sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Filosofia Medieval e Moderna 7 (prova)


Marque (V), verdadeiro .........
IDADE MÉDIA
Marque "V" verdadeiro..............
--------------

20) Muitos pensadores importantes da filosofia medieval discutiram o problema dos universais e defenderam concepções específicas sobre o mesmo. Analise as afirmativas abaixo sobre o problema e as concepções que procuram respondê-lo. 
I. O nominalismo afirma que somente os particulares têm existência real e que os predicados universais só têm existência mental. 
II. O realismo afirma que somente os universais têm existência real e que os particulares, ao contrário, não têm nenhum tipo de existência. 
III. O conceitualismo é o nome dado à posição, segundo a qual, os universais não são nem realidades ao lado dos indivíduos, nem são apenas palavras arbitrárias (flatus vocis), mas que têm existência mental enquanto conceitos que podem denotar propriedades reais que os particulares possuem em comum. 
IV. Mesmo sendo um problema explicitamente discutido e formulado no contexto da filosofia medieval, este problema se vincula diretamente ao pensamento de Platão e Aristóteles. 
V. Rosselin e Ockham são defensores do realismo. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A( ) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 
     B( ) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. 
C( ) Somente as afirmativas II, III e V são corretas. 
D( ) Somente as afirmativas III, IV e V são corretas. 
E( ) Somente as afirmativas I, IV e V são corretas. 


Questão 42 Urbano Zilles, em seu livro Filosofia e religião, afirma que a religião e a filosofia têm um objeto em comum, que é 
      A a busca da verdade. 
B o conforto na salvação. 
C a remissão dos pecados. 
D a consolidação das crenças. 
E a procura da espiritualidade. 
Questão 44 Baseando-se em Filosofia e religião de Urbano Zilles, estabeleça a correlação entre os conhecimentos fundamentais às suas respectivas sínteses e, posteriormente, assinale a alternativa que apresenta a correlação CORRETA, de cima para baixo. 
1- Alma...........I- Síntese da vivência subjetiva 
2- Universo.....II- Síntese final 
3- Deus..........III- Síntese da vivência objetiva 
A 1 - III / 2 - II / 3 - I. 
B 1 - II / 2 - I / 3 - III. 
      C 1 - I / 2 -III / 3 - II. 
D 1 - I / 2 - II / 3 - III. 
E 1 - II / 2 - III / 3 - I. 

Questão 47 Em seu livro Filosofia e religião, Urbano Zillar recupera o ponto de vista de Freud sobre a religião. Para Freud, a religião é um ponto de fuga das pessoas de 
A seu instinto sexual, reprimido socialmente. 
      B seu mundo adulto, reportando-se ao mundo infantil. 
C sua incompreensão global dos fenômenos naturais. 
D sua responsabilidade em relação às outras pessoas. 
E seu instinto natural introvertido, que necessita compartilhar suas experiências. 

QUESTÃO 37 
A controvérsia medieval entre os chamados realistas e os nominalistas se constitui na disputa entre, respectivamente, 
(A) aqueles que afirmam que apenas objetos particulares existem e aqueles que afirmam que apenas universais existem. 
       (B) aqueles que afirmam a realidade dos universais e aqueles que negam a realidade dos mesmos. 
(C) aqueles que afirmam que os universais são entidades concretas e aqueles que sustentam que os universais são entidades abstratas. 
(D) aqueles que afirmam que apenas objetos particulares existem e aqueles que afirmam que os universais são meros nomes. 
Questão 36 O advento do cristianismo trouxe consigo conceitos estranhos à filosofia grega, como criação, redenção, fé etc. Esses conceitos foram incorporados ao saber filosófico na Idade Média. Vários filósofos cristãos tiveram de enfrentar a questão da relação entre fé e razão, entre eles 
a) Averróis e Agostinho. 
b) Plotino e Tomás de Aquino. 
c) Agostinho e Plotino. 
       d) Agostinho e Tomás de Aquino. 
e) Porfírio e Plotino. 



25. Com relação à Filosofia Medieval, é correto afirmar: 
a. ( ) Buscava fundamentar a razão através da fé. 
b. ( X ) Foi marcada pelo dualismo entre fé e razão. 
c. ( ) Comprovava que a existência de Deus somente poderia ser comprovada pela fé. 
d. ( ) Condenava a punição dos cidadãos, pois eram imagem e semelhança de Deus. 
e. ( ) Identificava a incompatibilidade entre fé e razão na busca do conhecimento. 

37. Em linhas gerais, podemos pensar a filosofia medieval como uma aliança entre fé e razão. Todavia, se entre ambas surgisse um conflito insolúvel, a fé deveria prevalecer sobre a razão. Assim, a razão serviria como auxiliar para a fé e, portanto, a ela subordinada. Dentre os filósofos mais importantes deste período, está Agostinho, que sintetizava essa tendência em conciliar fé e razão com a seguinte expressão: 
      (A) "Creio para que possa entender". 
(B) "Entendo, por isso creio". 
(C) "Se creio é porque entendo". 
(D) "Creio, logo existo". 

