sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Filosofia Antiga 7 (Prova)


Prova de filosofia Antiga

Referencias

Prova de filosofia Básica

80- 145(Questão  ) 
66(Questão  ) 
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Prova de filosofia 900791;1312;  1622;104;   28;   
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Lista de filosofosTermos Filosoficos01;  Principais Filosofos
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Marque (V), verdadeiro
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Grandes Filósofos da História
Mito
Marque "V" verdadeiro..............

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07 - "O principio primordial deveria ser algo que transcendesse os limites do observável, ou seja, não se situaria em uma realidade ao alcance dos sentidos, como a água, seria, portanto, o indeterminado...". 
HÂTELET, História da filosofia. 
"a filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matiz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e, enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisália, está contido o pensamento: "Tudo é um"." 
NIETZSCHE, A filosofia na época trágica dos gregos. 
"Como nossa alma, que é o ar, soberanamente nos mantém unidos, assim também todo o cosmo sopro e ar o mantém". 
Pré-socráticos. 
No vasto mundo grego, a filosofia teve como berço a cidade de Mileto. Caracterizada por múltiplas influencias culturais e por um rico comércio, Mileto abrigou os três primeiros pensadores da história ocidental, que tentaram descobrir, com base na razão e não na mitologia, o principio substancial. Sendo assim, a partir dos conhecimentos sobre a filosofia Pré-socrática, os trechos acima se referem respectivamente aos filósofos: 
A) Anaxímenes, Tales e Anaximandro. 
B) Anaxímenes, Anaximandro e Tales. 
C) Anaximandro, Tales e Parmênides. 
D) Anaxímenes, Tales e Parmênides. 
     E) Anaximandro, Tales e Anaxímenes. 


09 - O momento histórico da passagem do mito ao nascimento da filosofia da Grécia antiga teve como um dos fatores a: 
         A) A condição geográfica do território grego proporcionou a expansão em direção ao exterior, favorecendo o comercio marítimo, contribuindo para o processo de desmistificação. 
B) A reinvenção de uma escrita, estimulando o pensamento crítico, enquanto as leis escritas foram responsáveis pela permanência no poder da classe rica já existente. 
C) A organização política relacionada aos limites geográficos do território grego permitiu a formação de um grande e único império. 
D) O ambiente da polis estimulava o debate em praça publica, fazendo nascer a política e o cidadão, mesmo sendo suas decisões ainda sob o poder da vontade dos deuses. 
E) Todas as alternativas anteriores estão corretas 

10 - O mito é a forma mais remota de crença, narrativas sobre a origem do mundo, dos homens e das coisas da natureza. Sobre o mito, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Procura explicar de forma abstrata, uma realidade "misteriosa" para o homem. 
B) O mito está impregnado do desejo humano de afugentar a insegurança, os temores e a angustia diante do desconhecido. 
     C) O mito formava para os gregos um sistema fácil, onde os fenômenos naturais ocorrem de forma objetiva. 
D) Explica a realidade, como também acomoda e tranquiliza o ser humano em seu mundo assustador. 
E) O mito grego "As moiras", eram as divindades irmãs que regulavam a duração da vida dos seres humanos desde o nascimento até a morte. 

QUESTÃO 22 Sobre as teses contrárias a respeito da origem da filosofia, assinale a alternativa INCORRETA. 
(A) A tese orientalista ganhará força durante a Renascença, quando os filósofos ligados a correntes místicas e ocultistas afirmarem a origem egípcia de todos os saberes e de todas as práticas, baseando tal afirmação no fato de Platão haver considerado os gregos crianças, se comparada a sabedoria deles com a dos antigos sacerdotes egípcios. 
(B) Com a expressão "milagre grego" afirma-se o caráter absolutamente autóctone e original da filosofia como um feito exclusivo dos gregos. Milagre, porque nada nas culturas vizinhas se assemelha a ele. Essa opinião, que se inicia com os classicistas do final do século XVIII, como Goethe, e prossegue com os românticos (é deles o conceito de "gênio ou peculiaridade de um povo), cristaliza-se no século XIX, e chega aos nossos dias com o filósofo Martim Heidegger, para o qual "a filosofia fala grego." 
         (C) Quando lemos os poemas de Homero e Hesíodo percebemos nitidamente os principais aspectos que anunciam as diferenças entre o pensamento grego e o oriental: exaltação à polis e aos mitos de origem. A epopeia de Homero e a teogonia de Hesíodo, ao mostrarem a cosmogonia como um processo de geração dos seres vivos, ressaltam a enorme distância entre deuses e homens. 
(D) O primeiro "historiador" da filosofia de que se tem notícia, Diógenes de Laércio (na verdade, o primeiro doxógrafo, isto é, o que reuniu e publicou as opiniões dos filósofos antigos) pode ser considerado o principal responsável pela oposição "milagre grego" e "origem oriental" da filosofia. Diógenes afirma a absoluta originalidade grega da filosofia, indo mais longe ao atribuir aos gregos a origem de toda a humanidade. Para um grego, os homens dividem-se em dois grandes gêneros: eles, os bárbaros, e nós, os humanos. Destes, afirma Diógenes, os gregos são os ancestrais. 
(E) Na verdade a opinião "orientalista" desenvolveu-se em dois momentos distintos: no primeiro, durante a Grécia clássica, filósofos como Platão e Aristóteles, reconheceram a dívida intelectual dos gregos para com os "bárbaros" (isto é, o Oriente); no segundo, durante o helenismo, quando a ideia de uma diferença entre os gregos e os "outros" tendeu a desaparecer. A predominância da tese orientalista aumentou significativamente com os contatos entre a filosofia helenista e pensadores judaicos e os primeiros padres cristãos intelectualizados, para os quais a ideia de continuidade entre Oriente e Ocidente era fonte de legitimação e de prestígio para o seu próprio pensamento. 
QUESTÃO 39 O mito representa a principal forma de conhecimento da humanidade. Os homens explicavam a realidade à sua volta através da narrativa sem rigor racional. A inquietação e a curiosidade são características da natureza humana e, por isso, originariamente, o homem antigo ficava apavorado diante dos fenômenos que o rodeavam: morte, guerra, tempestades, trovões, raios, vulcões, terremotos, nascimento, sonho, sono, marés etc. O mito procurava responder às inquietações do homem e seu pavor inicial diante desses fenômenos naturais, para cada qual o homem fez intervir uma força sobrenatural para explicá-lo. Os gregos foram aqueles que criaram as mais belas mitologias do Ocidente, mas ao mesmo tempo foram os que por primeiro romperam com a linguagem mitológica, criando a filosofia e as ciências. Num confronto entre mito e filosofia, vê-se de imediato uma grande diferença, sobretudo na linguagem. Sobre o conceito do mito, é CORRETO afirmar: 
a) Foi bem definido por Heráclito de Éfeso, um dos maiores pré-socráticos, o qual dizia que o mito se assemelha ao ser que está em constante movimento ou devir e, por isso, tinha a função de explicar parcialmente a realidade dos homens gregos. 
b) Pitágoras, um dos sábios da Antiguidade, procurou explicar racionalmente o cosmos como algo originado e constituído de números, dando assim a primeira visão mecanicista do universo. Por isso, é considerado um dos maiores criadores de mitos da cultura grega. 
c) Platão, discípulo de Sócrates, usava como método expositivo o diálogo. No livro VII de sua obra A República, narra a alegoria da caverna, na qual descreve o processo cognitivo, os graus do ser e a dinâmica da alma na busca das verdades eternas, ou essências puras, que só se encontram no hiperurânio. Isto significa que, para Platão, o mito é algo superior ao uso discursivo da razão, algo sempre limitado, pois expressa a natureza frágil do homem. 
       d) O mito é uma forma de narrativa fantasiosa a respeito dos acontecimentos da vida e da natureza. Possui certa lógica interna, pois procura expressar a ordem entre os seres. A filosofia grega não nega totalmente o valor do mito, mas acaba por suplantá-lo na elaboração de uma nova linguagem, que expressa uma racionalidade de suas possibilidades, como se pode verificar em Aristóteles, na sua valorização da poética, da retórica, da dialética e da analítica. 

29. Muito já se disse acerca das relações entre mito e filosofia. Há aqueles, como o inglês Francis Macdonald Cornford, que, ainda que tenham suas diferenças, há vínculos do mito na filosofia. Porém, ao contrário desta teoria da continuidade, estudiosos do assunto, como Jean-Pierre Vernant, defendem a ruptura entre mito e filosofia. 
Considerada esta última hipótese, pode-se afirmar que a ruptura entre mito e filosofia se dá porque 
(A) o mito tem caráter cosmológico, enquanto a filosofia explica o universo a partir de bases racionais. 
      (B) a inteligibilidade do mito é dada, enquanto a filosofia busca a definição rigorosa de conceitos. 
(C) o mito possui uma relação crítica com seu conteúdo, enquanto a filosofia jamais é crítica de si mesma. 
(D) o mito é narrativo, enquanto que a filosofia é descritiva.
11. Para os gregos mito é um discurso pronunciado, porque aquele que narra inspira confiança. Nesta época havia narradores do mito. Eles são chamados de: 
a) Contador de histórias 
b) Rapsodo 
c) Poeta 
      d) Poeta-rapsodo 
e) Narrador 

QUESTÃO 34 O mito é um sistema de explicação fantasioso do mundo, expresso em narrativas fabulosas referentes a deuses, forças da natureza e seres humanos. Em contrapartida, a Filosofia: 
A) Admite contradições, fabulações e coisas incompreensíveis; 
B) Narra a origem das coisas por meio de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças sobrenaturais; 
C) Apresenta princípios simbólicos que fornecem explicações para a realidade universal; 
       D) Exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; 
E) Tolera a imaginação como instrumento de interpretação para a realidade. 

26. Perguntas elementares como "porque chove?" ou "de onde vem o relâmpago?" podem ser questões originárias de estudos científicos. Entretanto, essas perguntas também podem dar origem a respostas de caráter religioso e mítico, que se baseiam 
(A) na observação crítica e no registro diário das ocorrências naturais. 
(B) em estudos sistemáticos sobre aspectos do mundo natural. 
     (C) na vontade de um Deus, de deuses ou em forças sobrenaturais. 
(D) na importância central dos seres humanos na ordem das coisas. 

11. A demarcação da fronteira que limita a diferença entre mito e filosofia repousa, sobretudo, em qual dos aspectos mencionados abaixo? 

a) A Filosofia trabalha sempre com conceitos claros e definidos com rigor, diferenciando-se do mito, cuja estrutura narrativa não guarda o mesmo compromisso com a verdade. 
b) O mito é irracional, ao passo que a Filosofia é um saber racional e, portanto, livre de contradições. Nessa perspectiva, a Filosofia trabalha com conceitos demonstráveis de modo racional. 
c) Embora mito e Filosofia sejam formas diferentes de tecer um discurso sobre problemas relativos à existência humana, essas formas de saber são, no essencial, próximas e indissociáveis. 
d) A Filosofia evolui em suas concepções e caminha para um contínuo progresso em busca do conhecimento de si mesma, ao passo que o mito não apresenta sinais de evolução. Os mitos gregos permanecem os mesmos 
      e) A Filosofia é uma explicação que se compromete com a razão, ainda que recorra ao mito, em alguns casos, para tornar claros seus conceitos; ao passo que o mito, ainda que racional, não se ocupa em demonstrar as suas teses. 


ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Questão 31 
A filosofia surgiu nas colônias gregas da Magna Grécia, entre o final do século VII e o início do século VI a.C. Várias condições históricas propiciaram o surgimento dessa forma de conhecimento que iria influenciar decididamente o Ocidente. 
Entre outras causas do surgimento da filosofia, é CORRETO apontar: 
a) a invenção da arte náutica, da matemática e da astrologia. 
b) a introdução de pesos e medidas nos territórios da Grécia por parte dos orientais. 
c) a invenção da lógica por Aristóteles, que definiu as regras do silogismo, tornando possível o tratamento científico da opinião pública e abatendo a pretensão dos sofistas de manipulá-la. 
d) a Guerra do Peloponeso que aperfeiçoou as técnicas de combate naval e dos hoplitas, os primeiros infantes, cujo status de corpo armado democrático favoreceu a busca da isonomia e enterrou de vez a pretensão dos partidos aristocráticos. 
      e) a invenção da política, com o surgimento da lei como "instrumento regulador" das ações humanas em conjunto, e a descoberta do espaço público onde o discurso mítico e enigmático é substituído por aquele persuasivo, acessível a todo cidadão, que pôde, então, argumentar racionalmente, sustentando sua tese contra os demais. 

