IDADE MÉDIA
Marque "V" verdadeiro..............
Filosofia Medieval
33. Considerado o verdadeiro fundador da escolástica medieval, Santo Anselmo retoma o projeto Agostiniano de compreender com a razão as verdadeiras revelações. O seu lema e que exprime adequadamente esse enfoque é:
A. "A fé na busca da compreensão" (FIDES QUAERENS INTELLECTUM).
B. "Penso logo existo" (COGITO ERGO SUM).
C. "A suma felicidade do homem encontra-se na contemplação da verdade" (ULTIMA HOMINIS FELICITAS EST IN CONTEMPLALIONE VENTATES).
D. "O homem é o lobo do homem" (HOMO HOMINI LUPUS).
E. "O amor por principio, à ordem por base, e o progresso por fim" (L?AMOUR POUR PRINCIPE, I ?ORDRE POUR BASE, LE PROGRÉS POUR BUT).
35. Segundo Marilena Chauí, em Convite à filosofia, a religião cristã introduziu duas diferenças fundamentais no que até então era a concepção ética antiga prevalecente. De acordo com a autora, essas duas diferenças instauradas pelo cristianismo estavam nas ideias de que:
A) a virtude se define por nossa relação com Deus e não com a cidade nem com os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o mal
B) a virtude se define por nossa relação com Deus e, ao mesmo tempo, com a cidade e os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o mal
C) a virtude se define por nossa relação com Deus e não com a cidade nem com os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o bem
D) a virtude se define por nossa relação com Deus e, ao mesmo tempo, com a cidade e os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o bem
E) a virtude se define por nossa relação com Deus e não com a cidade nem com os outros; e de que não temos vontade livre, pois o impulso de nossa liberdade é dirigido por Deus
06 - A Patrística foi a Filosofia Cristã dos primeiros séculos de nossa era. Consistia na elaboração doutrinal das crenças religiosas do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e contra as heresias. Dado o encontro entre a nova religião e o pensamento filosófico greco- romano, o grande tema da Filosofia Patrística foi o da possibilidade ou impossibilidade de conciliar fé e razão. Santo Agostinho, expoente dessa filosofia, sobre a relação fé e razão, defendia a tese que se pode resumir nesta frase: "Credo ut intelligam" (Creio para entender). A esse respeito, assinale o que for correto.
01) Santo Agostinho retoma a célebre teoria platônica das Idéias à luz do cristianismo e formula a teoria da iluminação segundo a qual o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas: à semelhança do sol, Deus ilumina a razão e torna possível o pensar correto.
02) De acordo com Santo Agostinho, a razão é superior e precede a fé; pois, se o homem, ser racional, for incapaz de entender os ensinamentos religiosos, não poderá acreditar neles.
04) Segundo Santo Agostinho, a fé não conflita com a razão, esta última seria auxiliar da fé e estaria a ela subordinada.
08) Para Santo Agostinho, fé e razão são inconciliáveis, pois os mistérios da fé são insondáveis e manifestam-se como uma loucura para a razão humana.
16) A fé, para Santo Agostinho, não oprime a razão, mas, ao contrário, abre-lhe os olhos que a falta de fé mantinha fechados. A partir dos princípios da fé, a razão, por suas próprias forças, deduzirá conseqüências e tentará resolver os problemas que Deus deixou para nossas livres discussões.
06)01-04-16
54. Leia as afirmações a seguir.
I. Tudo tem uma causa. Tudo que foi causado pode causar outras coisas. Deve haver algo que causa as coisas, mas não foi causado por ninguém. Deus é a causa não causada.
II. Cada ser precisa de algum outro pra existir; este ser é chamado de possível. Mas há um ser que não precisa de ninguém para existir; a ele damos o nome de ser necessário. Esse ser necessário é Deus.
III. Deus é o ser que nós não conseguimos pensar nada maior; por isso ele não pode ser apenas uma ideia; ele é uma realidade.
As afirmações, na tentativa de provar racionalmente a existência de Deus, pertencem, respectivamente, aos filósofos
(A) Platão, Aristóteles e Plotino.
(B) Aristóteles, Sócrates e São Tomás de Aquino.
(C) Plotino, Aristóteles e Sócrates.
(D) Aristóteles, São Tomás de Aquino e Santo Anselmo.
(E) Santo Anselmo, Aristóteles e São Tomás de Aquino.
34
Como é denominada a corrente de pensamento que marcou o início da Filosofia Cristã?
(A) Parrésia
(B) Escolástica
(C) Idade das Trevas
(D) Ecumenismo
(E) Patrística
---------------------------------------
Agostinho de Hipona 354-430
QUESTÃO 48
Leia o trecho extraído da obra Confissões.
Quem nos mostrará o Bem? Ouçam a nossa resposta: Está gravada dentro de nós a luz do vosso rosto, Senhor. Nós não somos a luz que ilumina a todo homem, mas somos iluminados por Vós. Para que sejamos luz em Vós os que fomos outrora trevas.
SANTO AGOSTINHO. Confissões IX. São Paulo: Nova Cultural,1987. 4, l0. p.154. Coleção Os Pensadores
Sobre a doutrina da iluminação de Santo Agostinho, marque a alternativa correta.
A) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamente as verdades eternas em Deus. Essas verdades, necessárias e eternas, não estão no interior do homem, porque seu intelecto é contingente e mutável.
B) A irradiação da luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, deixando-o ativo para o conhecimento das verdades eternas. Essas verdades, necessárias e imutáveis, estão no interior do homem.
C) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía antes de se unir ao corpo.
D) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía e que nela permanecem mediante os ciclos da reencarnação.
36. À medida que o cristianismo transforma-se em religião oficial do Império Romano e passa a ser a referência principal para a sociedade, destaca-se a emergência da ética cristã. O predecessor das éticas medievais é:
a) Zenão de Cítio.
b) Boaventura de Bagnoregio.
c) Tomás de Aquino.
d) Agostinho de Tagaste.
59. O fragmento é utilizado na Situação de Aprendizagem denominada
(A) Teoria do Indivíduo.
(B) O Libertarismo.
(C) Filosofia e Educação.
(D) Alienação Moral.
(E) Introdução à Filosofia da Cultura.
60. Um dos filósofos que se ocuparam com esse pensamento e que foi utilizado para reflexão, na 2.ª série do Ensino Médio, foi
(A) Foucault.
(B) Santo Agostinho.
(C) Platão.
(D) Descartes.
(E) David Hume.
26. Para Santo Agostinho, a mente humana, possuindo interioridade, "é dotada da capacidade de entender a verdade pela iluminação divina. A mente humana possui uma centelha do intelecto divino, já que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. A teoria da iluminação vem, assim, substituir a teoria platônica da reminiscência, explicando o ponto de partida do conhecimento e abrindo o caminho para a fé".
(Danilo Marcondes, Iniciação à história da filosofia, p. 112)
Sobre essa concepção agostiniana, assinale a alternativa correta.
(A) Trata-se de um pensamento fortemente contestado por Descartes em sua formulação de um cogito dotado da ideia inata da existência de Deus.
(B) Ela influenciou decisivamente o materialismo histórico em sua versão marxista.
(C) Trata-se de uma noção fortemente valorizada por Kant em sua Crítica da razão pura.
(D) Com sua noção de verdade intrinsecamente ligada à interioridade, Agostinho prenuncia o conceito de subjetividade que marcou o pensamento moderno.
(E) Ela expressa a crítica incisiva dirigida por Agostinho ao platonismo cristão.
28 Segundo Agostinho, nem todos que interrogam as criaturas obtêm resposta, apenas os que as julgam.
Nessa perspectiva, está de acordo com a concepção agostiniana da relação entre fé e conhecimento a seguinte afirmação:
(A) Crer e conhecer são atividades que correspondem a dois domínios distintos da realidade, a moral e a filosofia, respectivamente; de maneira que apenas a fé, e de modo algum o conhecimento, viabiliza uma vida beata.
(B) A atividade filosófica inviabiliza, por princípio, a fé em Deus e, consequentemente, a vida beata, uma vez que a vida beata é a finalidade do homem, e a filosofia é um exercício puramente negativo.
(C) À medida que a teologia se distingue radicalmente da filosofia, a filosofia consiste na investigação do ser enquanto ser, e não enquanto criatura de Deus, mesmo que a crença em Deus seja o princípio da teologia.
(D) Crer e conhecer são atividades inseparáveis, de maneira que quanto mais conheço a criatura mais creio no Criador, sendo impossível conhecer sem a iluminação proveniente da fé em Deus.
(E) Sendo o conhecimento um privilégio de Deus, os mortais são capazes apenas de interpretar a criatura divina desde as verdades reveladas, de modo que a teologia é a negação da filosofia.
Marque "V" verdadeiro..............
Filosofia Medieval
33. Considerado o verdadeiro fundador da escolástica medieval, Santo Anselmo retoma o projeto Agostiniano de compreender com a razão as verdadeiras revelações. O seu lema e que exprime adequadamente esse enfoque é:
A. "A fé na busca da compreensão" (FIDES QUAERENS INTELLECTUM).
B. "Penso logo existo" (COGITO ERGO SUM).
C. "A suma felicidade do homem encontra-se na contemplação da verdade" (ULTIMA HOMINIS FELICITAS EST IN CONTEMPLALIONE VENTATES).
D. "O homem é o lobo do homem" (HOMO HOMINI LUPUS).
E. "O amor por principio, à ordem por base, e o progresso por fim" (L?AMOUR POUR PRINCIPE, I ?ORDRE POUR BASE, LE PROGRÉS POUR BUT).
35. Segundo Marilena Chauí, em Convite à filosofia, a religião cristã introduziu duas diferenças fundamentais no que até então era a concepção ética antiga prevalecente. De acordo com a autora, essas duas diferenças instauradas pelo cristianismo estavam nas ideias de que:
A) a virtude se define por nossa relação com Deus e não com a cidade nem com os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o mal
B) a virtude se define por nossa relação com Deus e, ao mesmo tempo, com a cidade e os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o mal
C) a virtude se define por nossa relação com Deus e não com a cidade nem com os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o bem
D) a virtude se define por nossa relação com Deus e, ao mesmo tempo, com a cidade e os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o bem
E) a virtude se define por nossa relação com Deus e não com a cidade nem com os outros; e de que não temos vontade livre, pois o impulso de nossa liberdade é dirigido por Deus
05 - A questão dos universais foi um dos grandes problemas debatidos na Filosofia Medieval. A dificuldade era determinar o modo de ser das idéias gerais, gêneros ou espécies, tais como homem, animal etc.; ou seja, saber se os universais correspondem a uma realidade fora de nós ou se são puras abstrações do espírito e sem realidade. Realismo e nominalismo foram as duas soluções típicas do problema, surgindo o conceitualismo como solução intermediária. Em relação à questão dos universais, assinale o que for correto.
01) O realismo, de inspiração platônica, afirmava que os universais existiam na realidade, independentemente das coisas individuais.
02) Os realistas foram os primeiros filósofos a acreditarem na realidade virtual; foram, assim, precursores da inteligência artificial.
04) Uma forma moderada de realismo foi defendida por Santo Tomás de Aquino, o qual, sob influência de Aristóteles, supôs que o universal estaria na coisa, como sua forma ou substância; depois da coisa, como conceito no intelecto; e antes da coisa, na mente divina, como modelo das coisas criadas.
08) No conceitualismo de Pedro Abelardo, os universais são conceitos que não existem na realidade, nem são meros nomes; eles são o significado dos nomes e podem subsistir mesmo na falta de particulares a que se apliquem.
16) O nominalismo asseverou que os universais nada têm de real; são meros nomes, pois o que realmente existe são os particulares.
05)01-04-08-16
01) O realismo, de inspiração platônica, afirmava que os universais existiam na realidade, independentemente das coisas individuais.
02) Os realistas foram os primeiros filósofos a acreditarem na realidade virtual; foram, assim, precursores da inteligência artificial.
04) Uma forma moderada de realismo foi defendida por Santo Tomás de Aquino, o qual, sob influência de Aristóteles, supôs que o universal estaria na coisa, como sua forma ou substância; depois da coisa, como conceito no intelecto; e antes da coisa, na mente divina, como modelo das coisas criadas.
08) No conceitualismo de Pedro Abelardo, os universais são conceitos que não existem na realidade, nem são meros nomes; eles são o significado dos nomes e podem subsistir mesmo na falta de particulares a que se apliquem.
16) O nominalismo asseverou que os universais nada têm de real; são meros nomes, pois o que realmente existe são os particulares.
05)01-04-08-16
06 - A Patrística foi a Filosofia Cristã dos primeiros séculos de nossa era. Consistia na elaboração doutrinal das crenças religiosas do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e contra as heresias. Dado o encontro entre a nova religião e o pensamento filosófico greco- romano, o grande tema da Filosofia Patrística foi o da possibilidade ou impossibilidade de conciliar fé e razão. Santo Agostinho, expoente dessa filosofia, sobre a relação fé e razão, defendia a tese que se pode resumir nesta frase: "Credo ut intelligam" (Creio para entender). A esse respeito, assinale o que for correto.
01) Santo Agostinho retoma a célebre teoria platônica das Idéias à luz do cristianismo e formula a teoria da iluminação segundo a qual o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas: à semelhança do sol, Deus ilumina a razão e torna possível o pensar correto.
02) De acordo com Santo Agostinho, a razão é superior e precede a fé; pois, se o homem, ser racional, for incapaz de entender os ensinamentos religiosos, não poderá acreditar neles.
04) Segundo Santo Agostinho, a fé não conflita com a razão, esta última seria auxiliar da fé e estaria a ela subordinada.
08) Para Santo Agostinho, fé e razão são inconciliáveis, pois os mistérios da fé são insondáveis e manifestam-se como uma loucura para a razão humana.
16) A fé, para Santo Agostinho, não oprime a razão, mas, ao contrário, abre-lhe os olhos que a falta de fé mantinha fechados. A partir dos princípios da fé, a razão, por suas próprias forças, deduzirá conseqüências e tentará resolver os problemas que Deus deixou para nossas livres discussões.
06)01-04-16
I. Tudo tem uma causa. Tudo que foi causado pode causar outras coisas. Deve haver algo que causa as coisas, mas não foi causado por ninguém. Deus é a causa não causada.
II. Cada ser precisa de algum outro pra existir; este ser é chamado de possível. Mas há um ser que não precisa de ninguém para existir; a ele damos o nome de ser necessário. Esse ser necessário é Deus.
III. Deus é o ser que nós não conseguimos pensar nada maior; por isso ele não pode ser apenas uma ideia; ele é uma realidade.
As afirmações, na tentativa de provar racionalmente a existência de Deus, pertencem, respectivamente, aos filósofos
(A) Platão, Aristóteles e Plotino.
