Filosofia Medieval
Santo Agostinho
34.De acordo com o pensamento Tomista, a filosofia pode prestar um precioso serviço á fé, exceto:
a) Negando as coisas que são ditas pela revelação sem uma autêntica demonstração racional.
b) Ilustrando, por meio de certas semelhanças, as coisas que pertencem à fé.
c) Opondo-se às coisas que são ditas pela fé.
d) Demonstrando aquelas coisas que são preâmbulos da fé.
e) N.D.R
48. No período da Idade Média em que a Escolástica se desenvolveu de maneira mais fecunda, identifica-se a filosofia aristotélicotomista que utiliza tanto as luzes da razão divina quanto as luzes da razão natural:
Esta visão filosófica está evidenciada, na seguinte alternativa.
A) A filosofia cristã escolástica defende as verdades teológicas que predominam sobre a verdade intelectiva, diferentemente da Alta Idade Média.
B) As mudanças fundamentais na cultura iniciam-se na Baixa Idade Média mas sem o desenvolvimento do gosto pelo racional.
C) A suma Teológica de Tomás de Aquino representa a mais alta expressão da possível conciliação entre a fé e a razão.
D) O lema que norteia a base doutrinária do dogma cristão ao longo do pensamento tomista.
E) O conteúdo das verdades da revelação divina é contrário às verdades oriundas da razão.
Santo Agostinho
38. Aurelius Augustinus ou Santo Agostinho como é tradicionalmente identificado deixou um legado no qual se situam obras como Contra os Acadêmicos (escrita em 386), Solilóquios (387), Do Livre-Arbítrio (388-395), De Magistro (389), Confissões (400), Espírito e Letra (412), A Cidade de Deus (413-426) e as Retratações (413-426). Quase todas assumiram caráter polêmico, em decorrência dos diversos conflitos que o bispo de Hipona teve de enfrentar. À síntese que realizou, ele mesmo deu a denominação de "filosofia cristã".
Nesse contexto o filósofo estabelece a relação entre Fé e Razão, tema sobre o qual, nas alternativas abaixo, apenas não é possível afirmar:
A) O núcleo em torno do qual gravitavam as ideias agostinianas é o conceito de beatitude, entretanto, esta não foi fruto de procedimento intelectual, e sim de ato de intuição e de fé;
B) O problema da felicidade constitui, para Agostinho, a motivação do pensar filosófico;
C) A filosofia é, para Agostinho, a essência da relação entre Fé e Razão, destinada a um fim que encontra suas razões existenciais nela mesma;
D) A Razão relaciona-se, em Agostinho, duplamente com a Fé: precede-a e é sua consequência;
E) Na filosofia agostiniana é necessário compreender para crer e crer para compreender;
Nesse contexto o filósofo estabelece a relação entre Fé e Razão, tema sobre o qual, nas alternativas abaixo, apenas não é possível afirmar:
A) O núcleo em torno do qual gravitavam as ideias agostinianas é o conceito de beatitude, entretanto, esta não foi fruto de procedimento intelectual, e sim de ato de intuição e de fé;
B) O problema da felicidade constitui, para Agostinho, a motivação do pensar filosófico;
C) A filosofia é, para Agostinho, a essência da relação entre Fé e Razão, destinada a um fim que encontra suas razões existenciais nela mesma;
D) A Razão relaciona-se, em Agostinho, duplamente com a Fé: precede-a e é sua consequência;
E) Na filosofia agostiniana é necessário compreender para crer e crer para compreender;
38.Sobre Santo Agostinho, é correto afirmar:
a) Sempre teve um comportamento moral exemplar, desde jovem.
b) Foi o principal representante da Escolástica.
c) Após sua mocidade, profundamente desviada moralmente, se converteu ao cristianismo em Milão.
d) Teve, até o fim de sua vida, sérios atritos com Ambrósio, bispo de Milão, por descordar de suas idéias.
e) Converteu-se primeiramente ao protestantismo, de onde absorveu algumas idéias, e só depois converteu-se ao catolicismo.
Tomás de Aquino
11. Tomás de Aquino (1224 - 1274), na Suma Teológica destaca a distinção entre fé e razão e redefine a sua relação, em diálogo com a tradição filosófica e teológica. Sobre a relação: fé e razão, podemos dizer que para Aquino:
A) A filosofia e a teologia têm a mesma autoridade na definição das verdades da fé;
B) A filosofia é autônoma no conhecimento e a teologia, na fé;
C) Fé e razão se contrapõem. Mas deve-se preferir a teologia à filosofia;
D) A teologia natural é idêntica à filosofia.
E) Nem a razão e nem a revelação seriam capazes de nos enganar, se o nosso espírito compreendesse plenamente os dados da fé;
39.Nascido na Itália, em uma família nobre, Santo Tomás de Aquino foi o maior expoente da filosofia escolástica. Sobre este filósofo pode-se afirmar:
a) Demonstrou a irracionalidade da fé.
b) Foi influenciado apenas pelo pensamento latino de Cícero.
c) Recebeu grande influência de Platão.
d) Recebeu grande influência de Aristóteles.
e) Demonstrou que filosofia e teologia não se distinguem.
a) Demonstrou a irracionalidade da fé.
b) Foi influenciado apenas pelo pensamento latino de Cícero.
c) Recebeu grande influência de Platão.
d) Recebeu grande influência de Aristóteles.
e) Demonstrou que filosofia e teologia não se distinguem.
34.De acordo com o pensamento Tomista, a filosofia pode prestar um precioso serviço á fé, exceto:
a) Negando as coisas que são ditas pela revelação sem uma autêntica demonstração racional.
b) Ilustrando, por meio de certas semelhanças, as coisas que pertencem à fé.
c) Opondo-se às coisas que são ditas pela fé.
d) Demonstrando aquelas coisas que são preâmbulos da fé.
e) N.D.R
48. No período da Idade Média em que a Escolástica se desenvolveu de maneira mais fecunda, identifica-se a filosofia aristotélicotomista que utiliza tanto as luzes da razão divina quanto as luzes da razão natural:
Esta visão filosófica está evidenciada, na seguinte alternativa.
A) A filosofia cristã escolástica defende as verdades teológicas que predominam sobre a verdade intelectiva, diferentemente da Alta Idade Média.
B) As mudanças fundamentais na cultura iniciam-se na Baixa Idade Média mas sem o desenvolvimento do gosto pelo racional.
C) A suma Teológica de Tomás de Aquino representa a mais alta expressão da possível conciliação entre a fé e a razão.
D) O lema que norteia a base doutrinária do dogma cristão ao longo do pensamento tomista.
E) O conteúdo das verdades da revelação divina é contrário às verdades oriundas da razão.
Guilherme de Ockham
71. Segundo Chauí em Convite à Filosofia (2000), o teólogo inglês Guilherme de Ockham (1285-1347) fez uma grande contribuição à teoria política medieval ao introduzir como um dos critérios para determinar a legitimidade e a justiça de um poder a ideia
(A) do homem como animal político.
(B) do direito natural subjetivo.
(C) da dupla investidura.
(D) do corpo político do rei.
(E) do princípio petríneo.
71. Segundo Chauí em Convite à Filosofia (2000), o teólogo inglês Guilherme de Ockham (1285-1347) fez uma grande contribuição à teoria política medieval ao introduzir como um dos critérios para determinar a legitimidade e a justiça de um poder a ideia
(A) do homem como animal político.
(B) do direito natural subjetivo.
(C) da dupla investidura.
(D) do corpo político do rei.
(E) do princípio petríneo.
28. Que porém um público se esclareça a si mesmo é perfeitamente possível; mais do que isso, se lhe for dada a liberdade, é quase inevitável. Pois encontrar-se-ão sempre alguns indivíduos capazes de pensamento próprio (...) que, depois de terem sacudido de si mesmos o jugo da menoridade, espalharão em redor de si o espírito de uma avaliação racional do próprio valor e da vocação de cada homem em pensar por si mesmo.
Iluminismo
O texto acima transcrito pode ser corretamente interpretado como um exemplo frisante:
(A) dos esforços tomistas de conciliação entre a razão e a fé.
(B) da crítica pós-moderna ao racionalismo.
(C) das primeiras formulações do ceticismo grego.
(D) dos filósofos do período helenista.
(E)) do racionalismo iluminista.
Renascimento
36. É característica do movimento que costumamos designar por Renascimento a
(A) hostilidade completa em relação à filosofia clássica, sobretudo a de Platão e Aristóteles.
(B)) clara busca pela separação entre fé e razão, natureza e religião, política e Igreja.
(C) ênfase na autoridade das Sagradas Escrituras e na filosofia cristã de modo geral.
(D) concepção hierárquica de universo e de ordem política.
(E) crítica ao conhecimento produzido pelos órgãos dos sentidos.
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Iluminismo
O texto acima transcrito pode ser corretamente interpretado como um exemplo frisante:
(A) dos esforços tomistas de conciliação entre a razão e a fé.
(B) da crítica pós-moderna ao racionalismo.
(C) das primeiras formulações do ceticismo grego.
(D) dos filósofos do período helenista.
(E)) do racionalismo iluminista.
Renascimento
36. É característica do movimento que costumamos designar por Renascimento a
(A) hostilidade completa em relação à filosofia clássica, sobretudo a de Platão e Aristóteles.
(B)) clara busca pela separação entre fé e razão, natureza e religião, política e Igreja.
(C) ênfase na autoridade das Sagradas Escrituras e na filosofia cristã de modo geral.
(D) concepção hierárquica de universo e de ordem política.
(E) crítica ao conhecimento produzido pelos órgãos dos sentidos.
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Filosofia Moderna
30 - Entre as características da ciência moderna, em contraponto à ciência medieval e à ciência antiga, não se inclui
A - uma independência cada vez maior da visão de mundo aristotélica.
B - a maior matematização da física e das demais ciências.
C - desconfiança das explicações teleológicas.
D - a substituição do modelo heliocêntrico do universo em prol do modelo geocêntrico.
Descartes30 - Entre as características da ciência moderna, em contraponto à ciência medieval e à ciência antiga, não se inclui
A - uma independência cada vez maior da visão de mundo aristotélica.
B - a maior matematização da física e das demais ciências.
C - desconfiança das explicações teleológicas.
D - a substituição do modelo heliocêntrico do universo em prol do modelo geocêntrico.
16. De acordo com René Descartes (1569-1650), o mais importante não é "[...] ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem". E é com essa compreensão que ele escreve o Discurso do Método, estabelecendo os quatro preceitos do método, através dos quais ele chegou à verdade.
Assim é incorreto afirmar que para Descartes:
A) A primeira verdade não contém em si a segunda verdade;
B) Os sentidos podem nos conduzir ao engano, e por isso, o conhecimento à sua base pode ser considerado falso;
C) Os raciocínios matemáticos podem ser colocados em dúvida;
D) A primeira verdade é uma dedução racional, a partir da dúvida universal;
E) A evidência é o critério supremo para o conhecimento verdadeiro. 37. Precisamos nos desfazer de todas as idéias, de todas as crenças recebidas, ou seja, libertarmo-nos de todas as tradições, de todas as autoridades, se quisermos alguma vez reencontrar a pureza nativa da nossa razão, chegar à certeza da verdade. (A. Koyré)
É correto afirmar que, nessa passagem, Koyré se refere
(A) à necessidade que tem o cético de permanecer em dúvida, por considerar impossível alcançar qualquer certeza.