40. Em relação à filosofia medieval, considere as seguintes caracterizações de seus objetos, temas, localização histórica e geográfica, e importância filosófica: 
I. "O uso da expressão "filosofia medieval" para referir-se à filosofia na Idade Média é paradoxal, pois é difícil encontrar alguém, nesse período, que se considerasse filósofo, cuja preocupação fosse exclusivamente filosófica, ou que compusesse apenas obras filosóficas. Os autores medievais do Ocidente latino viam a si mesmos mais como teólogos, interessavam-se sobretudo em questões teológicas, e muito raramente compunham obras apenas filosóficas". 
II. "O pensamento medieval, ao contrário da filosofia antiga ou das moderna e contemporânea, traz, como essência, a fé revelada, a qual dá uma conotação especial à colocação e solução dos problemas filosóficos. No pensamento filosófico medieval, o filósofo jamais desconsidera os dados da fé revelada, ao contrário, coloca-a, sempre, ontologicamente superior ou condicionadora da especulação racional, ainda que faça uma distinção entre fé e razão, como é o caso de Santo Alberto Magno e Santo Tomás de Aquino". 
III. "As fronteiras temporais e territoriais da Idade Média são assunto de controvérsia entre os estudiosos. Não importa que datas se escolha, fica claro que tanto Agostinho (354-430) quanto São João de Santo Tomás (1589-1644) estavam envolvidos no mesmo programa intelectual e, portanto, pertencem ao mesmo período. Antes de Agostinho, a vida intelectual do Ocidente estava dominada pela filosofia pagã, e Descartes (1596-1650), geralmente visto como o primeiro filósofo moderno, era contemporâneo de João. Territorialmente, precisamos incluir não apenas a Europa, mas também o Oriente Médio, onde importantes autores gregos ortodoxos, judeus e islâmicos floresceram". 
IV. "A história da filosofia medieval é costumeiramente dividida, pelos manuais da área, em dois longos períodos: Escolástica e Patrística. O primeiro deles - Escolástica - geralmente é delimitado dos primeiros séculos da Era Cristã, com São Justino (100-165 d.C.) e/ou Tertuliano (197-222 d.C.), até o século VIII, com a morte de João Damasceno (cerca de 754 d.C.), para a Igreja grega, e com Beda, o Venerável (735 d.C.), para a Igreja latina, do ponto de vista historiográfico corresponde à chamada Alta Idade Média. Entre seus principais representantes estão Agostinho, Proclo, Boécio, Dionísio Aeropagita, Clemente de Alexandria, dentre outros. O segundo período da filosofia medieval é o da Patrística, que geralmente estende-se entre os séculos VIII a XIV ou XV, no qual se produziu alguns dos maiores pensadores medievais, como Anselmo (1033-1109), Gilberto de Poitiers (1076-1154), Pedro Abelardo (1079-1142), Rogerio Bacon (1214-1274), Tomás de Aquino, João Duns-Scotus (1265-1308) e Guilherme de Ockham (1281-1347)". 
V. "O caráter da filosofia medieval é evidente nos problemas filosóficos que os medievais escolheram enfrentar, na maneira pela qual interpretavam os problemas filosóficos que encontravam nos textos antigos e nas soluções que deram para a maior parte dos problemas. Três dos mais importantes problemas que os medievais herdaram dos antigos foram o problema de como conhecemos, o problema da existência de Deus e o problema dos universais. Três problemas que eles levantaram como resultado de suas preocupações e compromissos teológicos foram o problema da relação entre fé e razão, o problema da individuação e o problema da linguagem utilizada para se referir a Deus". 
Marque a alternativa CORRETA. 
a) Todas as afirmações são verdadeiras. 
b) As afirmações I e IV são falsas. 
c) Todas as afirmações são falsas. 
d) Somente a afirmação V é verdadeira. 
        e) Somente a afirmação IV é falsa. 
QUESTÃO - 31
 Embora a metafísica cristã seja uma reelaboração da metafísica grega, muitas das ideias gregas não poderiam ser aceitas pelo cristianismo. Deste modo, algumas diferenças acarretaram grandes mudanças na metafísica herdada dos gregos, entre elas pode-se afirmar que para eles 
1. o mundo (sensível e inteligível) é eterno; para os cristãos, o mundo foi criado por Deus a partir do nada e terminará no dia do Juízo Final 
2. Deus é pessoal, é trino e por isso é dotado de intelecto (onisciente) e de vontade (onipotente); para os cristãos, a divindade é uma força cósmica racional, impessoal 
3. o homem é um ser natural, dotado de corpo e alma, esta possuindo uma parte superior e imortal que é o intelecto ou a razão; para os cristãos, o homem é um ser misto, natural por seu corpo, mas sobrenatural por sua alma imortal 
4. o conhecimento é uma atividade do intelecto (o êxtase místico de que falavam os neoplatônicos não era algo misterioso ou irracional, mas a forma mais alta da intuição intelectual); para os cristãos, a razão humana é limitada e imperfeita, incapaz de, por si mesma e sozinha, alcançar a verdade, precisando ser socorrida e corrigida pela fé e pela revelação 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
      A) 1, 3 e 4 
B) 1, 2 e 3 
C) 2, 3 e 4 
D) 3 e 4 
E) 2 e 4 
QUESTÃO - 35 
Quais auxílios divinos sem, os quais, a vida ética - na Idade Média - seria impossível? 
1. Aos humanos, cabe ignorar a vontade e a lei de Deus, cumprindo somente as leis humanas 
2. Considerar que o ser humano é, em si mesmo e por si mesmo, incapaz de realizar o bem e as virtudes. Tal concepção leva a introduzir uma nova ideia na moral: a ideia do dever 
3. Por meio da revelação, somente aos reis e governantes Deus tornou sua vontade e sua lei manifestas aos seres humanos, definindo eternamente o bem e o mal, a virtude e o vício, a felicidade e a infelicidade, a salvação e o castigo 
4. Deve-se obedecer, obrigatoriamente e sem exceção, à lei divina revelada São corretas apenas os auxílios 
A) 1, 3 e 4 
B) 1, 2 e 3 
C) 2, 3 e 4 
D) 3 e 4 
        E) 2 e 4 
30. Segundo Hilton Japiassú no seu "Dicionário Básico de Filosofia", o período medieval foi marcado pelas sucessivas tentativas de conciliação entre razão e fé, entre a filosofia e os dogmas religiosos, sem, contudo, poder questioná-los, por isso a filosofia passou a ser considerada 
     (A) serva da teologia. 
(B) superior à religião. 
(C) no mesmo nível da fé. 
(D) principal referência para os teólogos. 

QUESTÃO 45 
Analise o fragmento abaixo e assinale a alternativa correta: 

"O Direito é uma proporção real e pessoal, de homem para homem, que, conservada, conserva a sociedade; corrompida, corrompe-a"(Alighieri, Dante. De Monarchia, Livro Segundo). 
(A) De acordo com o fragmento acima, devemos procurar a essência do Direito na natureza do homem, ou seja, o Direito tutela as relações entre os homens de maneira estritamente racional, já que é uma proporção real de homem para homem. 
      (B) O fragmento acima ressalta a lição aristotélico-tomista, que dizia que devemos conhecer perfeitamente Deus e sua criatura para, depois, conhecer a essência do Direito, que não é outra senão o ímpeto de conservação: devemos preservar a sociedade, sem jamais corrompê-la, é o que ressalta o fragmento. 
(C) Com o pensamento acima, Dante esclarece que a relação é uma proporção, uma expressão matemática das relações humanas. O Direito é, portanto, de acordo com o poeta, uma relação qualquer entre os homens, ou seja, ele não delimita o sentido da palavra proportio, contentando-se em admitir apenas sua acepção conceitual, que é, em essência, matemática par excelence. 
(D) No fragmento acima, Dante esclarece que a relação é uma proporção, uma expressão de medida. Ora, portanto, o Direito não é uma relação qualquer entre os homens; mas sim aquela relação que implica proporcionalidade, cuja medida é o homem mesmo. Ele delimita o sentido da palavra proportio, esclarecendo que ela é realis ac personalis. 
(E) "O Direito é uma proporção real e pessoal, de homem para homem (...)" parece, a primeira vista, uma expressão redundante. Se é pessoal, por que dizer de homem para homem? É que, para Dante, a relação jurídica conclui-se entre homens e coisas, é real porque tem uma coisa (res) como seu objeto. 



 Guilherme de Ockham (1281-1347)
19) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que representa a formulação CORRETA do preceito metodológico chamado "navalha de Ockham", diretamente ligado à discussão do problema dos universais. 
A( ) Deve-se multiplicar as entidades quando necessário. 
B( ) As entidades não se multiplicam desnecessariamente. 
       C( ) Não se deve multiplicar as entidades sem necessidade. 
D( ) A multiplicação das entidades é necessária. 
E( ) As entidades multiplicadas são necessárias. 

João Duns-Scotus (1265-1308)
17) Assinale a alternativa que responde CORRETAMENTE à pergunta abaixo. 
No contexto da polêmica dos universais, de quem é a conhecida tese ontológica: "O ser é unívoco em relação a tudo."? 
A( ) Santo Agostinho. 
B( ) Santo Tomás de Aquino. 
C( ) William de Ockham. 
        D( ) Duns Scotus. 
E( ) Avicena. 

Patrística 
09) A Patrística é o primeiro momento da filosofia cristã. Sobre esta tendência filosófica, leia as seguintes afirmativas: 
I. a Patrística é um movimento de pensadores cristãos que procura justificar teórica e filosoficamente a concepção de vida e de mundo depreendida da Bíblia. 
II. Boécio não é considerado um pensador da Patrística. 
III. Plotino é um pensador considerado como participante da Patrística. 
IV. a Patrística sempre rejeitou a filosofia greco-romana em seu todo. 
V. Santo Agostinho é considerado o maior pensador da Patrística latina. 
VI. um dos temas fundamentais da Patrística é a discussão do sentido da Santíssima Trindade. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A( ) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 
B( ) Somente as afirmativas I, II, V e VI são corretas. 
C( ) Somente as afirmativas III, V e VI são corretas. 
         D( ) Somente as afirmativas I, V e VI são corretas. 
E( ) Somente as afirmativas II, V e VI são corretas. 