(B) Aristóteles, Sócrates e São Tomás de Aquino.
(C) Plotino, Aristóteles e Sócrates.
(D) Aristóteles, São Tomás de Aquino e Santo Anselmo.
(E) Santo Anselmo, Aristóteles e São Tomás de Aquino.
34
Como é denominada a corrente de pensamento que marcou o início da Filosofia Cristã?
(A) Parrésia
(B) Escolástica
(C) Idade das Trevas
(D) Ecumenismo
(E) Patrística
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Agostinho de Hipona 354-430
QUESTÃO 48
Leia o trecho extraído da obra Confissões.
Quem nos mostrará o Bem? Ouçam a nossa resposta: Está gravada dentro de nós a luz do vosso rosto, Senhor. Nós não somos a luz que ilumina a todo homem, mas somos iluminados por Vós. Para que sejamos luz em Vós os que fomos outrora trevas.
SANTO AGOSTINHO. Confissões IX. São Paulo: Nova Cultural,1987. 4, l0. p.154. Coleção Os Pensadores
Sobre a doutrina da iluminação de Santo Agostinho, marque a alternativa correta.
A) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamente as verdades eternas em Deus. Essas verdades, necessárias e eternas, não estão no interior do homem, porque seu intelecto é contingente e mutável.
B) A irradiação da luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, deixando-o ativo para o conhecimento das verdades eternas. Essas verdades, necessárias e imutáveis, estão no interior do homem.
C) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía antes de se unir ao corpo.
D) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía e que nela permanecem mediante os ciclos da reencarnação.
a) Zenão de Cítio.
b) Boaventura de Bagnoregio.
c) Tomás de Aquino.
d) Agostinho de Tagaste.
59. O fragmento é utilizado na Situação de Aprendizagem denominada
(A) Teoria do Indivíduo.
(B) O Libertarismo.
(C) Filosofia e Educação.
(D) Alienação Moral.
(E) Introdução à Filosofia da Cultura.
60. Um dos filósofos que se ocuparam com esse pensamento e que foi utilizado para reflexão, na 2.ª série do Ensino Médio, foi
(A) Foucault.
(B) Santo Agostinho.
(C) Platão.
(D) Descartes.
(E) David Hume.
26. Para Santo Agostinho, a mente humana, possuindo interioridade, "é dotada da capacidade de entender a verdade pela iluminação divina. A mente humana possui uma centelha do intelecto divino, já que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. A teoria da iluminação vem, assim, substituir a teoria platônica da reminiscência, explicando o ponto de partida do conhecimento e abrindo o caminho para a fé".
(Danilo Marcondes, Iniciação à história da filosofia, p. 112)
Sobre essa concepção agostiniana, assinale a alternativa correta.
(A) Trata-se de um pensamento fortemente contestado por Descartes em sua formulação de um cogito dotado da ideia inata da existência de Deus.
(B) Ela influenciou decisivamente o materialismo histórico em sua versão marxista.
(C) Trata-se de uma noção fortemente valorizada por Kant em sua Crítica da razão pura.
(D) Com sua noção de verdade intrinsecamente ligada à interioridade, Agostinho prenuncia o conceito de subjetividade que marcou o pensamento moderno.
(E) Ela expressa a crítica incisiva dirigida por Agostinho ao platonismo cristão.
28 Segundo Agostinho, nem todos que interrogam as criaturas obtêm resposta, apenas os que as julgam.
Nessa perspectiva, está de acordo com a concepção agostiniana da relação entre fé e conhecimento a seguinte afirmação:
(A) Crer e conhecer são atividades que correspondem a dois domínios distintos da realidade, a moral e a filosofia, respectivamente; de maneira que apenas a fé, e de modo algum o conhecimento, viabiliza uma vida beata.
(B) A atividade filosófica inviabiliza, por princípio, a fé em Deus e, consequentemente, a vida beata, uma vez que a vida beata é a finalidade do homem, e a filosofia é um exercício puramente negativo.
(C) À medida que a teologia se distingue radicalmente da filosofia, a filosofia consiste na investigação do ser enquanto ser, e não enquanto criatura de Deus, mesmo que a crença em Deus seja o princípio da teologia.
(D) Crer e conhecer são atividades inseparáveis, de maneira que quanto mais conheço a criatura mais creio no Criador, sendo impossível conhecer sem a iluminação proveniente da fé em Deus.
(E) Sendo o conhecimento um privilégio de Deus, os mortais são capazes apenas de interpretar a criatura divina desde as verdades reveladas, de modo que a teologia é a negação da filosofia.
QUESTÃO 48
Leia o trecho extraído da obra Confissões.
Quem nos mostrará o Bem? Ouçam a nossa resposta: Está gravada dentro de nós a luz do vosso rosto, Senhor. Nós não somos a luz que ilumina a todo homem, mas somos iluminados por Vós. Para que sejamos luz em Vós os que fomos outrora trevas.
SANTO AGOSTINHO. Confissões IX. São Paulo: Nova Cultural,1987. 4, l0. p.154. Coleção Os Pensadores
Sobre a doutrina da iluminação de Santo Agostinho, marque a alternativa correta.
A) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamente as verdades eternas em Deus. Essas verdades, necessárias e eternas, não estão no interior do homem, porque seu intelecto é contingente e mutável.
B) A irradiação da luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, deixando-o ativo para o conhecimento das verdades eternas. Essas verdades, necessárias e imutáveis, estão no interior do homem.
C) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía antes de se unir ao corpo.
D) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía e que nela permanecem mediante os ciclos da reencarnação.
João Filopono 490-580
Santo Anselmo 1033-1109
37
Anselmo de Canterbury é considerado o primeiro grande pensador da Escolástica Medieval. Ele elaborou sua filosofia a partir da preocupação de articular razão e fé, entendimento e revelação.
Seu célebre argumento acerca da prova de existência da Deus é denominado "argumento ontológico" porque demonstra que do(a)
(A) conceito de Homem, podemos derivar a existência de Deus.
(B) conceito de Deus como Ser perfeito, podemos derivar a sua existência.
(C) conceito de Deus como Ser perfeito, não podemos derivar a sua existência.
(D) existência de Deus, podemos derivar a noção de Razão Pura.
(E) existência dos homens, podemos derivar a existência divina.
Tomas de Aquino 1225-1274
QUESTÃO 49
O texto que segue refere-se às vias da prova da existência de Deus.
As cinco vias consistem em cinco grandes linhas de argumentação por meio das quais se pode provar a existência de Deus. Sua importância reside sobretudo em que supõe a possibilidade de se chegar no entendimento de Deus, ainda que de forma parcial e indireta, a partir da consideração do mundo natural, do cosmo, entendido como criação divina.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. p. 67.
A partir do texto, marque a alternativa correta.
A) As cinco vias são argumentos diretos e evidentes da existência de Deus.
B) Tomás de Aquino formula as cinco vias da prova da existência de Deus, utilizando, sistematicamente, as passagens bíblicas para fundamentar seus argumentos.
C) As cinco vias partem de afirmações gerais e racionais sobre a existência de Deus, para chegar a conclusões sobre as coisas sensíveis, particulares e verificáveis sobre o mundo natural.
D) Tomás de Aquino formula as argumentações que provam a existência de Deus sob a influência do pensamento de Aristóteles, recorrendo não à Bíblia, mas, sobretudo, à Metafísica do filósofo grego.
Leia com atenção o texto abaixo: "Nos três primeiros artigos da 2ª questão da Suma de Teologia, Tomás de Aquino discute sobre a existência de Deus. Suas conclusões são: 1) a existência de Deus não é auto evidente, sendo preciso demonstrá-la; 2) a existência de Deus não pode ser demonstrada a partir de sua essência (pois isso ultrapassa a nossa capacidade de conhecimento); 3) a existência de Deus pode ser demonstrada, contudo, a partir de seus efeitos (demonstração quia), isto é, a partir da natureza criada podemos conhecer algo a respeito do seu Criador. A partir disso, ele desenvolve cinco argumentos ou vias segundo as quais se pode mostrar, a partir dos efeitos, que Deus existe."
Adaptado de: MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000. p. 126-130.
Sobre as cinco vias da prova da existência de Deus, elaboradas por Tomás de Aquino, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Nos argumentos de Tomás de Aquino sobre a existência de Deus, pode-se perceber a influência dos escritos de Aristóteles em seu pensamento.
B) Segundo a prova teleológica, tudo que obedece a uma finalidade pressupõe uma inteligência que o criou com tal finalidade, como o carpinteiro em relação a uma mesa; ora, percebemos a finalidade no Universo (todas as criaturas têm uma finalidade); logo, Deus é o princípio que dá essa finalidade ao Universo.
C) Segundo a prova que se baseia no movimento, Deus é considerado o motor imóvel, isto é, como a causa primeira do movimento que percebemos no mundo, e deve ser imóvel para evitar o regresso ao infinito.
D) Qualquer pessoa que consiga compreender os argumentos das cinco vias conhecerá, com certeza evidente, a essência de Deus.
40. Em relação ao sentido que São Tomás de Aquino aplica à virtude da Prudência, considere as seguintes afirmações:
I. A grande contribuição desse texto de São Tomás é apresentar a idéia de Prudência como aquela que passou a ser entendida desde então como cautela, que tem como base o sentimento de cada indivíduo.
II. Para esse pensador medieval, a prudência é a reta razão aplicada ao agir, ou seja, uma virtude que possibilita ao ser humano encontrar, em cada decisão a ser tomada, aquela que indica o "caminho certo".
III. Prudência, para São Tomás, é uma virtude especial que nem todos os homens possuem, pois depende de uma capacidade intuitiva.
Assinale a alternativa VERDADEIRA:
A) Apenas afirmação II está correta.
B) As afirmações I e II estão corretas.
C) As afirmações I e III estão corretas.
D) Nenhuma afirmação está correta.
E) Apenas a afirmação III está correta.
QUESTÃO 49
O texto que segue refere-se às vias da prova da existência de Deus.
As cinco vias consistem em cinco grandes linhas de argumentação por meio das quais se pode provar a existência de Deus. Sua importância reside sobretudo em que supõe a possibilidade de se chegar no entendimento de Deus, ainda que de forma parcial e indireta, a partir da consideração do mundo natural, do cosmo, entendido como criação divina.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. p. 67.
A partir do texto, marque a alternativa correta.
A) As cinco vias são argumentos diretos e evidentes da existência de Deus.
B) Tomás de Aquino formula as cinco vias da prova da existência de Deus, utilizando, sistematicamente, as passagens bíblicas para fundamentar seus argumentos.
C) As cinco vias partem de afirmações gerais e racionais sobre a existência de Deus, para chegar a conclusões sobre as coisas sensíveis, particulares e verificáveis sobre o mundo natural.
D) Tomás de Aquino formula as argumentações que provam a existência de Deus sob a influência do pensamento de Aristóteles, recorrendo não à Bíblia, mas, sobretudo, à Metafísica do filósofo grego.
Iluminismo
64. Acerca dos elementos fundamentais do pensamento iluminista, pode-se afirmar que
(A) são incompatíveis com a noção de progresso racional da humanidade.
(B) enfatizaram a importância da iluminação divina ou supranatural na mente dos homens para que estes possam conhecer a realidade.
(C) procurou remover os obstáculos que bloqueavam o progresso da razão.
(D) foi um movimento filosófico de reação à reforma protestante, resgatando, para isso, os princípios estabelecidos pela contrarreforma.
(E) foi um movimento filosófico de reação à revolução científica.
(A) teocentrismo, absolutismo e racionalismo.
(B) liberdade, individualidade e igualdade jurídica.
(C) heteronomia, liberdade e individualidade.
(D) autonomia, irracionalismo e liberdade.
(E) individualidade, liberdade e despotismo.
RENASCIMENTO
37. Durante um longo período da história medieval, Deus foi o ponto de toda a cultura e das atenções da arte. No Renascimento, o eixo se desloca para o homem: o homem como centro do universo. Nesse clima, em que impera o humanismo, surge a Renascença. Leonardo da Vinci - autêntico representante desse período - concebe a arte como uma recriação da natureza, que exige conhecimentos científicos e sistematizados, revelando conhecimentos de física e matemática aplicadas à arte. A arte renascentista é caracterizada como:
A. uma visão política do mundo, criando uma ligação entre a arte e a crítica, ressaltando o ponto de vista negativo e do homem.
B. a imitação da realidade, utilizando-se de conhecimentos científicos, recursos técnicos e estéticos do que se vê do mundo.
C. criação e libertação das simetrias e das formas pré determinadas, além da luminosidade e do movimento.
D. a contemplação da perfeição, do belo e da sabedoria divina, em que o artista valoriza a beleza, a verdade e as paixões.
E. uma tensão social e intelectual do liberalismo vigente, fala-se e descreve-se sobre religião, política e burguesia.
62. Como elementos básicos da revolução científica, pode-se elencar
(A) a tese heliocêntrica de Copérnico e a física de Newton.
(B) a valorização de uma concepção contemplativa de ciência.
(C) a valorização do mundo natural como espaço sagrado.
(D) a desvalorização da concepção empirista de conhecimento.
(E) a valorização das teses platônicas como paradigma mais adequado para o conhecimento da realidade.
69. Se tentarmos estabelecer uma ligação entre a teoria heliocêntrica de Copérnico, a teoria da evolução das espécies de Darwin e a psicanálise de Freud, poderemos afirmar que
(A) nos três casos houve uma significativa contestação do modelo antropocêntrico de conhecimento.
(B) as três correntes de pensamento basearam-se em princípios teológicos de recuperação da importância da metafísica.
(C) há uma correspondência direta entre o geocentrismo copernicano, o criacionismo darwinista e a refutação da hipótese de existência do inconsciente em Freud.
(D) esses três sistemas basearam-se na recuperação de concepções escolásticas sobre a cosmologia, a evolução das espécies e a mente humana.
(E) os três sistemas de pensamento originaram-se como reação à revolução científica.
37. Durante um longo período da história medieval, Deus foi o ponto de toda a cultura e das atenções da arte. No Renascimento, o eixo se desloca para o homem: o homem como centro do universo. Nesse clima, em que impera o humanismo, surge a Renascença. Leonardo da Vinci - autêntico representante desse período - concebe a arte como uma recriação da natureza, que exige conhecimentos científicos e sistematizados, revelando conhecimentos de física e matemática aplicadas à arte. A arte renascentista é caracterizada como:
A. uma visão política do mundo, criando uma ligação entre a arte e a crítica, ressaltando o ponto de vista negativo e do homem.
B. a imitação da realidade, utilizando-se de conhecimentos científicos, recursos técnicos e estéticos do que se vê do mundo.
C. criação e libertação das simetrias e das formas pré determinadas, além da luminosidade e do movimento.
D. a contemplação da perfeição, do belo e da sabedoria divina, em que o artista valoriza a beleza, a verdade e as paixões.