12. Escolha a alternativa que apresenta os quatros períodos da filosofia antiga na Grécia: 
a) Antigo, Medieval, Moderno e Helenístico. 
b) Clássico, Medieval, Moderno e Contemporâneo. 
     c) Homérico, arcaico, clássico e Helenístico. 
d) Clássico, helenístico, Moderno e Medieval. 
e) Pré-socrático, Socrático, existencialista e hermenêutico. 



21. Sobre as origem da Filosofia, é correto afirmar: 
a. ( X ) Surgiu na Grécia, em torno do século VI a.C., quando os gregos perceberam que as explicações míticas não eram suficientes para explicar os fenômenos da natureza. 
b. ( ) Está relacionada com as conquistas gregas do Oriente por Alexandre Magno, em torno do século III a.C., e o fenômeno denominado Helenismo pelos conquistadores. 
c. ( ) Tornou-se uma disciplina de reflexão e crítica proporcionada pela conquista da Grécia pelos romanos, em torno do século II a.C., e a transferências de sábios para a cidade de Roma.
d. ( ) Está vinculada à publicação do livro a República de Platão, em torno do século IV a.C., quando as diferentes formas de conhecimento foram impressas em pergaminhos. 
e. ( ) Surgiu com os primeiros relatos do historiador Heródoto, em torno do século V a.C., ao refletir sobre o significado da vitória contra os persas na Batalha de Maratona. 
23. Analise o texto abaixo: Na Grécia antiga os termos política e ............................... eram praticamente indissociáveis, pois se considerava que os indivíduos somente se realizavam na polis, ou seja, em .................. . Logo, cabia aos políticos proporcionar a melhor forma de se viver em sociedade. 
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto. 
a. ( ) justiça ; harmonia 
b. ( ) poder ; área urbana 
c. ( ) cidadania ; segurança 
d. ( ) coletividade ; família 
e. ( X ) ética ; coletividade 


Gregos
Filosofia 

Questão 01 O chamado "milagre grego" foi a virada radical na história do pensamento humano, relacionada com o surgimento da Filosofia. Essa nova forma de pensar tem como traço marcante: 
A) o apelo ao miraculoso, que implica em anular a causalidade entre os fenômenos. 
B) a ideia de que os fenômenos da natureza são, via de regra, casuais ou acidentais. 
       C) a explicação causal dos fenômenos naturais, a qual possui caráter regressivo ? cada fenômeno é tomado como efeito de uma causa anterior. 
D) a noção de que as leis da natureza não podem ser plenamente conhecidas pelo pensamento, mas apenas em parte. 
E) a aceitação espontânea de explicações preestabelecidas acerca dos fenômenos. 

Questão 02 
Inventada pelos gregos por volta do século VI a.C., a Filosofia é resultado da confluência de diversos fatores históricos. NÃO consta entre os fatores originários da Filosofia: 
A) a participação política mais ativa dos cidadãos, a partir do surgimento das Cidades-estados. 
B) a invenção da escrita alfabética, inteiramente leiga, abstrata e racional. 
C) as viagens marítimas, que possibilitaram aos gregos o acesso a outras culturas. 
D) o desenvolvimento do comércio e do artesanato, que diminuiu o prestígio social da aristocracia de terras e de sangue. 
          E) a tradição cultural mítica do povo grego, com sua forma básica de explicação da realidade. 


17 - Quanto ao pensamento filosófico ou simplesmente o filosofar, nasce do desejo de perguntar, de conhecer, de investigar, de encontrar soluções que o incentivem o homem a evoluir, sendo assim podemos afirmar que a filosofia: 
      A) Interessa-se pela própria inteligência e pela realidade de uma forma geral 
B) Não se satisfaz apenas com os resultados apresentados pelas ciências e sempre procura ir além, mas sem discutir com seus propósitos políticos e sociais. 
C) Usa-se de argumentos por vezes inválidos para justificar seus conhecimentos 
D) Tem como método também utilizado, as opiniões pessoais. 
E) Todas as alternativas anteriores estão incorretas 


06 - "A relação da filosofia com sua história não coincidir como a da ciência com a sua, pois neste último caso são duas coisas distintas: a ciência, por um lado, e, por outro, o que foi a ciência, isto é, sua história. São independentes, e a ciência pode ser conhecida e cultivada independentemente da história do que foi, porquanto pode ser construída a partir de um objeto e do saber que em dado momento se possui acerca dele. Na filosofia o problema é ela mesma; além disso, este problema é formulado em cada caso consoante a situação histórica e pessoal em que se encontra o filósofo, e esta situação está, por sua vez, determinada em boa medida pela tradição filosófica em que se encontra situada: todo o passado filosófico já vai incluído em cada ação de filosofar[...] 
A filosofia é histórica, e sua história lhe pertence essencialmente. E, por outro lado, a história da filosofia não é uma mera informação erudita acerca das opiniões dos filósofos, mas a exposição verdadeira do conteúdo real da filosofia. "É, pois, com todo rigor, filosofia." 
MARÍAS, Julian. História da filosofia. 
Em relação à filosofia e o filosofar considere as afirmações a seguir: 
I. A filosofia é, sobretudo a experiência de um pensar permanente 
II. O filosofar sempre se faz a partir da tradição filosófica, não como um conhecimento de mera informação. 
III. O filosofar se faz como um processo substancial, pelo qual é estabelecido um diálogo crítico com a sua história. 
São afirmativas corretas: 
     A) I, II e III 
B) I e II 
C) I e III 
D) II e III 
E) Apenas a I está correta. 

22 - "Todo mundo sabe que os bebês possuem essa capacidade. Depois de alguns meses na barriga da mãe, eles são empurrados para uma realidade completamente diferente. Mas depois, quando crescem, parece que esta capacidade vai desaparecendo. Como se explica isso?" 
GAARDNER, Jostein. O mundo de Sofia, SP: Cia. das Letras, 1995, p. 27. 
Gaardner fala da "única coisa de que precisamos para nos tornar bons filósofos", ou seja, da capacidade humana de 
              (A) espantar-se com o mundo. 
(B) estudar a história da filosofia. 
(C) criticar as diferentes teorias filosóficas. 
(D) refletir sobre a ciência e o conhecimento. 
(E) entender os princípios da ética e da moral. 

QUESTÃO 30 
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. 

( ) O trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da Filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo. 
( ) Admiração e espanto são atitudes filosóficas que significam: tomamos distância do nosso mundo costumeiro e, mediante nosso pensamento, como se estivéssemos acabando de nascer para o mundo e para nós mesmos, perguntamos o que é, por que é, e como é o mundo. 
( ) A Filosofia pode ser considerada Ciência, é assim desde a antiguidade clássica; ambas trabalham com enunciados rigorosos, buscam encadeamento lógico entre os enunciados, operam com conceitos obtidos por procedimentos de demonstração e prova. Por isso, a Filosofia, assim como as Ciências, exige a fundamentação racional e sistemática do que é enunciado e pensado. 
( ) A reflexão filosófica organiza-se em torno de três grandes conjuntos de questões: O que é pensar, falar e agir? E elas pressupõem a seguinte pergunta: nossas crenças cotidianas são ou não são um saber verdadeiro, um conhecimento? 
( ) A atitude científica depende de nossos saberes cotidianos, por isso, ela não se distingue da atitude costumeira ou do senso comum. Não podemos negar ao menos duas características pressupostas a ambas as atitudes: objetividade - isto é, procuram as estruturas necessárias das coisas investigadas - e generalização - tendem a reunir numa ideia coisas e fatos julgados semelhantes, procurando estabelecer relações de causa e efeito. 
         (A) V - V - F - V - F. 
(B) F - V - V - V - V. 
(C) F - V - F - F - F. 
(D) V - F - V - V - V. 
(E) V - F - F - V - V. 

17. Na acepção filosófica os sentidos são: 
a) Concepções da semântica como capacidade de questionar coisas, sentimentos, fatos e pessoas. 
       b) Órgãos receptores que nos trazem impressões sobre os objetos externos (tato, olfato, paladar, visão e audição). 
c) Atos de percepção que formam mentalmente representações sobre objetos externos a partir de dados sensoriais. 
d) Princípios de substâncias sensoriais, segundo os quais "todos os fenômenos e experiências vão sendo adquiridas e armazenadas conforme contato com objetos e a variações dos mesmos". 
18. Em filosofia, o conceito de "mundos possíveis" é usado para expressar: 
a) Princípios de permanência e transformação. 
b) Dependências e processos sociais (trabalho e facticidade). 
       c) Modalidades (possibilidade, necessidade e contingência). 
d) Ideologia, identidade e utopia. 
39. Sobre a filosofia antiga, marque a alternativa que NÃO corresponde a uma caracterização adequada de suas temáticas centrais e de seus filósofos protagonistas. 
        a) "Uma temática central das filosofias de Platão e Aristóteles é a incapacidade da razão no tocante aos seus poderes de conhecer a verdade ou essência (eidos) das coisas". 
b) "Os filósofos antigos operavam no interior de uma perspectiva cosmocêntrica no tocante à inteligibilidade do mundo, isto é, seu modo de filosofar pressupunha que o Cosmos - ou a totalidade das coisas e do mundo - era ordenada por princípios universais (archai) que forneciam sentido e razão de ser de todos os entes e da dinâmica do mundo". 
c) "A dialética [socrática] tem por fim último o conhecimento. Se ela parece atacar ou poupar o interlocutor, isso é mera aparência. O argumento não é só nossa preocupação principal, mas a única: interagimos com nosso parceiro somente na medida em que ele contribui para a investigação. No mesmo espírito, não nos preocupamos com nosso destino dialético enquanto tal, isto é, pouco importa se um fragmento ou ilusão de verdade que surja da discussão é "nosso". (...) Todos os participantes da discussão partilham o sucesso - alcançando a verdade - coletivamente". 
d) "Para Aristóteles, somos essencialmente seres cognoscentes; um ser dotado de curiosidade especulativa inata. Uma vez que a filosofia teleológica de Aristóteles determina que nenhum tipo de animal possa ser radicalmente frustrado na realização de sua natureza, segue-se que o mundo deve ser acessível à investigação humana". 
e) "Embora sejam imateriais, as Formas de Platão não são ideias no sentido que ficou famoso na filosofia dos séculos XVII e XVIII, nem é a teoria idealista no sentido de Berkeley. 
Diversamente das ideias berkeleyanas, as Formas não dependem, para sua existência, das mentes, nem mesmo da mente divina, embora alguns pensadores (chamados de ?neoplatônicos?) tenham desenvolvido a teoria nessa direção. Porém (...) embora as Formas sejam decididamente entidades não-dependentes da mente, ambas, Formas e mente, ajustam-se de uma maneira peculiar à outra". 
48. A democracia ateniense antiga (dos séculos V e IV a. C.) possui algumas características que a torna diferente das democracias modernas, ainda que estas se inspirem nela para se constituírem. São características da democracia ateniense, referentes ao período acima relacionado, as seguintes assertivas: 
I. Na democracia ateniense, nem todos são cidadãos. Mulheres, criança, escravos e estrangeiros são excluídos da cidadania. 
II. É uma democracia representativa, como as modernas. Um cidadão ? mais sábio ? é escolhido para representar o povo, garantindo, portanto, o poder de um sobre os outros. 
III. É uma democracia direta ou participativa, e não uma democracia representativa, como as modernas. Na democracia ateniense, os cidadãos participam diretamente das discussões e da tomada de decisões, pelo voto. 
IV. A democracia ateniense não exclui da política a ideia de competência ou de tecnocracia: em política uns são mais sábios e competentes que outros (os cidadãos comuns), aqueles devendo exercer o poder sobres estes. 
Assinale a alternativa correta. 
a) As assertivas III e IV são corretas. 
        b) As assertivas I e III são corretas. 
c) As assertivas I, II e IV são corretas. 
d) Apenas a assertiva I está correta. 
e) As assertivas II, III e IV estão corretas. 
49. Dentre as alternativas abaixo, qual delas NÂO pode ser considerada como característica da filosofia nascente, na Grécia do século VI a. C.? 
Assinale a alternativa INCORRETA. 

a) A filosofia nasce no contexto da pólis (cidade) e da existência de um discurso (lógos) público. 
b) Exercício do pensamento e da linguagem, a filosofia irá diferenciar-se da palavra dos guerreiros e dos políticos porque possuí uma pretensão específica: não deseja apenas argumentar e persuadir, mas pretende também proferir a verdade (alétheia). 
      c) Um pressuposto básico da filosofia nascente é que "tudo vem do nada e tudo retorna ao nada", havendo, portanto, criação a partir do nada (como no judaísmo e no cristianismo). O que há de eterno em todas as coisas é esta força imaterial e imperecível, garantindo a permanência e a identidade do mundo. 
d) Três conceitos-chave podem ser apontados como constitutivos do nascimento da filosofia e de sua história: arkhé (princípio, fundamento), phýsis (natureza) e Kínesis (movimento). 
e) Um pressuposto básico da filosofia nascente é a preocupação dos primeiros filósofos com o devir, isto é, com a Kínesis, com o movimento (a transformação dos seres) e com o repouso ( a identidade da phýsis e a estabilidade dos seres). 
QUESTÃO 33 A atitude filosófica inicia-se indagando "O que é?", "Como é?", "Por que é?", "Para que é?", dirigindo-se ao mundo que nos rodeia e aos seres humanos que nele vivem e com ele se relacionam. Estas são perguntas sobre: 
        A) A essência, a significação, a origem e a finalidade de todas as coisas; 
B) O conhecer, o falar, o pensar e o agir, próprios dos seres humanos; 
C) A capacidade, a finalidade, o conceito e a origem do mundo; 
D) Os motivos, as razões, as causas e os interesses para pensarmos; 
E) O conteúdo, o sentido, a intenção e a finalidade do que pensamos. 