Agostinho de Hipona (354-430)
11) Leia a seguinte passagem de Santo Agostinho: 
"Incorre em erro a alma quando se identifica tanto a essas imagens [exteriores], e, levada por tal amor, vem a considerar-se da mesma natureza que elas." (A trindade) Conforme o pensamento de Santo Agostinho, analise as afirmativas abaixo derivadas do trecho citado: 
I. o amor nunca nos engana. 
II. o erro deve-se à ação da própria alma. 
III. o erro acontece quando a alma se identifica com coisas exteriores a ela. 
IV. a alma erra porque, no pecado original, foi abandonada por Deus. 
V. a alma erra porque faz parte da natureza. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
        A( ) Somente as afirmativas II e III são corretas. 
B( ) Somente a afirmativa V é correta. 
C( ) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
D( ) Somente a afirmativa II é correta. 
E( ) Somente a afirmativa III é correta. 
12) Analise as afirmativas abaixo sobre a importância que Santo Agostinho atribui à memória. Mas o que é o mais importante a ser lembrado? 
I. Nossa infância. 
II. Nosso eu. 
III. O pecado original. 
IV. Deus. 
V. Nossas imagens externas. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A( ) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
B( ) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
C( ) Somente a afirmativa II é correta. 
D( ) Somente a afirmativa III é correta. 
       E( ) Somente a afirmativa IV é correta. 
13) Assinale a alternativa que responde CORRETAMENTE à pergunta abaixo. 
Segundo Santo Agostinho, através de qual procedimento podemos descobrir a verdade? 
A( ) Pela experiência empírica. 
B( ) Pelo diálogo ecumênico. 
       C( ) Pela iluminação interior. 
D( ) Pela ação do Demiurgo. 
E( ) Pela dedução transcendental das categorias. 

46 - Se os nossos adversários que admitem a existência de uma natureza não criada por Deus quisessem refletir sobre estas considerações tão claras e certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de atribuir ao sumo mal tantos bens, e a Deus, tantos males. 
Santo Agostinho. A natureza do bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005, p. 15 (com adaptações). 
A partir do assunto abordado no texto acima e considerando o pensamento agostiniano a esse respeito, assinale a opção incorreta. 
     A - É razoável e racional sustentar que os grandes bens provêm de um princípio, e os pequenos bens, de outro. 
B - Se todas as coisas que Deus criou só podem ser boas, o pecado consiste em usar mal o bem. 
C - Nenhuma natureza é má na condição de natureza. A natureza não é má senão enquanto diminui nela o bem. 
D - Ao contrário dos maniqueus, Agostinho afirma que Deus é também criador do corpo. 
25 - A obra Cidade de Deus, de Santo Agostinho, tem como tema central 
A - a constituição de uma filosofia da história com base na providência divina e em sua justificação teológica. 
B - a afirmação das verdades reveladas e da teologia cristã como base da política mundana. 
C - a retomada dos argumentos platônicos expostos em A República como base para a constituição da cidade de Deus. 
          D - a constituição dos princípios da cidade de Deus em conflito com a cidade terrena, ou a cidade do diabo. 

Questão 16 Durante quase toda a Idade Média, o pensamento teológico-político de Santo Agostinho se manteve predominante. De acordo com a doutrina agostiniana da política, é correto afirmar que: 
A) Os reis não estão submetidos às leis divinas, mas sim, e tão somente, os seus súditos. 
B) Os súditos têm o direito natural de combater os reis quando esses exercem sobre eles um poder tirânico e injusto. 
C) A finalidade de toda comunidade política é a felicidade terrena. 
        D) Os reinos terrenos derivam do Pecado humano, e por isso são tão degradados quanto os homens que os fundaram. 
E) A cidade terrena foi fundada pela natureza, que fez o homem um animal social. 

QUESTÃO 37 Durante a Idade Média a filosofia cristã se apresentou especialmente através da Patrística e da Escolástica. Buscando o resgate da filosofia de Platão e de Aristóteles, os principais representantes dessas correntes de pensamento são, respectivamente: 

A) Santo Ambrósio e Santo Anselmo; 
      B) Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino; 
C) Heráclito e Parmênides; 
D) Zenão e Epicuro; 
E) Sêneca e Cícero. 

30. Para Sto. Agostinho, Fé e Razão devem trabalhar conjunta e solidariamente para o esclarecimento da verdade. Como crente, este religioso não podia considerar outra que não fosse a verdade cristã. 
Neste sentido, é CORRETO afirmar que: 
I. Sto. Agostinho buscou, gradativamente, traçar fronteiras entre Fé e Razão. 
II. Para Sto. Agostinho, a Razão é um obstáculo para o homem alcançar a fé. 
III. A Fé orienta e ilumina a Razão para conhecer a verdade. 
IV. A Razão, iluminada pela Fé, contribui para o esclarecimento da Fé. 
a) Somente I e II são verdadeiras. 
b) Somente II e III são verdadeiras. 
c) Somente I e IV são verdadeiras. 
d) Somente I e III são verdadeiras. 
      e) Somente III e IV são verdadeiras. 

Santo Anselmo (1033-1109)
14) Assinale a alternativa que responde CORRETAMENTE à pergunta abaixo. 
A quem os historiadores da filosofia, Gilson e Boehner, atribuem a seguinte afirmação sobre a justificação racional da existência de Deus: "A partir da experiência obtém-se a ideia de ser supremo que, sendo eterno, também deve ser necessário; e, como tal, não pode ser pensado como não existente."? 
A( ) Santo Agostinho. 
       B( ) Santo Anselmo de Cantuária. 
C( ) Santo Tomás de Aquino. 
D( ) Santo Alberto Magno. 
E( ) Averróis. 

Escolástica 
23. Indique a alternativa que corresponda a escolástica 
a) Inicia-se fim do Império Romano, no século III. Auxilia a exposição racional da doutrina religiosa. 
        b) Especulação filosófico-teológica que se desenvolve do século IX até o Renascimento. Predomina nas escolas que surgem durante o Renascimento. 
c) Corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. 
d) Se não há um deus que possa ter concebido a essência do Homem, então não há nada a que possamos chamar natureza humana. 


Tomas de Aquino (1225-1274)
16) Segundo Santo Tomás de Aquino, há cinco vias que mostram a existência de Deus. 
Assinale qual das alternativas descreve CORRETAMENTE estas cinco vias. 
       A( ) Os argumentos: do primeiro motor; sobre a primeira causa eficiente; sobre o existente necessário; sobre os graus do ser; sobre o fim supremo de todas as coisas. 
B( ) Os argumentos: da iluminação interior; sobre a primeira causa eficiente; sobre o primeiro motor; sobre o fim supremo de todas as coisas; sobre os graus do ser. 
C( ) Os argumentos: sobre a iluminação interior; sobre a dialética da Ideia do Bem; sobre a causalidade necessária; sobre a hierarquia dos seres; sobre a eternidade. 
D( ) Os argumentos: sobre a hierarquia dos seres; sobre a iluminação interior; sobre a dialética da Ideia de Bem; sobre o primeiro motor; sobre a ideia inata de Deus. 
E( ) Os argumentos: sobre a Ideia transcendental de Deus; sobre a causalidade necessária; sobre a eternidade; sobre a iluminação interior; sobre o fim supremo de todas as coisas. 

15) A respeito daquilo que Santo Tomás de Aquino pensa sobre a relação entre fé e razão, através da correlação entre teologia e filosofia, assinale a alternativa CORRETA. 
A( ) A filosofia pode contestar a teologia. 
B( ) A teologia, de acordo com a filosofia, determina Deus como uma ideia reguladora da razão. 
C( ) A teologia tem de se subordinar à filosofia. 
D( ) Não há nenhuma relação entre fé e razão. 
      E( ) A fé orienta a razão.