(B) à proposta de São Tomás de Aquino de integrar o costume à razão para obter o conhecimento das coisas.
(C)) ao momento em que Descartes precisou da dúvida para se desfazer de idéias pré-concebidas e fundar uma ciência inteiramente baseada na razão.
(D) à continuidade do projeto renascentista de dominação da natureza que Bacon implementou no final do século XVI.
(E) à origem da crítica da razão pura, promovida por Kant em resposta ao racionalismo do século XVII.
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38. Essas longas cadeias de razões (...), de que os geômetras costumam servir-se para chegar às suas mais difíceis demonstrações, haviam-me dado ocasião de imaginar que todas as coisas possíveis de cair sob o conhecimento dos homens seguem-se umas às outras da mesma maneira, e que, contanto que nos abstenhamos somente de aceitar por verdadeira qualquer que não o seja, e que guardemos sempre a ordem necessária para deduzi-las umas das outras, não pode haver quaisquer tão afastadas a que não se chegue por fim, nem tão ocultas que não se descubram. (Descartes)
É correto afirmar que, no trecho acima, Descartes defende que
(A) não se pode obter o conhecimento da verdade.
(B) o método geométrico descreve a realidade física.
(C) o senso comum é o início de todo conhecimento científico.
(D) o conhecimento deve partir das coisas mais complexas para as mais simples.
(E)) a essência do pensamento matemático é a invenção de relações e de uma ordem entre as relações.
55. "Assim toda a filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica, o tronco é a física, e os ramos que saem deste tronco são todas as outras ciências, que se reduzem às três principais, a saber: a medicina, a mecânica e a moral". Essa afirmativa é parte fundamental da obra de:
A) Aristóteles.
B) Pierre Levy.
C) René Descartes.
D) Tomás de Aquino.
E) Nicolla Machiavelli.
B) Pierre Levy.
C) René Descartes.
D) Tomás de Aquino.
E) Nicolla Machiavelli.
46. O texto caracteriza o pensamento do seguinte filósofo:
(A) Aristóteles.
(B) Descartes.
(C) Epicuro.
(D) Platão.
(E) Rousseau.
47. A afirmação "Penso, logo existo" inaugura uma nova abordagem filosófica do
(A) ceticismo renascentista.
(B) hedonismo contemporâneo.
(C) estoicismo moderno.
(D) subjetivismo moderno.
(E) objetividade cultural.
48. Assinale a alternativa correta.
(A) Se sonho que estou acordado, meus pensamentos são mais verdadeiros.
(B) Se durmo quando estou acordado, meus pensamentos são menos verdadeiros.
(C) Se acordo depois de sonhar, meus pensamentos são mais verdadeiros.
(D) Se estou acordado ou dormindo, faço de conta que meus pensamentos são falsos.
(E) Se estou acordado ou dormindo, faço de conta que meus pensamentos são verdadeiros.
49. Assinale a alternativa correta.
(A) O primeiro princípio da filosofia é a falsidade de meu pensamento.
(B) O primeiro princípio da filosofia é o ceticismo metódico.
(C) O primeiro princípio da filosofia é fazer de conta que meus pensamentos são falsos.
(D) O primeiro princípio da filosofia é que eu sou alguma coisa diferente das outras coisas.
(E) O primeiro princípio da filosofia é a veracidade de minha existência.
50. "Penso, logo existo" significa que
(A) minha alma pensa.
(B) meu corpo pensa.
(C) minha alma sente.
(D) meu corpo sente.
(E) meu corpo existe.
O modo de pensar substancialista, que identificava profundidades, é substituído pela matemática enquanto modelo da realidade física, coisa impensável para os escolásticos. Aquele mundo composto de qualidades, significados e fins, que a matemática não podia interpretar, é suplantado por um mundo quantitativo e, portanto, matematizável, no qual não há mais traços de qualidades, de valores, de fins e de profundidade. O mundo qualitativo, de origem aristotélica, cede e desaparece lentamente. (...) "A natureza é opaca, silenciosa, inodora e incolor: é apenas a impetuosa sucessão da matéria, sem fim e sem motivo". (...) O movimento e a quantidade substituem os genera e as species da cosmologia tradicional (...) Na natureza, deixa de haver a visão hierárquica e as finalidades das coisas."
(Reali e Antiseri. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 1990, p.137)
O processo descrito pelos autores é utilizado para exemplificar com maior grau de propriedade o sistema filosófico do seguinte pensador:
(A) Kant.
(B) Aristóteles.
(C) Berkeley.
(D) Hegel.
(E) Descartes.
40. Na abertura do Discurso do Método, Descartes, incisivamente, afirma aquilo que, para ele, é a coisa do mundo melhor partilhada. Para ele, esta coisa é:
A) a fé
B) a ignorância
C) o bom senso
D) a dúvida
E) a certeza
57. O que há de fundamental e básico [neste caso] é a constituição reflexiva do poder da razão de representar, na instância da subjetividade, a realidade naquilo que ela tem de objetivo. E com isso se fundamenta metafisicamente a apreensão lógico-matemática do real.
É correto afirmar que, no parágrafo acima, Franklin L. e Silva refere-se à
(A) importância da filosofia de Bacon para o desenvolvimento da ciência moderna.
(B) gênese da filosofia analítica e de sua crítica às concepções correntes de linguagem.
(C) importância da filosofia da A. Comte para a posterior constituição do empirismo-lógico.
(D) concepção cartesiana de conhecimento que marca o pensamento moderno.
(E) visão da Escola de Frankfurt acerca das relações entre sujeito e conhecimento.
É correto afirmar que, no parágrafo acima, Franklin L. e Silva refere-se à
(A) importância da filosofia de Bacon para o desenvolvimento da ciência moderna.
(B) gênese da filosofia analítica e de sua crítica às concepções correntes de linguagem.
(C) importância da filosofia da A. Comte para a posterior constituição do empirismo-lógico.
(D) concepção cartesiana de conhecimento que marca o pensamento moderno.
(E) visão da Escola de Frankfurt acerca das relações entre sujeito e conhecimento.
E ainda que esteja decidido a falar aqui muito de figuras e números, porque não se podem pedir a nenhuma das outras disciplinas exemplos tão evidentes e tão certos, quem, no entanto, prestar atenção à minha idéia aperceber-se-á facilmente de que estou a pensar nada menos do que nas matemáticas vulgares e que exponho outra disciplina de que elas são mais roupagem do que partes. Esta disciplina deve conter efetivamente os primeiros rudimentos da razão humana e se estender para fazer brotar verdades a respeito de qualquer assunto.
René Descartes
A passagem acima refere-se a mathesis universalis que Descartes pretendia fundar e que influenciou intensamente o racionalismo moderno. A partir do mesmo texto, é correto afirmar que a disciplina a que Descartes se refere
(A) é aplicável apenas aos objetos da matemática, como grandezas numéricas e figuras geométricas.
(B) é a somatória dos métodos e resultados da aritmética e da geometria.
(C) tem escopo bastante restrito, limitando-se apenas a objetos que podem ser traduzidos em números.
(D) tem escopo de validade irrestrito, estendendo-se a todos os objetos da razão humana.
(E) deriva suas proposições da observação, da experimentação e da generalização por indução.
Descartes acreditava "nada saber" em física se não obtivesse o equivalente de uma certeza matemática. Nesse ponto, Locke toma Descartes ao pé da letra: estando estabelecido que uma tal certeza, na física, está fora de alcance, dela não podemos saber nada, propriamente falando. Essa resignação é o suficiente para mostrar que, muito embora a evidência demonstrativa não possa ser transferida para questões de fato, ela pode continuar desempenhando o papel de escala de apreciação.
Gérard Lebrun
Com base na comparação entre Locke e Descartes feita por Lebrun, é correto afirmar:
(A) Apesar de empirista, Locke mantém a posição cartesiana que situa na demonstração matemática o modelo do conhecimento por excelência.
(B) Ao reconhecer que a demonstração matemática não tem lugar na física, Locke rompe com o quadro epistemológico de Descartes.
(C) A demonstração matemática não encontra lugar no quadro epistemológico desenhado por Locke, pois ela é destituída de fundamento empírico.
(D) A física moderna, em vez da matemática, é que fornece o modelo de conhecimento tanto para o empirismo de Locke quanto para o racionalismo de Descartes, pois nela combinam-se a demonstração matemática e a testabilidade empírica.
(E) Por ter compreendido Descartes de forma literal, Locke empreendeu uma crítica superficial ao cartesianismo, limitada à mera recusa das idéias inatas.
Sobre o racionalismo cartesiano, é incorreto afirmar:
a. ( ) A verdade deve ser afirmada pela razão.
b. ( X ) A razão não pode provar a existência de Deus.
c. ( ) É possível duvidar da existência de tudo, menos do sujeito que pensa.
d. ( ) A razão é capaz de fornecer a natureza e as origens do conhecimento.
e. ( ) O costume não é uma fonte adequada para fundamentar o conhecimento.
No sistema de pensamento cartesiano, como se pode compreender a Natureza?
a. ( ) A Natureza possui um dinamismo próprio, independente de Deus.
b. ( ) A Natureza foi criada por Deus seguindo leis incompreensíveis ao homem.
c. ( ) A Natureza consiste numa criação da razão humana, e não se pode provar sua existência.
d. ( X ) A Natureza pode ser compreendida como uma máquina regida por leis matemáticas.
e. ( ) A Natureza é absolutamente subjetiva, sendo impossível que todos a compreendam da mesma forma.
11. Descartes empregou um método universal para o conhecimento.
Qual das seguintes alternativas não está de acordo com o método cartesiano?
a. ( X ) Nada pode ser aceito como verdade mesmo quando reconhecido como tal.
b. ( ) Deve-se dividir os problemas em tantas partes quanto possível.
c. ( ) A reflexão deve seguir uma ordem definida, começando com o que for mais simples.
d. ( ) Deve-se ter certeza de que tudo foi examinado, sem omissões.
e. ( ) A ordem da reflexão pode ser inteiramente fictícia.
A filosofia cartesiana exerceu profundo impacto sobre as reflexões posteriores a respeito do conhecimento.
Assinale a alternativa que define um desses impactos.
a. ( ) O pensamento de Descartes deu profundidade filosófica ao raciocínio indutivo, influenciando gerações de filósofos posteriores.
b. ( ) O pensamento de Descartes resolveu definitivamente o antigo problema do dualismo entre mente e corpo.
c. ( ) O pensamento de Descartes, a partir da prova da existência de Deus, permitiu a filósofos cristãos contemporâneos subordinarem a filosofia à teologia.
d. ( X ) O pensamento de Descartes pode ser considerado como uma das origens da corrente racionalista de Spinoza e Leibniz, entre outros.
e. ( ) O pensamento de Descartes pode ser visto como uma afirmação da autoridade dos dogmas religiosos e dos costumes na fundamentação da moral.