31. Várias condições históricas favoreceram o nascimento da Filosofia na Grécia Antiga. Dentre elas, é correto afirmar: 
A) A expansão do império macedônico, o fim da guerra de Troia e a descentralização do poder político de Atenas. 
B) As grandes invenções da época, tais como: a invenção da escrita alfabética, do telescópio e da bússola. 
        C) As viagens marítimas que colocaram os gregos em contato com os conhecimentos produzidos por outros povos, sobretudo com as culturas mais avançadas do Oriente. 
D) Os acontecimentos políticos que introduziram um aspecto novo e decisivo: a participação dos escravos, estrangeiros e mulheres na vida pública. 
32. A filosofia e a ciência são formas de conhecimento humano que se distinguem fundamentalmente, mas que também se aproximam, em maior ou menor grau quando emitimos juízos sobre a realidade. Desse modo, é correto afirmar: 
1- A filosofia exige fundamentação teórica e livre crítica, cujo conhecimento sistemático se volta para o ser e para o valor das coisas. Mas, a ciência procura objetivamente as estruturas universais e necessárias das coisas investigadas. 
2- A filosofia se caracteriza por um conhecimento quantitativo, pois busca medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para coisas que parecem ser diferentes. Mas, a ciência é um conhecimento reflexivo e lógico que exige o despertar da consciência crítica de si e do outro.
3- A filosofia é conhecimento racional, e essa racionalização se caracteriza por pretender alcançar uma adequação entre pensamento e realidade, isto é, entre explicação e aquilo que se procura explicar. Mas, a ciência é conhecimento homogêneo, sobretudo por buscar as leis gerais de funcionamento dos fenômenos, que são as mesmas para fatos que nos parecem diferentes. 
4- Na filosofia, os modos da consciência se encontram geralmente emaranhados de tal forma que suas noções se caracterizam por uma aglutinação acrítica e ametódica de juízos. Mas, a ciência é conhecimento particular e metódico, por delimitar o seu objeto de investigação e realizar experimentações com precisão e técnica. 
São corretas as afirmativas: 
A) 1, 2, 3 e 4. 
B) 2 e 4, somente. 
         C) 1 e 3, somente. 
D) 2 e 3, somente

12. Qual das caracterizações abaixo está correta quanto à natureza da Filosofia? 
a) A Filosofia trata de objetos absolutamente diferentes dos objetos da ciência e nunca recorre a dados empíricos em suas pesquisas. A filosofia é a priori. 
b) Ao contrário da ciência, a filosofia não tem pretensão de objetividade e rigor, sendo, por isso, uma atividade mais humana. 
       c) A filosofia pode se constituir como uma epistemologia (meta-ciência) e fornecer as bases para se pensar uma fundamentação do conhecimento científico. 
d) A filosofia não se configura como ciência por recorrer a argumentos que não podem ser traduzidos em termos lógicos e rigorosos como os científicos. 
e) A ciência e a Filosofia são saberes distintos e, na maioria das vezes, incomunicáveis por tratarem de objetos diferentes e por requerem métodos essencialmente diferentes. 
QUESTÃO 31 
Podemos afirmar que a Filosofia 

(A) conclui pela impossibilidade do conhecimento, quer na forma moderada de suspensão do juízo, quer na radical recusa em formular qualquer conclusão. 
       (B) se apega à certeza de uma doutrina e, por conseguinte, sua contribuição específica se coloca ao serviço da 
verdade, do rigor e objetividade. 
(C) sempre se confronta com o poder e sua investigação não fica alheia à ética e à política. 
(D) é um ato puramente racional. 
(E) busca resultados imediatos do conhecimento, superando a situação dada. 


Pré-socráticos 

16. Hipérion: "Já chego lá, respondi. A palavra grandiosa, o uno em si mesmo diverso de Heráclito, só poderia ser encontrada por um grego, pois essa é a essência da beleza e antes de encontrá-la não havia filosofia alguma" 
(HÖLDERLIN, Friedrich. Hipérion ou o eremita na Grécia. Petrópolis: Vozes, 1994, p.99). 
Os pensadores pré-socráticos deram várias soluções ao tentarem explicar a diversidade e a transitoriedade das coisas do universo, reduzindo tudo a um ou mais princípios elementares. 
Identifique se as afirmações abaixo são (V) verdadeiras ou (F) falsas: 
I - "O ar é o princípio do movimento e de todas as mudanças", teria afirmado Anaxágoras, indicando, assim, um princípio material elementar, fundamento de toda a realidade. 
II - Segundo Heráclito, o um é múltiplo e o múltiplo é um. 
III - Conforme Parmênides, os sentidos atestam e conduzem à verdade absoluta do ser, e o discurso se move por teses e antíteses, pois essas são representações do devir. 
IV - Para Demócrito de Abdera, todo cosmo se constitui de átomos, ou seja, partículas indivisíveis e invisíveis que, movendo-se e agregando-se no vácuo, formam todas as coisas. 
V - Heráclito concebe o mundo como eterno devir, isto é, em estado de perene movimento, afinal a única coisa constante é a mudança. 
Assinale a alternativa que contém as assertivas FALSAS: 
a) I e IV. 
      b) I e III. 
c) IV e V. 
d) I, II e IV. 
e) II e III. 

12. A partir do enunciado, indique a afirmação correta. Os filósofos pré-socráticos tinham como objetivo a busca do princípio único, o arché de todas as coisas. As suas especulações voltavam-se para o Universo e o Cosmo. Posteriormente Sócrates passou a inquirir sobre o próprio homem, no sentido de compreender o seu íntimo e a natureza de suas ações. O conhece-te a ti mesmo ou a autoconsciência do homem é o seu método de estudo. Depois disso, os filósofos nunca mais pararam de questionar sobre o homem e sua função na sociedade. 
a) O conhece-te a ti mesmo de Sócrates constitui-se em uma abstração filosófica também ensinada pelos sofistas para determinar que o homem oriente-se por normas absoluta sobre o que é certo e o que é errado. 
b) A afirmação está parcialmente correta, porque os estudos filosóficos iniciais voltavam-se para a compreensão de Deus e da natureza das coisas, ou seja, o pensar, o agir, o ser. 
c) O texto deixa transparecer que a filosofia socrática prendia-se ao teocentrismo para explicar o fenômeno humano a partir da existência de Deus. 
       d) Da afirmação pode-se inferir que a Filosofia, a partir, de Sócrates, tornou-se antropocêntrica.

Questão 32 Baseado nas grandes preocupações dos filósofos gregos e nos acontecimentos históricos que vão desde o fim do século VII até o final do século III a.C., pode-se dividir a filosofia grega em três períodos: 
      a) 1º- período pré-socrático, quando a filosofia ocupou-se principalmente com a origem e o devir do cosmos; 2º- período socrático, quando a filosofia, através de Sócrates, Platão e Aristóteles, investiga e elabora os princípios da ética, da lógica e da metafísica e 3º- período pós-socrático, de decadência, no qual a filosofia, abandonando as grandes questões metafísicas anteriores, dissolve-se em questões éticas, como o cinismo, o epicurismo e o estoicismo. 
b) 1º- período pré-socrático ou cosmológico, quando a filosofia ocupou-se principalmente com a origem e o devir do cosmos; 2º- período platônico-aristotélico, quando a filosofia sistematizou os primeiros princípios da lógica e da metafísica e 3º- período socrático, quando a retórica é substituída pela filosofia como dialética, possibilitando a construção da ética e dos métodos racionais de investigação. 
c) 1º- período pré-filosófico, em que se constroem as grandes concepções mitológicas da Grécia com Hesíodo e Homero; 2º- período pitagórico, quando a filosofia destaca-se da física jônica e eleática e transforma-se em busca metafísica através dos princípios matemáticos e 3º- período pedagógico, fundamentalmente de elaboração de um método educativo para a juventude ateniense, do qual fazem parte a ironia e a maiêutica. 
d) 1º- período mitológico, em que as questões naturais são tratadas fantasticamente; 2º - período alexandrino, em que as cidades gregas caem sob o Império Macedônico; 3º - período religioso, em que o platonismo se funde com o cristianismo. 
e) 1º- período pitagórico, em que se elaboram as primeiras cosmologias matemáticas; 2º- período democrático, em que o governo de Péricles leva Atenas ao ápice cultural; 3º- período sofístico, em que a retórica assume a condução do processo educativo. 
44. Sobre os pré-socráticos, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Podemos afirmar que os primeiros filósofos se importavam com nossa capacidade e possibilidade de conhecimento, pois afirmavam que nossa razão é parte da racionalidade do mundo. 
      b) Podemos afirmar que os primeiros filósofos não se importavam com nossa capacidade e possibilidade de conhecimento, ocupando-se apenas com a origem e a ordem do mundo, o Kosmos, isto é, a filosofia nascente era uma cosmologia e não uma filosofia propriamente dita. 
c) Uma das maiores dificuldades para uma história do nascimento da filosofia na Grécia é a das fontes, pois todos os escritos dos pré-socráticos se perderam, restando apenas fragmentos. 
d) Para os historiadores da filosofia grega, são pré-socráticos aqueles filósofos que abordam um tema em comum, e não porque todos eles teriam nascido e vivido antes de Sócrates. Tanto assim que Anaxágoras, um dos últimos pré-socráticos, foi contemporâneo de Sócrates. 
e) As escolas pré-socráticas ? a saber, escola Jônica, escola Pitagórica, escola Eleata e escola Atomista ? são assim designadas para indicar aquele pensamento cuja preocupação central e investigação principal era com a phýsis (natureza, no sentido grego do termo, isto é, a phýsis não se reduz ao corpóreo) e com a cosmologia. 

QUESTÃO 38 
QUESTÃO 39 O período pré-socrático é a fase inaugural da Filosofia grega, com destaque para os pensadores de Mileto: Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Sua preocupação básica era: 
      A) Descobrir, com base na razão, a substância primordial de todos os seres; 
B) Apresentar a realidade como algo dinâmico; 
C) Compreender a realidade pela via da essência; 
D) Conciliar as concepções de Parmênides e de Heráclito; 
E) Desenvolver o atomismo. 
Anaximandro de Mileto (609/610 a.C. - c. 546 a.C.)
21. Para Anaximandro, o princípio de todas as coisas é o ilimitado (apeiron). Neste sentido, é CORRETO afirmar que: 
I. Para Anaximandro, a partir do ilimitado surge a multiplicidade das coisas. 
II. Anaximandro concordava com Tales de Mileto ao defender a água como princípio, uma vez que este princípio se encontrava em movimento, na origem do universo. 
III. Para Anaximandro, a gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários. 
IV. Para Anaximandro, o ilimitado tem um princípio eterno e indissolúvel. 
a) Somente I e IV são verdadeiras. 
      b) Somente I e III são verdadeiras. 
c) Somente II e IV são verdadeiras. 
d) Somente II e III são verdadeiras. 
e) Somente I e II são verdadeiras. 
Anaxímenes de Mileto (585-528 a.C.)