27. Nas obras de São Tomás de Aquino, transparece a intenção de mostrar que a verdade contida na filosofia de Aristóteles não só se compatibiliza inteiramente com a doutrina cristã como até auxilia a compreensão dos aspectos da religião que são acessíveis à razão. (CHAUÍ, Marilena et ali. Primeira Filosofia: Lições introdutórias, São Paulo Editora Brasiliense, p.39) 
Tal intenção de São Tomás de Aquino se justifica porque 
(A) no seu entender, não há diferença entre filosofia e religião, pois ambas ensinam o caminho da salvação. 
(B) ele considera que o mais elevado conhecimento de que somos capazes de ter, o conhecimento de Deus, pode ser alcançado pela força da razão. 
         (C) ele julga que não há brusca ruptura entre razão e fé, pois muitas verdades da religião são susceptíveis de demonstração racional, visto que a fé não contradiz a razão. 
(D) a filosofia de Aristóteles trata de Deus, do mundo, do movimento e da razão de suas existências da mesma forma que a doutrina cristã, ou seja, utilizando-se de argumentos racionais. 


47 - Tomás de Aquino valoriza a natureza, assim como Aristóteles, entendendo que o conhecimento racional provém inicialmente dos sentidos. Da sensação, o intelecto abstrai a individualidade das coisas, depurando-lhe a matéria. O resultado são as formas. 
Os Pensadores. Ed. Abril Cultural, p. 118 , S. Paulo, 1975. 
Com relação ao pensamento tomista, assinale a opção correta. 
A - A primeira e mais importante via da prova da existência de Deus é a da causa eficiente. 
B - A forma substancial é o conteúdo do qual uma coisa é feita. 
       C - A forma por excelência do mal é o pecado, que é um mal moral, pois é resultante da sua vontade livre. 
D - A teoria hilemórfica aristotélica foi recusada pela teoria tomista por não se aplicar à teoria sacramental católica. 
26. Sobre a filosofia Escolástica, pensamento desenvolvido entre os séculos IX e XV, é correto afirmar: 
a. ( ) Os escolásticos tentavam eliminar da filosofia as influências dos pensadores gregos. 
b. ( ) Os textos bíblicos fundamentavam as reflexões filosóficas dos escolásticos. 
c. ( ) Os escolásticos priorizavam nas escolas monacais os métodos elaborados por Platão. 
d. ( X ) Seus filósofos se preocupavam em elaborar uma filosofia cristã. 
e. ( ) Preocupados com os conhecimentos teológicos, os escolásticos menosprezavam as artes liberais. 

31. Sobre a teoria do conhecimento, desenvolvida por Tomás de Aquino, é CORRETO afirmar que: 
I. A Fé e a Razão constituem duas fontes distintas de conhecimento, mas tratam dos mesmos conteúdos. 
II. A Razão presta ajuda à Fé por contribuir na construção da Teologia como ciência, num sistema organizado de proposições. 
III. A Razão é autônoma diante dos conteúdos da Fé. 
IV. A Razão não pode apoiar-se positivamente nos dados da revelação e utilizá-los como ponto de partida para suas conclusões. 
a) Somente II e III são verdadeiras. 
b) Somente I e IV são verdadeiras. 
     c) Somente II e IV são verdadeiras. 
d) Somente I e III são verdadeiras. 
e) Somente III e IV são verdadeiras. 

37. O problema da liberdade e do determinismo foi central na filosofia medieval que tentava conciliar livre-arbítrio e onipotência divina. Sobre isso, analise as proposições seguintes e assinale a correta. 
a) Para Santo Agostinho, o mal tem uma realidade própria e refere-se ao aspecto sensível do homem. 
b) Para Santo Agostinho, os maniqueístas tinham uma certa razão, pois ainda que o mau não tivesse uma realidade ontológica própria, ele revela-se na natureza do homem como um dos seus constituintes. 
       c) Para São Tomás, a onipotência divina só faz sentido lógico porque Deus está fora do tempo, ao passo que nossas ações estão no tempo. 
d) Deus não poderia, segundo São Tomás, mudar o curso de tudo, pois por um ato de vontade ele criou o universo em conformidade com os arquétipos matemáticos. 
e) Para São Tomás, as coisas e os homens têm um fim predeterminado e inexorável: o bem. 
QUESTÃO 41 Sob a influência de Agostinho, Tomás de Aquino (1225-1274) distinguiu quatro espécies de lei. São elas: 
(A) a eterna, a natural, a divina e a humana. 
       (B) da salvação, pública, quiritária e das gentes. 
(C) reveladas, racionais, teleológicas e antropológicas. 
(D) divina, racional, escolástica (ou sacerdotal) e comunitária. 
(E) a celeste, a terrena, a política e a quiritária. 

Marcílio de Pádua
18) Um importante filósofo da política do fim do medievo escreveu no capítulo VII de seu livro intitulado Defensor Pacis: 
"Há dois gêneros de governos, um equilibrado e outro viciado. Com Aristóteles, chamo de bem equilibrado o gênero em que o governante zela pelo bem comum, de acordo com a vontade dos seus súditos; o gênero viciado é o que apresenta falha, deste ponto de vista. Cada um dos gêneros se divide, em seguida, em três espécies: o equilibrado, em monarquia real, aristocracia e politia; o viciado, nas três espécies opostas, que são a monarquia tirânica, a oligarquia e a democracia." 
Assinale a alternativa CORRETA em que aparece o nome do autor desta obra. 
       A( ) Marcílio de Pádua. 
B( ) Sigério de Brabante. 
C( ) William de Ockham. 
D( ) Santo Tomás de Aquino. 
E( ) Duns Scotus. 

RENASCIMENTO
QUESTÃO 27 
Assinale a alternativa correta. 

(A) Embora a arte, como fruto de atitudes essencialmente humanas, tenha a sua origem tão afastada no tempo, talvez tão antiga quanto a própria origem da linguagem e do homem, é somente a partir do Iluminismo, no século XVII, que se pode falar de uma história da arte no mundo ocidental. 
(B) A primeira e mais antiga relação entre Arte e Natureza, proposta pela Filosofia, foi o simbolismo: "a arte simboliza a natureza", escreve Aristóteles. 
(C) A noção de estética, quando formulada e desenvolvida no Renascimento, pressupunha que a arte é produto da sensibilidade do artista e que sua finalidade é a contemplação racional por parte do público. 
(D) A partir do Romantismo, a Filosofia passa a definir a obra de arte como imitação, isto é, como representação harmônica das formas, dos ritmos, das cores, das palavras ou dos sons, sendo que o valor da obra é buscado no gênio criador do artista. 
           (E) Entre os séculos XV e XIX, entre o Renascimento e o Impressionismo, altera-se a ideia de um objeto sempre igual a si mesmo, posto para ser representado e podendo ser permanentemente comparado com a representação dele. Surge em seu lugar a ideia de um objeto que se modifica diante de nosso olhar. 
Questão 46 O período da Revolução Científica é tido pelos historiadores da filosofia e também pelos filósofos da ciência como um movimento que, além de causar uma ruptura epistemológica com o período que o precedeu, mudou por completo a concepção de mundo, do lugar do homem no cosmos e formou um paradigma cuja característica principal é o mecanicismo. 
Tal período corresponde 
a) à introdução das obras de Aristóteles na Europa por parte dos árabes durante a Idade Média. 
b) aos séculos XVII e XVIII em que os iluministas reintroduzem a razão como medida de todas as coisas, rompendo com a tradição e afirmando o naturalismo e o cientificismo. 
c) à publicação das obras de Maquiavel (1464-1527), sobretudo O Príncipe (1513), em que se funda a concepção moderna de política, agora vista como "ciência do poder e da estruturação do poder" - uma ciência autônoma desvinculada da ética e da religião. 
        d) ao período que vai da publicação do De revolutionibus orbium coelestis, de Copérnico, em 1543, a 1687, quando se publica a obra de Newton, Philosophiae naturalis principia mathematica. As idéias presentes nessas obras culminaram nas teses de Galileu e foram respaldadas pela filosofia cartesiana. 
e) ao período que abrange, aproximadamente, a vida de Nicolau de Cusa (1401-1464), com cujas obras se faz "a ponte entre a época medieval e o período renascentista". 
QUESTÃO 33 O Renascimento designa o movimento de renovação artístico e intelectual iniciado na Itália no século XIV, atingindo seu apogeu no século XVI e expandindo-se por toda Europa. Sobre a íntima relação entre Renascimento e filosofia, é CORRETO afirmar: 
a) A vida contemplativa se torna mais importante que a vida ativa, tendo em vista a sobrevalorização da visão religiosa do mundo. 
b) Neste momento histórico é inaugurada uma nova visão de mundo chamada de teocêntrica. 
        c) É o momento por excelência da releitura filosófica dos gregos. 
d) A filosofia neste período foi destacada como serva da teologia. 
38. É marcada pela descoberta de obras de Platão, desconhecidas na Idade Média, de novas obras de Aristóteles, bem como pela recuperação das obras dos grandes autores e artistas gregos e romanos: 
a) Filosofia Contemporânea. 
      b) Filosofia da Renascença. 
c) Filosofia Moderna. 
d) Filosofia do Iluminismo. 