E. uma tensão social e intelectual do liberalismo vigente, fala-se e descreve-se sobre religião, política e burguesia.
62. Como elementos básicos da revolução científica, pode-se elencar
(A) a tese heliocêntrica de Copérnico e a física de Newton.
(B) a valorização de uma concepção contemplativa de ciência.
(C) a valorização do mundo natural como espaço sagrado.
(D) a desvalorização da concepção empirista de conhecimento.
(E) a valorização das teses platônicas como paradigma mais adequado para o conhecimento da realidade.
69. Se tentarmos estabelecer uma ligação entre a teoria heliocêntrica de Copérnico, a teoria da evolução das espécies de Darwin e a psicanálise de Freud, poderemos afirmar que
(A) nos três casos houve uma significativa contestação do modelo antropocêntrico de conhecimento.
(B) as três correntes de pensamento basearam-se em princípios teológicos de recuperação da importância da metafísica.
(C) há uma correspondência direta entre o geocentrismo copernicano, o criacionismo darwinista e a refutação da hipótese de existência do inconsciente em Freud.
(D) esses três sistemas basearam-se na recuperação de concepções escolásticas sobre a cosmologia, a evolução das espécies e a mente humana.
(E) os três sistemas de pensamento originaram-se como reação à revolução científica.
Maquiavel 1469-1527
QUESTÃO 46
Leia o texto abaixo.
Deixando de lado as discussões sobre governos e governantes ideais, Maquiavel se preocuparia em saber como os homens governam de fato, quais os limites do uso da violência para conquistar e conservar o poder, como instaurar um governo estável, etc.
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2006. p. 200.
Marque a alternativa que descreve corretamente o objetivo de Maquiavel.
A) De acordo com Chalita, Maquiavel examina a política de forma a dar continuidade às análises da tradição filosófica.
B) Conforme Chalita, o pensador florentino tem por objetivo demonstrar como um Príncipe deve conquistar e manter o poder, tratando-o como uma realidade concreta.
C) Como observamos no texto, a obra de Maquiavel é inovadora por definir o que é o governo e quem são os governantes ideais.
D) De acordo com o texto, pode-se observar que Maquiavel não admite o uso da violência para conquistar e conservar o poder.
Leia o texto abaixo.
Deixando de lado as discussões sobre governos e governantes ideais, Maquiavel se preocuparia em saber como os homens governam de fato, quais os limites do uso da violência para conquistar e conservar o poder, como instaurar um governo estável, etc.
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2006. p. 200.
Marque a alternativa que descreve corretamente o objetivo de Maquiavel.
A) De acordo com Chalita, Maquiavel examina a política de forma a dar continuidade às análises da tradição filosófica.
B) Conforme Chalita, o pensador florentino tem por objetivo demonstrar como um Príncipe deve conquistar e manter o poder, tratando-o como uma realidade concreta.
C) Como observamos no texto, a obra de Maquiavel é inovadora por definir o que é o governo e quem são os governantes ideais.
D) De acordo com o texto, pode-se observar que Maquiavel não admite o uso da violência para conquistar e conservar o poder.
QUESTÃO 06
Maquiavel esteve empenhado na renovação da política em um período ainda dominado pela teologia cristã com os seus valores que atribuíam ao poder divino a responsabilidade sobre os propósitos humanos. Em sua obra mestra, O príncipe, escreveu:
"Deus não quer fazer tudo, para não nos tolher o livre arbítrio e parte da glória que nos cabe. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Tradução Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção Os Pensadores. p. 108.
Assinale a alternativa que fundamenta essa afirmação de Maquiavel.
A) Deus faz o mais importante, conduz o príncipe até o trono, garantindo-lhe a conquista e a posse. Depois, cabe ao soberano fazer um bom governo submetendo-se aos dogmas da fé.
B) A conquista e a posse do poder político não é uma dádiva de Deus. É preciso que o príncipe saiba agir, valendo-se das oportunidades que lhe são favoráveis, e com firmeza alcance a sua finalidade.
C) Os milagres de Deus sempre socorreram os homens piedosos. Para ser digno do auxílio divino e alcançar a glória terrena é preciso ser obediente à fé cristã e submeter-se à autoridade do papa.
D) Nem Deus, nem o soberano são capazes de conquistar o Estado. Tudo que ocorre na História é obra do capricho, do acaso cego, que não distingue nem o cristão nem o gentio.
44. Maquiavel foi o grande responsável pela "emancipação" da política. Em seu pensamento, a política passa a ser considerada autônoma e laica. Em "O Príncipe", Maquiavel discorre sobre a figura do príncipe virtuoso. Para ele, virtú ou virtude no príncipe implicava em:
A) possuir características inatas para saber governar.
B) dominar a arte da retórica e utilizá-la para impressionar seus súditos.
C) ter coragem e ser capaz de realizar grandes obras e mudanças.
D) buscar o bem coletivo e um modelo de sociedade mais igualitária.
27. Quando se conquista um país acostumado a viver segundo suas próprias leis e em liberdade, três maneiras há de proceder para conservá-lo: ou destruí-lo; ou ir nele morar; ou deixá-lo viver com suas leis, exigindo-lhe um tributo e estabelecendo nele um governo de poucas pessoas que o mantenham fiel ao conquistador. A) possuir características inatas para saber governar.
B) dominar a arte da retórica e utilizá-la para impressionar seus súditos.
C) ter coragem e ser capaz de realizar grandes obras e mudanças.
D) buscar o bem coletivo e um modelo de sociedade mais igualitária.
(Nicolau Maquiavel, citado em Francisco Weffort. Os clássicos da política, p. 29)
Sobre esse texto, pode-se afirmar que o filósofo Maquiavel
(A) foi um representante do pensamento socialista.
(B) estabeleceu critérios que legitimaram as monarquias de direito divino.
(C) formulou uma concepção de política orientada por critérios éticos e universalistas.
(D) antecipou os elementos básicos do imperativo categórico kantiano.
(E) refletiu acerca da política a partir de uma ótica pragmática e instrumental.
QUESTÃO 46
Leia o texto abaixo.
Deixando de lado as discussões sobre governos e governantes ideais, Maquiavel se preocuparia em saber como os homens governam de fato, quais os limites do uso da violência para conquistar e conservar o poder, como instaurar um governo estável, etc.
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2006. p. 200.
Marque a alternativa que descreve corretamente o objetivo de Maquiavel.
A) De acordo com Chalita, Maquiavel examina a política de forma a dar continuidade às análises da tradição filosófica.
B) Conforme Chalita, o pensador florentino tem por objetivo demonstrar como um Príncipe deve conquistar e manter o poder, tratando-o como uma realidade concreta.
C) Como observamos no texto, a obra de Maquiavel é inovadora por definir o que é o governo e quem são os governantes ideais.
D) De acordo com o texto, pode-se observar que Maquiavel não admite o uso da violência para conquistar e conservar o poder.
Etienne de La Boétie (1530-1563)
12 - No Discurso da Servidão Voluntária, Etienne de La Boétie (1530-1563) opõe-se à teoria do direito divino segundo a qual alguns homens, por terem sido eleitos por Deus e ungidos reis, têm mais dignidade que os outros homens, razão pela qual podem exigir obediência e submissão dos demais que deverão servi-los. Assinale o que for correto.
01) Etienne de La Boétie insurge-se apenas contra a monarquia absoluta e hereditária, todavia admite que a obediência e a sujeição são aceitáveis quando os governantes são escolhidos pelo povo.
02) Etienne de La Boétie é o precursor das teorias contratualistas que irão fundamentar a filosofia política de Jean-Jacques Rousseau e Thomas Hobbes.
04) Para Etienne de La Boétie, a tirania existe não por serem os homens obrigados a obedecer ao tirano e aos seus representantes, mas porque desejam, voluntariamente, servi-los por esperar deles obter vantagens em bens materiais ou honoríficos, assim como a garantia para o seu patrimônio.
08) O povo, segundo Etienne de La Boétie, é responsável pela própria servidão, pois pode escolher entre ser livre ou servo. Aceita o jugo por conveniência e por ter medo da liberdade.
16) A teoria política do liberalismo, ao defender a não intervenção do Estado na economia e o livre mercado, toma, como modelo, a obra de Etienne de La Boétie.
12)04-08
Francis Bacon 1561-1626
42. Em sua teoria do conhecimento, Francis Bacon critica a lógica aristotélica com sua lógica dedutivista apresentando a eficiência da indução como método de descoberta. Ele aponta alguns ídolos, noções falsas que os indivíduos trazem consigo e que os impedem de chegar ao conhecimento. Dentre estes, aparece o ídolo do foro decorrente:
A) da conversação ou educação recebida dos outros.
B) das doutrinas filosóficas.
C) das relações estabelecidas entre os homens, palavras e discursos cunhados pelo vulgo.
D) das ideologias modernas.
A) da conversação ou educação recebida dos outros.
B) das doutrinas filosóficas.
C) das relações estabelecidas entre os homens, palavras e discursos cunhados pelo vulgo.
D) das ideologias modernas.
74. Bacon elaborou uma teoria conhecida como a crítica dos ídolos. De acordo com o filósofo, existem quatro tipos de ídolos ou de imagens que formam opiniões cristalizadas e preconceitos, que impedem o conhecimento da verdade.
São eles:
(A) ídolos da caverna, ídolos da novela, ídolos do teatro e ídolos da tribo.
(B) ídolos da caverna, ídolos do fórum, ídolos do teatro e ídolos da tribo.
(C) ídolos urbanos, ídolos do fórum, ídolos do teatro e ídolos da tribo.
(D) ídolos urbanos, ídolos rurais, ídolos da tribo e ídolos da caverna.
(E) ídolos da novela, ídolos do teatro, ídolos urbanos e ídolos da caverna.
33. "Ciência e poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, se não quando se lhe obedece. E o que à contemplação apresenta-se como causa é regra na prática". Em relação a esse aforismo III do Livro I do Novum Organum de Francis Bacon, considere a alternativa que apresenta a interpretação CORRETA:
A) O saber, para Bacon, é uma forma de alterarmos as leis da natureza e, com isso, seus fenômenos podem ser controlados tendo em vista um benefício humano.
B) O autor menciona que o conhecimento, o saber, está ligado ao poder, ou seja, mediante o conhecimento é possível, de maneira segura e rigorosa, conquistar o poder sobre a natureza.
C) Para Bacon, é inerente ao saber uma forma de controle sobre a natureza, mas principalmente sobre as pessoas, possibilitando um poder incondicional ao detentor do saber.
D) O saber já possui um valor em si mesmo, o que conduz, conseqüentemente, de acordo com Bacon, a um poder.
E) O que Bacon pretende dizer é que o saber nem sempre tem uma relação com a prática e que é a conveniência individual desse saber que determina seu valor. Galileu Galilei 1564-1642
IDADE MODERNA
38. Considerando as éticas da era da "consciência" (Nilo Agostini- p 41-50), relacione os seguintes filósofos aos pensamentos apresentados e defendidos por eles:
I - René Descartes.
II - David Hume.
III - Immanuel Kant.
IV - Friedrich Nietzsche.
( ) A razão humana é entendida como reta razão (bona mens), que pertence a todos os seres humanos, sendo esta a "a coisa mais bem distribuída no mundo".
( ) Refuta o racionalismo e funda seu pensamento na experiência sensível. Para ele, as paixões e os desejos são fontes diretas e imediatas das ações.
( ) A verdadeira moralidade supõe um verdadeiro respeito pelos valores que estão implícitos na obediência aos imperativos categóricos.
( ) Rejeita a possibilidade do juízo moral, pois toda moral é condicionada e particular, uma mera possibilidade histórica.
A sequência CORRETA é:
a) IV, II, III e I.
b) I, IV, II e III.
c) IV, III, II e I.
d) I, II, III e IV.
22. Em um de seus aspectos, o Iluminismo apresenta como efeito "o compromisso de estender a crítica racional a qualquer campo". Disso decorre que "não existem campos privilegiados, dos quais a crítica racional deva ser excluída".
(Dicionário Abbagnano, p. 535)
Assinale a alternativa que traduz corretamente as implicações dessa definição.
(A) O Iluminismo expressa o estado de minoridade da razão.
(B) O Iluminismo restringiu o alcance da razão a domínios factuais, privados de alcance universalista.
(C) Para o Iluminismo, os campos da política e da religião devem permanecer excluídos de seu alcance crítico racional.
(D) O filósofo Immanuel Kant consagrou-se como crítico radical das doutrinas iluministas.
(E) A definição apresentada não exclui a possibilidade de que a razão se proponha à tarefa de examinar seus próprios limites cognoscitivos.
72. Contrariamente aos defensores do inatismo, os defensores do empirismo afirmam que a razão, a verdade e as ideias racionais
(A) são adquiridas por nós por meio da experiência.
(B) são adquiridas por nós por meio da nossa capacidade de argumentar.
(C) são adquiridas por nós por meio das nossas categorias cognitivas.
(D) não podem ser adquiridas por nós.
(E) são adquiridas por nós por meio da imaginação.
23. O empirismo é a "corrente filosófica para a qual a experiência é critério ou norma da verdade", caracterizando-se pela "negação do caráter absoluto da verdade" e pelo "reconhecimento de que toda verdade pode e deve ser posta à prova, logo, eventualmente modificada, corrigida ou abandonada".
(Dicionário Abbagnano, p. 326)
Além disso, o empirismo foi o resultado de importantes transformações ocorridas na relação entre homem e natureza durante os séculos anteriores.
Assinale a alternativa que traduz mais corretamente as implicações dessa definição.
(A) Em termos históricos, o empirismo consagrou no campo filosófico uma tendência já presente ao longo da Revolução Científica.
(B) Não há contradição lógica entre empirismo e metafísica.
(C) Uma das correntes mais criticadas pelos filósofos empiristas foi o ceticismo.
(D) Um dos fundamentos do empirismo é a existência de ideias inatas.
(E) A verificação da verdade sob o ponto de vista do empirismo dispensa a confrontação com dados e fatos.
24. Acerca da dialética, pode-se afirmar que
(A) na história da filosofia, esse é um dos termos ao qual se associou um significado consensual e unívoco.
(B) no pensamento platônico, à dialética foi atribuído um papel secundário, devido à sua incapacidade de se constituir como método capaz de conduzir à verdade.
(C) na tradição hegeliano-marxista, o termo é fortemente associado à negatividade e à contradição.
(D) em Hegel, a dialética é fortemente criticada em sua pretensão de constituir-se como lei do pensamento e da realidade.
(E) o significado de "dialética" no pensamento de Marx e Engels coincide com o sentido idealista atribuído por Hegel a esse termo.