Anaxágoras de Clazômenas (c. 500 a.C. - 428 a.C.) 
Heráclito de Éfeso (aprox. 540 a.C. - 470 a.C.)

Parmênides de Eléia (cerca de 530 a.C. - 460 a.C.)
QUESTÃO 31
 O chamado "argumento do terceiro homem", cuja primeira versão encontra-se no diálogo Parmênides, de Platão, é tradicionalmente mobilizado contra 
    (A) a teoria platônica das ideias ou formas. 
(B) as teses relativistas de Protágoras. 
(C) a teoria aristotélica da verdade como correspondência. 
(D) as prescrições céticas de epoché ou suspensão do juízo. 
08 - Em seu poema "sobre a natureza", Parmênides expos que dois caminhos para a compreensão da realidade tem sido trilhados, sendo exposto da seguinte maneira: 
A) O primeiro da opinião, aparência enganosa / O segundo é o da mudança, do ser plural 
B) O segundo é o da mudança, do ser mutável/ O segundo da opinião, aparência enganosa. 
C) O primeiro é o do movimento e devir / O segundo o da compreensão da realidade. 
D) O primeiro é o da compreensão da realidade / O segundo é o da mudança, do ser mutável. 
     E) O primeiro é o da verdade, razão e essência/ O segundo da opinião, aparência enganosa. 
25. No diálogo intitulado Parmênides, Platão escreveu sobre as dificuldades para compreender a teoria das Ideias. Eis as palavras de Platão: 
- No entanto, Sócrates, disse Parmênides, as Ideias implicam necessariamente essas dificuldades e ainda muitas outras além dessas se tais Ideias dos seres existem e se são definidas como algo em si; de modo que,(sic) quem ouve encontra dificuldade e objeta que essas Ideias não existem ou então que, mesmo se necessariamente existissem, seria também necessário que fossem incognoscíveis à natureza humana; quem isso afirmasse pareceria afirmar algo concreto e, como há pouco dizíamos, seria extraordinariamente difícil convencê-lo (Parmênides, 134 e-135 b). 
Sobre o termo "Ideia", na filosofia platônica, é CORRETO afirmar que significa: 
I. Um conceito, um pensamento, uma representação mental. 
II. Ser que é absolutamente, o ser verdadeiro. 
III. Constructo mental de uma realidade captada pelos sentidos. 
IV. Forma interior, estrutura metafísica ou essência das coisas. 
a) Somente I e II são verdadeiras. 
b) Somente III e IV são verdadeiras. 
c) Somente II e III são verdadeiras. 
      d) Somente II e IV são verdadeiras. 
e) Somente I e III são verdadeiras. 

Pitágoras (571/570 a.C. - 497/496 a.C.)

Tales de Mileto (625 a.C. - 545 a.C.)
37. Tales de Mileto e Heráclito de Éfeso são filósofos da Escola: 
      a) Jônica. 
b) Itálica. 
c) Eleata. 
d) Da Pluralidade. 

27. Filósofo contemporâneo de Tales de Mileto, para o qual o princípio da Physis é o apeíron, cujo constante movimento origina uma série de pares opostos - água e fogo, frio e calor - os quais constituem o mundo. Essa descrição refere-se a: 
a) Anaxímenes. 
b) Pitágoras. 
c) Parmênides. 
        d) Anaximandro. 
e) Anaxágoras. 

13. É um filósofo pré-socrático: 
a) Aristóteles. 
b) Platão. 
      c) Tales de Mileto. 
d) Zenão de Cítio. 

Sofistas

Questão 15 Costuma-se dizer que os gregos antigos "inventaram" a política, que "a política fala grego". A categoria de filósofos gregos ligada a essa invenção foi a dos: 
A) cosmologistas. 
B) estoicos. 
        C) sofistas. 
D) epicuristas. 
E) céticos. 
QUESTÃO 38 
A ética ou a moral é o estudo da atividade humana com relação ao seu fim último, que é a realização plena da humanidade. MONDIN, Battista. Introdução à filosofia. São Paulo: Paulus, 1989. p. 91 
As questões éticas se referem ao homem no seu agir, tanto no seu mundo particular quanto na sua vida pública. O mundo da política assim como os rumos da sociedade refletem diretamente os valores éticos assumidos e vividos por seus membros. As principais questões éticas desenvolvidas no ocidente são o Hedonismo, o Utilitarismo, o Eudemonismo, o Estoicismo, o Formalismo Ético, a Ética dos Valores ou Axiologia e, por fim, o Relativismo e Situacionismo. Por esta última concepção entende-se uma teoria ética que se empenha em demonstrar que as exigências morais são determinadas por condições mutáveis, das quais se derivam, por tais exigências, conteúdos não apenas diferentes, mas também contraditórios em parte, de modo que é lógico pensar que nenhuma instância moral possa ser verdadeiramente veiculadora. 
O Relativismo Moral e o Situacionismo apresentam-se sob duas formas principais. A primeira forma é de base gnosiológica e foi difundida além do campo da ética filosófica e da própria ciência. A segunda forma é de base ontológica: é o relativismo próprio do materialismo histórico. Encontram-se entre os principais defensores do relativismo moral: 
a) Aristóteles, Marx, Tomás de Aquino e Platão 
b) Aristóteles, Scheller, Kant, Epicuro e Tomás de Aquino 
c) Marx, Engels, Jacques Maritain, Aristóteles e Epicuro 
        d) Os sofistas, os céticos, Marx e Engels e os neopositivistas 

22. Ao longo do séc. V a.C., o problema antropológico sobrepõe-se pouco a pouco ao problema cosmológico como centro teórico de interesse da filosofia grega. Dois grandes problemas, de resto intimamente ligados entre si, aparecem subjacentes à interrogação sobre o homem, que passa a solicitar a reflexão filosófica: o problema da educação (paidéia) e o problema da habilidade ou sabedoria (sophia). Algumas das ideias diretrizes que irão constituir uma constelação conceitual permanente no horizonte da concepção ocidental do homem são formuladas, pela primeira vez claramente, no contexto da Ilustração sofística. Dentre os conceitos de ser humano, formulados pelos sofistas atenienses, do séc. V a.C.,está CORRETO o que se afirma em: 
I. O conceito de uma natureza humana(anthropinêphysis) com seus predicados próprios e com as exigências que lhe são essenciais, reconhecendo a igualdade de natureza entre gregos e bárbaros. 
II. A analogia entre convenção (nómos) e a natureza (physis) na organização da cidade e nas normas do agir individual, dando origem às primeiras teorias do convencionalismo jurídico. 
III. A análise do homem como ser livre, independente dos condicionamentos culturais do seu tempo, tema esse que alimentará o pensamento antropológico ao longo de toda sua história. 
IV. A ideia fundamental do homem como ser dotado de logos (zôonlogikón), ou seja, da palavra e do discurso capaz de demonstrar e persuadir. 
a) Somente I e III são verdadeiras. 
       b) Somente I e IV são verdadeiras. 
c) Somente II e IV são verdadeiras. 
d) Somente III e IV são verdadeiras. 
e) Somente II e III são verdadeiras. 

Protágoras de Abdera (480 a.C. - 410 a.C.)
8. As frases "O homem é a medida de todas as coisas" e "Deus é a medida de todas as coisas", são, respectivamente, bases para os pensamentos de 
(A) agostinianos e tomistas. 
(B) positivistas e dialéticos. 
(C) cartesianos e fisiologistas. 
       (D) antropocentristas e teocentristas. 



QUESTÃO 38 Quando Protágoras, de Abdera, (485-411 A.C.), um dos mais importantes sofistas do século de Péricles, diz que "o homem é a medida de todas as coisas", esse fragmento deve ser entendido como 
        (A) a expressão do relativismo do conhecimento, conquistado com o processo de desligamento entre a filosofia e o pensamento mítico. 
(B) a corrente filosófica mais conhecida do período pós-socrático, quando o pensamento torna-se organizado e 
sistemático, solidificando todo pensamento ocidental. 
(C) uma influência decisiva a todo pensamento ocidental posterior, na medida em que o discurso sofista atenta para o aspecto formal da defesa de ideias, pois se achavam preocupados com a persuasão, instrumento por excelência do cidadão na cidade democrática. 
(D) uma ideia que fortalece a tese em torno da existência de um Direito marcado em sua origem pela dialética entre mythos e logos, já que o homem grego do século V a. C., embora de índole materialista, era culturalmente marcado pela cosmogonia. 
(E) exaltação da capacidade de construir a verdade: o logos não mais é divino, mas decorre do exercício da razão humana. Os sofistas buscavam aperfeiçoar a coerência e o rigor na argumentação, visando o preparo de novos dirigentes. 

Clássicos

11. Leia o enunciado apresentado a seguir e identifique a afirmação correta. 
Os filósofos pré-socráticos quiseram compreender as lições da Natureza. Todo o espetáculo dramatizado diariamente pela Natureza era fantástico o suficiente para suscitar indagações. Por exemplo: como eram possíveis seres marinhos, como a terra produzia rochas e árvores e grãos? Como uma substância podia se transformar em algo completamente diferente? Todos os fenômenos naturais eram misteriosos. Além disto, havia poucas palavras no vocabulário dos idiomas falados para designar fenômenos observáveis. 

I. Os primeiros filósofos tinham uma coisa em comum: eles acreditavam que uma determinada substância básica estava por trás de todas as transformações. 
II. Ao observar a natureza, os filósofos pré-socráticos buscavam respostas na tentativa de identificar leis naturais que fossem eternas. 
III. Filósofos pré-socráticos como Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Pitágoras e Heráclito deram início ao pensamento científico, partindo da indagação, seguindo-se a investigação, depois a experimentação e, por fim, o registro do fenômeno observado. 
IV. As indagações dos filósofos daquele tempo eram incipientes e pouco contribuíram para a ciência. O legado de Sócrates, Platão e Aristóteles é que deve ser considerado para obter conhecimentos sobre os fenômenos da natureza. 
A sequencia correta é: 
a) As assertivas I, II e IV estão corretas. 
     b) As assertivas I, II e III estão corretas. 
c) Apenas a assertiva III está correta. 
d) Apenas as assertivas III e IV estão corretas. 
13. Leia o texto e assinale a alternativa correta. 
Um conjunto das leis do pensamento, isto é, os princípios, as formas e as estruturas necessárias para pensar, as categorias, as ideias podem ser compreendidas como: 
a) Raciocínio e modo de organizar o pensamento. 
b) Mecanismos da mente para chegar à verdade. 
      c) Razão subjetiva. 
d) Razão objetiva. 

Aristóteles (384a.C - 322 a.C.)
23 - A autoridade e a obediência não constituem coisas necessárias apenas, mas também coisas úteis. Alguns seres, quando nascem, estão destinados a obedecer; outros, a mandar (...). Uma obra existe quando há comando de uma parte e obediência da outra. 
Aristóteles. A Política, livro 1, cap. 2 (com adaptações). 
Tendo como referência o texto acima, assinale a opção que define a origem e a natureza da escravidão, segundo Aristóteles. 
A - A diferença entre o homem livre e o escravo é definida apenas pela lei, não pela natureza. 
B - A escravidão nasceu da guerra, em que os mais fortes escravizam os mais fracos. 
        C - O escravo existe como propriedade viva ou como instrumento inanimado de produção, conforme as leis da natureza. 
D - A escravidão está em desacordo com a natureza e só existe enquanto a razão não governa a cidade. 
24 - Em A Política, Aristóteles afirma que 
          A - o Estado está na ordem da natureza e antecede ao indivíduo. 
B - o Estado é resultado de um processo histórico. 
C - o Estado é sempre governado pela classe dominante. 
D - o Estado está na ordem racional estabelecida pela natureza. 


Questão 06 Criada por Aristóteles, a lógica é o ramo da Filosofia que cuida das regras do pensamento ou do "pensar bem". Sobre o tema, é correto afirmar: 
A) A lógica formal se ocupa da matéria sobre a qual pensamos. 
        B) A proposição é a atribuição de um predicado a um sujeito. 
C) A conclusão de um silogismo (lógica dedutiva) pode ser falsa mesmo se as premissas forem verdadeiras. 
D) As premissas que servem de ponto de partida no silogismo são meramente prováveis. 
E) As regras do pensamento não são gerais e atemporais ? seus princípios e leis mudam no tempo e no espaço, de acordo com o que se pensa acerca da matéria. 