Há já algum tempo me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas opiniões falsas como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados, não podia ser senão mui duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências. Descartes
A partir desse texto que abre as Meditações Metafísicas de Descartes, é correto afirmar que
(A) a filosofia cartesiana toma como ponto de partida a dúvida metódica e só admite como verdadeiro o conhecimento que a ela for capaz de resistir.
(B) o cartesianismo é uma modalidade moderna da filosofia cética, já que nega a evidência de todo o conhecimento que o precedeu.
(C) a filosofia de Descartes não é capaz de demonstrar a verdade das teses que propõe, já que desde o início se pauta pela dúvida.
(D) o cartesianismo tem aspirações modestas e recusa a possibilidade de fundar um conhecimento certo e indubitável.
(E) a filosofia de Descartes pretende passar todo conhecimento pelo crivo da dúvida apenas para assegurar a veracidade da tradição metafísica que a precedeu.
Galileu Galilei
QUESTÃO 46
Certos pensadores foram capazes de sintetizar grande parte do pensamento de um período em uma única frase. A época de Galileu Galilei foi marcada por inúmeras diatribes com a Igreja Católica e pelo surgimento de uma nova maneira de pensar. A frase "o livro da natureza está escrito em linguagem matemática" sintetiza
A - o desprezo de Galileu por Deus e por qualquer explicação de caráter metafísico embasada em entidades supranaturais.
B - a defesa do heliocentrismo, tese introduzida por Nicolau Copérnico.
C - a superação da filosofia platônica com seu apreço excessivo pela construção lógica.
D - a inversão entre religião e ciência com relação à prioridade sobre a enunciação da verdade.
12. Galileu Galilei (1564-1642), considerado o criador da ciência moderna, e um dos maiores astrônomos de todos os tempos, devido as observações pioneiras que fez com o telescópio. Promoveu uma mudança de método, determinando a história da ciência moderna. Essa mudança consiste no uso do método rigoroso e controlado - da matemática -, também no campo dos objetos físicos. Afirmando que "[...] o livro da natureza está escrito em caracteres matemáticos" e que, "sem um conhecimento dos mesmos, os homens não poderão compreendê-lo". Assim, podemos afirmar que:
I. Para o conhecimento científico todos os objetos físicos são da mesma natureza, podendo ser tratados de modo idêntico;
II. Os primeiros princípios do método científico de Galileu são: observação, experimentação e regularidade matemática;
III. Galileu se aproxima dos pitagóricos, distanciando-se de Arquimedes;
IV. Para Galileu tudo aquilo que se apresenta à nossa observação está escrito em linguagem lógica;
Quais as afirmações corretas?
A) I e II
B) I e III
C) II e IV
D) III e IV
E) I e IV
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Certos pensadores foram capazes de sintetizar grande parte do pensamento de um período em uma única frase. A época de Galileu Galilei foi marcada por inúmeras diatribes com a Igreja Católica e pelo surgimento de uma nova maneira de pensar. A frase "o livro da natureza está escrito em linguagem matemática" sintetiza
A - o desprezo de Galileu por Deus e por qualquer explicação de caráter metafísico embasada em entidades supranaturais.
B - a defesa do heliocentrismo, tese introduzida por Nicolau Copérnico.
C - a superação da filosofia platônica com seu apreço excessivo pela construção lógica.
D - a inversão entre religião e ciência com relação à prioridade sobre a enunciação da verdade.
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13. Nicolau Maquiavel (1469 - 1527), na obra O Príncipe, tem como problema central, como chegar e se manter no poder. E para resolver esse problema ele abandona a forma metafísica tradicional e adota o "realismo político", que apresenta leis universais de luta pelo poder, a partir de um estudo empírico, que, no caso, depende de duas coordenadas teóricas, que são:
A) Filosofia política (Política) e Filosofia moral (Moral);
B) Filosofia da história (História) e Psicologia humana (Antropologia);
C) Filosofia moral (Moral) e Retórica;
D) Filosofia política e Psicologia humana (Antropologia);
E) Filosofia moral (Moral) e Filosofia da história (História)
39. É por isso necessário a um príncipe que deseje manter seus domínios saber como praticar o mal, e fazer uso disso ou não de acordo com a necessidade. (Maquiavel)
A partir do trecho acima, pode-se afirmar corretamente que, para Maquiavel, a virtude cívica é a
(A) qualidade de flexibilidade moral que se exige de um príncipe ou governante.
(B) capacidade de adquirir riqueza para o Estado.
(C) observação das quatro virtudes cardeais: temperança, justiça, coragem e sabedoria.
(D) capacidade de ser cruel e desse modo causar medo aos adversários.
(E) a possibilidade de ser irracional, se necessário.
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47. Uma das grandes novidades da filosofia política de Maquiavel consiste no modo como ele compreende a oposição fortuna/virtù, isto é, entre os fatores contingentes e exteriores e os fatores autônomos e virtuosos da ação humana.
Assinale a alternativa que exprime corretamente o pensamento de Maquiavel sobre a oposição fortuna/virtù no nível da política.
(A) A virtù do príncipe consiste num conjunto fixo de qualidades morais que ele oporá à fortuna, lutando contra ela.
(B) O príncipe deve agir de maneira maquiavélica, de modo que os fins da fortuna sempre justifiquem os meios da virtù.
(C) A virtù do príncipe consiste precisamente na arte de governar de modo a sempre proporcionar a fortuna de seus súditos.
(D) A virtù é a capacidade do príncipe de ser flexível às circunstâncias da fortuna, mudando com elas, a fim de dominá-las.
(E) Os vícios éticos do príncipe, quando revertidos em virtù política, servem para enfrentar a fortuna em sua busca de poder.
44. É comum considerarmos a obra de Maquiavel como uma ruptura em relação à tradição do pensamento político greco-romano e cristão. É correto afirmar como características dessa ruptura:
(A) a secularização da política e o distanciamento de ideais normativos ético-religiosos.
(B) o recurso à experimentação científica e o abandono da ética.
(C) o distanciamento de ideais normativos éticoreligiosos e o recurso à experimentação científica.
(D) o abandono da ética e a secularização da política.
(E) o recurso à experimentação científica e a secularização da política.
Locke
41. ... devemos considerar em que estado todos os homens se acham naturalmente, sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e regular-lhes as posses e pessoas conforme acharem conveniente, dentro dos limites da lei de natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem. (Locke)
Nesse trecho, Locke define a liberdade como:
(A) licenciosidade, ou direito de fazer o que se quiser.
(B) agir de acordo com a lei civil.
(C) ausência de autoridade religiosa.
(D)) não estar sujeito ao arbítrio de ninguém.
(E) exercício da virtude moral.
40.Sobre John Locke é correto afirmar:
a) Foi uma das grandes expressões do Empirismo italiano.
b) Divide as idéias, ou representações, em Idéias Simuladas, Idéias Simultâneas e Idéias Vagas.
c) Divide suas idéias em proporcionais e desproporcionais.
d) Foi uma grande expressão do Impressionismo Inglês.
e) Divide suas idéias ou representações em Idéias Simples e Idéias Complexas.
29.Sobre John Locke, estão incorretas:
I. Estava interessado nos tópicos tradicionais da filosofia: o Eu, o Mundo, Deus e as bases do conhecimento.
II. Está entre os filósofos empiristas, assim chamados devido a abrirem espaço para a ciência junto à filosofia, valorizando a experiência como fonte de conhecimento.
III. Viajou fora da Inglaterra, especialmente na França, onde ampliou o seu horizonte cultural, entrou em contato com movimentos filosóficos diversos, em especial com o
racionalismo.
IV. A maior parte de sua obra se caracteriza pela oposição ao autoritarismo, em todos os níveis: individual, político e religioso.
a) I, II e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) I e IV, apenas.
e) N.D.R.
50. John Locke afirma que o homem entra em sociedade com a finalidade de:
A) julgar, legislar e executar ações com os mesmos objetivos.
B) eliminar as disparidades nas relações humanas.
C) estruturar as relações econômicas.
D) criar o Poder Legislativo.
E) preservar a propriedade.
65. O filósofo inglês John Locke (1632-1704) é considerado como um dos principais teóricos do Liberalismo.
A teoria liberal
(A) estabelece a ideia de origem divina do poder e da justiça, fundada nas virtudes do bom governante.
(B) defende que o Estado deve elaborar as regras e normas das atividades econômicas, segundo suas necessidades.
(C) estabelece uma teoria da propriedade privada como direito natural.
(D) afirma que o Estado tem o direito de legislar, permitir e proibir tudo quanto pertença à esfera privada, especialmente por meio da censura do pensamento.
(E) acredita que o monarca é responsável pela decisão sobre impostos, tributos e taxas, sendo livre para intervir nas relações da sociedade civil.
68. É INCORRETO afirmar que a teoria econômico-política denominada neoliberalismo
(A) propõe o controle dos gastos públicos através do corte drástico dos encargos sociais.
(B) defende um vasto programa de privatização.
(C) defende a intervenção do Estado na economia por meio de investimentos para distribuição de renda e promoção do bem-estar social.
(D) propõe a realização de reformas fiscais capazes de incentivar os investimentos privados.
(E) defende a auto-regulação da economia através do próprio mercado, sem a interferência do Estado.
A teoria liberal
(A) estabelece a ideia de origem divina do poder e da justiça, fundada nas virtudes do bom governante.
(B) defende que o Estado deve elaborar as regras e normas das atividades econômicas, segundo suas necessidades.
(C) estabelece uma teoria da propriedade privada como direito natural.
(D) afirma que o Estado tem o direito de legislar, permitir e proibir tudo quanto pertença à esfera privada, especialmente por meio da censura do pensamento.
(E) acredita que o monarca é responsável pela decisão sobre impostos, tributos e taxas, sendo livre para intervir nas relações da sociedade civil.
68. É INCORRETO afirmar que a teoria econômico-política denominada neoliberalismo
(A) propõe o controle dos gastos públicos através do corte drástico dos encargos sociais.
(B) defende um vasto programa de privatização.
(C) defende a intervenção do Estado na economia por meio de investimentos para distribuição de renda e promoção do bem-estar social.
(D) propõe a realização de reformas fiscais capazes de incentivar os investimentos privados.
(E) defende a auto-regulação da economia através do próprio mercado, sem a interferência do Estado.
Utilize o texto para responder às questões de números 22 e 23.
"Se fosse adequado incomodá-lo com a história deste Ensaio, deveria dizer-lhe que cinco ou seis amigos reunidos em meu quarto, e discorrendo acerca de assunto bem remoto do presente, ficaram perplexos, devido às dificuldades que surgiram de todos os lados. Após termos por certo tempo nos confundido, sem nos aproximarmos de nenhuma solução acerca das dúvidas que nos tinham deixado perplexos, surgiu em meus pensamentos que seguimos o caminho errado, e, antes de nós nos iniciarmos em pesquisas desta natureza, seria necessário examinar nossas próprias habilidades e averiguar quais objetos são e quais não são adequados para serem tratados por nossos entendimentos."
(John Locke. Ensaio acerca do Entendimento Humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999)
22. A qual corrente filosófica pertenceu John Locke?
(A) Empirismo.
(B) Metafísica.
(C) Estoicismo.
(D) Existencialismo.
(E) Teoria crítica.
23. Acerca do texto e das concepções sobre a natureza do conhecimento, segundo Locke, é correto afirmar que
(A) essa concepção sobre os limites do conhecimento alicerçou a metafísica moderna.