25. O termo "coisa em si" expressa "o que a coisa é, independentemente da sua relação com o homem, para o qual é um objeto de conhecimento".
(Dicionário Abbagnano, pp. 151-152)
Sobre esse significado, pode-se dizer que
(A) seu aparecimento na história da filosofia designa a confiança nas propriedades ilimitadas da razão para conhecer o mundo.
(B) o termo adquiriu grande importância na filosofia cartesiana, designando o princípio que possibilita a produção de ideias claras e distintas pela razão.
(C) o termo significa a limitação dos poderes cognoscitivos humanos para superar os limites empíricos ou fenomênicos.
(D) na filosofia kantiana, essa expressão designa a capacidade humana de conhecer as coisas como são em si mesmas.
(E) coisa em si é sinônimo de ideia inata.
38. Considerando as éticas da era da "consciência" (Nilo Agostini- p 41-50), relacione os seguintes filósofos aos pensamentos apresentados e defendidos por eles:
I - René Descartes.
II - David Hume.
III - Immanuel Kant.
IV - Friedrich Nietzsche.
( ) A razão humana é entendida como reta razão (bona mens), que pertence a todos os seres humanos, sendo esta a "a coisa mais bem distribuída no mundo".
( ) Refuta o racionalismo e funda seu pensamento na experiência sensível. Para ele, as paixões e os desejos são fontes diretas e imediatas das ações.
( ) A verdadeira moralidade supõe um verdadeiro respeito pelos valores que estão implícitos na obediência aos imperativos categóricos.
( ) Rejeita a possibilidade do juízo moral, pois toda moral é condicionada e particular, uma mera possibilidade histórica.
A sequência CORRETA é:
a) IV, II, III e I.
b) I, IV, II e III.
c) IV, III, II e I.
d) I, II, III e IV.
(Dicionário Abbagnano, p. 535)
Assinale a alternativa que traduz corretamente as implicações dessa definição.
(A) O Iluminismo expressa o estado de minoridade da razão.
(B) O Iluminismo restringiu o alcance da razão a domínios factuais, privados de alcance universalista.
(C) Para o Iluminismo, os campos da política e da religião devem permanecer excluídos de seu alcance crítico racional.
(D) O filósofo Immanuel Kant consagrou-se como crítico radical das doutrinas iluministas.
(E) A definição apresentada não exclui a possibilidade de que a razão se proponha à tarefa de examinar seus próprios limites cognoscitivos.
72. Contrariamente aos defensores do inatismo, os defensores do empirismo afirmam que a razão, a verdade e as ideias racionais
(A) são adquiridas por nós por meio da experiência.
(B) são adquiridas por nós por meio da nossa capacidade de argumentar.
(C) são adquiridas por nós por meio das nossas categorias cognitivas.
(D) não podem ser adquiridas por nós.
(E) são adquiridas por nós por meio da imaginação.
23. O empirismo é a "corrente filosófica para a qual a experiência é critério ou norma da verdade", caracterizando-se pela "negação do caráter absoluto da verdade" e pelo "reconhecimento de que toda verdade pode e deve ser posta à prova, logo, eventualmente modificada, corrigida ou abandonada".
(Dicionário Abbagnano, p. 326)
Além disso, o empirismo foi o resultado de importantes transformações ocorridas na relação entre homem e natureza durante os séculos anteriores.
Assinale a alternativa que traduz mais corretamente as implicações dessa definição.
(A) Em termos históricos, o empirismo consagrou no campo filosófico uma tendência já presente ao longo da Revolução Científica.
(B) Não há contradição lógica entre empirismo e metafísica.
(C) Uma das correntes mais criticadas pelos filósofos empiristas foi o ceticismo.
(D) Um dos fundamentos do empirismo é a existência de ideias inatas.
(E) A verificação da verdade sob o ponto de vista do empirismo dispensa a confrontação com dados e fatos.
24. Acerca da dialética, pode-se afirmar que
(A) na história da filosofia, esse é um dos termos ao qual se associou um significado consensual e unívoco.
(B) no pensamento platônico, à dialética foi atribuído um papel secundário, devido à sua incapacidade de se constituir como método capaz de conduzir à verdade.
(C) na tradição hegeliano-marxista, o termo é fortemente associado à negatividade e à contradição.
(D) em Hegel, a dialética é fortemente criticada em sua pretensão de constituir-se como lei do pensamento e da realidade.
(E) o significado de "dialética" no pensamento de Marx e Engels coincide com o sentido idealista atribuído por Hegel a esse termo.
25. O termo "coisa em si" expressa "o que a coisa é, independentemente da sua relação com o homem, para o qual é um objeto de conhecimento".
(Dicionário Abbagnano, pp. 151-152)
Sobre esse significado, pode-se dizer que
(A) seu aparecimento na história da filosofia designa a confiança nas propriedades ilimitadas da razão para conhecer o mundo.
(B) o termo adquiriu grande importância na filosofia cartesiana, designando o princípio que possibilita a produção de ideias claras e distintas pela razão.
(C) o termo significa a limitação dos poderes cognoscitivos humanos para superar os limites empíricos ou fenomênicos.
(D) na filosofia kantiana, essa expressão designa a capacidade humana de conhecer as coisas como são em si mesmas.
(E) coisa em si é sinônimo de ideia inata.
42 Essa atitude reflexiva, que é o idealismo, consiste, pois, em deter a marcha espontânea do pensamento, que anseia por lançar-se sobre as coisas, captá-las, defini-las e voltar o pensamento sobre si mesmo.
MORENTE, Manuel García. Fundamentos Filosófi cos, lições preliminares. In: Fenomenologia do Conhecimento. São Paulo, Mestre Jou, 1980. Cap.XI, p. 143.
O problema do conhecimento se torna prioritário frente a todos os outros problemas filosóficos quando a Filosofia se desenvolve como Idealismo, tendo como a principal estrutura a correlação entre
(A) Alma e Deus
(B) Bem e Mal
(C) Verdade e Falsidade
(D) Moral e Estética
(E) Sujeito e Objeto
MORENTE, Manuel García. Fundamentos Filosófi cos, lições preliminares. In: Fenomenologia do Conhecimento. São Paulo, Mestre Jou, 1980. Cap.XI, p. 143.
O problema do conhecimento se torna prioritário frente a todos os outros problemas filosóficos quando a Filosofia se desenvolve como Idealismo, tendo como a principal estrutura a correlação entre
(A) Alma e Deus
(B) Bem e Mal
(C) Verdade e Falsidade
(D) Moral e Estética
(E) Sujeito e Objeto
Hobbes, Thomas (1588-1679)
QUESTÃO 42
Com base na teoria de Hobbes e no texto abaixo, marque a alternativa correta.
O que Hobbes quer dizer falando de "guerra de todos contra todos", é que, sempre onde existirem as condições que caracterizam o estado de natureza, este é um estado de guerra de todos os que nele se encontram.
BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Campus, 1991. p. 36.
A) O estado de natureza e o estado de guerra estão relacionados apenas a alguns homens.
B) Hobbes caracteriza a "guerra de todos contra todos" como algo que pode sempre existir.
C) A "guerra de todos contra todos" independe de condições para existir.
D) O estado de natureza caracteriza-se pela ausência de guerra.
QUESTÃO 07
Leia o texto abaixo e assinale a alternativa correta.
"É evidente que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum que os mantenha subjugados, eles se encontram naquela condição que é chamada de guerra; e essa guerra é uma guerra de cada homem contra cada outro homem."
Hobbes in BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1991. p. 35.
A) Para Hobbes, a guerra é uma situação anterior ao estado de natureza.
B) Hobbes associa, em suas reflexões, a situação de guerra e o estado de natureza.
C) Um poder comum, segundo Hobbes, mantém os homens no estado de natureza.
D) Em Hobbes, a guerra de todos contra todos é compatível com um poder comum.
80. Em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar.
(Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, 2001)
O trecho representa o pensamento do filósofo
(A) Rousseau.
(B) Hobbes.
(C) Hegel.
(D) Locke.
(E) Marx.
(Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, 2001)
O trecho representa o pensamento do filósofo
(A) Rousseau.
(B) Hobbes.
(C) Hegel.
(D) Locke.
(E) Marx.
28. Segundo Renato Janine Ribeiro, Thomas Hobbes era um pensador considerado maldito. "Não é só porque apresenta o Estado como monstruoso, e o homem como belicoso, rompendo com a confortadora imagem aristotélica do bom governante (comparado a um pai) e do indivíduo de boa natureza. Não é só porque subordina a religião ao poder político. Mas é, também, porque nega um direito natural ou sagrado do indivíduo à sua propriedade. No seu tempo, e ainda hoje, a burguesia vai procurar fundar a propriedade privada num direito anterior e superior ao Estado; por isso ela endossará Locke, dizendo que a finalidade do poder público consiste em proteger a propriedade".
(Renato Janine Ribeiro. In: Francisco Weffort. Os clássicos da política)
Pode-se afirmar que Thomas Hobbes, de acordo com esse comentário,
(A) foi um pensador cuja teoria contratualista apresentou grandes semelhanças com o pensamento de Rousseau.
(B) formulou um pensamento fortemente crítico em relação a concepções políticas subordinadas à teologia.
(C) apresentou importantes elementos para a legitimação ideológica das bases da sociedade burguesa.
(D) baseou seu pensamento em uma concepção pacífica de natureza humana.
(E) foi um pensador socialista.
QUESTÃO 42
Com base na teoria de Hobbes e no texto abaixo, marque a alternativa correta.
O que Hobbes quer dizer falando de "guerra de todos contra todos", é que, sempre onde existirem as condições que caracterizam o estado de natureza, este é um estado de guerra de todos os que nele se encontram.
BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Campus, 1991. p. 36.
A) O estado de natureza e o estado de guerra estão relacionados apenas a alguns homens.
B) Hobbes caracteriza a "guerra de todos contra todos" como algo que pode sempre existir.
C) A "guerra de todos contra todos" independe de condições para existir.
D) O estado de natureza caracteriza-se pela ausência de guerra.
Com base na teoria de Hobbes e no texto abaixo, marque a alternativa correta.
O que Hobbes quer dizer falando de "guerra de todos contra todos", é que, sempre onde existirem as condições que caracterizam o estado de natureza, este é um estado de guerra de todos os que nele se encontram.
BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Campus, 1991. p. 36.
A) O estado de natureza e o estado de guerra estão relacionados apenas a alguns homens.
B) Hobbes caracteriza a "guerra de todos contra todos" como algo que pode sempre existir.
C) A "guerra de todos contra todos" independe de condições para existir.
D) O estado de natureza caracteriza-se pela ausência de guerra.
19
Thomas Hobbes define assim a essência do Estado:
Uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada como autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum.
HOBBES, Thomas. Leviatã. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p.110.
A partir desse contexto, qual o caráter do poder do qual é dotado o Estado?
(A) Seu poder é equivalente ao poder de cada um dos seus membros.
(B) Seu poder é absoluto, apenas se não for feito uso da força.
(C) Seu poder é absoluto, no sentido de não ser constrangido por nenhuma outra pessoa.
(D) Seu poder é limitado pelos direitos naturais dos quais os cidadãos são portadores.
(E) Seu poder é limitado pela vontade geral da qual participam os cidadãos a cada decisão.
24) Para Hobbes, [...] o poder soberano, quer resida num homem, como numa monarquia, quer numa assembléia, como nos estados populares e aristocráticos, é o maior que é possível imaginar que os homens possam criar. E, embora seja possível imaginar muitas más conseqüências de um poder tão ilimitado, apesar disso as conseqüências da falta dele, isto é, a guerra perpétua de todos homens com os seus vizinhos, são muito piores.
(HOBBES, T. Leviatã. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988. capítulo XX, p. 127.)
Com base na citação e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Hobbes, assinale a alternativa correta.
a) Os Estados populares se equiparam ao estado natural, pois neles reinam as confusões das assembléias.
b) Nos Estados aristocráticos, o poder é limitado devido à ausência de um monarca.
c) O poder soberano traz más conseqüências, justificando-se assim a resistência dos súditos.
d) As vantagens do estado civil são expressivamente superiores às imagináveis vantagens de um estado de natureza.
e) As conseqüências do poder soberano são indesejáveis, pois é possível a sociabilidade sem Estado.
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Descartes, René (1596-1650)
QUESTÃO 47
Leia atentamente o texto abaixo.
A partir dessa intuição primeira (a existência do ser que pensa), que é indubitável, Descartes distingue os diversos tipos de idéias, percebendo que algumas são duvidosas e confusas e outras são claras e distintas.
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993. p. 104.
A primeira ideia clara e distinta encontrada por Descartes no trajeto das meditações é
A) a ideia do cogito (coisa pensante), pois na medida em que duvida, aquele que medita percebe que existe.
B) a ideia de coisa extensa, porque tudo aquilo que possui extensão é imediatamente claro e distinto.
C) a ideia de Deus, porque Deus é a primeira realidade a interromper o procedimento da dúvida, no qual se lança aquele que se propõe meditar.
D) a ideia do gênio maligno, porque somente através dele Descartes consegue suprimir o processo da dúvida radical.
37. Segundo Alfred N. Whitehead, "a história da filosofia moderna é a história do desenvolvimento do cartesianismo em seu duplo aspecto, de idealismo e de mecanicismo. Ou seja, o desenvolvimento da filosofia moderna avança à medida que desdobra as temáticas subjacentes à res cogitans e à res extensa" (AGOSTINI, Nilo - p. 42, 2010). Whitehead, ao referir-se à coisa pensante e a tudo que é extenso e divisível, está referindo-se a filosofia de:
a) Friedrich Nietzsche.
b) Immanuel Kant.
c) David Hume.
d) René Descartes.
QUESTÃO 47
Leia atentamente o texto abaixo.
A partir dessa intuição primeira (a existência do ser que pensa), que é indubitável, Descartes distingue os diversos tipos de idéias, percebendo que algumas são duvidosas e confusas e outras são claras e distintas.
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993. p. 104.
A primeira ideia clara e distinta encontrada por Descartes no trajeto das meditações é
A) a ideia do cogito (coisa pensante), pois na medida em que duvida, aquele que medita percebe que existe.
B) a ideia de coisa extensa, porque tudo aquilo que possui extensão é imediatamente claro e distinto.
C) a ideia de Deus, porque Deus é a primeira realidade a interromper o procedimento da dúvida, no qual se lança aquele que se propõe meditar.
D) a ideia do gênio maligno, porque somente através dele Descartes consegue suprimir o processo da dúvida radical.