Questão 08 A estética é o campo da Filosofia que se ocupa da arte, do belo e das noções de gosto. Essas questões receberam a atenção de grandes filósofos, da Antiguidade aos tempos modernos, passando pela Idade Média. Assim, é correto afirmar: 
A) São Tomás de Aquino via as artes liberais como aquelas comuns a todos os homens, livres e escravos. 
B) Hegel considerava a arte superior à Filosofia como forma de revelação da Verdade absoluta. 
C) Kant tomava o juízo estético como subjetivo e, portanto, totalmente afastado de uma ideia universal de razão. 
          D) Aristóteles destacava o valor catártico ou purificador das artes, em especial a tragédia, por liberarem as emoções dos espectadores. 
E) Platão concebia as artes imitativas como cópias exatas da realidade retratada e, portanto, uma das formas altas do conhecimento. 


Questão 04 Ao formular a ideia de que o homem é um animal social, Aristóteles pressupõe que, por sua natureza, os homens tendem a se reunir em sociedade. Acerca dessa concepção, é correto afirmar que: 
A) O homem pode realizar sua sociabilidade natural tanto dentro como fora da cidade. 
            B) A base da sociabilidade natural do homem é a palavra (logos ), entendida como a capacidade de articular um discurso coerente e inteligível. 
C) As leis que regem as sociedades são eternas e imutáveis, na medida em que se fundamentam na natureza permanente do homem. 
D) O escravo e o cidadão (homem livre) são iguais por natureza, tal como a mulher e o homem.
E) O homem jamais pode alcançar a felicidade em sociedade, já que essa é o reino da renúncia ao prazer.

QUESTÃO 46 
Na Ética a Nicômaco, Aristóteles menciona três modos de vida, que se podem escolher livremente: a vida dedicada aos prazeres do corpo, a vida ativa dedicada à política, a vida contemplativa do filósofo. Para ele, a superioridade do modo de vida do filósofo deve-se 
(A) à prevalência da alma sobre o corpo. 
(B) à corrupção constitutiva da vida política. 
     (C) à primazia das coisas divinas com que se ocupa o filósofo. 
(D) à capacidade do filósofo de estabelecer padrões últimos para a vida política. 

16 - Para compreender as relações que se estabelece entre as proposições, Aristóteles definiu os primeiros princípios da lógica, assim chamados por serem anteriores a qualquer raciocínio e servirem de base a todos os argumentos. São eles: 
A) Principio da argumentação, terceiro excluído e principio da não contradição. 
B) Principio do terceiro excluído, principio da contradição. 
C) Principio da não contradição e principio da contradição. 
D) Principio da argumentação e principio do terceiro excluído. 
       E) Principio da identidade, principio do terceiro excluído e principio da contradição. 
40 - "Toda realidade é e pode ser. Assim, deve passar por uma transformação progressiva no sentido da plena realização. Trata-se do caminho da manifestação do que estava oculto, do desenvolvimento de uma determinada unidade que revela uma segunda forma, mostrando, então, a sua total capacidade". 

O trecho acima indica uma maneira de conhecer o mundo, identificada como 
         (A) a teoria de ato e potência, de Aristóteles. 
(B) a teoria da ação comunicativa, de Jünger Habermas. 
(C) o tratado sobre a natureza humana, de David Hume. 
(D) as diferenciações entre o bem e o mal, de Friiedrich Nietzsche. 
(E) os jogos de linguagem, de Ludwig Wittgenstein. 
QUESTÃO 21 
Leia o texto e responda à pergunta a seguir. 

"Muitas têm sido as explicações das causas históricas para a origem da filosofia na Jônia. Alguns consideram que as navegações e as transformações técnicas tiveram o poder de desencantar o mundo e forçar o surgimento de explicações racionais sobre a realidade. Outros enfatizam a invenção do calendário (tempo abstrato), da moeda (signo abstrato para a ação de troca) e da escrita alfabética (transcrição abstrata da palavra e do pensamento), que teriam propiciado o desenvolvimento da capacidade de abstração dos gregos, abrindo caminho para a filosofia. Sem dúvida, esses fatores foram importantes e não podem ser desconsiderados e minimizados, mas não foram os principais" (CHAUÍ, M. Introdução à história da filosofia - dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Brasiliense, 1994 - p. 35). 
A principal determinação histórica para o nascimento da filosofia é 
         (A) política: o nascimento, simultâneo a ela, da Cidade-Estado, isto é, da polis, pois, com esta, desaparece a figura que foi a do antecessor do filósofo, o Mestre da Verdade (o poeta, o adivinho e o rei-da-justiça). 
(B) ética: na Grécia arcaica a palavra verdadeira ou alétheia nasce simultaneamente à filosofia, pois é esta palavra eficaz que dá origem ao logos em oposição à dóxa. 
(C) mitológica: o nascimento, simultâneo a ela, do oráculo de Delfos, marcando, de forma decisiva, a vinculação entre a filosofia e mitologia. 
(D) épica: o nascimento, simultâneo a ela, de uma nova classe de homens, aqueles que têm direito à palavra, os guerreiros; no entanto, não se trata mais daquela palavra religiosa, solitária e unilateral, própria dos iniciados, mas sim da palavra compartilhada, dita em público, de maneira leiga e humana. 
(E) teórica: a filosofia nasce da contemplação desinteressada, ela é simultânea ao nascimento da ontologia ou metafísica, isto é, à pretensão do logos em atingir o universal (o Ser). 
12. Segundo Aristóteles, a quantificação é uma das dez categorias caracterizada pela possibilidade de se medir ou contar algo, qual alternativa abaixo condiz com essa teoria? 

      a) Em um sentido geral, o termo designa uma grandeza considerada mensurável apenas, abstraindo-se da qualidade. 
b) Dividir cada uma das possibilidades que se examinassem em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. 
c) Jamais acolher alguma coisa como verdadeira e finita que não conhecesse com o máximo de evidências. 
d) Para se alcançar com certeza criou a geometria analítica, na qual, convertem-se grandezas e propriedades geométricas em propriedades algébricas de quantidades. 


21. Leias as afirmações que seguem e identifique quais pertencem realmente ao pensamento de Aristóteles: 
I - O silogismo aristotélico é a dedução lógica na qual uma conclusão é inferida a partir de suas premissas, a premissa menor e a premissa média, pela mediação do termo maior. 
II - Com a teoria das quatro causas e a distinção entre ato e potência, Aristóteles buscou explicar a realidade do devir e da mudança a que estão submetidas as coisas causadas. 
III - De acordo com Aristóteles, tudo o que acontece têm suas causas. Essas são a explicação ou o porquê de certa coisa ser o que é. Causa eficiente, final, formal e material são os quatro sentidos que Aristóteles distingue no termo causa. 
IV - Aristóteles classificou a justiça em duas espécies básicas: distributiva, que denominou proporcional, e comutativa, por ele chamada retificadora ou corretiva. 
V - É princípio da justiça distributiva, procurar equilibrar as vantagens e as desvantagens entre dois contratantes. Nos contratos involuntários, a pena infligida ao réu deve ser proporcional ao dano por ele provocado. 
Assinale a alternativa que possui as asserções VERDADEIRAS sobre a filosofia aristotélica: 
a) III, IV e V. 
b) Todas. 
      c) II, III e IV. 
d) I, II, IV e V. 
e) I, III, IV e V. 

14. Leia o enunciado e assinale a afirmação correta. Aristóteles foi o primeiro filósofo a fazer um estudo dos conceitos para descobrir as propriedades que eles têm quando produzidos pela nossa mente, como podem ser unidos e separados, divididos e definidos, e como é possível tirar conceitos novos de conceitos conhecidos anteriormente.( Battista Mondin. "Curso de filosofia". Paulus, p. 83) 
        a) O texto deixa explícito que se trata dos estudos sistemáticos de Aristóteles conhecidos como lógica. 
b) O texto permite compreender que se refere ao silogismo de Aristóteles, constituído por três proposições: As duas primeiras denominam-se premissas e a terceira conclusão. Por exemplo: todas as baleias são mamíferos. Alguns animais são baleias. Logo, alguns animais são mamíferos. 
c) A leitura do enunciado confirma que Aristóteles foi o grande organizador da natureza por meio dos estudos relacionados às quatro causas fundamentais das quais se ocupa a metafísica: material, formal, eficiente e final. 
d) Do texto se infere que o autor aborda uma das formas de raciocínio denominada indução. 

Questão 35 Os processos de indução e de dedução foram tratados nos Tópicos e nos Analíticos posteriores, na Metafísica e Ética a Nicômaco. 
As obras em destaque foram escritas por 
a) Platão. 
    b) Aristóteles. 
c) Cartésio. 
d) Kant. 
e) E. Husserl. 

22. Sabemos hoje que a política faz parte das nossas vidas. Aristóteles afirmava que "o homem é por natureza um animal político". 
Com a afirmação o filósofo pretendia ensinar que: 
a. ( ) o ser humano necessita das instâncias políticas para sobreviver em segurança. 
b. ( X ) o ser humano tem necessidade de viver com os seus semelhantes. 
c. ( ) os filósofos, apesar de humanos, deveriam governar as cidades, pois sábios e justos. 
d. ( ) os atrativos pelo poder são naturais e inerentes ao ser humano, animal político. 
e. ( ) a política envolve relacionamentos humanos e a necessidade de controles sociais. 
QUESTÃO 31 Aristóteles, em sua teoria do conhecimento, afirmava que cada ser ou objeto tem sua própria substância e seus acidentes. Para este filósofo, a substância 
a) consiste nos elementos físicos que constituem a coisa. 
b) é o propósito, o objetivo, a finalidade do ser específico. 
c) é aquela que não altera a essência daquilo que um ser ou objeto é. 
         d) é o conjunto de todas as características fundamentais, como dimensão, qualidade, matéria etc. 

26. Dono de um espírito enciclopédico, Aristóteles praticamente catalogou todo o saber por ele então conhecido. Assim, em sua obra podemos encontrar uma ciência do homem, uma ciência da alma, uma ciência dos astros dentre outras. Entretanto, dentre esta multiplicidade de ciências, havia uma que se ocupava com a causa primeira de todas as coisas, que a tradição filosófica consagrou como metafísica. Por metafísica o Estagirita entendia uma forma de conhecimento que 
(A) está voltada para o fluxo constante das coisas. 
(B) se dedica às ciências práticas, visto que todo conhecimento é medido por sua utilidade. 
        (C) buscava o "ser enquanto Ser", ou seja, o Ser necessário e universal. 
(D) busca encontrar o princípio acidental de toda realidade. 




14. Aristóteles afimou que: 
a) Lógica é a filosofia primeira e útima tratada na obra Ética a Nicômacos. 
b) A lógica foi escrita e classificada na obra metafísica. 
c) Lógica e teorética são sinônimos, o mesmo que obras comtemplativas. 
     d) A lógica não é uma ciência teorética, nem prática, nem produtiva, mas im um instrumento para as ciências. 
e) A Lógica, registrada na obra Organon de Platão, é a ciência das ciências. 
18. Aristóteles distingue e classifica todos os saberes científicos, cuja totalidade é a filosofia. Leia e assinale a alternativa correta sobre o critério que o filósofo de Estagira 
utilizou: 
a) aleatório. 
     b) ação e contemplação. 
c) classificou a filosofia como mais importante que a ciência. 
d) buscou critérios tecnológicos. 
e) classificou os saberes como teológicos, coisas divinas, científicos, coisas da experiência e filosofia, coisas primeiras.

41. Aristóteles (384-322 a.C.) costuma ser considerado o primeiro teórico sistemático do conhecimento. No vasto acervo da obra aristotélica, um grande número de textos tem como objeto saber como o homem conhece e quais as condições do conhecimento verdadeiro. Para Aristóteles, a teoria do conhecimento tem como eixo principal as ideias de _____________ e de ______________, utilizando como instrumento(s) o(s)_______________, cujas regras garantem que a dedução, seguindo princípios precisos, vá das causas às consequências. 
Complete as lacunas acima, assinalando a alternativa correta. 
a) simulação - juízo - silogismo científico. 
b) análise - crítica - primeiros analíticos. 
c) poética - retórica - primeiros analíticos. 
d) teórica - indução - objetos sensíveis. 
       e) demonstração - indução - silogismo científico. 