(B) embora de acordo com concepções muito diferentes sobre a natureza do conhecimento, há certa similaridade entre Locke e Kant, somente no que diz respeito à intenção de "averiguar quais objetos são e quais não são adequados para serem tratados por nossos entendimentos".
(C) os resultados da pesquisa empreendida por Locke o levaram a contestar as bases da corrente empirista da filosofia.
(D) a perplexidade relatada por Locke em nada se relaciona com as pesquisas filosóficas futuramente empreendidas por David Hume.
(E) as conclusões relatadas por Locke serviram como fundamento para a formulação da concepção de verdades absolutas na filosofia.
"Se fosse adequado incomodá-lo com a história deste Ensaio, deveria dizer-lhe que cinco ou seis amigos reunidos em meu quarto, e discorrendo acerca de assunto bem remoto do presente, ficaram perplexos, devido às dificuldades que surgiram de todos os lados. Após termos por certo tempo nos confundido, sem nos aproximarmos de nenhuma solução acerca das dúvidas que nos tinham deixado perplexos, surgiu em meus pensamentos que seguimos o caminho errado, e, antes de nós nos iniciarmos em pesquisas desta natureza, seria necessário examinar nossas próprias habilidades e averiguar quais objetos são e quais não são adequados para serem tratados por nossos entendimentos."
(John Locke. Ensaio acerca do Entendimento Humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999)
22. A qual corrente filosófica pertenceu John Locke?
(A) Empirismo.
(B) Metafísica.
(C) Estoicismo.
(D) Existencialismo.
(E) Teoria crítica.
23. Acerca do texto e das concepções sobre a natureza do conhecimento, segundo Locke, é correto afirmar que
(A) essa concepção sobre os limites do conhecimento alicerçou a metafísica moderna.
(B) embora de acordo com concepções muito diferentes sobre a natureza do conhecimento, há certa similaridade entre Locke e Kant, somente no que diz respeito à intenção de "averiguar quais objetos são e quais não são adequados para serem tratados por nossos entendimentos".
(C) os resultados da pesquisa empreendida por Locke o levaram a contestar as bases da corrente empirista da filosofia.
(D) a perplexidade relatada por Locke em nada se relaciona com as pesquisas filosóficas futuramente empreendidas por David Hume.
(E) as conclusões relatadas por Locke serviram como fundamento para a formulação da concepção de verdades absolutas na filosofia.
Leia o texto para responder às questões de números 25 a 27.
"Na medida em que nesse processo a indústria cultural inegavelmente especula sobre o estado de consciência e inconsciência de milhões de pessoas às quais ela se dirige, as massas não são, então, o fator primeiro, mas um elemento secundário, um elemento de cálculo; acessório da maquinaria. O consumidor não é rei, como a indústria cultural gostaria de fazer crer, ele não é o sujeito dessa indústria, mas seu objeto. O termo mass media, que se introduziu para designar a indústria cultural, desvia, desde logo, a ênfase para aquilo que é inofensivo. Não se trata nem das massas em primeiro lugar, nem das técnicas de comunicação como tais, mas do espírito que lhes é insuflado, a saber, a voz de seu senhor. A indústria cultural abusa da consideração com relação às massas para reiterar, firmar e reforçar a mentalidade destas, que ela toma como dada a priori e imutável. É excluído tudo pelo que essa atitude poderia ser transformada. As massas não são a medida mas a ideologia da indústria cultural, ainda que esta última não possa existir sem a elas se adaptar."
(Theodor W. Adorno. A indústria cultural. In: Cohn, Gabriel (org.).Theodor W. Adorno. São Paulo, Ática, 1996)
O contratualismo esteve entre as posições dominantes da filosofia política moderna. "Na medida em que nesse processo a indústria cultural inegavelmente especula sobre o estado de consciência e inconsciência de milhões de pessoas às quais ela se dirige, as massas não são, então, o fator primeiro, mas um elemento secundário, um elemento de cálculo; acessório da maquinaria. O consumidor não é rei, como a indústria cultural gostaria de fazer crer, ele não é o sujeito dessa indústria, mas seu objeto. O termo mass media, que se introduziu para designar a indústria cultural, desvia, desde logo, a ênfase para aquilo que é inofensivo. Não se trata nem das massas em primeiro lugar, nem das técnicas de comunicação como tais, mas do espírito que lhes é insuflado, a saber, a voz de seu senhor. A indústria cultural abusa da consideração com relação às massas para reiterar, firmar e reforçar a mentalidade destas, que ela toma como dada a priori e imutável. É excluído tudo pelo que essa atitude poderia ser transformada. As massas não são a medida mas a ideologia da indústria cultural, ainda que esta última não possa existir sem a elas se adaptar."
(Theodor W. Adorno. A indústria cultural. In: Cohn, Gabriel (org.).Theodor W. Adorno. São Paulo, Ática, 1996)
A idéia de um contrato social que assegure a instituição de um estado liberal é característica de
(A) Maquiavel.
(B) Hobbes.
(C) Hume.
(D) Descartes.
(E) Locke.
De acordo com Locke, o conhecimento é formado a partir das experiências. Assim sendo, ele distingue entre as diferentes ideias que podem ser formadas a partir da experiência de um determinado objeto.
Assinale a alternativa incorreta a respeito das ideias em Locke:
a. ( X ) A mente possui ideias inatas, que são bases para o conhecimento.
b. ( ) Existem ideias advindas dos sentidos como a visão e a audição.
c. ( ) Ideias de reflexão são provenientes de operações mentais.
d. ( ) A mente forma ideias complexas a partir de ideias simples.
e. ( ) Existem ideias simples, que não são criadas pela mente.
23. Em sua teoria do conhecimento, John Locke utiliza o conceito de qualidades dos objetos, distinguindo entre qualidades primárias e secundárias.
Considerando-se um objeto como uma barra de chocolate ao leite comum, qual seria a alternativa em que se apresenta, na ordem, uma qualidade primária e uma secundária dessa barra?
a. ( ) Marrom e retangular.
b. ( ) Marrom e doce.
c. ( ) Doce e marrom.
d. ( ) Doce e retangular.
e. ( X ) Retangular e doce.
24. Sobre a teoria do conhecimento em Locke, é correto afirmar:
a. ( ) Como o conhecimento se encerra nas ideias, não se pode falar de um conhecimento "real".
b. ( ) A demonstração é o grau mais fundamental do conhecimento.
c. ( X ) O conhecimento é a percepção da concordância ou da discordância de qualquer das nossas ideias.
d. ( ) Embora as ideias sejam a matéria do conhecimento, elas não são, por si mesmas, objeto do conhecimento.
e. ( ) Existem três tipos de proposições: mentais, verbais e julgamentos.
Berkeley
29. Berkeley está persuadido de juntar-se à certeza dos homens ao declarar que a palavra "ser" tem dois sentidos diferentes e dois sentidos apenas: o de "perceber" e o de "ser percebido". Dizer que um espírito existe é dizer que ele percebe (e também, acrescenta Berkeley, que ele quer e age). Dizer que uma coisa existe é dizer que ela é percebida. A idéia metafísica de um ser material situado por trás do objeto e, por essa razão, inacessível deve, portanto, ser rejeitada inteiramente.
Ferdinand Alquié
Segundo o texto de Alquié, é correto afirmar:
(A) A ontologia de Berkeley o leva ao ceticismo, já que nega a existência da matéria e a validade das idéias gerais e abstratas.
(B) As duas definições propostas por Berkeley implicam a recusa da noção metafísica de matéria e da filosofia da representação.
(C) Para Berkeley, todo espírito percebe alguma coisa e, portanto, é forçoso admitir a existência da matéria.
(D) Berkeley concede um estatuto problemático à existência dos objetos da percepção, pois, para ele, o referente de nossas percepções é sempre indeterminável.
(E) A ontologia de Berkeley o inscreve na filosofia da representação, pois nossas percepções devem sempre corresponder a algo existente fora da mente.
37. "Imaterialismo. Termo criado pelo filósofo x para indicar a doutrina da negação de existência da realidade corpórea e da redução desta a ideias impressas nos espíritos finitos diretamente por Deus (...). Essa doutrina foi denominada e denomina-se mais comumente idealismo. O argumento fundamental adotado pelo filósofo x em favor do Imaterialismo é que as coisas e suas propriedades não são mais que ideias que, para existirem, precisam ser percebidas (esse est percipi), portanto, pensar coisas que não sejam percebidas equivale a defini-las como "não pensadas", mesmo enquanto são pensadas."
(Dicionário Abbagnano de Filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2000).
O pensador x designado é
(A) Kant.
(B) Aristóteles.
(C) Berkeley.
(D) Hegel.
(E) Descartes.
Leia o texto para às questões de números 38 e 39.
"Ideias metafísicas do Livro do Desassossego [?]
A única realidade para mim são as minhas sensações. Eu sou uma sensação minha. Portanto nem da minha própria existência estou certo. Posso está-lo apenas daquelas sensações a que eu chamo minhas. A verdade? É uma coisa exterior? Não posso ter a certeza dela, porque não é uma sensação minha, e eu só destas tenho a certeza".
(Fernando Pessoa. Livro do Desassossego)
38. De acordo com as concepções expressadas no texto, Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa, pode ser definido, com maior propriedade, como um pensador
(A) empirista.
(B) metafísico.
(C) idealista.
(D) estóico.
(E) platônico.
39. Assinale a alternativa que apresenta filósofos que correspondem, com maior propriedade, às concepções expressadas no texto.
(A) Berkeley e Hume.
(B) Sócrates e Platão.
(C) Kant e Hegel.
(D) Descartes e Kant.
(E) Hume e Hegel.15 SEED0902/09-PEBII-Filosofia-20-tarde
38. Na primeira de suas Meditações Metafísicas, René Descartes coloca em marcha seu método dubitativo. Na sua filosofia, o objetivo último de tal procedimento era:
A) mostrar que não podemos confiar em nada
B) evidenciar que os sentidos nos enganam
C) estabelecer a incerteza como espírito filosófico
D) alcançar uma verdade primeira que fosse segura
E) demonstrar que a razão não desvenda os mistérios das coisas
Hume
43. O sol não nascerá amanhã é uma proposição tão inteligível e implica tanta contradição como o sol nascerá amanhã. Seria inútil, portanto, toda tentativa de demonstrar sua falsidade. Se fosse demonstrativamente falsa, implicaria contradição e não poderia jamais ser distintamente concebida pela mente. (Hume)
No excerto acima, é correto dizer que, segundo Hume:
(A)) é impossível provar demonstrativamente um fato da natureza.
(B) a afirmação o sol nascerá amanhã é científica.
(C) somos incapazes de imaginar o contrário de uma questão de fato.
(D) algo pode ser verdadeiro e falso ao mesmo tempo.
(E) a matemática deve servir de método para o estudo da natureza.
_________________________________________________________
42. David Hume apresenta as duas seguintes classes de percepções mentais:
A) as fortes e dominadas pelos pensamentos ou ideias e as mais fracas dominadas pelos sentidos, pelas impressões.
B) as ilimitadas devido à nossa liberdade e as limitadas pela negação da atividade do livre pensar.