37. Segundo Alfred N. Whitehead, "a história da filosofia moderna é a história do desenvolvimento do cartesianismo em seu duplo aspecto, de idealismo e de mecanicismo. Ou seja, o desenvolvimento da filosofia moderna avança à medida que desdobra as temáticas subjacentes à res cogitans e à res extensa" (AGOSTINI, Nilo - p. 42, 2010). Whitehead, ao referir-se à coisa pensante e a tudo que é extenso e divisível, está referindo-se a filosofia de:
a) Friedrich Nietzsche.
b) Immanuel Kant.
c) David Hume.
d) René Descartes.
QUESTÃO 05
Leia com atenção o texto abaixo: "Mas há um enganador, não sei quem, sumamente poderoso, sumamente astucioso que, por indústria, sempre me engana. Não há dúvida, portanto, de que eu, eu sou, também, se me engana: que me engane o quanto possa, nunca poderá fazer, porém, que eu nada seja, enquanto eu pensar que sou algo".
DESCARTES. Meditações sobre Filosofia Primeira. Campinas: Editora da UNICAMP, 2004. p. 45.
Para atingir o processo extremo da dúvida, Descartes lança a hipótese de um gênio maligno, sumamente poderoso e que tudo faz para me enganar. Essa radicalização do processo dubitativo ficou conhecida como dúvida hiperbólica. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação estabelecida por Descartes entre a dúvida hiperbólica (exagerada) e o cogito (eu penso).
A) Descartes sustenta que o ato de pensar tem tamanha evidência, que eu jamais posso ser enganado acerca do fato de que existo enquanto penso.
B) A dúvida hiperbólica é insuperável, uma vez que todos os conteúdos da mente podem ser imagens falsas produzidas pelo gênio maligno.
C) Com o exemplo dos juízos matemáticos, que são sempre indubitáveis, Descartes consegue eliminar a hipótese do gênio maligno.
D) Somente a partir da descoberta da ideia de Deus é que Descartes consegue eliminar a dúvida hiperbólica e afirmar a existência do pensante.
34. Pretendendo estabelecer um método universal, inspirado no rigor da matemática e no encadeamento racional, René Descartes elabora quatros regras fundamental, são elas:
A. contradição, análise, evidência e desmembramento.
B. evidência, análise, síntese e desmembramento.
C. matemática, ordem, intuição e evidência.
D. análise, dedução, intuição, e evidência.
E. verificação, análise, intuição e síntese.
37. Em suas Meditações, René Descartes empreende um método argumentativo que lhe permite questionar todo o conhecimento adquirido, na busca por se esvaziar de todas as opiniões e crenças para, a partir daí, estabelecer algo firme e constante nas ciências. Tal método cartesiano implica uma ordem necessária na apresentação de seus argumentos. É o que se vê na passagem da "Meditação Segunda" para a "Meditação Terceira", nas quais Descartes prova antes a existência:
A) de Deus, e depois a existência do ser pensante
B) do ser pensante, e depois a existência de Deus
C) do gênio maligno, e depois a existência de Deus
D) de Deus, e depois a existência do gênio maligno
E) dos sentidos, e depois a existência do ser pensante
Leia com atenção o texto abaixo: "Mas há um enganador, não sei quem, sumamente poderoso, sumamente astucioso que, por indústria, sempre me engana. Não há dúvida, portanto, de que eu, eu sou, também, se me engana: que me engane o quanto possa, nunca poderá fazer, porém, que eu nada seja, enquanto eu pensar que sou algo".
DESCARTES. Meditações sobre Filosofia Primeira. Campinas: Editora da UNICAMP, 2004. p. 45.
Para atingir o processo extremo da dúvida, Descartes lança a hipótese de um gênio maligno, sumamente poderoso e que tudo faz para me enganar. Essa radicalização do processo dubitativo ficou conhecida como dúvida hiperbólica. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação estabelecida por Descartes entre a dúvida hiperbólica (exagerada) e o cogito (eu penso).
A) Descartes sustenta que o ato de pensar tem tamanha evidência, que eu jamais posso ser enganado acerca do fato de que existo enquanto penso.
B) A dúvida hiperbólica é insuperável, uma vez que todos os conteúdos da mente podem ser imagens falsas produzidas pelo gênio maligno.
C) Com o exemplo dos juízos matemáticos, que são sempre indubitáveis, Descartes consegue eliminar a hipótese do gênio maligno.
D) Somente a partir da descoberta da ideia de Deus é que Descartes consegue eliminar a dúvida hiperbólica e afirmar a existência do pensante.
34. Pretendendo estabelecer um método universal, inspirado no rigor da matemática e no encadeamento racional, René Descartes elabora quatros regras fundamental, são elas:
A. contradição, análise, evidência e desmembramento.
B. evidência, análise, síntese e desmembramento.
C. matemática, ordem, intuição e evidência.
D. análise, dedução, intuição, e evidência.
E. verificação, análise, intuição e síntese.
37. Em suas Meditações, René Descartes empreende um método argumentativo que lhe permite questionar todo o conhecimento adquirido, na busca por se esvaziar de todas as opiniões e crenças para, a partir daí, estabelecer algo firme e constante nas ciências. Tal método cartesiano implica uma ordem necessária na apresentação de seus argumentos. É o que se vê na passagem da "Meditação Segunda" para a "Meditação Terceira", nas quais Descartes prova antes a existência:
A) de Deus, e depois a existência do ser pensante
B) do ser pensante, e depois a existência de Deus
C) do gênio maligno, e depois a existência de Deus
D) de Deus, e depois a existência do gênio maligno
E) dos sentidos, e depois a existência do ser pensante
25) É amplamente conhecido, na história da filosofia, como Descartes coloca em dúvida todo o conhecimento, até encontrar um fundamento inabalável; uma espécie de princípio de reconstituição do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodológica que o orientará na busca de novas verdades. A regra geral que orientará Descartes na busca de novas verdades é
a) a possibilidade do mundo externo.
b) a possibilidade de unirmos corpo e alma.
c) a clareza e distinção.
d) a certeza dos juízos matemáticos.
e) a idéia de que corpo e alma são entidades distintas.
a) a possibilidade do mundo externo.
b) a possibilidade de unirmos corpo e alma.
c) a clareza e distinção.
d) a certeza dos juízos matemáticos.
e) a idéia de que corpo e alma são entidades distintas.
11 - A filosofia cética alcança na França, com o ensaio A Apologia de Raimond Sebon, de Michel Montaigne, uma de suas máximas expressões. René Descartes opõe-se e combate o ceticismo, acreditando na possibilidade de alcançar um conhecimento seguro com a elaboração de um método capaz de realizar uma reforma do entendimento e da ciência. Assinale o que for correto.
01) Para René Descartes, a primeira condição para reformar o entendimento humano e progredir no conhecimento científico é expurgar a teologia da filosofia, pois é impossível conduzir a reflexão filosófica a partir da idéia da existência de Deus.
02) Duas atitudes são, para René Descartes, causas do erro cometido pela reflexão filosófica e pelas ciências: a primeira é a prevenção, isto é, a facilidade com que o espírito humano se deixa levar pela opinião e pelas idéias alheias, sem se preocupar se são verdadeiras ou não; a segunda é a precipitação, isto é, a facilidade com que são emitidos juízos sobre as coisas antes de verificar se as idéias são verdadeiras ou não.
04) Para René Descartes, por ter adotado como método o procedimento da dúvida metódica, o ceticismo solapou os fundamentos da filosofia e da ciência.
08) René Descartes combate o racionalismo por considerar que introduz, na filosofia, uma reflexão metafísica. As verdades tanto na filosofia quanto na ciência devem ser alcançadas por procedimentos empíricos, única forma de evitar o ceticismo.
16) O ponto de partida do método de René Descartes é a busca de uma verdade primeira que não pode ser posta em dúvida. Por isso, converte a dúvida em método.
11)02-16
01) Para René Descartes, a primeira condição para reformar o entendimento humano e progredir no conhecimento científico é expurgar a teologia da filosofia, pois é impossível conduzir a reflexão filosófica a partir da idéia da existência de Deus.
02) Duas atitudes são, para René Descartes, causas do erro cometido pela reflexão filosófica e pelas ciências: a primeira é a prevenção, isto é, a facilidade com que o espírito humano se deixa levar pela opinião e pelas idéias alheias, sem se preocupar se são verdadeiras ou não; a segunda é a precipitação, isto é, a facilidade com que são emitidos juízos sobre as coisas antes de verificar se as idéias são verdadeiras ou não.
04) Para René Descartes, por ter adotado como método o procedimento da dúvida metódica, o ceticismo solapou os fundamentos da filosofia e da ciência.
08) René Descartes combate o racionalismo por considerar que introduz, na filosofia, uma reflexão metafísica. As verdades tanto na filosofia quanto na ciência devem ser alcançadas por procedimentos empíricos, única forma de evitar o ceticismo.
16) O ponto de partida do método de René Descartes é a busca de uma verdade primeira que não pode ser posta em dúvida. Por isso, converte a dúvida em método.
11)02-16
63. Sobre o papel da existência de Deus no interior da metafísica cartesiana, assinale a alternativa correta.
(A) Estabeleceu os princípios fundamentais da filosofia empirista, pois é a partir da existência de Deus que se pode afirmar que as ideias somente podem ser consideradas válidas se precedidas por uma percepção sensível.
(B) Deus, para Descartes, equivale unicamente à figura do gênio maligno ou enganador.
(C) A concepção cartesiana de Deus estabeleceu os princípios básicos posteriormente empregados por Kant em sua análise da razão pura.
(D) Essa noção cartesiana apresentou elementos de ruptura com certa tradição metafísica que limitava, em nome de Deus, a possibilidade de os homens conhecerem plenamente a realidade.
(E) Resgatou elementos importantes para deslegitimar a possibilidade de conhecer o mundo mediante ideias claras e distintas.
61. Assinale a alternativa correta sobre o racionalismo cartesiano.
(A) Foi uma posição filosófica que enfatizou a centralidade da razão no processo de conhecimento.
(B) Rejeitou inteiramente a tese da existência de ideias inatas.
(C) Estabeleceu uma crítica frente às tendências mecanicistas vigentes no contexto da revolução científica.
(D) Considerou os modelos matemáticos e geométricos como inapropriados para representar a realidade.
(E) Foi uma das correntes filosóficas mais importantes para a propagação da dialética.
(A) Foi uma posição filosófica que enfatizou a centralidade da razão no processo de conhecimento.
(B) Rejeitou inteiramente a tese da existência de ideias inatas.
(C) Estabeleceu uma crítica frente às tendências mecanicistas vigentes no contexto da revolução científica.
(D) Considerou os modelos matemáticos e geométricos como inapropriados para representar a realidade.
(E) Foi uma das correntes filosóficas mais importantes para a propagação da dialética.
46. O filósofo Descartes, na tentativa de encontrar fundamentos seguros para o saber, criou um procedimento, a dúvida metódica, que, quando utilizada pelo sujeito, analisa os conhecimentos adquiridos, evitando tudo que seja duvidoso para o pensamento, pois ele acredita que o conhecimento
(A) verdadeiro é puramente intelectual.
(B) verdadeiro é puramente sensível.
(C) sensível não deve ser analisado pelo procedimento da dúvida metódica.
(D) verdadeiro é relativo.
(E) verdadeiro não pode ser alcançado pela razão humana.
47. O Filósofo Descartes pertence à corrente filosófica denominada
(A) Empirismo.
(B) Liberalismo.
(C) Racionalismo.
(D) Existencialismo.
(E) Estruturalismo.
48. Considerando o pensamento de Descartes, assinale a alternativa correta.
(A) A fonte do conhecimento verdadeiro é a sensação.
(B) Descartes afasta a experiência intelectual do conhecimento verdadeiro.
(C) Descartes evidencia a experiência sensível para alcançar o conhecimento verdadeiro.
(D) A fonte do conhecimento verdadeiro é a iluminação divina.
(E) A fonte do conhecimento verdadeiro é a razão. 31
(A) verdadeiro é puramente intelectual.
(B) verdadeiro é puramente sensível.
(C) sensível não deve ser analisado pelo procedimento da dúvida metódica.
(D) verdadeiro é relativo.
(E) verdadeiro não pode ser alcançado pela razão humana.
47. O Filósofo Descartes pertence à corrente filosófica denominada
(A) Empirismo.
(B) Liberalismo.
(C) Racionalismo.
(D) Existencialismo.
(E) Estruturalismo.
48. Considerando o pensamento de Descartes, assinale a alternativa correta.
(A) A fonte do conhecimento verdadeiro é a sensação.
(B) Descartes afasta a experiência intelectual do conhecimento verdadeiro.
(C) Descartes evidencia a experiência sensível para alcançar o conhecimento verdadeiro.
(D) A fonte do conhecimento verdadeiro é a iluminação divina.
(E) A fonte do conhecimento verdadeiro é a razão. 31
Qual é a função da prova acerca da existência de Deus na terceira meditação de Descartes?
(A) Fundamentar a fé cristã na razão.
(B) Fundamentar a moral humana na perfeição divina.
(C) Garantir a possibilidade da dúvida hiperbólica.
(D) Garantir a correspondência entre as ideias claras e distintas e a coisa extensa.
(E) Garantir a possibilidade extrema da dúvida.
(A) Fundamentar a fé cristã na razão.
(B) Fundamentar a moral humana na perfeição divina.
(C) Garantir a possibilidade da dúvida hiperbólica.
(D) Garantir a correspondência entre as ideias claras e distintas e a coisa extensa.
(E) Garantir a possibilidade extrema da dúvida.
27
Na chamada querela dos universais, entre os séculos XI e XIV, qual a tese defendida pela corrente nominalista?
(A) Somente existem seres individuais, sendo os universais não mais que nomes ou conceitos.
(B) Somente existem seres universais, sendo os individuais uma materialização temporal daqueles.
(C) Seres individuais e seres universais possuem o mesmo estatuto ontológico, mas o conhecimento é sempre dos seres universais.
(D) Só há um ser individual, que é Deus, sendo que todos os demais seres são universais produzidos pelo intelecto divino.
(E) Só há seres universais, mas só é possível falar do universal através de seres individuais que consistem em abstrações da mente.
QUESTÃO 47
Leia atentamente o texto abaixo.
A partir dessa intuição primeira (a existência do ser que pensa), que é indubitável, Descartes distingue os diversos tipos de idéias, percebendo que algumas são duvidosas e confusas e outras são claras e distintas.
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993. p. 104.
A primeira idéia clara e distinta encontrada por Descartes no trajeto das meditações é
A) a idéia do cogito (coisa pensante), pois na medida em que duvida, aquele que medita percebe que existe.
B) a idéia de coisa extensa, porque tudo aquilo que possui extensão é imediatamente claro e distinto.
C) a idéia de Deus, porque Deus é a primeira realidade a interromper o procedimento da dúvida, no qual se lança aquele que se propõe meditar.
D) a idéia do gênio maligno, porque somente através dele Descartes consegue suprimir o processo da dúvida radical.