Maquiavel 1469-1527
26 - Em O Príncipe, Maquiavel afirma que 
A - a fortuna governa todas as ações humanas. 
B - Deus governa todas as ações humanas. 
C - as coisas do mundo são governadas pela natureza ou por Deus. 
      D - a fortuna governa metade de nossas ações e nos deixa 
governar a outra metade. 

27. Sobre o pensador Nicolau Maquiavel, é correto afirmar: 
a. ( X ) Considerava que o político deveria agir com energia e vivacidade para alcançar o poder.
b. ( ) Afirmava que cabe ao político utilizar todos os meios permitidos pela moral cristã para atingir seus objetivos. 
c. ( ) Considerava que os homens ofendem mais às pessoas que temem do que aos indivíduos que amam. 
d. ( ) Sua obra promove a autonomia da política em relação à religião, mas defende a sua subordinação à ética. 
e. ( ) Descreveu um modelo político ideal que deveria ser seguido por todos os monarcas do seu tempo. 

34) Várias explicações podem ser dadas, à luz da Filosofia Política, às ideias apresentadas na obra O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, exceto: 
a) Razões de Estado são complexas e a arte de governar não é simples. 
        b) O chefe político deve ser sempre indiferente ao bem e ao mal causados pelo seu governo. 
c) Não é sábio ao líder seguir incondicionalmente as normas de conduta. 
d) A relação entre moral e política deve ser pesada em termos globais visando as Razões de Estado. 

29. Acerca da obra "O Príncipe" de Maquiavel, é CORRETO afirmar que: 
a) O objetivo supremo do governo é perpetuar-se no poder, não importando os meios para atingir esse fim. 
b) O realismo político de Maquiavel não leva em conta considerações sobre justiça e moral, ainda que não deixe de assinalar determinados valores morais, os quais são considerados pelo autor como meios eficazes para a manutenção do poder. 
c) Segundo o autor, o príncipe deve ser um homem de virtù, ou seja, aquele que, conhecendo as circunstâncias e, valendo-se da liberdade de que o homem dispõe, é capaz de arrebatá-las a seu favor. 
d) O autor considera que, quando for necessário fazer o mal, é melhor que o príncipe o faça "todo de uma vez", enquanto que o bem deve ser feito aos poucos, para atrair a gratidão dos súditos. 
        e) Todas as afirmativas anteriores estão corretas. 

44. O que é correto afirmar sobre o conceito de política em Maquiavel, está registrado na seguinte alternativa: 
a) Maquiavel eleva a política à crítica medieval, e justifica o estado pela religião e a prática de sua moralidade. 
       b) Maquiavel torna a política autônoma porque privilegia a reflexão laica não-religiosa, desvinculando, assim, a fé e a moral convencional onde se pode conceituá-la de jogo efetivo. 
c) A transformação do estado em poder público e a desvinculação da fé e da lei na intenção da constituição de uma forma de governar em que o povo tenha voz. 
d) A transformação de uma nova relação entre moral e política, privilegiando o conceito de virtude e fortuna. 
e) Privilegia a laicidade e fundamenta a separação entre estado e igreja, além de desenvolver a crítica à política medieval. 

45. Sobre o pensamento político, há inúmeras questões e respostas elaboradas ao longo da história. Das formulações mais célebres do pensamento político e seus autores, está correto dizer que: 
1- para Jean-Jacques Rousseau, em sua obra o Leviatã, o Estado é comparado a uma criação monstruosa do homem, destinada a pôr fim à anarquia e ao caos da comunidade primitiva. 
2- para Thomas Hobbes, quando os interesses egoístas predominam, cada um se torna um lobo para o outro (homo homini lupus). As disputas provocam a guerra de todos contra todos (bellum omnium contra omnes), com graves prejuízos para a indústria, a agricultura, a navegação, o desenvolvimento da ciência e o conforto de todos. 
3- Nicolau Maquiavel recusa a figura do bom governo encarnada no príncipe virtuoso, portador das virtudes cristãs. O príncipe precisa ter virtu, mas esta é propriamente política, referindo-se às qualidades do dirigente para tomar e manter o poder, mesmo que para isso deva usar a violência, a mentira, a astúcia e a força. 
4- John Locke desenvolve uma teoria socialista que desmistificou a política liberal. Para ele, as relações fundamentais de toda sociedade humana são as relações de produção, que correspondem a um certo estágio das forças produtivas. 
São corretas as afirmativas: 
A) 1, 2, 3 e 4. 
B) 2 e 4, somente. 
C) 1 e 3, somente. 
       D) 2 e 3, somente. 
36. Sobre o pensamento político de Maquiavel pode-se afirmar:        
a) Maquiavel reconhece, nem sempre claramente, os limites do conceito de bem e, por isso, não tenta reduzir o conhecimento político ao escopo de uma metafísica. 
b) A harmonia ou a vida social sem conflito deve ser o fim da política, sob pena de condená-la ao âmbito do improfícuo. 
c) A virtù designa o elemento central para a manutenção da ordem civil, pois ela transcreve a ação arbitrária do Estado contra os indivíduos. 
d) Para Maquiavel, o Estado republicano, por ser o Estado ideal, poderia prescindir da coação. 
e) Para Maquiavel, a legitimidade do príncipe é irrestrita pelo fato do seu poder emanar de Deus.

Francis Bacon 1561-1626
49 - A respeito de Francis Bacon e de suas ideias, assinale a opção correta. 
A - Defendeu o método dedutivo como o mais indicado para a moderna ciência. 
        B - Foi um dos iniciadores do pensamento moderno, por sua defesa do método experimental em oposição ao conhecimento meramente teórico e escolástico. 
C - Em sua teoria do pensamento acrítico, a tarefa da filosofia é vista como a liberação, pelo homem, de preconceitos e superstições. 
D - De acordo com suas ideias, os ídolos consistem em realidades e evidências que estimulam a mente humana e propiciam o verdadeiro conhecimento. 
GABARITO: 
39. De acordo com Francis Bacon, existem quatro tipos de ídolos e de imagens que formam opiniões cristalizadas e preconceitos que impedem o conhecimento da verdade. Não é um deles: 
a) Ídolos da Caverna. 
b) Ídolos do Fórum. 
     c) Ídolos da Fama. 
d) Ídolos da Tribo. 
QUESTÃO - 27 O filósofo inglês Francis Bacon elaborou uma teoria conhecida como a crítica dos ídolos (a palavra ídolo vem do grego eidolon e significa "imagem"). De acordo com Bacon, existem quatro tipos de ídolos ou de imagens que formam opiniões cristalizadas e preconceitos, que impedem o conhecimento da verdade. 
Assim é correto afirmar que os ídolos são 
A) ídolos do templo, ídolos da escola, ídolos do teatro e ídolos da igreja 
B) ídolos da caverna, ídolos do fórum, ídolos do cinema e ídolos da tribo 
C) ídolos da taverna, ídolos do templo, ídolos do teatro e ídolos da tribo 
D) ídolos da escola, ídolos do fórum, ídolos do cinema e ídolos da igreja 
        E) ídolos da caverna, ídolos do fórum, ídolos do teatro e ídolos da tribo 
34. Em sua obra Novum organum, Francis Bacon destaca quatro gêneros de ídolos que bloqueiam a mente humana e prejudicam a ciência. Está correto afirmar que esses ídolos são: 
A) Ídolos da tribo, ídolos da caverna, ídolos do foro e ídolos do templo. 
B) Ídolos da tribo, ídolos da escola, ídolos da caverna e ídolos do foro. 
        C) Ídolos da tribo, ídolos da caverna, ídolos do foro e ídolos do teatro. 
D) Ídolos da escola, ídolos da tribo, ídolos da caverna e ídolos do mercado. 
35. Para combater os erros provocados pelos ídolos, Francis Bacon propôs o método indutivo de investigação, que cumpriria algumas etapas consecutivas, como é o caso da alternativa: 
        A) Observação da natureza, organização racional, explicações gerais (hipóteses) e experimentações. 
B) Observação da natureza, organização racional, explicações gerais (hipóteses) e introspecção.
C) Concepção mística da natureza, organização racional, explicações gerais (hipóteses) e experimentações. 
D) Concepção emocional da natureza, organização racional, explicações gerais (hipóteses) e experimentações. 