C) as racionalizadoras das ações e as conduzidas pelo devaneio.
D) as vividas e experienciadas e as ilusórias.
E) as sensoriais e as extrassensoriais.
D. Hume. Investigação sobre o entendimento humano. L. Vallandro (Trad.). In: Os pensadores. V. XXIII: Berkeley e Hume. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 137.
Em relação ao texto e, mais amplamente, à filosofia de Hume, é correto afirmar que a metafísica é uma
A - ciência que lida apenas com questões de fato.
B - ciência que lida apenas com relações de idéias.
C - pseudo-ciência.
D - ciência que lida tanto com questões de fato quanto com relações de idéias.
25. Hume pode ser considerado como um dos principais filósofos empiristas modernos.
A respeito do pensamento de Hume sobre o conhecimento, é incorreto afirmar:
a. ( ) Todos os conhecimentos não lógicos baseiam-se nas sensações.
b. ( X ) Conhecimentos metafísicos podem ser provados como verdadeiros.
c. ( ) As percepções da mente humana se dividem em impressões e ideias.
d. ( ) Todas as ideias cujas impressões se assemelham são associadas na mente.
e. ( ) É possível fundamentar o conhecimento com base na indução.
26. A corrente filosófica do ceticismo tem em Hume um de seus principais expoentes.
Assinale a alternativa que não reflete o ceticismo humeano.
a. ( X ) Podemos ter conhecimentos sobre questões de fato e sobre relações de ideias.
b. ( ) Devemos examinar nossas faculdades antes de nos certificarmos de nossas experiências.
c. ( ) A crença na razão, nos sentidos e na memória é um instinto natural do ser humano.
d. ( ) A ciência humana consiste nas conclusões da vida comum, metódicas e corrigidas.
e. ( ) Defender a existência do Deus cristão é, filosoficamente falando, absurdo.
27. Ao aplicar seu método às questões morais, Hume constrói uma filosofia moral.
Assinale a alternativa que se coaduna com a reflexão de Hume sobre a moral.
a. ( ) A razão é perfeitamente capaz de apreender o sentido da moral.
b. ( ) A justiça é algo natural, pois é uma virtude, ou seja, um motivo justo para agir.
c. ( ) O bem supremo do ser humano existe naturalmente e pode ser entendido.
d. ( X ) A moralidade é mais propriamente sentida do que julgada.
e. ( ) As ações morais podem ser provadas como verdadeiras ou falsas.
. O filósofo empirista David Hume celebrizou-se por sua crítica à concepção clássica da causalidade. Qual das afirmações abaixo resume a posição desse filósofo acerca da relação de causa e efeito?
(A) A causalidade é inteiramente estéril para o conhecimento dos objetos da experiência.
(B) A causalidade indica uma ligação essencial, pois o ser do efeito está contido em potência no ser da causa.
(C) A causalidade é dada a priori para o entendimento humano.
(D) A causalidade é uma relação externa aos objetos, tributária do hábito e da repetição de seqüências observáveis na experiência.
(E) A causalidade é inteiramente desprovida de validade no quadro conceitual do ceticismo humiano
42. David Hume dedicou grande parte de seu trabalho filosófico à investigação acerca do entendimento humano, especialmente no que diz respeito às relações entre idéias e impressões, isto é, sensações. Para ele:
A) as idéias são fracas e obscuras; enquanto as impressões, isto é, sensações, são fortes e vivas
B) as idéias são fracas e obscuras; bem como as impressões, isto é, sensações, que também são fracas e obscuras
C) as idéias são fortes e vivas; enquanto as impressões, isto é, sensações, são fracas e obscuras
D) as idéias são fortes e vivas; bem como as impressões, isto é, sensações, que também são fortes e vivas
E) as idéias são às vezes fracas e obscuras, às vezes fortes e vivas; bem como as impressões, isto é, sensações, que também são às vezes fracas e obscuras, às vezes são fortes e vivas
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Thomas Hobbes
15. Os contratualismos de Thomas Hobbes (1588-1679) e de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) são formas distintas de instituir e legitimar o Estado. Sendo que para Hobbes o objetivo é garantir a paz e para Rousseau, a essência do homem, a liberdade. Desta forma é correto afirmar que:
A) Para Hobbes e Rousseau a monarquia é a melhor forma de governo;
B) Para Hobbes e Rousseau não há direito sem o Estado;
C) Para Hobbes e Rousseau o mais racional é viver no Estado justo;
D) Para Hobbes e Rousseau o contrato é o meio através do qual se estabelece os direitos e deveres do Soberano e dos súditos;
E) Para Hobbes a verdadeira liberdade é a "natural", em oposição à "dos súditos" e para Rousseau a verdadeira liberdade é a "natural" em oposição à "convencional".
40. Desta guerra de todos contra todos os homens também isto é conseqüência: nada pode ser injusto. As noções de bem e de mal, de justiça e de injustiça, não podem aí ter lugar. Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça. (Hobbes)
Nesse trecho, retirado do Leviatã, Hobbes considera que:
(A) os valores morais são anteriores à existência das leis civis.
(B) o bem e o mal são valores absolutos, mas deles não depende a definição do justo e do injusto.
(C) naturalmente os homens tendem a criar o Estado e as leis.
(D)) é o Estado que determina o sentido da lei.
(E) em nome do direito de propriedade os homens exigem a instituição do Estado.
_________________________________________________________
28.Thomas Hobbes foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês. Sobre sua obra Leviatã, podemos afirmar:
a) Explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades.
b) Defende a necessidade do governante de basear suas forças em exércitos próprios, não em mercenários.
c) Explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a capacidade do homem de viver independente de governos.
d) Defende a necessidade do governante de basear suas forças em exércitos mercenários e não constituir exércitos próprios.
e) N.D.R
A - A melhor forma de governo é a democracia.
B - O direito à vida é inalienável, isto é, ninguém pode abdicar-se dele.
C - O homem nasce naturalmente bom, mas é corrompido pela sociedade.
D - O objetivo da política é tentar devolver o homem ao estado de natureza.
Na deliberação, o último apetite ou aversão imediatamente anterior à ação ou à omissão desta é o que se chama vontade, o ato (não a faculdade) de querer. Os animais, dado que são capazes de deliberações, devem necessariamente ter também vontade. A definição da vontade vulgarmente dada pelas Escolas, como apetite racional, não é aceitável. Porque se assim fosse não poderia haver atos voluntários contra a razão.
Thomas Hobbes, Leviatã
Considere os itens a seguir.
I. Para Hobbes, a vontade é necessariamente irracional.
II. O tratamento hobbesiano da vontade privilegia o ato sobre a potência.
III. O reconhecimento de que os animais têm vontade compromete Hobbes com a tese de que os animais têm direitos.
IV. O apetite racional, para Hobbes, é o elemento determinante da ação.
V. Atos voluntários contra a razão não são inteligíveis, segundo Hobbes, se a vontade é tratada como apetite racional.
Está(ão) correto(s) apenas o(s) item(ns)
a) II.
b) I e II.
c) II, III e IV.
d) IV e V.
e) II e V.
Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley e David Hume são alguns dos mais importantes nomes da tradição empirista, corrente filosófica desenvolvida especialmente na Inglaterra e nos países de língua inglesa. No pensamento de Hume, é fundamental sua conclusão sobre o que se pode chamar de "identidade pessoal". Para ele, o "eu" é definido como:
A) feixe de percepções
B) folha em branco
C) substância pensante
D) sujeito transcendental
E) espírito absoluto
Thomas Hobbes é conhecido por sua descrição do estado de natureza como um estado de guerra de todos os homens contra todos os homens. Para superar essa condição inicial de insegurança Hobbes propõe a instituição de um Estado
(A) pautado por um ideal de isonomia e igualdade social.
(B) civil mediante um pacto que transfere todo direito natural dos indivíduos a um soberano.
(C) liberal que assegure o direito à propriedade privada e às liberdades do indivíduo.
(D) pautado por valores democráticos, no plano político, e pelo mercado, no econômico.
(E) fundado no despotismo esclarecido e nos ideais iluministas.
Francis Bacon
14. Francis Bacon (1561 - 1626), chamado por muitos como o filósofo da idade industrial, da ciência planificada, rejeita a filosofia de Aristóteles, como sendo uma filosofia estéril para a produção de obras que beneficiassem a vida do homem e propõe um novo método para alcançar o domínio da natureza, mediante o conhecimento.
A sua "Grande Instauração" consiste em dois momentos distintos, que são:
A) Experiência e indução;
B) Experiência e dedução;
C) Teoria dos ídolos e indução;
D) Teoria dos ídolos e experiência;
E) Indução e dedução.
Francis Bacon dizia que Saber é poder e Descartes que A ciência deve tornar-nos senhores da natureza. Essas frases dão testemunho paradigmático de que a ciência moderna
(A) é essencialmente teórico-contemplativa.
(B) visa ao despotismo político perante a natureza.
(C) antepõe o voluntarismo à observação objetiva.
(D) tem um caráter explicitamente antiecológico.
(E) busca intervir na natureza para controlá-la.
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Rousseau (Contrato social)
Qual das seguintes afirmações a respeito dessa célebre frase, que abre o Contrato Social, NÃO PODE SER ASSOCIADA ao pensamento de Rousseau?
(A) Rousseau considera que a desigualdade entre os homens seja criada pela sociedade.
(B) Todo tipo de relação social implica subordinação.
(C) Rousseau faz uma crítica ao processo de civilização do homem.
(D) Os homens são naturalmente livres porque nasceram naturalmente iguais.
(E)) Os reis governam por direito divino.
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30.Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo suíço, escritor, teórico político e um compositor musical autodidata. Sobre esse filósofo pode-se afirmar que:
a) Rousseau foi uma das principais inspirações ideológicas da primeira fase da Revolução Francesa.
b) Inspirados nas idéias de Rousseau, os revolucionários defendiam o princípio da soberania burguesa e igualdade de direitos.
c) Rousseau é associado frequentemente às idéias capitalistas e considerando um opositor do socialismo e comunismo.
d) Seu pensamento político, baseado na idéia da bondade natural do homem, levou-o a criticar em diversas ocasiões a naturalização, a injustiça e a opressão da sociedade contemporânea.
e) Rousseau é associado frequentemente às idéias anticapitalistas e considerado um antecessor do socialismo e comunismo.
a) Rousseau foi uma das principais inspirações ideológicas da primeira fase da Revolução Francesa.
b) Inspirados nas idéias de Rousseau, os revolucionários defendiam o princípio da soberania burguesa e igualdade de direitos.
c) Rousseau é associado frequentemente às idéias capitalistas e considerando um opositor do socialismo e comunismo.
d) Seu pensamento político, baseado na idéia da bondade natural do homem, levou-o a criticar em diversas ocasiões a naturalização, a injustiça e a opressão da sociedade contemporânea.
e) Rousseau é associado frequentemente às idéias anticapitalistas e considerado um antecessor do socialismo e comunismo.
A - o estado de natureza é um estado de guerra de todos contra todos.
B - a democracia direta ou participativa é a forma mais justa de governo.
C - a soberania do governo é ilimitada.
D - as leis impedem a realização da liberdade humana.