Leia atentamente o texto abaixo.
A partir dessa intuição primeira (a existência do ser que pensa), que é indubitável, Descartes distingue os diversos tipos de idéias, percebendo que algumas são duvidosas e confusas e outras são claras e distintas.
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993. p. 104.
A primeira idéia clara e distinta encontrada por Descartes no trajeto das meditações é
A) a idéia do cogito (coisa pensante), pois na medida em que duvida, aquele que medita percebe que existe.
B) a idéia de coisa extensa, porque tudo aquilo que possui extensão é imediatamente claro e distinto.
C) a idéia de Deus, porque Deus é a primeira realidade a interromper o procedimento da dúvida, no qual se lança aquele que se propõe meditar.
D) a idéia do gênio maligno, porque somente através dele Descartes consegue suprimir o processo da dúvida radical.
34) Leia o seguinte texto de Descartes:
[...] considerei em geral o que é necessário a uma proposição para ser verdadeira e certa, pois, como acabara de encontrar uma proposição que eu sabia sê-lo inteiramente, pensei que devia saber igualmente em que consiste essa certeza. E, tendo percebido que nada há no "penso, logo existo" que me assegure que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, pensei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos clara e distintamente são todas verdadeiras.
(DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Elza Moreira Marcelina. Brasília: Editora da Universidade de Brasília; São Paulo: Ática, 1989. p. 57.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento cartesiano, é correto afirmar:
a) Para Descartes, a proposição "penso, logo existo" não pode ser considerada como uma proposição indubitavelmente verdadeira.
b) Embora seja verdadeira, a proposição "penso, logo existo" é uma tautologia inútil no contexto da filosofia cartesiana.
c) Tomando como base a proposição "penso, logo existo", Descartes conclui que o que é necessário para que uma proposição qualquer seja verdadeira é que ela enuncie algo que possa ser concebido clara e distintamente.
d) Descartes é um filósofo cético, uma vez que afirma que não é possível se ter certeza sobre a verdade de qualquer proposição.
e) Tomando como exemplo a proposição "penso, logo existo", Descartes conclui que uma proposição qualquer só pode ser considerada como verdadeira se ela tiver sido provada com base na experiência.
39) Leia o seguinte texto de Descartes:
Essas longas cadeias de razões, todas simples e fáceis, de que os geômetras costumam se utilizar para chegar às demonstrações mais difíceis, haviam-me dado oportunidade de imaginar que todas as coisas passíveis de cair sob domínio do conhecimento dos homens seguem-se umas às outras da mesma maneira e que, contanto que nos abstenhamos somente de aceitar por verdadeira alguma que não o seja, e que observemos sempre a ordem necessária para deduzi-las umas das outras, não pode haver, quaisquer que sejam, tão distantes às quais não se chegue por fim, nem tão ocultas que não se descubram.
(DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Elza Moreira Marcelina. Brasília: Editora da Universidade de Brasília; São Paulo: Ática, 1989. p. 45.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Descartes, é correto afirmar que:
a) Para Descartes, o conhecimento é obtido partindo-se da experiência, isto é, da observação da natureza, e depois generalizando os resultados de tais observações.
b) Segundo Descartes, qualquer coisa que a razão humana é capaz de conhecer pode ser alcançada, partindo-se de verdades evidentes, e aplicando a dedução lógica a essas verdades.
c) Para Descartes, é possível apenas obter um conhecimento aproximado, probabilístico, acerca de qualquer objeto, não sendo de modo algum alcançável o conhecimento da verdade, independente do assunto em questão.
d) Descartes pensa que, independentemente das premissas das quais se parte ao se procurar obter conhecimento sobre um determinado assunto, a verdade sobre tal assunto será alcançada desde que os princípios da lógica dedutiva sejam aplicados corretamente.
e) Para Descartes, não há verdades evidentes, de modo que para se obter conhecimento sobre qualquer assunto, é necessário realizar longas séries de demonstrações difíceis, como aquelas que são habitualmente desenvolvidas pelos geômetras.
GALILEI, G. (1564 -1642)
23) Leia o seguinte texto:
A filosofia está escrita neste imenso livro que continuamente está aberto diante de nossos olhos (estou falando do universo), mas que não se pode entender se primeiro não se aprende a entender sua língua e conhecer os caracteres em que está escrito. Ele está escrito em linguagem matemática e seus caracteres são círculos, triângulos e outras figuras geométricas, meios sem os quais é impossível entender humanamente suas palavras: sem tais meios, vagamos inutilmente por um escuro labirinto.
(GALILEI, G. Il saggiatore. Apud REALE, G. & ANTISERI, D. História da filosofia. São Paulo: Paulinas, 1990, v. 2, p. 281.)
Tendo em mente o texto acima e os conhecimentos sobre o pensamento de Galileu acerca do método científico, considere as seguintes afirmativas.
I. Galileu defende o desenvolvimento de uma ciência voltada para os aspectos objetivos e mensuráveis da natureza, em oposição à física qualitativa de Aristóteles.
II. Para Galileu, é possível obter conhecimento científico sobre objetos matemáticos, tais como círculos e triângulos, mas não sobre objetos do mundo sensível.
III. Galileu pensa que uma ciência quantitativa da natureza é possível graças ao fato de que a própria natureza está configurada de modo a exibir ordem e simetrias matemáticas.
IV. Galileu considera que a observação não faz parte do método científico proposto por ele, uma vez que todo o conhecimento científico pode ser obtido por meio de demonstrações matemáticas.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas, mencionadas anteriormente.
a) I e III.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
Spinoza (1632 -1677)
38. Em sua Ética, Spinoza explora o importante tema da servidão, especialmente na quarta parte do livro. Já na primeira frase dessa quarta parte da Ética, Spinoza esclarece o que entende por servidão, que é então definida como impotência:
A) divina para organizar e gerenciar os afetos
B) divina para organizar e gerenciar as razões
C) humana para regular e refrear os afetos
D) humana para regular e refrear as razões
E) humana para aniquilar e exterminar os afetos
Locke, John (1632-1704)
33. "Todas as nossas ideias derivam de uma ou de outra fonte. Parece que o entendimento não tem o menor vislumbre sobre quaisquer ideias se não as receber de uma das duas fontes. Os objetos externos suprem a nossa mente com as ideias das qualidades sensíveis, que são todas as diferentes percepções produzidas em nós, e a mente supre o entendimento com ideias através das próprias operações". O texto citado retrata o empirismo de Jonh Locke. Para ele, existem duas fontes básicas de experiência:
A) Percepção e idealização.
B) Percepção e internalização.
C) Sensação e reflexão.
D) Sensação e memorização.
30. Segundo John Locke, "todas as nossas representações do real são derivadas de percepções sensíveis, não havendo outra fonte para o conhecimento".
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, p. 180)
Assinale a alternativa que contempla adequadamente as implicações dessa formulação de Locke.
(A) Toda ideia somente se torna verdadeira se antecedida pela experiência.
(B) Locke era um pensador metafísico.
(C) Locke contesta a tese segundo a qual a mente humana é uma "tábula rasa".
(D) As ideias são geradas na mente segundo as mesmas coordenadas definidas por Platão em sua teoria da reminiscência.
(E) Essa tese foi fortemente contestada pelo filósofo David Hume.
Berkeley, George (1685-1753)
31. Para Berkeley, "a mais simples percepção de uma coisa na realidade é a percepção de uma ação de Deus sobre nós e implica a existência de Deus, ao passo que, a admitir-se a matéria, deve-se atribuir a ela a causalidade das próprias ideias e pode-se dispensar Deus. O materialismo é, por isso, o fundamento do ateísmo e da irreligião, assim como o imaterialismo é o fundamento da religião".
(Dicionário Abbagnano, p. 541)
Ao formular sua doutrina imaterialista, o objetivo de Berkeley foi
(A) criticar de forma radical o materialismo dialético.
(B) criticar a teologia.
(C) refutar o mecanicismo newtoniano.
(D) criticar o platonismo cristão, em virtude de sua mobilização ideológica pela Igreja Católica.
(E) resgatar a importância da doutrina metafísica aristotélica.
as leis da dialética materialista.
(Dicionário Abbagnano, p. 541)
Ao formular sua doutrina imaterialista, o objetivo de Berkeley foi
(A) criticar de forma radical o materialismo dialético.
(B) criticar a teologia.
(C) refutar o mecanicismo newtoniano.
(D) criticar o platonismo cristão, em virtude de sua mobilização ideológica pela Igreja Católica.
(E) resgatar a importância da doutrina metafísica aristotélica.
as leis da dialética materialista.
Hume, David (1711-1776)
39. Em sua Investigação acerca do entendimento humano, David Hume fala daquele que considera ser "o único princípio que torna útil nossa experiência e nos faz esperar, no futuro, uma série de eventos semelhantes àqueles que apareceram no passado". Segundo Hume, esse princípio, que seria o grande guia da vida humana, é:
A) a fé
B) a razão
C) a imaginação
D) o costume
E) o entendimento
35) Leia o texto a seguir.
Como o costume nos determina a transferir o passado para o futuro em todas as nossas inferências, esperamos - se o passado tem sido inteiramente regular e uniforme - o mesmo evento com a máxima segurança e não toleramos qualquer suposição contrária. Mas, se temos encontrado que diferentes efeitos acompanham causas que em aparência são exatamente similares, todos estes efeitos variados devem apresentar-se ao espírito ao transferir o passado para o futuro, e devemos considerá-los quando determinamos a probabilidade do evento.
(HUME, D. Investigações acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 73.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Hume, é correto afirmar:
a) Hume procura demonstrar o cálculo matemático de probabilidades.
b) Hume procura mostrar o mecanismo psicológico pelo qual a crença se fixa na imaginação.
c) Para Hume, há uma conexão necessária entre causa e efeito.
d) Para Hume, as inferências causais são a priori.
e) Hume procura mostrar que crença e ficção produzem o mesmo efeito na imaginação humana.
QUESTÃO 45
Leia atentamente o texto abaixo sobre a teoria do hábito em David Hume.
E é certo que estamos aventando aqui uma proposição que, se não é verdadeira, é pelo menos muito inteligível, ao afirmarmos que, após a conjunção constante de dois objetos - calor e chama, por exemplo, ou peso e solidez -, é exclusivamente o hábito que nos faz esperar um deles a partir do aparecimento do outro.
HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. São Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 75.
Com base na Teoria de Hume e no texto acima, marque a alternativa INCORRETA, ou seja, aquela que de modo algum pode ser uma interpretação adequada desse texto.
A) A conjunção constante entre dois objetos explica a força do hábito e, conseqüentemente, o procedimento da inferência.
B) A hipótese do hábito é conseqüente com a teoria de Hume, de que todo o nosso conhecimento é construído por experiência e observação.
C) Se a causalidade fosse construída a priori e de modo necessário, não seria preciso recorrer à experiência e à repetição para que de uma causa fosse extraído o respectivo efeito.
D) O hábito jamais pode ser a base da inferência. Em virtude disso, os conceitos de causa e efeito jamais podem se aplicar a qualquer objeto da experiência.
Leia atentamente o texto abaixo sobre a teoria do hábito em David Hume.
E é certo que estamos aventando aqui uma proposição que, se não é verdadeira, é pelo menos muito inteligível, ao afirmarmos que, após a conjunção constante de dois objetos - calor e chama, por exemplo, ou peso e solidez -, é exclusivamente o hábito que nos faz esperar um deles a partir do aparecimento do outro.
HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. São Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 75.
Com base na Teoria de Hume e no texto acima, marque a alternativa INCORRETA, ou seja, aquela que de modo algum pode ser uma interpretação adequada desse texto.
A) A conjunção constante entre dois objetos explica a força do hábito e, conseqüentemente, o procedimento da inferência.
B) A hipótese do hábito é conseqüente com a teoria de Hume, de que todo o nosso conhecimento é construído por experiência e observação.
C) Se a causalidade fosse construída a priori e de modo necessário, não seria preciso recorrer à experiência e à repetição para que de uma causa fosse extraído o respectivo efeito.
D) O hábito jamais pode ser a base da inferência. Em virtude disso, os conceitos de causa e efeito jamais podem se aplicar a qualquer objeto da experiência.
39. Em sua Investigação acerca do entendimento humano, David Hume fala daquele que considera ser "o único princípio que torna útil nossa experiência e nos faz esperar, no futuro, uma série de eventos semelhantes àqueles que apareceram no passado". Segundo Hume, esse princípio, que seria o grande guia da vida humana, é:
A) a fé
B) a razão
C) a imaginação
D) o costume
E) o entendimento
35) Leia o texto a seguir.
Como o costume nos determina a transferir o passado para o futuro em todas as nossas inferências, esperamos - se o passado tem sido inteiramente regular e uniforme - o mesmo evento com a máxima segurança e não toleramos qualquer suposição contrária. Mas, se temos encontrado que diferentes efeitos acompanham causas que em aparência são exatamente similares, todos estes efeitos variados devem apresentar-se ao espírito ao transferir o passado para o futuro, e devemos considerá-los quando determinamos a probabilidade do evento.
(HUME, D. Investigações acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 73.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Hume, é correto afirmar:
a) Hume procura demonstrar o cálculo matemático de probabilidades.
b) Hume procura mostrar o mecanismo psicológico pelo qual a crença se fixa na imaginação.
c) Para Hume, há uma conexão necessária entre causa e efeito.
d) Para Hume, as inferências causais são a priori.
e) Hume procura mostrar que crença e ficção produzem o mesmo efeito na imaginação humana.
26) Leia o texto a seguir:
Certamente, temos aqui ao menos uma proposição bem inteligível, senão uma verdade, quando afirmamos que, depois da conjunção constante de dois objetos, por exemplo, calor e chama, peso e solidez, unicamente o costume nos determina a esperar um devido ao aparecimento do outro. Parece que esta hipótese é a única que explica a dificuldade que temos de, em mil casos, tirar uma conclusão que não somos capazes de tirar de um só caso, que não discrepa em nenhum aspecto dos outros. A razão não é capaz de semelhante variação. As conclusões tiradas por ela, ao considerar um círculo, são as mesmas que formaria examinando todos os círculos do universo. Mas ninguém, tendo visto somente um corpo se mover depois de ter sido impulsionado por outro, poderia inferir que todos os demais corpos se moveriam depois de receberem impulso igual. Portanto, todas as inferências tiradas da experiência são efeitos do costume e não do raciocínio.
(HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1999. pp. 61-62.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de David Hume, é correto afirmar:
a) A razão, para Hume, é incapaz de demonstrar proposições matemáticas, como, por exemplo, uma proposição da geometria acerca de um círculo.
b) Hume defende que todo tipo de conhecimento, matemático ou experimental, é obtido mediante o uso da razão, e pode ser justificado com base nas operações do raciocínio.
c) É necessário examinar um grande número de círculos, de acordo com Hume, para se poder concluir, por exemplo, que a área de um círculo qualquer é igual a "PI" multiplicado pelo quadrado do raio desse círculo.
d) Hume pode ser classificado como um filósofo cético, no sentido de que ele defende a impossibilidade de se obter qualquer tipo de conhecimento com base na razão.
e) Segundo Hume, somente o costume, e não a razão, pode ser apontado como sendo o responsável pelas conclusões acerca da relação de causa e efeito, às quais as pessoas chegam com base na experiência.
08 - Uma proposição pode ser descrita como um discurso declarativo que expressa verbalmente a operação mental em que se afirma ou nega a inerência ou a relação entre dois ou mais termos; um enunciado suscetível de verdade ou de falsidade. Conforme essa descrição, assinale o que for uma proposição.
01) O homem é um animal político.
02) Vá embora!
04) caneta, lápis, caderno...
08) Por que somente o homem está sujeito a se tornar imbecil?
16) As transformações naturais sempre levam a um aumento na entropia do Universo.
08)01-16
Certamente, temos aqui ao menos uma proposição bem inteligível, senão uma verdade, quando afirmamos que, depois da conjunção constante de dois objetos, por exemplo, calor e chama, peso e solidez, unicamente o costume nos determina a esperar um devido ao aparecimento do outro. Parece que esta hipótese é a única que explica a dificuldade que temos de, em mil casos, tirar uma conclusão que não somos capazes de tirar de um só caso, que não discrepa em nenhum aspecto dos outros. A razão não é capaz de semelhante variação. As conclusões tiradas por ela, ao considerar um círculo, são as mesmas que formaria examinando todos os círculos do universo. Mas ninguém, tendo visto somente um corpo se mover depois de ter sido impulsionado por outro, poderia inferir que todos os demais corpos se moveriam depois de receberem impulso igual. Portanto, todas as inferências tiradas da experiência são efeitos do costume e não do raciocínio.
(HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1999. pp. 61-62.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de David Hume, é correto afirmar:
a) A razão, para Hume, é incapaz de demonstrar proposições matemáticas, como, por exemplo, uma proposição da geometria acerca de um círculo.
b) Hume defende que todo tipo de conhecimento, matemático ou experimental, é obtido mediante o uso da razão, e pode ser justificado com base nas operações do raciocínio.
c) É necessário examinar um grande número de círculos, de acordo com Hume, para se poder concluir, por exemplo, que a área de um círculo qualquer é igual a "PI" multiplicado pelo quadrado do raio desse círculo.
d) Hume pode ser classificado como um filósofo cético, no sentido de que ele defende a impossibilidade de se obter qualquer tipo de conhecimento com base na razão.
e) Segundo Hume, somente o costume, e não a razão, pode ser apontado como sendo o responsável pelas conclusões acerca da relação de causa e efeito, às quais as pessoas chegam com base na experiência.
08 - Uma proposição pode ser descrita como um discurso declarativo que expressa verbalmente a operação mental em que se afirma ou nega a inerência ou a relação entre dois ou mais termos; um enunciado suscetível de verdade ou de falsidade. Conforme essa descrição, assinale o que for uma proposição.
01) O homem é um animal político.
02) Vá embora!
04) caneta, lápis, caderno...
08) Por que somente o homem está sujeito a se tornar imbecil?
16) As transformações naturais sempre levam a um aumento na entropia do Universo.
08)01-16
09 - "O hábito é, pois, o grande guia da vida humana. É aquele princípio único que faz com que nossa experiência nos seja útil e nos leve a esperar, no futuro, uma seqüência de acontecimentos semelhante às que se verificaram no passado. Sem a ação do hábito, ignoraríamos completamente toda questão de fato além do que está imediatamente presente à memória ou aos sentidos. Jamais saberíamos como adequar os meios aos fins ou como utilizar os nossos poderes naturais na produção de um efeito qualquer. Seria o fim imediato de toda a ação, assim como da maior parte da especulação." (HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973, pp. 145-146. Os Pensadores).
Com base nesse texto e no seu conhecimento sobre a Filosofia de Hume, assinale o que for correto.
01) Segundo Hume, entre um fenômeno e outro não há conexão causal necessária que possa ser verificada na experiência; é o hábito que explica a noção da relação causa e efeito: por termos visto, várias vezes juntos, dois objetos ou fatos - por exemplo, calor e chama, peso e solidez -, somos levados, pelo costume, a prever um quando o outro se apresenta.
02) Como representante do racionalismo, Hume afirmou que o princípio de causalidade, lei inexorável que regula todos os acontecimentos da natureza, é inferido da experiência por um processo de raciocínio.
04) Para Hume, o hábito é um falso guia; se não nos fiarmos na razão, fonte do conhecimento verdadeiro, e nos deixarmos conduzir pelo costume, erraremos inevitavelmente em nossas ações e investigações.
08) É o hábito que nos permite ultrapassar os dados empíricos, os quais possuímos seja na forma de impressão seja na forma de idéias, e afirmar mais do que aquilo o qual pode ser alcançado na experiência imediata.
16) A ideia de causa é apenas uma ideia geral constituída pela associação de idéias e baseada na crença formada pelo hábito.
09)01-08-16
32. Hume questiona o modelo cartesiano de mente como substância pensante, a res cogitans, de Descartes, sustentando que não podemos ter nenhuma representação de nossa mente independentemente de nossa experiência, ou seja, de nossas impressões sensíveis e da maneira como as elaboramos. Não há como representarmos o pensamento puro, independente de qualquer conteúdo. Para Hume, jamais posso apreender a mim mesmo sem algum tipo de percepção.
(Danilo Marcondes, Iniciação à história da filosofia, p. 183)
Sobre a crítica de Hume à existência da identidade pessoal, pode-se afirmar que
(A) assim como Fitche, Hume postula o eu como entidade absoluta e incondicionada.
(B) essa formulação de Hume está embasada em sua crítica antimetafísica à noção de substância.
(C) a crítica esboçada por Hume foi endereçada ao ceticismo dos filósofos empiristas.
(D) o pensamento de Hume procurou fundamentar em bases universalistas uma crítica radical à razão.
(E) para Hume, o eu é uma ideia inata.
QUESTÃO 45
Leia atentamente o texto abaixo sobre a teoria do hábito em David Hume.
Leia atentamente o texto abaixo sobre a teoria do hábito em David Hume.
E é certo que estamos aventando aqui uma proposição que, se não é verdadeira, é pelo menos muito inteligível, ao afirmarmos que, após a conjunção constante de dois objetos - calor e chama, por exemplo, ou peso e solidez -, é exclusivamente o hábito que nos faz esperar um deles a partir do aparecimento do outro.
HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. São Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 75.
Com base na Teoria de Hume e no texto acima, marque a alternativa INCORRETA, ou seja, aquela que de modo algum pode ser uma interpretação adequada desse texto.
A) A conjunção constante entre dois objetos explica a força do hábito e, conseqüentemente, o procedimento da inferência.
B) A hipótese do hábito é conseqüente com a teoria de Hume, de que todo o nosso conhecimento é construído por experiência e observação.
C) Se a causalidade fosse construída a priori e de modo necessário, não seria preciso recorrer à experiência e à repetição para que de uma causa fosse extraído o respectivo efeito.
D) O hábito jamais pode ser a base da inferência. Em virtude disso, os conceitos de causa e efeito jamais podem se aplicar a qualquer objeto da experiência.
Rousseau, Jean-Jacques (1712-1778)
QUESTÃO 53
Rousseau teve o mérito de afirmar que o princípio do Estado é a vontade. Mas, tendo entendido a vontade universal não como a racionalidade em si e para si da vontade, mas apenas como o elemento comum que deriva da vontade singular, Rousseau faz com que a associação dos indivíduos no Estado se torne um contrato, algo que, portanto, tem como base o arbítrio desses indivíduos, a opinião e o consenso explícito deles.
G. F. Hegel. Grundlinien der philosophie des rechts. Suhrkamp, Frankfurt am Main, 1995, p. 400 (com adaptações).
Tendo como referência esse texto de Hegel e conhecimentos relativos ao debate filosófico sobre o Estado moderno, assinale a opção correta.
A - Segundo Hegel, a vontade geral, que fundamenta o Estado, tem uma base objetiva, ou seja, sofre um processo de determinações históricas que transcende a ação dos indivíduos
e seus interesses singulares.
B - As teorias contratualistas, como a de Rousseau, concedem ao Estado sua própria vontade racional, independentemente dos projetos volitivos singulares.
C - A racionalidade em si e para si que o Estado precisa para existir está garantida pelo contrato social.
D - A vontade universal, segundo Hegel, é o resultado da soma das vontades individuais.
38. Atualmente, a Grécia estampa grandes manchetes dos jornais mundiais, isto porque o país atravessa uma grave crise econômica devido ao acúmulo de dívidas internacionais. O povo grego vai às ruas protestar as medidas de austeridade, impostas pelo governo, protagonizando assim cenários de intensas manifestações políticas e sociais. Na obra "Contrato Social", de Jean Jacques Rousseau, o filósofo exprime a necessidade de harmonia entre cidadãos e governo, estabelecendo-se um pacto social. O pensamento central sobre o pacto social é:
A. O oferecimento da educação sistemática, como ação do individuo, e desenvolvimento cultural e econômico da sociedade.
B. a autonomia do governante sobre a sociedade, cabendo exclusivamente ao governante o poder e decisão política no Estado.
C. a submissão à vontade geral, onde a vontade particular e individual é substituída pelo interesse coletivo em prol de um bem comum.
D. o desenvolvimento econômico, devido às desigualdades sociais e conflitos entre exploradores e explorados do estado liberal.
E. o estabelecimento da teoria do direito divino dos reis, onde cabe a manutenção de uma autoridade soberana sobre o Estado.
A. O oferecimento da educação sistemática, como ação do individuo, e desenvolvimento cultural e econômico da sociedade.
B. a autonomia do governante sobre a sociedade, cabendo exclusivamente ao governante o poder e decisão política no Estado.
C. a submissão à vontade geral, onde a vontade particular e individual é substituída pelo interesse coletivo em prol de um bem comum.
D. o desenvolvimento econômico, devido às desigualdades sociais e conflitos entre exploradores e explorados do estado liberal.
E. o estabelecimento da teoria do direito divino dos reis, onde cabe a manutenção de uma autoridade soberana sobre o Estado.
Nicolau Copérnico
Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes.
(ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 32. Os Pensadores.)
Com base na citação acima e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, considere as seguintes afirmativas.
I. O contrato social só se torna possível havendo concordância entre obediência e liberdade.
II. A liberdade conquistada através do contrato social é uma liberdade convencional.
III. Por meio do contrato social, os indivíduos perdem mais do que ganham.
IV. A liberdade conquistada através do contrato social é a liberdade natural.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas, mencionadas anteriormente.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
29. Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rústicas, (...) enquanto se dedicaram apenas às obras que um único homem podia criar, e às artes que não necessitavam do concurso de várias mãos, eles viveram livres, sãos, bons e felizes (...), mas desde o momento em que um homem teve necessidade do auxílio de um outro, desde que se apercebeu que seria útil a um só indivíduo contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, a propriedade se introduziu, o trabalho se tornou necessário (...), viu-se logo a escravidão e a miséria germinarem e crescerem.
(Rousseau, citado em: Francisco Weffort. Os clássicos da política, p. 207) Baseando-se nesse texto, assinale a alternativa correta sobre o pensamento de Rousseau.
(A) Antecipa temas fundamentais do pensamento socialista do século XIX.
(B) Antecipa a concepção de Sigmund Freud sobre a natureza humana, quando este formula sua hipótese acerca da existência de uma destrutividade inata ao homem.
(C) Corrobora as hipóteses contratualistas defendidas por Thomas Hobbes.
(D) Critica a concepção sobre a existência do "bom selvagem".
(E) Atribui ao estado de natureza a fonte das desigualdades sociais.
38. De acordo com as intenções de Rousseau em Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, considere as seguintes afirmações:
I. Nessa obra, Rousseau analisa a degeneração da moralidade da natureza humana e atribui responsabilidade à própria civilização pela queda moral do homem.
II. A sociedade, ao ver de Rousseau, impôs aos seus indivíduos uma uniformidade artificial de comportamento, levando-os a ignorar os deveres e as necessidades fundamentais da natureza humana.
III. O desenvolvimento da sociedade, para Rousseau, trouxe a possibilidade de o homem fazer uso de seu livre-arbítrio, tornando-se autosuficiente.
Assinale a alternativa VERDADEIRA:
A) As três afirmações estão incorretas.
B) As afirmações I e III estão corretas.
C) Apenas a afirmação I está correta.
D) Apenas a afirmação III está correta.
E) As afirmações I e II estão corretas.
39. "O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo". Levando em conta a principal idéia que Rousseau quer transmitir com essa afirmação, assinale a alternativa VERDADEIRA:
A) A propriedade privada, já existente antes da sociedade civil, trouxe a possibilidade de melhor organização entre os indivíduos e, conseqüentemente, facilitou sua convivência.
B) A propriedade privada é um direito natural fundado no trabalho.
C) A expressão "isto é meu" da frase de Rousseau quer mostrar que naturalmente o homem anseia por propriedade privada.
D) A sociedade civil tem sua origem na propriedade privada que, junto consigo, trouxe os principais problemas entre os homens.
E) O fundador da sociedade civil era um pensador grego que tinha grande capacidade de persuasão.
50
A Revolução Francesa teve como uma de suas influências o pensamento de Rousseau, que defendia
(A) a compreensão pessimista da natureza humana, através da máxima "o homem é lobo do homem".
(B) a ideia de que as relações de produção da vida material são determinantes para a constituição do tecido social.
(C) a ideia de que a política deve ser a realização dos desígnios divinos.
(D) a noção de sociedade de controle, que compreende o poder em seu caráter normalizador.
(E) um ideal de sociedade onde os homens sejam livres e iguais, formulado a partir de noções como interesse coletivo e bem comu
Kant, Immanuel (1724-1804)
40. "Por síntese entendo, no sentido mais amplo, a ação de acrescentar diversas representações umas às outras e de conceber a sua multiplicidade num conhecimento", afirma Immanuel Kant em sua Crítica da razão pura. Tal síntese seria efeito da faculdade da imaginação, mas reportar essa síntese a conceitos, segundo Kant, é uma função que cabe:
A) ao costume
B) ao entendimento
C) à fé
D) à intuição
E) à sensibilidade
41. Na Crítica da faculdade do juízo, Immanuel Kant afirma que a faculdade do juízo em geral consiste em pensar o particular como contido no universal. Mas ele distingue duas maneiras como isso pode ocorrer. Em um primeiro caso, o universal (a regra, o princípio, a lei) é dado. Em um segundo caso, apenas o particular é dado, e a faculdade do juízo deverá encontrar o universal. Segundo Kant, no primeiro e no segundo casos têm-se, respectivamente, juízos:
A) teóricos e práticos
B) determinantes e reflexivos
C) estéticos e teleológicos
D) intuitivos e transcendentais
E) morais e cognitivos
A razão humana, num determinado domínio dos seus conhecimentos, possui o singular destino de se ver atormentada por questões, que não pode evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais também não pode dar respostas por ultrapassarem completamente as suas possibilidades.