Galileu Galilei 1564-1642
28. "Galileu viu em Arquimedes o único cientista verdadeiro da Grécia, pois já revelava alguns aspectos fundamentais da experiência moderna: medidas sistemáticas, determinação da influência de cada fator que atua no fenômeno e enunciação do resultado sob forma de lei geral." (ARANHA, Maria; MARTINS, Maria. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1993, p. 136.) 
A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre ciência, é correto afirmar que: 
I - Com Galileu Galilei, o experimento torna-se parte do método científico; torna-se um marco do novo espírito da ciência. Com seus experimentos, Galileu refuta a tese aristotélica de que o peso de um corpo depende de seu tamanho. 
II - À condenação de 1633, Galileu Galilei reagiu com a abjuração, mas continuou a pesquisa científica e os contatos com os outros cientistas de sua época. 
III - O mecanicismo constituiu-se em um aspecto importante da ciência moderna. A natureza e o próprio ser humano são comparados a uma máquina, isto é, a um conjunto de mecanismos cujas leis precisam ser descobertas. 
IV - Galileu defende o desenvolvimento de uma ciência voltada para os aspectos objetivos e mensuráveis da natureza, em oposição à física qualitativa aristotélica. 
V - Galileu pensa que uma ciência quantitativa da natureza é possível graças ao fato de que a própria natureza está configurada de modo a exibir ordem e simetrias matemáticas. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
        a) Todas as proposições são verdadeiras. 
b) Apenas a proposição II é falsa. 
c) Apenas a proposição III é falsa. 
d) Apenas a proposição IV é falsa. 
e) As proposições III e IV são falsas. 

QUESTÃO 26 
Aponte a alternativa que esclarece a diferença entre ciência moderna e técnica contemporânea: 

a) Desde o nascimento da ciência moderna, no século XVII, com Galileu, principalmente, até a configuração contemporânea do conhecimento científico, podemos observar profundas transformações. Mas as relações entre ciência e técnica permanecem inalteradas. 
b) O que distingue um instrumento científico das demais ferramentas, é que ele é criado em resposta a exigências de uma teoria. É o caso do telescópio, no século XVII. Tratava-se de um acontecimento ainda bastante singular, mas, certamente, já podemos falar, desde então, em civilização tecnológica. 
c) A idade moderna do século XVII, também chamada, por historiadores de ciência, de idade clássica, oferece-nos um mundo representado em sua estrutura visível. É a época do conhecimento-visão. A epistemologia histórica contemporânea vê aí as bases do que atualmente chamamos "novas tecnologias". 
d) Nada mudou, substancialmente, no que concerne ao conhecimento, com as transformações tecnológicas desde o século XIX. É o mesmo projeto cartesiano em seus desdobramentos mais insidiosos. 
           e) Enquanto em toda a idade clássica da ciência, desde Galileu até Lamarck, importava descrever a ordem da natureza, em sua previsibilidade absoluta, a ciência contemporânea, precisa, a todo momento, inventar as suas verdades. Pensamento e instrumento (científico) constituem um mesmo corpo. É o sentido da tecnologia contemporânea. 

IDADE MODERNA

52 - A respeito da fenomenologia moderna, assinale a opção correta. 
       A - A fenomenologia moderna é o método filosófico que visa apreender as essências absolutas de tudo quanto existe além dos seres empíricos e individuais. 
B - A fenomenologia em apreço descreve pormenorizadamente tudo o que se apreende pelos sentidos, no intuito de proceder à coleta de elementos para a constituição da ciência física. 
C - Com vistas ao embasamento das convicções teológicas, a fenomenologia moderna busca o entendimento dos principais fenômenos da física experimental como ciência. 
D - A fenomenologia moderna consiste na valorização teleológica da evidência dada pela percepção física do mundo. 

Questão 17 
Embora defendam pontos de vista diferentes, Thomas Hobbes, John Locke e Jean Jacques Rousseau fazem parte da mesma corrente filosófica, o jusnaturalismo. Essa corrente se fundamenta no trinômio "estado de natureza", "contrato social" e "estado de sociedade". É ponto passivo entre Hobbes, Locke e Rousseau a ideia de que: 
A) a sociedade corrompe o homem, que é puro e solidário por natureza. 
B) o estado de natureza é um estado de guerra permanente e interminável. 
         C) o poder soberano legítimo é estabelecido por meio de um contrato social ou pacto associativo. 
D) a soberania política é indivisível e inalienável. 
E) a finalidade da sociedade política é corrigir os malefícios do estado de natureza. 
27 - As indagações fundamentais da atitude filosófica e da reflexão filosófica não se realizam ao acaso. A filosofia não é feita de "achismos" nem é pesquisa de opinião à maneira dos meios de comunicação de massa. As indagações filosóficas se realizam de modo sistemático. Sabendo disso, é correto afirmar que o conhecimento filosófico é um trabalho intelectual onde: 
A) As respostas estejam relacionadas entre si e esclareçam umas às outras 
             B) Contenta-se exclusivamente em obter respostas para as questões que se apresentam 
C) As respostas formem conjuntos coerentes de ideias 
D) As respostas sejam provadas e demonstradas racionalmente 
E) As respostas formem conjuntos coerentes de significações 
28 - Ao se estudar filosofia, somos levados a buscar o que ela é e descobrimos que não há apenas uma definição de filosofia, mas várias. Considerando as concepções de filosofia existentes é correto afirmar que: 
I - Platão mostra que o espanto é a fonte da dúvida e que muitas vezes é causado de forma natural ou de forma forçada causada pelo próprio filósofo que deseja abrir uma discussão sobre o assunto a ser tratado. 
II - Aristóteles mostra que os homens vão à busca de sabedoria e que quando começam a filosofar se deparam com a dúvida deixando-os perplexos diante das dificuldades, mas que com passar do tempo, vão conseguir enfrentar problemas bem maiores do que aqueles que os deixaram perplexos no início. 
III - Descartes mostra que nós precisamos desconfiar de tudo que pode nos causar alguma dúvida e que nos devemos considerar que coisas que nos parecem verdadeiras podem ser certas e mais fáceis de desvendar. 
IV - Kant mostra que o filosofar só é possível quando exercitando a razão, fazendo-a seguir os princípios universais. 
A) As afirmativas I,II e III estão corretas. 
B) As afirmativas II e IV estão corretas 
C) As afirmativas I, III e IV estão corretas 
D) As afirmativas I e IV estão corretas 
                 E) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas. 