72. A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.
(Rousseau, Do contrato social)
De acordo com Rousseau, a ordem social está fundamentada
(A) no controle militar da população.
(B) na autoridade eclesiástica.
(C) num pacto social.
(D) no direito do mais forte.
(E) na autoridade monárquica, que se impõe por direito divino.
73. Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos,
enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo.
(Rousseau, J.- J. Do contrato social)
Para Rousseau, o soberano é
(A) a instituição parlamentar.
(B) a vontade geral da aristocracia.
(C) o poder executivo.
(D) o povo, entendido como vontade geral.
(E) o rei, por direito divino.
48. O primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer: "Isto é meu", e encontrou pessoas bastante simples para crê-lo, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil.
(Rousseau,J.-J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens)
Esta célebre passagem de Rousseau pressupõe que os homens, antes do surgimento da sociedade civil, viviam num estado de natureza, no qual
(A) prevaleciam apenas os adaptados.
(B) reproduziam-se as leis do Éden.
(C) não havia propriedade privada.
(D) havia regras sociais comunitárias.
(E) o homem era o lobo do homem.
51. A passagem trata de
(A) gratuidade da cidadania.
(B) existência do homem.
(C) corrupção.
(D) independência do cidadão.
(E) patriotismo.
52. O indivíduo é ao mesmo tempo homem e cidadão. Então,
(A) a existência do homem é absoluta e a do cidadão é relativa.
(B) a existência do indivíduo é natural e a dos outros é relativa.
(C) a existência particular é comum e a existência geral é absoluta.
(D) a existência do indivíduo é independente e a causa comum é gratuita.
(E) a existência do homem é particular e a do cidadão é geral.
53. O homem tem vontade particular e o cidadão tem vontade geral, logo,
(A) o homem e o cidadão não se corrompem.
(B) o homem não se corrompe.
(C) o cidadão corrompe o homem.
(D) o homem corrompe o cidadão.
(E) o cidadão arruína o Estado.
54. Quando o interesse particular é diferente do interesse comum, a contribuição para a causa comum é
(A) um prazer.
(B) um ônus.
(C) um erro.
(D) uma injustiça.
(E) uma opção.
55. O que arruína o corpo político é
(A) ter uma existência absoluta e naturalmente independente.
(B) não desfrutar os direitos do cidadão.
(C) não contribuir para a causa comum.
(D) ter uma vontade particular diversa da vontade geral.
(E) ter um interesse particular diferente do interesse comum.
Immanuel Kant
17. Imanuel Kant (1724-1804), afirma na Crítica da razão pura, que as ciências (matemática e física) passaram do "tatear" ao conhecimento científico, devido a uma "revolução súbita", uma mudança de método, uma mudança na maneira de pensar, que consiste em compreender que:
I. "[...] só conhecemos a priori das coisas o que nós mesmos nelas pomos";
II. "Os juízos matemáticos são todos sintéticos";
III. "[...] a própria experiência é uma forma de conhecimento que exige concurso do entendimento, [...]";
IV. "Na metafísica, (...), deve haver juízos sintéticos a priori [...]".
Quais as afirmações corretas?
A) I e IV
B) I e III
C) II e IV
D) II e III
E) III e IV
19. Imanuel Kant (1724-1804), afirma na Fundamentação da metafísica dos costumes, que o imperativo categórico é o imperativo da moralidade. Estabelecendo a fórmula: "Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal". A partir dessa obra, podemos afirmar que:
I. O princípio da moral se fundamenta na razão humana e não nos resultados;
II. A moral não precisa ser ensinada, mas explicada;
III. O imperativo categórico é um juízo formal, analítico;
IV. A autonomia é o fundamento da dignidade.
Quais as alternativas corretas?
A) III e IV
B) II e IV
C) II e III
D) I e IV
E) I e III
20. Imanuel Kant (1724-1804), afirma na obra Crítica da faculdade do juízo, que "entre a faculdade cognitiva e a faculdade apetitiva situa-se o sentimento do prazer, como a faculdade do juízo entre o entendimento e a razão". Dessa forma assinale com V as alternativas corretas e com F as falsas.
( ) O sublime é o que somente pelo fato de poder também pensá-lo prova uma faculdade do ânimo que ultrapassa todo padrão de medida dos sentidos;
( ) O verdadeiro sublime pode estar contido na forma sensível, como também nas ideias da razão;
( ) O juízo reflexivo, pensa o particular como contido no universal;
( ) O juízo reflexivo remonta do particular ao universal;
( ) O juízo estético oferece a fundamentação transcendental da moral.
A sequência correta de cima para baixo é:
A) V - F - V - V - F
B) V - F - F - F - F
C) V - F - V - V - V
D) F - F - V - V - F
E) V - F - F - V - F
----------------------------
44. Até agora, diz Kant, a metafísica tem sido uma insensatez dogmática. Tem sido a pretensão de conhecer aqueles seres que, justamente, escapam de toda possibilidade humana de conhecimento (...). Essa metafísica não é possível. (M. Chaui)
Costumou-se designar o pensamento de Kant de filosofia crítica porque:
(A) é uma vertente do ceticismo grego.
(B) propõe que a filosofia seja somente uma crítica ao dogmatismo.
(C)) estabelece limites à possibilidade de conhecimento da razão.
(D) defende que não temos meios de conhecer nada.
(E) pretende conhecer os objetos centrais da metafísica: Deus, alma, substância etc.
35. O homem tem uma inclinação para associar-se porque se sente mais como homem num tal estado pelo desenvolvimento de suas disposições naturais. Mas ele também tem uma forte tendência a separar-se, porque encontra em si uma qualidade insociável que o leva a querer conduzir tudo simplesmente em seu proveito, esperando oposição de todos os lados [...] Esta oposição é a que, despertando todas as forças do homem, o leva a superar sua tendência à preguiça e, movido pela busca de projeção, pela ânsia de dominação ou pela cobiça, a proporcionar-se uma posição entre os companheiros que ele não atura, mas dos quais não pode prescindir. (Kant)
A partir do trecho citado, é correto afirmar que para Kant:
(A) tal como para Rousseau, a sociedade corrompe a natureza boa e livre dos homens.
(B) o Estado significa a abdicação da liberdade natural e o fim dos conflitos.
(C) a sociabilidade natural do homem é a responsável pelo seu desenvolvimento histórico.
(D) a insociabilidade humana atrapalha o curso do desenvolvimento histórico da espécie.
(E)) o antagonismo das disposições humanas é o responsável por seu desenvolvimento.
------------
36.Qual das alternativas abaixo está de acordo com a concepção Kantiana a respeito da estética e do belo?
a) O sentimento do Belo é determinado pela realidade empírica do objeto e, portanto, inteiramente dependente dos condicionamentos individuais; deste modo, o sentimento do belo é a posterirori e, como tal, incapaz de fundamentar a
validade universal e necessária dos juízos estéticos.
b) O juízo estético é uma intuição do inteligível no sensível, não uma intuição objetiva, mas subjetiva. Esse juízo não tem valor cognitivo, não consiste num juízo sobre a perfeição do objeto e é válido independentemente dos conceitos e das sensações produzidas pelo objeto.
c) Existe uma antinomia fundamental entre a idéia de um gosto subjetivo, imbuído do que a sensibilidade comporta de contingência particular e arbitrária e a idéia de um gosto universal e necessário.
d) O juízo estético gera um conhecimento que brota da relação do sujeito com o objeto da arte, este conhecimento se funda no sentimento do prazer e do belo.
e) Acima de tudo existe o Belo em si, a idéia geral ou universal da beleza, que pode ser alcançada pela ascese dialética, permitindo ao filósofo participar da Beleza em si.
41. Para Kant, no século XVIII, crítica tem a ver com:
A) ethos filosóficos, resultante de um jogo natural de uma certa classe de seres.
B) definição das estruturas universais do conhecimento legítimo.
C) reconhecimento dos limites de nossos conhecimentos.
D) qualidades universais pertencentes ao ser como tal.
E) misticismo panteísta, transcendente e superior .
- Em todos os juízos em que for pensada a relação de um sujeito com o predicado (se considero apenas os juízos afirmativos, pois a aplicação aos negativos é posteriormente fácil), esta relação é possível de dois modos: ou o predicado B pertence ao sujeito A como algo contido (ocultamente) neste conceito A; ou B jaz completamente fora do conceito A, embora esteja em conexão com ele. No primeiro caso, denomino o juízo analítico, no outro, sintético.
Immanuel Kant. Crítica da Razão Pura. Valério Rohden (Trad.). In: Os pensadores. V. XXV: Kant, São Paulo: Abril Cultural, 1974, p. 27 (com adaptações).
Acerca da relação entre conhecimento e linguagem estabelecida por Kant , é correto afirmar que
A - todos os juízos sintéticos dependem do mundo para serem conhecidos; são, portanto, a priori.
B - todos os juízos analíticos a posteriori são necessários e universais.
C - todos os juízos matemáticos são analíticos a priori, ou seja, podem ser conhecidos por simples análise conceitual.
D - todos os juízos de experiência são sintéticos.
25 - Com base na filosofia moral de Kant, assinale a opção correta.
A - O dever moral consiste em maximizar a felicidade da humanidade.
B - Agir moralmente é um caminho seguro para alcançar a felicidade individual.
C - Quando há conflito entre felicidade e dever moral, deve-se sempre optar pelo último.
D - A felicidade consiste no exercício correto das virtudes.
77. O dever, longe de ser uma imposição externa feita à nossa vontade e nossa consciência, é a expressão de nossa liberdade, isto é, da presença da lei moral em nós (...). Obedecer ao dever é obedecer a si mesmo como ser racional que dá a si mesmo a lei moral.
A concepção de liberdade e dever descrita acima refere-se à filosofia moral de
(A) Sade.
(B) Foucault.
(C) Kant.
(D) Nietzsche.
(E) Sartre.
Desde a antiguidade, faz-se presente no senso comum a ideia de que a filosofia é inútil. Há um ditado popular que diz "A filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual". Mas os filósofos desenvolveram ao longo do tempo muitos pensamentos sobre a utilidade da filosofia. Por exemplo: para Platão, a filosofia é "um saber verdadeiro que deve ser usado em benefício dos seres humanos para que vivam numa sociedade feliz"; para Kant, a filosofia tem "como finalidade a felicidade humana"; e para Merleau-Ponty, ela serve para "ver e mudar nosso mundo". Seja qual for o modo como se determine a utilidade ou inutilidade da filosofia, diante dessa questão, a primeira atitude propriamente filosófica é
(A) definir a felicidade proporcionada pela filosofia.
(B) perguntar pelo que significa, nesse contexto, "utilidade".
(C) usar a filosofia para transformar e não para pensar o mundo.
(D) recolher a opinião dos grandes filósofos sobre o tema.
(E) pressupor que a filosofia é um fim em si mesmo.
43. Não se ensina filosofia; ensina-se a filosofar.
(Kant, I. Manual dos cursos de lógica geral)
Esta célebre frase de Kant expressa de modo sucinto e claro que a filosofia
(A) é imanente, ao passo que o filosofar é transcendente.
(B) aprende-se apenas através da atitude crítica do indivíduo.
(C) tem utilidade exclusivamente especulativa, mas não pedagógica.