43) Diferente de Platão, Aristóteles julga o mundo das coisas sensíveis como: 
      a) um mundo real e verdadeiro cuja essência é, justamente, a multiplicidade de seres e a mudança incessante. 
b) uma simples cópia do mundo superior que almeja à perfeição através de um movimento catártico. 
c) um mundo imperfeito que só será superado por meio da busca da sabedoria que se encontra dentro de todo ser. 
d) um mundo das sombras, marcado por ilusões e manipulações desenvolvidas pela camadas abastadas. 

QUESTÃO - 32
Aristóteles, ao criar a Lógica, não a considerou como ciência (teórica, prática e produtiva), mas como um instrumento para as ciências. A palavra grega órganon - conjunto das obras lógicas aristotélicas - quer dizer "instrumento". 
Sendo assim, a lógica possui características bem distintas de outros métodos ou instrumentos, cujas peculiaridades da lógica podem ser identificadas 
1. dialética: é adequada para os assuntos sobre os quais só existem opiniões e nos quais só cabe a persuasão. 
2. formal: se ocupa com a forma pura e geral dos pensamentos, expressos por meio da linguagem; 
3. propedêutica: é o que devemos conhecer antes de iniciar uma investigação científica ou filosófica; 
4. normativa: fornece princípios, leis, regras e normas que todo pensamento deve seguir se quiser ser verdadeiro; 
Estão corretas apenas as peculiaridades 
A) 1, 3 e 4 
B) 1, 2 e 3 
       C) 2, 3 e 4 
D) 3 e 4 
E) 2 e 4 
QUESTÃO - 34 
Quando examinamos as virtudes definidas pelo cristianismo, descobrimos que, embora as aristotélicas não sejam afastadas, deixam de ser as mais relevantes. O quadro cristão de virtudes e vícios pode ser assim resumido: 
1. Virtudes cardeais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho 
2. Pecados capitais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho 
3. Virtudes morais: fé, esperança, caridade 
4. Virtudes teologais: fé, esperança, caridade Estão corretas apenas as afirmativas: 
A) 1, 3 e 4 
B) 1, 2 e 3 
C) 2, 3 e 4 
D) 3 e 4 
      E) 2 e 4 


QUESTÃO 36
 Retomando a questão do ser, Aristóteles propõe uma nova interpretação afirmando que o movimento da realidade se resume na passagem da potência para o ato. Neste raciocínio, a potência representa: 
      A) As possibilidades do ser; 
B) A manifestação atual do ser; 
C) O caráter estático e permanente do ser; 
D) Aquilo que já existe; 
E) Aquilo que determina a realidade de um ser. 
27. Para os gregos, a economia não constitui campo isolado que pudesse ser objeto de pesquisa de uma ciência específica; de tal modo que a economia é considerada à medida que integra a comunidade da casa e da polis e, por essa razão, sua consideração é de ordem ético-política. Em seu livro Política (A 8ss), Aristóteles distingue três modos de obter bens e riquezas: um modo natural e imediato, que se realiza através da atividade da caça, do pastoreio e do cultivo dos campos; outro modo intermédio, isto é, mediado, que consiste na troca dos bens equivalentes (escambo); e, por último, o modo não-natural, que consiste no comércio através do dinheiro. Sobre esse último modo é CORRETO afirmar que: 
I. Aristóteles o condenava por ser uma forma de crematística, que recorre a todos os artifícios para aumentar, sem limites, as riquezas. 
II. Era considerada por Aristóteles uma sã economia, capaz de facilitar a satisfação das necessidades naturais que tem um limite fixado pela natureza. 
III. Era defendido por Aristóteles, por ser o dinheiro um meio importante para se alcançar o fim de viver bem, de afirmação da própria vida. 
IV. Aristóteles rejeitava tal modo, por este promover a usura, transformando o que é meio em fim, invertendo o sentido da vida. 
      a) Somente I e IV são verdadeiras. 
b) Somente II e III são verdadeiras. 
c) Somente II e IV são verdadeiras. 
d) Somente I e II são verdadeiras. 
e) Somente III e IV são verdadeiras. 

28. Aristóteles é considerado um dos fundadores da antropologia como ciência, e foi o primeiro pensador que tentou sistematicamente uma síntese científico-filosófica na sua concepção do homem. Sobre a antropologia aristotélica, é CORRETO afirmar que: 
I. A compreensão da psyché humana compete ao estudioso da natureza (physis) por estar relacionada à dimensão corpórea do homem. 
II. O homem se distingue de todos os seres da natureza em virtude do predicado da racionalidade: ele é um "animal racional. 
III. O homem é essencialmente destinado à vida em comum na polis e somente aí se realiza como ser racional. 
IV. O homem é compreendido, além da racionalidade, também como ser de paixão e de desejo.
a) Somente I, II e III são verdadeiras. 
b) Somente I, III e IV são verdadeiras. 
c) Somente II, III e IV são verdadeiras. 
d) Somente I, II e IV são verdadeiras. 
      e) Todas as alternativas são verdadeiras. 
29. A filosofia prática de Aristóteles se pergunta pelo fundamento e pela medida da virtude e da ação boa e justa. Neste sentido, é CORRETO afirmar que: 
I. A ética aristotélica não tem por finalidade investigar a virtude em si, mas como nos tornamos bons, praticando-a. 
II. A ética aristotélica propõe um conjunto de princípios racionais capazes de tornar o agir humano mais próximo do bem e da justiça. 
III. A ética aristotélica estabelece uma intrínseca relação entre o bem e a eudaimonia. 
IV. A ética aristotélica tem como ponto de partida a ideia do Bem, e dela provém o conhecimento acerca da prática da virtude. 
      a) Somente I e III são verdadeiras. 
b) Somente II e III são verdadeiras. 
c) Somente I e II são verdadeiras. 
d) Somente I e IV são verdadeiras. 
e) Todas as alternativas são verdadeiras. 
QUESTÃO 36 
Do ponto de vista da ética das virtudes aristotélica, na busca ininterrupta da autoconstrução humana, é correto afirmar que: 
a) O homem se move em direção à sua plenitude. A autoconquista começa na comunidade política e termina com a prática das virtudes. É árdua a conquista de si, visto que, subsiste uma relação de conflito entre sensibilidade e razão. 
b) Na Ética a Nicômaco, Aristóteles define a ética como o estudo da ação humana finalizada no bem. Nesse sentido, pode-se afirmar que para esse pensador o bem é aquilo em direção a que algumas coisas tendem. 
       c) Diferentemente de Platão, Aristóteles considera que o bem não pode ser algo único e universalmente presente, pois o termo bem é usado tanto na categoria de substância, como na de qualidade e na de relação. 
d) A virtude é uma disposição de caráter que torna o homem bom e que o faz desempenhar bem a sua função. Na maioria das vezes ela supõe o equilíbrio, isto é, o meio-termo ou a justa medida entre o excesso e a falta. 
e) A felicidade é uma atividade do corpo e da alma. Da mesma forma, a virtude humana se estende tanto ao corpo quanto à alma. Corpo e alma fazem parte do princípio racional que compõe o ser humano. 

14. A respeito da filosofia de Aristóteles, é correto afirmar: 
a) A física está dissociada da metafísica por não levar em consideração a causa final, no que concerne à compreensão do movimento. 
b) Aristóteles, contrariamente a Descartes, promove uma unificação do saber por meio de uma disciplina universal que englobaria todos os saberes: a metafísica. 
c) Lógica e Ontologia em Aristóteles são dissociadas, porque intelecto e natureza correspondem a instâncias radicalmente distintas do ser. 
d) Para a filosofia aristotélica, o problema do ser se resolve por uma análise do intelecto humano e de seus limites epistêmicos. 
       e) Para cada gênero de ser, é necessária uma ciência, definida sob a medida da ontologia desses gêneros. 

47. "Devemos considerar agora o que é a virtude. Visto que na alma se encontram três espécies de coisas - paixões, faculdades e disposições de caráter -, a virtude deve pertencer a uma destas". Aristóteles (384-322 a. C.). 
Considerando o enunciado acima, o que é virtude para Aristóteles? Assinale a alternativa correta. 
a) Para Aristóteles, as virtudes e os vícios são paixões, porque somos bons ou maus devido às nossas paixões, somos louvados e censurados devido às nossas paixões. 
b) Para Aristóteles, as virtudes são faculdades: as possuímos por natureza, portanto, tornamo-nos bons ou maus por natureza. 
c) Para Aristóteles, a virtude é uma disposição de caráter relacionada à seguinte verdade: não há meio-termo para a virtude, ela é da ordem do excesso ou da falta. 
d) Para Aristóteles, a virtude é uma faculdade natural ao homem de bem, e seu principal atributo é sua capacidade de superar as paixões mediante a reflexão conceitual. 
       e) Para Aristóteles, virtude é uma disposição de caráter relacionada com as escolhas do homem, aquelas que o tornam bom e que o fazem desempenhar bem sua função; seu principal atributo é visar ao meio termo. 

Questão 40 Observando a ordem natural das operações intelectuais, segundo o realismo aristotélico, tem-se os seguintes atos: 
a) Juízo, raciocínio, ideia
      b) Ideia, juízo, raciocínio. 
c) Ideia, raciocínio, juízo. 
d) Juízo, ideia, raciocínio. 
e) Intuição, raciocínio, ideia


Questão 13 Aristóteles foi o maior opositor da teoria das ideias de Platão, segundo a qual todo conhecimento verdadeiro deriva do plano da mente. A crítica aristotélica ao platonismo comporta a ideia de que: 
A) a essência dos seres materiais ou reais não pode ser conhecida, porque é afetada pela mudança incessante do mundo sensível. 
B) a reflexão opera independente dos sentidos na produção do conhecimento. 
           C) o conhecimento é gerado com base na generalização de muitos casos particulares observados. 
D) a essência das coisas pertence à ordem divina, e por isso não pode ser apreendida pelo homem. 
E) o único conhecimento seguro e exato a ser produzido é a matemática, com suas figuras geométricas. 


Platão (428 a 347 a.C.)
21 - Segundo Platão, em sua obra A República, a cidade tem origem no (a) 
         A - fato de que os indivíduos não são autossuficientes. 
B - própria natureza humana, que só se realiza na relação com os outros. 
C - desenvolvimento das forças produtivas do trabalho humano e na ampliação natural de seu intercâmbio. 
D - desenvolvimento do comércio. 

22 - Segundo Platão, 

A - a ideia, só acessível aos deuses, representa o bom, o belo, o justo e o verdadeiro em cada ente. Dela, os humanos têm apenas representações meramente sensíveis e mais ou menos distorcidas. 
B - a ideia do bem, da beleza, da justiça e da verdade não pode ser representada. 
C - o bom, o belo, o justo e o verdadeiro se contradizem sempre para o ser humano. 
        D - o bom, o belo, o justo e o verdadeiro em cada coisa não podem ser dissociados e representam sua ideia, que não é acessível à sensibilidade, apenas ao entendimento. 

Questão 11 O problema do conhecimento foi proposto por Platão em sua famosa alegoria ou mito da caverna. A cena se passa no interior de uma caverna habitada por prisioneiros acorrentados e imóveis desde a infância, que só podem ver, projetadas na parede por uma fogueira, sombras de objetos carregados por pessoas do lado de fora. Os prisioneiros julgam serem as sombras as únicas coisas verdadeiras. Um deles, entretanto, escapa da caverna e se depara com os objetos reais do mundo externo. Mais tarde, volta para revelar a verdade aos seus antigos companheiros, que o desacreditam e o executam. 

Com essa alegoria Platão pretende demonstrar, EXCETO que: 
        A) o conhecimento só pode ser adquirido por meio da experiência concreta no mundo. 
B) a maioria dos homens não está apta para a busca do conhecimento verdadeiro. 
C) os sentidos, como a visão, induzem os homens ao erro na busca do conhecimento. 
D) as opiniões e os preconceitos são como as correntes, que impedem o homem de conhecer. 
E) o conhecimento verdadeiro, embora inato, deve ser perseguido continuamente. 
QUESTÃO 44 No livro VI da obra A república (488a ss.), Platão compara a democracia a um navio no qual todos os marinheiros desejam pilotar sem, no entanto, possuir conhecimento algum da arte de navegar. Entrementes, o verdadeiro piloto - "que precisa se preocupar com o ano, as estações, o céu, os astros, os ventos e tudo o que diz respeito à sua arte, se quer de fato ser comandante do navio, a fim de o governar, quer alguns o queiram quer não" - é compreendido como um inútil. Para Platão, essa metáfora refere-se 

      (A) às relações das cidades com os verdadeiros filósofos. 
(B) à primazia da monarquia sobre as outras formas de governo. 
(C) ao caráter universal do conhecimento prático. 
(D) à evidente sabedoria do governo tirânico. 