46 - "De Hobbes a Hegel, passando por Rousseau e Kant, a filosofia política clássica concentrou suas interrogações no mistério do Estado. (...) O Estado, tal como o conhecemos, nem sempre existiu. Sem dúvida, o mundo atual nos pede para inventarmos formas novas de organização política". 
LECOURT, Dominique. O fim do Estado é inevitável?, in: Café Philo: as grandes indagações da filosofia, RJ: Jorge Zahar, Editor, 1999, pp. 52- 53. 
Os filósofos em discussão, no argumento de Dominique Lecourt, sobre a origem, a manutenção e a inevitabilidade do Estado, são classificados como 
(A) liberais. 
(B) democráticos. 
(C) jusnaturalistas. 
      (D) contratualistas. 
(E) socialistas utópicos. 

25 - Na História da Filosofia, várias foram as tentativas de listar os pensadores mais importantes e suas ideias fundamentais. A seguir, são apresentados cinco grandes filósofos, da antiguidade clássica, do medievo e da modernidade. Relacione a coluna dos filósofos com a que apresenta ideias sobre educação, conhecimento e processos de socialização. 
I - Sócrates 
II - Santo Agostinho 
III - René Descartes 
IV - Karl Marx 

(P) Não há nada no intelecto que não tenha passado pelos sentidos. 
(Q) Se duvido, penso e se penso, logo existo. 
(R) Todas as coisas são boas, e o mal é ausência do bem. 
(S) Os filósofos pensaram o mundo, mas importa transformá-lo. 
(T) Só sei que nada sei. 
A relação correta é: 
(A) I - P ; II - R ; III - S ; IV - Q 
(B) I - P ; II - S ; III - T ; IV - R 
(C) I - S ; II - P ; III - Q ; IV - R 
(D) I - T ; II - P ; III - R ; IV - S 
          (E) I - T ; II - R ; III - Q ; IV - S 

21 - A palavra filosofia possui, no senso comum, significados como: "a filosofia de vida da vovó", "a filosofia hindu" ou "a filosofia do novo técnico de futebol." "Mas, é preciso estar ciente de que a disciplina acadêmica que se intitula "filosofia" usa essa palavra num sentido estrito". 
IGLÉSIAS, Maura. O que é filosofia e para que serve?, in: REZENDE, A. Curso de Filosofia, RJ: Zahar Editor, 1986, p.12. 
Assinale a opção na qual todos os itens apresentados estão associados ao significado abordado por Maura Iglésias. 
(A) Saber de direção; saber das coisas e dos princípios fundamentais; saber da experiência; saber técnico e científico; saber fazer. 
            (B) Saber de direção; questionamentos; saber de todas as coisas; saber crítico e reflexivo; saber dos princípios fundamentais. 
(C) Saber de todas as coisas; saber das coisas fundamentais; saber científico e técnico; saber da experiência; saber inútil. 
(D) Saber de todas as coisas; sistematização de pensamentos; saber acrítico; saber das coisas fundamentais; saber técnico. 
(E) Questionamentos; saber reflexivo e crítico; ciência de todas as coisas; saber de direção; saber da experiência. 

Questão 45 Uma das teses centrais do pensamento político moderno é o contratualismo. O Estado é visto não mais como expressão da natureza social do homem (Aristóteles), mas como resultado de um pacto entre os homens a fim de tornar possível a convivência pacífica entre os membros da sociedade e o exercício do poder. Tal tese é encontrada com variações nas obras de: 
a) Hobbes, Tomás de Aquino e Maquiavel. 
b) Maquiavel, Hugo Grotius e Bossuet. 
c) Tomás de Aquino, John Locke e Marcílio de Pádua. 
d) Galileu, Maquiavel e Rousseau. 
     e) Hobbes, John Locke e Rousseau. 

30. O projeto iluminista da modernidade consistiu exatamente em construir um novo sistema de saber: 
a) Unindo em plenitude o sistema teológico e o sistema metafísico. 
b) Distinto do sistema teológico, mas não do sistema metafísico. 
c) Distinto do sistema metafísico, mas não do sistema teológico. 
      d) Distinto tanto do sistema teológico como do sistema metafísico. 
45) "Os problemas criados pela divergência entre inatistas e empiristas foram resolvidos em dois momentos: o primeiro é anterior à filosofia de David Hume e encontra-se na filosofia de Leibniz; o segundo é posterior à filosofia de Hume e encontra-se na filosofia de Kant." 
[CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1999, p.75] 
Na tentativa de superar a divergência entre inatistas e empiristas, Leibniz estabeleceu a distinção entre: 
a) Mundo sensível e mundo ideal. 
b) Moral do senhor e moral do escravo. 
c) Ser e ter. 
       d) Verdade de razão e verdades de fato. 

26. Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE, as lacunas abaixo: 
Segundo ______________, o contrato social que possibilitou a saída do homem do estado de natureza não é legítimo, mas uma burla na qual os homens jamais deveriam ter consentido, pois os pobres, que teriam a perder apenas a liberdade, concederam o único bem que possuíam, sem ganhar nada em troca. Ele rejeita a tese de __________, segundo a qual o contrato põe fim ao estado de guerra e garante a segurança, e também a tese de ____________, segundo a qual o contrato social garantiria o usufruto da propriedade privada. 
a) Hobbes - Rousseau - Locke 
b) Locke - Hobbes - Rousseau 
c) Rousseau - Locke - Hegel 
      d) Rousseau - Hobbes - Locke 
e) Marx - Hobbes - Locke 

36. Entre os séculos XVI ao XVIII, os filósofos formularam diversas epistemologias ou teorias do conhecimento. Entretanto, uma importante vertente dessa investigação foi a empirista. Em especial, no que diz respeito ao empirismo filosófico deste período, podemos afirmar que os filósofos mais famosos foram os empiristas ingleses. São eles: 
A) Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley e Bertrand Russell. 
B) Francis Bacon, George Berkeley, Husserl e John Locke. 
C) Isaac Newton, John Locke, Bertrand Russell e Thomas Hobbes. 
       D) Francis Bacon, John Locke, George Berkeley e David Hume. 


Iluminismo 
QUESTÃO 24 O Iluminismo afirma 
(A) a "imitação dos antigos". 
(B) o surgimento do sujeito do conhecimento, isto é, a filosofia começa pela reflexão (a volta do pensamento sobre si). 
         (C) que a razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um ser perfectível. 
(D) a não diferenciação entre natureza e civilização. 
(E) a confiança plena e total no saber científico e na tecnologia para dominar e controlar a natureza. 
32. Identifique o que for correto sobre o Iluminismo. 
a. ( ) Período caracterizado pela libertação dos indivíduos das concepções marxistas nas práticas econômicas e sociais e pelo advento das ciências fundadas em métodos científicos. 
b. ( ) O pluralismo religioso prejudica a convivência social, pois gera conflitos dogmáticos e fanatismos; porém, a existência de uma religião oficial cristã favorece a harmonia e a administração do Estado. 
c. ( ) Os princípios básicos e as manifestações iluministas foram idênticas em diferentes países como a Inglaterra, França, Itália e Alemanha; No entanto, os resultados foram distintos. 
d. ( ) As contribuições das ideias iluministas para as ciências foram inegáveis; porém, ao negar que a razão humana é capaz de compreender o mundo, tais ideias favoreceram o empirismo científico. 
e. ( X ) Os iluministas manifestam a crença no progresso e na capacidade do ser humano em aumentar seu conhecimento e melhorar as condições de vida, dominando a natureza e modificando as sociedades. 