(D) deixa de ser ensinada quando todos se atrevem a filosofar.
(E) deve substituir a memorização pela elucubração.
A vontade é um tipo de causalidade que pertence aos seres vivos enquanto racionais. A liberdade, então, seria a propriedade pela qual essa causalidade pode operar independentemente de determinação por causas externas. Da mesma forma, a necessidade natural é uma propriedade que caracteriza a causalidade de todos os seres não racionais, ou seja, a propriedade de serem eles determinados à atividade pela influência de causas externas.
(Kant, I. Fundamentação da metafísica dos costumes)
A citação acima estabelece uma distinção crítica fundamental entre
(A) causas eficientes e causas finais.
(B) razão prática e razão instrumental.
(C) liberdade racional e escravidão irracional.
(D) liberdade da vontade e necessidade natural.
(E) física da natureza e metafísica dos costumes.
35. Nada além da liberdade é necessário à ilustração; na verdade, o que se requer é a mais inofensiva de todas as coisas às quais esse termo pode ser aplicado, ou seja, a liberdade de fazer uso público da própria razão a respeito de tudo.
(Kant, I. O que ilustração?)
Baseando-se na citação acima, é correto afirmar que, para Kant, a vida social emancipada (isto é, a ilustração) pressupõe
(A) uma formação educacional ilustrada como condição de possibilidade da liberdade.
(B) o livre uso público da razão entendida como propriedade de todo ser humano.
(C) o caráter inofensivo e benevolente do uso público da razão.
(D) a necessidade de que cada indivíduo se ilustre para poder opinar a respeito de tudo.
(E) a necessidade de abandonar o uso privado da razão em favor do público.
QUESTÃO 49
Kant desenvolve sua filosofia moral em torno do chamado imperativo categórico, segundo o qual uma ação deve ser considerada moralmente boa se for possível estendê-la a todas as pessoas sem que, com isso, a ação torne-se inconcebível ou impraticável.
Considerando esse princípio, é correto identificar a moral kantiana a uma perspectiva
A - formal, em que os elementos contextuais são irrelevantes.
B - segundo a qual os resultados de uma ação determinam a moralidade dessa ação.
C - formal, em que elementos contextuais devem ser levados em conta.
D - segundo a qual as intenções dos agentes determinam a moralidade da ação.
Kant desenvolve sua filosofia moral em torno do chamado imperativo categórico, segundo o qual uma ação deve ser considerada moralmente boa se for possível estendê-la a todas as pessoas sem que, com isso, a ação torne-se inconcebível ou impraticável.
Considerando esse princípio, é correto identificar a moral kantiana a uma perspectiva
A - formal, em que os elementos contextuais são irrelevantes.
B - segundo a qual os resultados de uma ação determinam a moralidade dessa ação.
C - formal, em que elementos contextuais devem ser levados em conta.
D - segundo a qual as intenções dos agentes determinam a moralidade da ação.
Para a filosofia de Kant, o conhecimento da razão pode ser referido de dois modos a seu objeto. No prefácio para a segunda edição da Crítica da razão pura, ele então explica que há:
A) o modo teórico, visando apenas refletir sobre o objeto e seu conceito; e o modo prático, visando apenas determiná-lo
B) o modo teórico, visando apenas determinar o objeto e seu conceito; e o modo prático, visando apenas refletir sobre ele
C) o modo teórico, visando realizar ou tornar real o objeto e seu conceito; e o modo prático, visando apenas determiná-lo
D) o modo teórico, visando apenas determinar o objeto e seu conceito; e o modo prático, visando também realizá-lo ou torná-lo real
E) o modo teórico, visando apenas determinar o objeto e seu conceito; e o modo estético, visando também realizá-lo ou torná-lo real 43. Kant encontra-se em um momento decisivo da história da filosofia moderna. Esse momento fica evidente quando ele admite, no prefácio para a segunda edição da Crítica da razão pura, duas opções que poderia seguir seu pensamento: aceitar que os conceitos se regulam pelo objeto ou supor que os objetos se regulam pelos conceitos. Sua decisão por um desses dois caminhos é apoiada no que ele pensa ser a própria experiência. Para Kant:
A) A experiência não é um modo de conhecimento que requer entendimento, cuja regra teria que pressupor a priori em mim ainda antes de me serem dados objetos e que seria expressa em conceitos a priori.
B) A experiência é um modo de conhecimento que requer entendimento, cuja regra não tenho que pressupor a priori em mim ainda antes de me serem dados objetos e que é expressa em conceitos a posteriori.
C) A experiência é um modo de conhecimento que requer entendimento, cuja regra tenho que pressupor a posteriori em mim só depois de me serem dados objetos e que é expressa em conceitos a priori.
D) A experiência é um modo de conhecimento que requer entendimento, cuja regra tenho que pressupor a priori em mim ainda antes de me serem dados objetos e que é expressa em conceitos a posteriori.
E) A experiência é um modo de conhecimento que requer entendimento, cuja regra tenho que pressupor a priori em mim ainda antes de me serem dados objetos e que é expressa em conceitos a priori.
44. Kant afirma, a certa altura do prefácio para a segunda edição da Crítica da razão pura, que pretende escrever um tratado do método, e não um sistema da ciência em si. Seu objetivo, contudo, não era tão humilde quanto pode parecer, pois ele pretendia fazer o método até então usado na metafísica passar por uma "completa revolução". Esta revolução está relacionada ao fato de Kant afirmar que:
A) No conhecimento a priori não se pode acrescentar aos objetos nada a não ser o que o objeto pensado oferece por si mesmo.
B) No conhecimento a priori não se pode acrescentar aos objetos nada a não ser o que o sujeito pensante não retira de si mesmo.
C) No conhecimento a priori não se pode acrescentar aos objetos nada a não ser o que o sujeito pensante retira de si mesmo.
D) No conhecimento a priori não se pode acrescentar aos sujeitos nada a não ser o que o objeto pensado oferece por si mesmo.
E) No conhecimento a posteriori não se pode acrescentar aos objetos nada a não ser o que o sujeito pensante retira de si mesmo.
45. Não é incomum, na história da filosofia, encontrar a tematização, na forma de um embate, da relação entre o conhecimento e a crença. Kant também toma posição a esse respeito. Em famosa frase sobre o assunto, na Crítica da razão pura, ele afirma que precisou:
A) suprimir a fé para obter lugar para o saber
B) suprimir o saber para obter lugar para a fé
C) suprimir a fé e o saber para obter lugar para a moral
D) suprimir a moral para obter lugar para a fé e para o saber
E) obter lugar conjunto para a fé e para o saber
23. Em sua obra Crítica da Razão Pura, o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) compara a revolução copernicana com a mudança operada por ele próprio na relação entre sujeito e objeto no processo cognitivo.
Analise as afirmativas abaixo sobre essa "revolução", que Kant teria causado na filosofia.
1. Tanto racionalistas quanto empiristas concentravam-se em questões referentes aos objetos do conhecimento. Kant inverte os termos e coloca a própria razão humana no centro, como ponto de partida do questionamento.
2. Em resposta à controvérsia entre racionalistas e empiristas, que tomavam como centro de suas argumentações a própria razão humana, Kant revoluciona a filosofia tomando como ponto de partida a realidade exterior.
3. O que Kant defendia é que o sujeito possui as condições de possibilidade de conhecer qualquer coisa, ou seja, possui as "regras" através das quais os objetos podem ser reconhecidos.
4. O que o homem pode conhecer é profundamente marcado pela maneira - humana - pela qual conhecemos.
5. As leis do conhecimento, para Kant, estariam nos objetos do mundo, e não no próprio homem.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
b. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2 e 5.
c. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d. ( X ) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
e. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5.?
24. Durante o século XVIII, quando viveu Kant, o debate em teoria do conhecimento estava dividido entre o empirismo e o racionalismo.
Analise as afirmativas abaixo, a respeito da crítica e da posição kantianas nessa disputa.
1. Para Kant, a ciência é constituída por juízos sintéticos a priori, isto é, por juízos universais nos quais o predicado exprime algo de novo, já contido no sujeito.
2. Racionalistas erraram, segundo a crítica kantiana, pois acreditavam que o conhecimento científico consistiria em juízos sintéticos a posteriori.
3. As concepções empiristas acerca da ciência estariam equivocadas ao identificá-la com os juízos analíticos a priori.
4. Para Kant, o conhecimento não é fruto nem do sujeito, nem do objeto, mas sim da síntese da ação combinada entre ambos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
b. ( X ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
c. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
d. ( ) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
e. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
25. Kant mostrou que a estrutura do pensamento se dá sob a forma de juízos. A partir dessa hipótese, elaborou as doze formas de juízos possíveis, que segundo ele estariam na base de todo processo de entendimento. Essas formas de juízos se classificariam em quatro grupos. Além disso, os juízos também são classificados em três espécies.
Assinale a alternativa incorreta no tocante a estas subdivisões.
a. ( X ) Segundo a Qualidade, os juízos seriam Positivos, Negativos ou Neutros.
b. ( ) Quanto à Relação, podem ser Categóricos, Hipotéticos ou Disjuntivos.
c. ( ) Quanto à Espécie, os juízos seriam analíticos, sintéticos a priori e a posteriori.
d. ( ) De acordo com a Quantidade, os juízos podem ser Universais, Particulares ou Singulares.
e. ( ) Quanto à Modalidade, Possíveis (Problemáticos), Reais (Assertórios) ou Necessários (Apodíticos).
Os juízos são analíticos quando a ligação do predicado o sujeito neles é pensada como identidade; mas devem chamar-se juízos sintéticos aqueles em que esta ligação é pensada sem identidade. Poder-se-ia também chamar aos primeiros explicativos, aos outros extensivos, pois os primeiros não acrescentam nada ao conceito do sujeito por meio do predicado.
Kant
É exemplo de juízo analítico:
(A) Todo homem é mortal.
(B) Sócrates é filósofo.
(C) Chove torrencialmente.
(D) Corpos têm extensão.
(E) Gosto de vinho.
55. Age em conformidade com aquela máxima pela qual possas querer ao mesmo tempo que ela se torne uma lei universal.
A célebre formulação acima refere-se
(A) à ética espinosana.
(B) à "moral do coração" rousseauniana.
(C) ao imperativo categórico kantiano.
(D) à teoria freudiana da repressão do desejo.
(E) à "moral fechada" de Bergson.
19. Kant distinguiu entre os juízos analíticos e os sintéticos.
A respeito dessas duas classes de juízos, é correto afirmar:
a. ( ) Juízos sintéticos independem da experiência, enquanto que juízos analíticos referem-se a ela.
b. ( ) Juízos analíticos independem da experiência, mas podem ser tanto a priori ou a posteriori.
c. ( X ) Juízos analíticos independem da experiência, enquanto que juízos sintéticos referem-se a ela.
d. ( ) Juízos sintéticos exigem uma relação entre sujeito e predicado baseada na identidade.
e. ( ) Juízos sintéticos esclarecem conceitos, enquanto que juízos analíticos aumentam conhecimentos.
20. A noção de transcendência em Kant pode ser definida como o estudo:
a. ( ) do princípio divino de todo conhecimento.
b. ( ) das condições a posteriori do conhecimento.
c. ( ) das experiências como dados do espírito.
d. ( X ) das condições a priori do conhecimento.
e. ( ) das experiências como resultados do conhecimento.