17. Leia o trecho a seguir: 

"E que existe o belo em si, e o bom em si, e, do mesmo modo, relativamente a todas as coisas que então postulamos como múltiplas, e, inversamente, postulamos que a cada uma corresponde uma ideia, que é única, e chamamos-lhes a sua essência." (PLATÃO. República. 8.ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1996, p.308.) 
Em relação aos pensamentos de Sócrates e Platão e suas respectivas doutrinas, identifique se as afirmações abaixo são (V) verdadeiras ou (F) falsas: 
I - No mito da caverna, Platão faz referência ao contraste parecer e ser, ou seja, aparência e realidade. O pensador também simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia é capaz de realizar, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos. 
II - Para Platão, o que é "em si" e permanece sempre da mesma forma é a Ideia, o ser verdadeiro e inteligível. Eis que Platão afirma que o mundo das coisas sensíveis é o único que pode ser conhecido, na medida em que é o único ao qual o homem realmente tem acesso. 
III - As Ideias, diz Platão, estão submetidas a uma transformação contínua. Conhecê-las só é possível porque são representações mentais, sem existência objetiva. Por outro lado, Platão sustenta que há uma realidade que não nasce nem perece e que não pode ser captada pelos sentidos. 
IV - Sócrates, ao afirmar que nada sabia, queria, com isso, sinalizar a necessidade de adotar uma nova atitude diante do conhecimento. O seu método compõe-se de duas partes: a maiêutica e a ironia. Para não ser condenado à morte, Sócrates negou, diante dos juízes, os princípios professados. 
V - Platão confere às ideias uma existência real, e Sócrates procura o conhecimento indagando o homem. 
Assinale a alternativa que contém as afirmativas FALSAS: 
a) I, III e IV. 
b) III e V. 
c) II, IV e V. 
d) I e II. 
     e) II, III e IV. 
QUESTÃO 31 Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. 
( ) No Mito da Caverna, de Platão, aquele que atingiu a contemplação da luz e saiu da caverna, o filósofo, deve a ela retornar para libertar aqueles que ficaram e têm as sombras como única realidade. Esse retorno é voluntário e é aqui que podemos inserir a pergunta pela função social do filósofo: a interferência no social, simbolizada pela volta à caverna, caracteriza-se principalmente pela educação. 
( ) É interessante notar que, ao contrário de Sócrates, e mesmo ao contrário de Platão, Descartes não manifesta nenhuma intenção expressa de interferência na sociedade. A partir da certeza absoluta de que encontrou o método e o fundamento da verdadeira filosofia, trata apenas de desenvolver seu sistema na solidão de seu retiro holandês. E, no entanto, em termos da significação da sua obra, mesmo de sua atitude filosófica, o que temos nele são simplesmente os fundamentos da civilização moderna. 
( ) Sabemos que o Brasil é um país com uma débil tradição filosófica. Desde sua implantação, em meados do século XVIII, a filosofia foi ensinada de forma dogmática, carregada de uma forte filosofia tomista - tanto no ensino médio quanto posteriormente nas universidades. Dessa forma, o papel social do filósofo brasileiro tem sido, desde sua origem, meramente pedagógico, sem nenhuma envergadura política de peso. 
( ) Lemos claramente nos PCNs (1999) que a função social do filósofo no ensino médio é formar futuros filósofos. Essa proposta parte do pressuposto de que o ensino médio deve ser uma transposição reduzida do currículo acadêmico. No entanto, esse documento é enfático em afirmar que, ainda que se deva partir dos conhecimentos acadêmicos, deve-se evitar o academicismo. 
(A) F - V - F - V. 
        (B) V - V - F - F. 
(C) F - V - V - V. 
(D) V - F - F - F. 
(E) V - V - F - V. 16. "Quem são os verdadeiros filósofos? Aqueles que amam a verdade" (Platão). 

"A crença forte só prova a sua força, não há a verdade daquilo em que se crê" (Nietzsche). 
"Não há verdade primeira, só há erros primeiros" (Bachelard). 
Para a atitude crítica ou filosófica, a verdade nasce da decisão e da deliberação de encontrá-la, da consciência da ignorância, do espanto, da admiração e do desejo de saber. Nessa busca, a Filosofia é herdeira de três grandes concepções da verdade: 
a) Evidência - conservador - verificação. 
b) Dogmática - sintaxe - semântica. 
c) Prática-coerência - juízo-real - uso-valor. 
        d) Ver-perceber - falar-dizer - crer-confiar. 

Questão 47 
Considere o discurso de Sócrates, no Banquete repetindo o que teria escutado de Diotima de Mantinéia: 
Quando então alguém, subindo a partir do que é belo, através do correto amor aos rapazes, começa a contemplar aquele belo, quase que estaria a atingir o ponto final. Eis, com efeito, em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se deixar conduzir: em começar do que é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como que se servindo de degraus, de um só para dois e de dois para todos os corpos belos, e dos belos corpos para os belos ofícios, e dos ofícios para as belas ciências, até que das ciências acabe naquela ciência que de nada mais é senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que em si é belo. 
Nesse texto de Platão, Sócrates discursa entre os convidados, falando sobre o nascimento de Eros (amor). 
Da análise do texto, pode-se concluir: 
a) O amor é algo dos filodoxos, amantes da opinião (doxa), portanto não deve ser cultivado pelo autêntico filósofo. 
b) O amor produz a dormência da alma, deve ser cultivado somente pelos artistas. 
          c) O amor cumpre uma função mediadora no processo filosófico, fazendo o amante da sabedoria passar por degraus até atingir o belo em si. 
d) Sócrates se refere à forma de amar dita "amor platônico". 
e) O trecho em foco foi utilizado para fundar o erotismo da sociedade grega. 



Questão 33 Platão viu no ensino sofístico da retórica um perigo para o Estado; por isso, escreveu várias obras sobre questões de política, filosofia etc. Entre elas, é CORRETO citar: 
a) O Fedro, O sofista e o Organon. 
b) A República, Tópicos e Elencos. 
c) Discurso sobre o método, Protágoras e As leis. 
d) Metafísica, Sobre a natureza e Teeteto. 
       e) O banquete, O fedro e A república. 

QUESTÃO 34 A forma com que os gregos viviam as questões da polis levou às primeiras reflexões sobre as formas ideais de governo. Coube a Platão escrever a primeira obra sistematizada de ciência política do Ocidente, A República. Nesta obra, Platão, entre outros assuntos, discute temas como justiça, educação, cidadania e formação dos governantes. A classificação das formas de governo realizada por Platão em A República é a seguinte: 
a) Aristocracia, Democracia, Oligarquia, Tirania, Anarquia e Monarquia 
        b) Aristocracia, Timocracia, Oligarquia, Democracia, Anarquia e Tirania 
c) Timocracia, Democracia, Aristocracia, Anarquia, Monarquia e Tirania 
d) Monarquia, Oligarquia, Democracia, Tirania e Timocracia 
Leia o fragmento para responder às questões 27 e 28. 
"Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que era um homem feio, mas que, quando falava, exercia estranho fascínio. Procurado pelos jovens, passava horas discutindo na praça pública. Interpelava os transeuntes, dizendo-se ignorante, e fazia perguntas aos que julgavam entender determinado assunto: "O que é a coragem e a covardia?", "O que é a beleza?", "O que é a justiça?", "O que é a virtude?". Desse modo, Sócrates não fazia preleções, mas dialogava. Ao final, o interlocutor concluía não haver saída senão reconhecer a própria ignorância. A discussão tomava outro rumo, na tentativa de explicitar melhor o conceito". (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia, 2009, p.21).  

30. Em sua república, Platão constrói seu modelo de cidade ideal e justa, contrastando-a com a cidade concreta, Atenas. Em sua Alegoria da Caverna, Sócrates diz a Glauco que a personagem que deixou a caverna e viu as coisas banhadas pelo sol assemelha-se 
       (A) ao filósofo cuja alma ascendeu ao mundo inteligível, e lá contemplou a ideia do Bem. 
(B) ao processo por meio do qual o filósofo apenas deprecia o mundo sensível. 
(C) à dialética descendente, que passa das coisas sensíveis às ideias perfeitas. 
(D) ao transcurso da alma entre as imagens sensíveis e as imagens inteligíveis. 
Leia o texto para responder às questões de números 40 e 41. 
"A caverna (...) é o mundo sensível onde vivemos. O fogo que projeta as sombras na parede é um reflexo da luz verdadeira (do Bem e das ideias) sobre o mundo sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis, que tomamos pelas verdadeiras, e as imagens ou sombras dessas sombras, criadas por artefatos fabricadores de ilusões. Os grilhões são nossos preconceitos, nossa confiança em nossos sentidos, nossas paixões e opiniões. O instrumento que quebra os grilhões e permite a escalada do muro é a dialética. O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a luz plena do ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o Sol ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna para convidar os outros a sair dela é o diálogo filosófico, e as maneiras desajeitadas e insólitas do filósofo são compreensíveis, pois quem contemplou a unidade da verdade já não sabe lidar habilmente com a multiplicidade das opiniões nem mover-se com engenho no interior das aparências e ilusões. Os anos despendidos na criação do instrumento para sair da caverna são o esforço da alma para libertar-se. Conhecer é, pois, um ato de libertação e de iluminação. A Paideia filosófica é uma conversão da alma voltando-se do sensível para o inteligível. Essa educação não ensina coisas nem nos dá a visão, mas ensina a ver, orienta o olhar, pois a alma, por sua natureza, possui em si mesma a capacidade para ver." [Marilena Chauí] 

40) De acordo com o texto, pode-se afirmar que: 