(KANT, I. Crítica da Razão Pura (Prefácio da primeira edição, 1781). Tradução de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p. 03.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Kant, o domínio destas intermináveis disputas chama-se
a) experiência.
b) natureza.
c) entendimento.
d) metafísica.
e) sensibilidade.
37. Veja as frases abaixo.
I - Busca as condições de validade e os verdadeiros limites e extensão do conhecimento humano;
II - Procura as condições para o uso correto e justo da razão pura, estabelecendo as condições de possibilidade do conhecimento;
III - A origem do conhecimento está na sensibilidade e no entendimento.
Das frases acima, retrata(m) o criticismo Kantiano:
A) apenas a II.
B) apenas I e II.
C) apenas II e III.
D) todas elas.
40. Na estética kantiana, o Belo é visto como aquilo que agrada universalmente, sem interesse, sendo o resultado da relação entre sujeito e objeto. Assim, o Belo não existe de maneira objetiva, mas é fruto da relação entre o sujeito e objeto mediante:
A) juízo de valor.
B) despertar da consciência.
C) juízo estético.
D) intencionalidade e aproximação.
66. Uma das mais famosas passagens da filosofia ocidental encontra-se em Kant: Duas coisas enchem-me o espírito de admiração e reverência sempre novas e crescentes, quanto mais frequente e longamente o pensamento nelas se detém: o céu estrelado acima de mim e a lei moral em mim.
Sobre essa afirmação, assinale a alternativa correta.
(A) Trata-se de um elogio às tendências dogmáticas do pensamento moderno.
(B) Kant está celebrando a importância do empirismo filosófico e sua concepção da mente humana como tábula rasa.
(C) Kant está apontando a possibilidade do homem de conhecer "coisas-em-si".
(D) O pensamento de Kant revela por essa afirmação sua dívida à concepção platônica da existência de um mundo inteligível de formas perfeitas.
(E) A afirmação articula duas dimensões distintas da realidade humana abordadas nas obras Crítica da razão pura e Crítica da razão prática.
33. Assinale a alternativa correta sobre a revolução copernicana de Kant.
(A) Ela forneceu as bases para a filosofia empirista.
(B) Seu teor é de natureza ética e moral, constituindo o núcleo da obra Crítica da razão prática.
(C) Trata-se de uma formulação filosófica que revalorizou a tese cartesiana da existência de ideias inatas.
(D) Ela consistiu em uma inversão da relação até então consagrada pela filosofia entre sujeito cognoscente e objeto do conhecimento.
(E) Trata-se da utilização, por Kant, do método matemático copernicano para a resolução de problemas de natureza lógica.
34. É no domínio da razão prática, na visão de Kant, que somos livres, isto é, que se põe a questão da liberdade e da moralidade, enquanto no domínio da razão teórica, do conhecimento, somos limitados por nossa própria estrutura cognitiva. Segundo essa concepção, a ética é, no entanto, estritamente racional, bem como universal, no sentido de que não está restrita a preceitos de caráter pessoal ou subjetivo, nem a hábitos e práticas culturais ou sociais.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, p. 213)
De acordo com essa definição, pode-se afirmar que
(A) a visão kantiana serviu como fundamento para concepções relativistas acerca da ética e da moralidade.
(B) os princípios éticos são derivados da racionalidade humana.
(C) a ética e a moralidade tornam-se racionais quando se submetem às contingências históricas.
(D) os princípios éticos e morais derivam seu conteúdo da ordem da natureza.
(E) não existem princípios incondicionados que possam reger a ética.
35. Podemos entender a crítica de Hegel a Kant dentro da mesma linha de desenvolvimento do racionalismo moderno, inaugurado pela tentativa de Descartes de encontrar um ponto de partida radical e de fundamentar a possibilidade do conhecimento na consciência, no sujeito pensante. Kant critica o sujeito cartesiano, o caráter psicológico da experiência desse sujeito e os pressupostos metafísicos de uma consciência entendida como uma substância pensante. Hegel, por sua vez, critica a concepção kantiana de um sujeito transcendental como excessivamente formal, a consciência considerada como dada, como originária, sem que Kant jamais se pergunte pela sua origem, pelo processo de formação da subjetividade.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, p. 217)
De acordo com esse comentário sobre Kant e Hegel, pode-se afirmar que
(A) ambos os filósofos expressaram um pensamento contrário ao Iluminismo.
(B) para Hegel, o eu é originário, incondicionado e absoluto.
(C) para opor-se a Kant, Hegel resgatou o cogito cartesiano, tornando-o um dos conceitos fundamentais de sua filosofia.
(D) quando comparado a Descartes e a Kant, Hegel apresenta uma filosofia que rompe com o objetivo de investigar as faculdades cognitivas humanas.
(E) no interior do desenvolvimento do racionalismo moderno, Hegel foi o filósofo que formulou
35 Para Kant, uma "Boa vontade" consiste em uma vontade
(A) que tem por fim a felicidade.
(B) que se orienta pela perfeição divina.
(C) que se apresenta sob a forma da heteronomia.
(D) de poder.
(E) cujo querer é bom em si mesmo.
20
Qual é, segundo Immanuel Kant, o caráter positivo de uma crítica da razão pura?
(A) Trazer à luz os limites do uso puro teórico da razão, evitando que se reduza a nada seu uso puro prático.
(B) Promover a possibilidade de um conhecimento de caráter científico da moralidade.
(C) Estabelecer um método puramente racionalista para as ciências e um método puramente empirista para a moral.
(D) Acusar a impossibilidade de uma moral metafisicamente fundada, como pretendiam os filósofos racionalistas que o antecederam.
(E) Denunciar a falsa pretensão de universalidade das ciências naturais.
46 De acordo com Kant, não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar.
A frase evidencia o pensamento de Kant que considera que a(o)
(A) prática da filosofia e o seu ensino prescindem de qualquer conhecimento de ordem intelectual.
(B) ensino filosófico não se esgota na prática do pensamento, mas antes exige muito exercício físico e emocional.
(C) ensino filosófico se desenvolve tanto no aprendizado do aluno a partir do professor, como, ao contrário, no do professor a partir do aluno.
(D) ensino filosófico consiste, sobretudo na transmissão de conhecimentos filosóficos determinados.
(E) ensino filosófico não deve concentrar-se em conteúdos, mas antes na prática do próprio pensamento.
Outros
51. Uma situação de aprendizagem do Ensino Médio pretende desenvolver no aluno as competências e habilidades relacionadas à reflexão e à práxis da alteridade. Entende-se que, ao compreender o aspecto simbólico do homem, o aluno terá a oportunidade de reforçar seu compromisso de cidadania e respeito à diferença.
Assinale a alternativa que corresponde ao pensador, autor do livro A filosofia das formas simbólicas, cuja abordagem é adequada ao desenvolvimento dessas competências e habilidades, em conformidade com a Proposta Curricular.
(A) Aristóteles.
(B) David Hume.
(C) Platão.
(D) Descartes.
(E) Ernest Cassirer.
52. É preciso assumir uma postura de distanciamento ou afastamento diante de seu modo de pensar, agir e sentir. Ela está ligada ao estranhamento. É tentar se colocar no lugar do outro e compreender como ele pensa. Ter essa atitude não significa deixar de ser quem é, mas aceitar o outro na sua diferença.
O texto apresenta a caracterização de
(A) Relativismo Cultural.
(B) Etnocentrismo.
(C) Massificação.
(D) Determinismo.
(E) Dominação.
53. Leia os excertos a seguir.
I. Concepção segundo a qual tudo no mundo, inclusive a vontade humana, está submetido a leis necessárias e imutáveis. Isso significa que o comportamento humano é determinado pela natureza.
II. Ideia que legitima a possibilidade do indivíduo de decidir e agir conforme sua própria vontade, é o mesmo que agir voluntariamente, sendo esta vontade determinada exclusivamente pelo próprio agente.
III. Cada membro da sociedade decide voluntariamente alienar-se de seus direitos particulares em favor da comunidade. Como essa alienação é praticada por todos, e como as leis às quais cada um deve obedecer são fruto da vontade geral, na prática, cada cidadão obedece às leis que prescreveu para si mesmo.
Assinale a alternativa correta.
(A) O excerto I representa a concepção de Liberdade Moral.
(B) O excerto II representa a concepção de Libertarismo.
(C) O excerto I representa a ideia de Libertarismo.
(D) O excerto II representa a ideia de Determinismo.
(E) O excerto III representa o conceito de Determinismo.
55. Leia o texto para responder à questão.
Em primeiro lugar, o retorno da Filosofia ao Ensino Médio deve ser entendido como o reconhecimento da importância dessa disciplina para ampliar o significado e os objetivos sociais e culturais da Educação. Para tanto, é imprescindível a presença, nos programas escolares, de disciplinas que - como a Filosofia - propõem reflexões que permitem compreender melhor as relações histórico-sociais e, ao mesmo tempo, inserir o educando no universo subjetivo das representações simbólicas, elevando a Educação a um nível político-existencial capaz de superar a mera transmissão e aquisição de conteúdos, feitas de modo mecânico e inconsciente.
Assinale a alternativa correta.
(A) O retorno da Filosofia ao Ensino Médio está relacionado ao significado e aos objetivos sociais e culturais da educação, que percebem a formação como transmissão e aquisição de conteúdos de modo mecânico e inconsciente.
(B) A Filosofia no Ensino Médio, quando ultrapassa o nível de transmissão e aquisição de conteúdos, busca entender a educação tendo em vista suas características políticas e existenciais.
(C) A Filosofia no Ensino Médio reflete, inconscientemente, sobre as representações simbólicas, viabilizando as relações histórico-sociais.
(D) O Ensino de Filosofia tem como preocupação privilegiada preparar os alunos para o vestibular, já que a disciplina começa a ter mais espaço ao ser uma disciplina exigida nas provas de vestibular.
(E) O Ensino de Filosofia tem como intenção privilegiada aumentar a autoestima dos alunos, resolvendo conflitos pessoais em sala de aula.
Assinale a alternativa que corresponde ao pensador, autor do livro A filosofia das formas simbólicas, cuja abordagem é adequada ao desenvolvimento dessas competências e habilidades, em conformidade com a Proposta Curricular.
(A) Aristóteles.
(B) David Hume.
(C) Platão.
(D) Descartes.
(E) Ernest Cassirer.
52. É preciso assumir uma postura de distanciamento ou afastamento diante de seu modo de pensar, agir e sentir. Ela está ligada ao estranhamento. É tentar se colocar no lugar do outro e compreender como ele pensa. Ter essa atitude não significa deixar de ser quem é, mas aceitar o outro na sua diferença.
O texto apresenta a caracterização de
(A) Relativismo Cultural.
(B) Etnocentrismo.
(C) Massificação.
(D) Determinismo.
(E) Dominação.
53. Leia os excertos a seguir.
I. Concepção segundo a qual tudo no mundo, inclusive a vontade humana, está submetido a leis necessárias e imutáveis. Isso significa que o comportamento humano é determinado pela natureza.
II. Ideia que legitima a possibilidade do indivíduo de decidir e agir conforme sua própria vontade, é o mesmo que agir voluntariamente, sendo esta vontade determinada exclusivamente pelo próprio agente.
III. Cada membro da sociedade decide voluntariamente alienar-se de seus direitos particulares em favor da comunidade. Como essa alienação é praticada por todos, e como as leis às quais cada um deve obedecer são fruto da vontade geral, na prática, cada cidadão obedece às leis que prescreveu para si mesmo.
Assinale a alternativa correta.
(A) O excerto I representa a concepção de Liberdade Moral.
(B) O excerto II representa a concepção de Libertarismo.
(C) O excerto I representa a ideia de Libertarismo.
(D) O excerto II representa a ideia de Determinismo.
(E) O excerto III representa o conceito de Determinismo.
55. Leia o texto para responder à questão.
Em primeiro lugar, o retorno da Filosofia ao Ensino Médio deve ser entendido como o reconhecimento da importância dessa disciplina para ampliar o significado e os objetivos sociais e culturais da Educação. Para tanto, é imprescindível a presença, nos programas escolares, de disciplinas que - como a Filosofia - propõem reflexões que permitem compreender melhor as relações histórico-sociais e, ao mesmo tempo, inserir o educando no universo subjetivo das representações simbólicas, elevando a Educação a um nível político-existencial capaz de superar a mera transmissão e aquisição de conteúdos, feitas de modo mecânico e inconsciente.
Assinale a alternativa correta.
(A) O retorno da Filosofia ao Ensino Médio está relacionado ao significado e aos objetivos sociais e culturais da educação, que percebem a formação como transmissão e aquisição de conteúdos de modo mecânico e inconsciente.
(B) A Filosofia no Ensino Médio, quando ultrapassa o nível de transmissão e aquisição de conteúdos, busca entender a educação tendo em vista suas características políticas e existenciais.
(C) A Filosofia no Ensino Médio reflete, inconscientemente, sobre as representações simbólicas, viabilizando as relações histórico-sociais.
(D) O Ensino de Filosofia tem como preocupação privilegiada preparar os alunos para o vestibular, já que a disciplina começa a ter mais espaço ao ser uma disciplina exigida nas provas de vestibular.
(E) O Ensino de Filosofia tem como intenção privilegiada aumentar a autoestima dos alunos, resolvendo conflitos pessoais em sala de aula.
50. Leia os excertos a seguir.
I. Decidir para qual jogador passar a bola. Escolher a hora de driblar o zagueiro. Escolher com quem você quer jogar.
II. Sentir se a pessoa em quem você está interessado tem ou não interesse por outra pessoa. Perceber se, neste momento, a pessoa está preparada para o que você tem a dizer. Sentir se ficar com essa pessoa realmente vai ser legal.
III. Deduzir o que realmente o entrevistador deseja. Não se mostrar confuso na hora de responder às perguntas.
Mostrar que sabe articular ideias e, assim, convencer o entrevistador a respeito de sua inteligência, merecendo, portanto, o emprego.
Os excertos apresentados ilustram, respectivamente, as seguintes faculdades do intelecto:
(A) juízo, razão e percepção.
(B) juízo, percepção e imaginação.
(C) juízo, percepção e razão.
(D) razão, percepção e emoção.
(E) razão, juízo e percepção.
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