ou que podem agir sobre nós.
Sobre a chamada época pré-científica na história do pensamento filosófico, conclui-se que:
A) I, II e III estão corretas;
B) Somente I está correta;
C) Somente II está correta;
D) Somente I e II estão corretas;
E) Somente I e III estão corretas;
32. Segundo o Relatório Belmont de 1978, os princípios éticos básicos que devem ser levados em conta na bioética são: o respeito pelas pessoas, a beneficência e a justiça. Este relatório foi reformulado por Tom Beauchamp e James Childress e, ao publicarem o livro Princípios da ética biomédica, acrescentaram, entre outras coisas, o princípio da não maleficência, desmembrando-o do princípio da beneficência.
Assinale a alternativa que melhor define o princípio da não maleficência aplicado à ética dos profissionais da saúde:
A) Não fazer juízos sobre os pacientes.
B) Curar o paciente.
C) Se não se pode fazer o bem a um paciente, curando-o, por exemplo, deve-se, ao menos, evitar causar-lhe mal.
D) Fazer o menor mal possível.
E) Se um profissional da saúde não pode fazer o bem ao paciente, deve, ao menos, causar-lhe pequenos danos.
ótimas questões. mas não há gabarito?
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