21. A noção de imperativo categórico representa a base do comportamento moral, de acordo com o pensamento kantiano.
Com base nessa ideia, é incorreto afirmar:
a. ( ) O juízo moral provém da razão; portanto, a moral é racional.
b. ( ) A moral, por ser racional, consiste numa razão prática pura.
c. ( ) A ação moral baseia-se numa regra universal.
d. ( ) Obedecer à lei racional da moral é um dever do ser humano.
e. ( X ) O imperativo categórico é uma expressão das leis da natureza.
33. Se Deus é racional, não ordena o impossível; se Deus governa todos os acontecimentos por meio da sua providência, pode garantir que não existam circunstâncias nas quais um homem se vê, sem culpa, confrontado com uma escolha entre atos proibidos. É claro que tais circunstâncias (com a cláusula "e não há saída" escrita na sua descrição) são suscetíveis de serem descritas de forma consistente; mas a providência divina assegura que não ocorrerão de fato. Peter Geach. Deus e a alma
Pelas razões acima, Geach pretende justificar uma concepção
I. religiosa da ética segundo a qual as regras morais não admitem exceções.
II. utilitarista da ética, no sentido de que as regras morais têm um caráter universal.
III. kantiana da ética segundo a qual as ações têm um valor moral intrínseco prima facie.
IV. kantiana da ética, no sentido de que as regras morais têm um caráter absoluto.
V. segundo a qual as ações têm um valor moral intrínseco, compatível com a concepção aristotélica da ética.
Está(ão) correto(s) apenas o(s) item(ns)
a) I e II.
b) I e IV.
c) I e II e IV.
d) III e IV.
e) III, IV e
37. Nossa época é propriamente a época da crítica, à qual tudo tem de submeter-se. A religião, por sua santidade, e a legislação, por sua majestade, querem comumente esquivar-se dela. Mas desse modo suscitam justa suspeita contra si e não podem ter pretensões àquele respeito sem disfarce que a razão somente outorga àquilo que foi capaz de sustentar seu exame livre e público.
O texto acima resume bem o espírito inquiridor do Século das Luzes. Com base em sua leitura, é correto afirmar:
(A) O Iluminismo submete toda instituição, saber e crença à crítica racional, mas preserva intacta a religião.
(B) O Iluminismo submete todo conhecimento e todas as instituições a um exame livre e público, mas deixa intocada a legislação.
(C) Para o Iluminismo apenas a legislação e a religião são dignos de um exame crítico detido.
(D) Para o Iluminismo nenhum objeto deve escapar a um exame crítico, livre e público realizado pela razão.
(E) O Iluminismo, em sua crítica irrestrita à religião e à legislação, leva ao ateísmo e antecipa posições do anarquismo.
Montaigne
38. Nossa fé não é adquirida por nós, é um presente puro dado pela liberalidade de outrem. Não foi pelo raciocínio ou pelo entendimento que recebemos nossa religião, mas por autoridade e comando externos. A fraqueza de nosso juízo nos ajuda mais nesse sentido que sua força, e nossa cegueira mais do que a clareza de nossa visão. É pelo intermédio de nossa ignorância, mais do que de nosso conhecimento que aprendemos esta sabedoria divina.
O texto de Montaigne sintetiza uma das posições mais presentes nos debates acerca da religião ocorridos na Europa do XVI. Trata-se
(A) de uma forma de ateísmo que reúne provas da inexistência da divindade a partir da constatação das fraquezas e limitações do entendimento humano.
(B) do ceticismo puro e simples que parte da constatação da fraqueza de nossas faculdades para afirmar a necessidade de suspendermos o juízo acerca de todos os objetos da razão.
(C) do fideísmo, uma forma de validar a fé e a revelação religiosa a partir da constatação das limitações e fraquezas do entendimento humano.
(D) do teísmo que recolhe, na ordem da natureza e na estrutura de nossas faculdades, elementos que sirvam como prova da existência de Deus.
(E) de uma exposição pura e simples da ortodoxia cristã baseada unicamente na revelação e na autoridade da Igreja.
Outros
37. "É decisivo compreender que saber o que significa a verdade, ou sob que condições uma declaração é chamada verdadeira, não é o mesmo que, e deve ser claramente distinguido de, possuir um meio de decidir se determinada declaração é verdadeira ou falsa.". Sobre este tema, pode-se afirmar:
( ) É suficiente possuir um meio de decidir sobre a verdade de uma declaração.
( ) A funcionalidade de algo é mais relevante do que saber se esse algo é verdadeiro.
( ) É importante fazer distinção entre definição de verdade e critério de verdade.
( ) As declarações verdadeiras são hierarquicamente mais importantes.
( ) O que importa é apenas definir as condições de verdade de uma declaração.
A ordem correta é:
a) FFVFF
b) VVFVV
c) FFVVF
d) FFVFV
e) VVFVF
42. A palavra filosofia pode ser encontrada com sentidos diferentes em frases como: "De acordo com a filosofia do técnico da seleção brasileira, o futebol é uma arte"; "De acordo com a filosofia de Platão, as almas são imortais". Qual das explicações abaixo é mais adequada para mostrar ao aluno a diferença entre um e outro sentido?
(A) No primeiro caso, filosofia significa o conjunto de ideias que norteiam o modo estético de pensar a atividade esportiva do futebol, em particular no Brasil. No segundo caso, "filosofia" significa a doutrina pitagórico-platônica da alma como ente que devém em ciclos de metempsicose.
(B) No primeiro caso, filosofia significa a teoria que deve preceder a prática esportiva do futebol. No segundo caso, "filosofia" significa a antecipação da dogmática cristã no contexto do pensamento grego.
(C) No primeiro caso, filosofia significa a base teórica nacionalista da técnica esportiva do futebol. No segundo caso, "filosofia" significa a dogmática platônica como doutrina da transmigração das almas.
(D) No primeiro caso, filosofia significa o conjunto de ideias que determinam o modo como um indivíduo pensa seu trabalho. No segundo caso, "filosofia" significa um conjunto coerente de idéias que tratam das questões mais universais do conhecimento e do agir humano.
(E) No primeiro caso, filosofia não significa nada, pois a palavra está usada em sentido errado e vulgar. No segundo caso, "filosofia" significa a doutrina pitagórico-platônica da alma como ente que devém em ciclos de metempsicose.
45. Na história da filosofia há dois grandes momentos de teorização da arte. O primeiro se deu na antiguidade e se baseia na noção de poética. O segundo surge no século XVIII e se baseia na noção de estética. A diferença entre poética e estética está em que a poética pensa a arte
(A) com base na ética, na política e na metafísica, estabelecendo uma preceptiva para a produção do objeto artístico. A estética, por sua vez, investiga a expressão da sensibilidade e da fantasia do artista, bem como o sentimento produzido pela obra sobre o receptor.
(B) como fenômeno meramente artificial e não espiritual, relegando-a ao mais baixo grau de conhecimento. A estética, por sua vez, eleva a arte ao grau de expressão máxima do espírito humano, afirmando sua natureza supra sensível.
(C) como expressão do sentimento trágico do mundo, cujo ponto de vista é ao mesmo tempo o do gênio e o do gosto. A estética, por sua vez, se preocupa com a dimensão política da arte, privilegiando o entendimento sociológico da arte no contexto da ideologia burguesa.
(D) do ponto de vista do gosto da classe aristocrática, espelhando ideologicamente sua visão de mundo. A estética, por sua vez, compreende o fenômeno artístico do ponto de vista de seu intrínseco comprometimento com a ética e a função social da arte.
(E) como técnica literária capaz de manipular o público politicamente ou de purificá-lo dos maus sentimentos humanos. A estética, por sua vez, investiga o fenômeno artístico sob a perspectiva dos efeitos sensíveis da imitação da natureza.
64. Observe os quadros I e II.
Quadro I: Filósofo
1 John Locke
2 Miguel Bakunin
3 Karl Marx
Quadro II: Teoria
1 Socialista
2 Liberal
3 Anarquista
Leia os excertos a seguir.
I. "Cada um é dirigente e cada um é dirigido por sua vez. Assim, não há nenhuma autoridade fixa e constante, mas uma troca contínua de autoridade e de subordinação mútuas, passageiras e, sobretudo, voluntárias."
II. "O principal objetivo, portanto, da união dos homens em sociedade, é a preservação da propriedade."
III. "Todos os movimentos históricos têm sido, até hoje, movimentos de minorias ou em proveito de minorias. O movimento proletário é o movimento independente da imensa maioria em proveito da imensa maioria."
Assinale a alternativa que apresenta a relação correta entre o filósofo, sua teoria e o excerto reproduzido acima:
(A) Filósofo 1, Teoria 3, Excerto III.
(B) Filósofo 3, Teoria 3, Excerto II.
(C) Filósofo 2, Teoria 3, Excerto I.
(D) Filósofo 2, Teoria 3, Excerto II.
(E) Filósofo 3, Teoria 3, Excerto I.
66. As diversas culturas existentes mantêm contato entre si, mas nem sempre esse contato é algo que representa ganho para todos, porque muitas culturas se sentem superiores a outras, o que implica diversas maneiras de ver o mundo. A visão de superioridade cultural é denominada pela antropologia de
(A) interpretativa.
(B) relativista.
(C) alteridade.
(D) etnocêntrica.
(E) estruturalista.
61. De acordo com a Proposta Curricular, a preocupação com o homem racional e livre, com as mudanças na política e com a esperança nas ciências empíricas constitui a principal característica da
(A) Filosofia Moderna.
(B) Filosofia Antiga.
(C) Filosofia Contemporânea.
(D) Filosofia Medieval.
(E) Filosofia Pós-moderna.
62. Leia as afirmações sobre a Filosofia contidas em uma situação de aprendizagem da Proposta Curricular.
I. A Filosofia é um conhecimento que ajuda a gente a ser feliz.
II. O objetivo de se estudar Filosofia é o conhecimento de seu instrumento, ou seja, a reflexão crítica.
III. A Filosofia constitui um conhecimento profundo demais, e que não somos capazes de entender.
IV. A Filosofia é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação.
Uma visão sobre a Filosofia fundada no senso comum está presente apenas nas afirmações
(A) II e III.
(B) I e IV.
(C) I, II e III.
(D) I, II e IV.
(E) I e III.
31. Verdade e falsidade podem ser predicados das proposições, nunca dos argumentos. Do mesmo modo, propriedades de validade ou invalidade só podem pertencer a argumentos dedutivos, mas nunca a proposições. (I. Copi)
A partir desse esclarecimento de Copi é correto afirmar que:
(A) a conclusão de um argumento será necessariamente um raciocínio inválido se as premissas forem falsas.
(B) se as premissas e a conclusão de um argumento forem verdadeiras, a conclusão deve necessariamente ser resultado de um raciocínio válido.
(C)) um argumento pode conter exclusivamente proposições falsas e, apesar disso, seu raciocínio pode ser válido.
(D) as premissas de um argumento podem ser todas verdadeiras e sua conclusão válida, mas falsa.
(E) é possível determinar a verdade ou falsidade de uma premissa analisando-se a validade do raciocínio.
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