a) O conhecimento filosófico é o único que pressupõe o acesso ao mundo sensível. 
b) Filosofar é um instrumento de alienação para quem sai da caverna. 
        c) O filósofo, por sua busca, tem uma visão mais abrangente do conhecimento. 
d) A unidade da verdade não permite divagações metafísicas. 
41) Ainda sobre o texto, pode-se afirmar que: 
a) O processo de esclarecimento por meio da filosofia pressupõe a iluminação das coisas sensíveis pelos fabricadores de ilusões. 
       b) A Paideia filosófica é um processo de dissolução de preconceitos e de ideias ligadas ao senso comum. 
c) A alegoria da caverna não se adequa às realidades contemporâneas. 
d) Convidar as pessoas para saírem da caverna é um contrassenso, pois somente o filósofo pode sair da caverna. 
50. Assinale a alternativa correta. No livro VI da República Platão apresenta sua teoria do conhecimento mediante o esquema da "linha dividida". A exposição de sua teoria do conhecimento neste diagrama ilustra a célebre separação platônica entre o mundo sensível e o mundo inteligível, cada qual com seus modos de conhecer, hierarquicamente distribuídos. Sobre o diagrama da ?linha dividida", ou seja, sobre a teoria do conhecimento platônica, podemos firmar que 
       a) Platão apresenta os modos do conhecimento distribuídos em uma "linha dividida" em duas partes desiguais, isto é, uma delas é maior do que a outra. A primeira parte dita inferior é chamada de visível e é menor que a parte dita superior, chamada de invisível. Esta divisão permite falar em graus de conhecimento, indo do mais baixo para o mais alto, havendo, portanto, passagem de um para outro. 
b) Platão apresenta os modos do conhecimento distribuídos em uma "linha dividida" em duas partes iguais: a parte dita inferior é chamada de visível e a parte dita superior é chamada de invisível. A distribuição dos modos de conhecer permite falar em modos de conhecimento e não em graus do conhecimento, pois não há passagem de um ao outro. 
c) Podemos afirmar que está ausente da teoria do conhecimento platônica a matemática, a qual é substituída pela dialética, método científico por excelência da filosofia platônica. 
d) O quarto e último modo ou grau de conhecimento é a dianóia, isto é, raciocínio discursivo. Este nível, o mais alto, é o que conhece as essências, é ele que permite a Platão afirmar que a alma não participa da natureza do objeto conhecido, sendo pura essência, ela é separada na natureza das coisas em si. 
e) A teoria do conhecimento platônica afirma, pela primeira vez na história do pensamento filosófico ocidental, que a alma não conhece por meio do corpo. Por isso, a República enfatiza o caráter estático do conhecimento, ou seja, não há passagem de um grau para outro na "linha dividida", o mundo sensível está separado do mundo inteligível, não havendo correspondência entre ambos. 
22. O pensamento de Platão cobre: 
a) Toda a sistemática da filosofia, exceto a discussão dos problemas do conhecimento. 
b) Toda a sistemática da filosofia, exceto problemas da existência individual. 
c) Toda a sistemática da filosofia, exceto problemas da educação. 
     d) Toda a sistemática da filosofia. 
23. Após ter sido feito prisioneiro em Siracusa, Platão obtém a liberdade, volta à Atenas e abre sua própria escola chamada: 
a) Peripatética. 
       b) Academia. 
c) Acrópole. 
d) Crotona. 
27- A conhecida teoria das ideias de Platão distingue quatro formas ou graus de conhecimento, que vão do grau inferior ao superior: crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual. Desta forma, conforme o filósofo grego Platão, está correto dizer que 
A) os dois primeiros graus formam o que ele chama de conhecimento inteligível, enquanto os dois últimos formam o conhecimento sensível 
       B) a crença é nossa confiança no conhecimento sensorial: cremos que as coisas são tais como as percebemos em nossas sensações 
C) a opinião é nossa aceitação do que nos ensinaram sobre as coisas ou o que delas pensamos conforme nossas intuições intelectuais 
D) os dois primeiros graus de conhecimento nos oferecem as essências das coisas 
E) o raciocínio treina e exercita nosso pensamento para o mundo sensível 
28. Em sua obra intitulada "A República", Platão apresenta a alegoria da caverna, através da qual ele procura ilustrar os passos do que ele chama de "o amor ao conhecimento". Com relação a essa alegoria, analise os itens abaixo: 
I. Segundo a alegoria da caverna, o filósofo que chega à verdadeira realidade tem a missão de voltar à "caverna", mesmo que seja incompreendido pelos que ali estejam presos. 
II. As sombras na parede da caverna representam o mundo inteligível, a única realidade que pode ser percebida pelos homens acorrentados, enquanto que o mundo fora da caverna, visto pelo homem que consegue escapar, representa a verdadeira realidade: o mundo sensível. 
III. Para Platão, conhecer é conhecer o Bem, a Ideia Suprema que ilumina todas as outras ideias, tornando-as compreensíveis, da mesma maneira que a luz do sol ilumina toda a realidade na alegoria da caverna. 
Está(ão) CORRETO(S): 
a) Apenas o item III. 
       b) Apenas os itens I e III. 
c) Apenas os itens II e III. 
d) Apenas o item II. 
e) Todos os itens. 
QUESTÃO 31 Interpretando o Mito da Caverna de Platão, qual o instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? 
A) A luz da verdade; 
B) A realidade; 
       C) A Filosofia; 
D) As coisas que percebemos; 
E) A coragem. 
26. Para Platão, uma polis justa é possível quando a organização política se fundamenta na coordenação harmoniosa entre naturezas diferentes e funções políticas distintas. Assim, justo é o Estado em que cada um está no lugar que lhe compete, para o qual a educação o preparou. Neste sentido, a partir da filosofia platônica, é CORRETO afirmar que: 
I. a política é inseparável da antropologia. 
II. a política pertence ao mundo corpóreo, sendo considerada um estorno para a realização da alma humana. 
III. o homem só pode explicar-se moralmente em sua relação com a pólis. 
IV. o homem é concebido como indivíduo, distinto da sociedade política. 
a) Somente I e II são verdadeiras. 
     b) Somente I e III são verdadeiras. 
c) Somente II e IV são verdadeiras. 
d) Somente III e IV são verdadeiras. 
e) Somente II e III são verdadeiras. 
13. Sobre a filosofia platônica é correto afirmar: 
a) Há uma distinção ontológica entre dois mundos: o inteligível e o sensível, para os quais se requerm ciências diferentes e incomunicáveis. 
       b) Há, pelo menos, três fases no pensamento de Platão, caracterizando-o como um saber aporético, mais preocupado em trazer problemas do que soluções. 
c) Platão era muito reticente quanto aos sentidos, creditando a esses a origem de todos os nossos erros e, por conseguinte, proclamando que só o conhecimento que se esquiva das sensações é legítimo. 
d) A filosofia de Platão recorre a mitos porque tem uma dificuldade estrutural de argumentar de forma racional e consistente sobre problemas relativos à morte. 
e) A filosofia platônica influenciou de forma decisiva a filosofia escolástica, em particular, a obra de Guilherme de Okham e sua tese de economia epistêmica ou navalha de Okham. 


27. Leia o enunciado e assinale a alternativa correta. Indique o primeiro tratado que faz relação entre filosofia e política: 

a) O Espírito das Leis, deCharles de Montesquieu 
b) O Leviatã, Thomas Hobbes. 
      c) A República, de Platão. 
d) Dois tratados sobre o governo, John Locke 

Sócrates (470a.C. - 399a.C.)
28. Assinale a alternativa INCORRETA relacionada ao texto a seguir: Um dos métodos filosóficos mais conhecidos é a simulação de desconhecer um assunto para interrogar os interlocutores, de modo a extrair certo conhecimento para amplia-lo, refuta-lo ou corrigi-lo. Por esse processo de difícil execução, os interlocutores têm a oportunidade de encontrar seus limites intelectuais, defrontar-se com suas contradições, rever conceitos e aprender. 

a) Em um diálogo, o método utilizado é o de levar o interlocutor a admitir ignorância sobre suas afirmações. 
b) Maiêutica. 
c) É o processo de extrair da alma a sabedoria divina. 
       d) Consiste no método do "conhece-te a ti mesmo". 
27. A partir do fragmento acima exposto, é correto afirmar sobre o pensamento socrático: 
I. que se define enquanto saber inacabado, porque é dinâmico e está em construção; 
II. que é por natureza dogmático, já que o próprio Sócrates é detentor de um saber; 
III. que não faz de Sócrates "um ser que ilumina", já que o caminho por ele proposto é o da discussão intersubjetiva e dialogal. 
É correto o que se afirma em 
       (A) I e III, apenas. 
(B) I, II, e III. 
(C) II e III, apenas. 
(D) I e II, apenas. 
28. Por meio do diálogo, Sócrates construía com seus interlocutores uma relação pautada em perguntas, respostas e novas perguntas. Tal método também ficou conhecido como maiêutica, e sobre ele é correto afirmar que 
(A) tem como finalidade uma conclusão efetiva, ainda que seu interlocutor não abandone a doxa. 
(B) a verdade descoberta por seu interlocutor consiste em uma novidade ontológica. 
(C) enquanto dizia saber apenas que não sabia, Sócrates propunha o "não saber" como termo à sua filosofia. 
       (D) possibilitava Sócrates ajudar seus interlocutores a dar à luz ideias que já estavam neles. 

11. A frase abaixo é atribuída a qual grande filósofo? 
"A vida não examinada não merece ser vivida" 
a) Descartes. 
b) Voltaire. 
     c) Sócrates. 
d) Hume. 
QUESTÃO 35 O autoconhecimento do ser humano é um dos pontos fundamentais da filosofia socrática. Quais as duas grandes fases dos diálogos críticos a que Sócrates conduzia seus interlocutores, no desenvolvimento da sua filosofia? 
A) A análise e a síntese; 
B) A tese e a antítese; 
C) O discurso e a réplica; 
D) A argumentação e a controvérsia; 
       E) A ironia e a maiêutica. 
27. Sócrates, um dos maiores pedagogos da história da educação universal, concebeu um método para descobrir a verdade que temos em nós a partir do reconhecimento da própria ignorância. Esse método denomina-se 
      (A) Maiêutica. 
(B) Apagógico. 
(C) Antropologismo. 
(D) Paidéia. 



23. A filosofia socrática teve como um dos temas centrais a investigação acerca da essência do homem. 
Sobre a antropologia desenvolvida por Sócrates, é CORRETO afirmar que: 
I. A antropologia socrática é uma continuidade do que já havia na filosofia grega acerca da alma (psyché). 
II. Para Sócrates, a resposta à pergunta sobre a essência humana é inequívoca: o homem é a sua alma. 
III. A alma, para Sócrates, coincide com a consciência pensante e operante, com a nossa razão.
IV. Para Sócrates, a alma é a razão universal, da qual o ser humano participa. 
a) Somente II e IV são verdadeiras. 
      b) Somente II e III são verdadeiras. 
c) Somente I e III são verdadeiras. 
d) Somente III e IV são verdadeiras. 
e) Todas as alternativas são verdadeiras. 
24. A discussão acerca do conceito de virtude (areté) aparece na filosofia socrática associada ao conceito de alma. Neste sentido, é CORRETO afirmar que: 
I. Segundo a filosofia socrática, a areté humana é o que permite à alma ser boa, isto é, ser aquilo que pela sua natureza deve ser. 
II. Na filosofia socrática, a virtude é compreendida como valores associados à vida humana, tais como: a saúde, o vigor, a beleza. 
III. A virtude, para Sócrates, significa habilidades e técnicas possíveis de serem ensinadas para o bem viver. 
IV. Para Sócrates, a virtude é a ciência e o conhecimento. 
a) Somente I e III são verdadeiras. 
b) Somente II e III são verdadeiras. 
c) Somente II e IV são verdadeiras. 
        d) Somente I e IV são verdadeiras. 
e) Somente I e II são verdadeiras. 

Helênicos
Questão 34 São escolas helenísticas de filosofia: 
a) O ecletismo, o atomismo e o socratismo. 
b) O pitagorismo, o ecletismo e o epicurismo. 
     c) O ecletismo, o estoicismo e o epicurismo. 
d) O estoicismo, o tomismo e o epicurismo. 
e) O cinismo, o socratismo e o pitagorismo. 

36. Não é um dos quatro grandes períodos da filosofia grega: 
a) Período Sistemático. 
b) Período Helenístico. 
c) Período Cosmológico. 
       d) Período Estagira. 
QUESTÃO 40 O período helenístico caracterizou-se por um processo de interação cultural entre a cultura grega clássica e a cultura dos povos orientais conquistados. Neste período destacaram-se duas novas escolas filosóficas: o estoicismo e o hedonismo. Nesse contexto, os estóicos defendiam: 
A) Que o ser humano devia buscar o prazer da vida; 
B) Que o prazer estava vinculado ao bem;  
       C) Um espírito de completa austeridade moral e física; 
D) A realização de uma conduta virtuosa; 
E) O domínio das paixões. 


Epicuro 341a.C-270a.C
12. Os epicuristas eram atomistas e afirmavam que: 
      a) Os deuses não se importavam com a humanidade. Como a morte é o fim, temos de aproveitar essa vida maximizando a felicidade terrena. 
b) Chegar até os deuses, com suas virtudes, é o principal objetivo do ser humano, enquanto seres vivos. 
c) Os deuses são infalíveis e devemos entregar nosso destino em suas mãos e agir com correção absoluta em função de seus exemplos mitológicos. 
d) Essa existência esdrúxula só faz sentido tendo em vista uma outra, perfeita. 

Plotino 205-270
14. Foi fundador do Neoplatonismo: 
a) Diógenes. 
     b) Plotino. 
c) Confúcio. 
d) Pitágoras. 

Romanos
39) O estoicismo, que desde o seu início propôs ao homem submeter sua conduta a uma razão correta, mesmo que isso lhe trouxesse sofrimento e dor, tem um histórico de seguidores que desde a antiguidade exaltam as virtudes dessa proposta filosófica. Das afirmativas abaixo sobre essa linha filosófica, apenas uma é falsa. Assinale-a: 
a) A felicidade é entendida como estabilidade e segurança. 
b) O homem deve viver de acordo com a lei racional da natureza e sentir-se indiferente em relação a tudo que é externo ao ser. 
c) Defender e exaltar a ética e a virtude pela virtude - fazer o bem porque isso é bom e resulta em coisas melhores. 
       d) Defender a busca incansável do prazer de realizar coisas boas e desfrutá-las. 

Cícero 106a.C-43 a.C.
Boécio 480-524d.c
Marco Aurélio 121-180
Sêneca 4a.C(c.)-65

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