33. Analise o texto abaixo: 

QUESTÃO 37 Na idade moderna houve vários movimentos intelectuais que representavam novas posturas diante de vários métodos de conhecimentos adotados. Um destes movimentos, por exemplo, tinha como lema "denunciar todas as ideias obscuras, dogmáticas, autoritárias que impediam o crescimento dos homens e a solução dos problemas sociais. Esses intelectuais acreditavam na capacidade racional de todos os homens, quando livres da opressão, do medo e das superstições" (CHALITA, Gabriel. Vivendo a filosofia. São Paulo: Atual. p. 270). O movimento exemplificado acima é conhecido como: 
a) Empirismo 
       b) Iluminismo 
c) Racionalismo 
d) Renascimento 

49) "A teoria geocêntrica encontra-se nas obras de Aristóteles, posteriormente completadas por Ptolomeu (séc. II). Essa concepção, que perdura durante toda a Antiguidade e Idade Média, descreve um Universo finito, esférico, hierarquizado. O geocentrismo é de certa forma confirmado pelo senso comum: percebemos que a Terra é imóvel e que o Sol gira à sua volta. No próprio texto bíblico lê-se uma passagem em que Deus fez parar o Sol para que o povo eleito continuasse a luta enquanto ainda houvesse luz, o que sugere o Sol em movimento e a Terra fixa." 
[ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.180] 
A revolução na maneira de pensar que abalará as bases do geocentrismo foi: 
a) A Revolução Francesa. 
       b) A Revolução Copernicana. 
c) A Revolução Francesa. 
d) A Revolução do Século das Luzes. 


26. O século XVIII é conhecido como Século das Luzes, Iluminismo ou Ilustração. Como as próprias designações sugerem, o que caracteriza esse movimento de ideias é a valorização do homem e a defesa da autonomia da razão em face dos argumentos tirados da autoridade e da tradição. 
Sobre o Iluminismo, assinale abaixo a alternativa correta. 
a) Podemos falar do Iluminismo como um movimento absolutamente homogêneo. Quando falamos em Iluminismo, portanto, estamos nos referindo a uma doutrina sistemática suscetível de ser exposta como um todo uno e coerente. 
b) Esse movimento de ideias ocorreu apenas em um país da Europa, a França. Seus representantes maiores são Voltaire, Diderot e os enciclopedistas. A publicação da Enciclopédia caracterizou-se pela erudição com que seus verbetes foram escritos, o que inviabilizou sua divulgação. 
        c) Esse movimento se difundiu em vários países da Europa, englobando uma grande variedade de escolas e pensadores. Achamo-nos diante de um movimento de ideias que se manifesta através de uma grande variedade de obras distintas que, no entanto, participam de um mesmo "espírito" comum e de uma mesma atmosfera cultural. 
d) Para os filósofos das Luzes, há apenas uma autoridade que não pode ser regida pelos domínios da razão: a esfera moral, pois é ela a principal responsável por dirigir e organizar a vida em sociedade, sendo fundamentada não na razão, mas nos princípios da liberdade, fraternidade e igualdade. 
e) Novos domínios, novos territórios vão sendo descobertos pela Ilustração no mapa do saber. A atenção dos filósofos se volta para este mundo, a imanência religiosa cede lugar a transcendência da razão. 
QUESTÃO 46 Com o desenvolvimento do capitalismo, elabora-se um pensamento burguês, expresso no movimento cultural denominado Iluminismo. Os valores fundamentais defendidos por esta corrente filosófica, são: 

       A) Igualdade jurídica, tolerância religiosa, liberdade e propriedade privada; 
B) Fraternidade, liberdade e igualdade; 
C) Propriedade coletiva, igualdade e fraternidade; 
D) Tolerância filosófica, liberdade e propriedade coletiva; 
E) Ideal cristão, monarquia e restrições jurídicas. 
QUESTÃO 21 
No que concerne às condições de possibilidade do conhecimento, pode-se assinalar que no pensamento filosófico ocidental: 

a) Parmênides assume uma postura monista diante do conhecimento e defende a identidade entre o ser, o pensar e o devir. Heráclito, defensor do mobilismo, concebe que da luta nasce a multiplicidade, como síntese dos contrários. 
        b) O mundo contemporâneo desconstruiu o legado das luzes da razão iluminista e os fundamentos do conhecimento, introduzindo uma desconfiança em relação à capacidade humana de conhecer e ter acesso total a si mesmo e à realidade externa. 
c) A alegoria da caverna de Platão é uma metáfora que expõe os níveis do conhecimento humano, desconsiderando, no entanto, sua dialética. Essa metáfora redunda na localização do verdadeiro conhecimento no mundo das ideias, severamente criticado por Aristóteles. 
d) Na modernidade, o racionalismo enfatiza o papel da razão no conhecimento, já o empirismo defende a primazia da experiência. Uma das expressões mais claras do racionalismo é o interesse pelo método e do empirismo, a defesa da dedução, que parte das coisas gerais até chegar às particulares. 
e) Os sofistas se dividiram entre uma posição relativista e absolutista em relação ao conhecimento e, por isso, receberam críticas de Sócrates, Platão e Aristóteles, que os acusavam de ?mercenários do saber?. Essa visão, no entanto, tem sido revista na tentativa de resgatar a importância das contribuições dos sofistas para o pensamento ocidental.

Michel de Montaigne (1533-1592)
31. Qual dos enunciados abaixo pode ser apontado como sendo expressão do pensamento de Michel de Montaigne (1533-1592)? Assinale a alternativa correta. 
          a) "Estudo-me a mim mesmo mais do que qualquer outra coisa e esse estudo constitui toda minha física e a minha metafísica". 
b) "(...) todo mundo, na Utopia, vive ocupado em artes e ofícios realmente úteis. O trabalho material é de curta duração e mesmo assim produz a abundância e o supérfluo". 
c) "A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e os caracteres com os quais foi escrito. E ele está escrito em língua matemática (...)." 
d) "O silêncio desses espaços infinitos me apavora." 
e) "À natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." 


Hobbes, Thomas (1588-1679)
26. "Uma [...] opinião, incompatível com a natureza do Estado é a de que o detentor do poder soberano está sujeito às leis civis. É certo que todos os soberanos estão sujeitos às leis de natureza, porque tais leis são divinas e não podem ser revogadas por nenhum homem ou Estado. Mas o soberano não está sujeito àquelas leis que ele próprio, ou melhor, que o Estado fez." (HOBBES, T. Leviatã, São Paulo, Abril cultural, 1979, parte II, p. 194) 
Para Hobbes, o soberano não está sujeito às leis civis porque 
(A) ele é o legitimo representante de Deus na terra. 
(B) tais leis emanam da vontade do povo que as aprovou em assembleia. 
(C) ele detém a sabedoria da arte de governar. 
        (D) acima de seu poder não há nenhum outro poder. 

Questão 46 Os filósofos Thomas Hobbes e John Locke, ambos ingleses, pertencem à mesma escola de pensamento, o jusnaturalismo ou teoria do direito natural. É correto afirmar que esses autores defendiam em comum: 
A) a transmissão do poder dos indivíduos a um soberano ou governo, ao qual deveriam se submeter incondicionalmente. 
         B) a noção de que o poder político legítimo deriva de um contrato firmado entre indivíduos livres e iguais por natureza. 
C) a indivisibilidade do poder político ou a soberania absoluta, condição indispensável para a manutenção da paz e da ordem. 
D) a ideia do "estado de natureza" como um estado contínuo de guerra, no qual reinam a competição, a desconfiança e o medo. 
E) a concepção de que os homens são portadores de direitos naturais imprescritíveis e inalienáveis, e que cabe ao Estado salvaguardá-los. 

27 - Para Hobbes, o estado de natureza 

      A - é idêntico ao estado de guerra. 
B - implica a liberdade para cada um fazer o que bem lhe aprouver. 
C - faz homens livres e responsáveis pelas próprias ações. 
D - é um estado de paz, de harmonia e de assistência mútua. 


19. Duas concepções filosóficas: para os racionalistas a razão é o fundamento do conhecimento verdadeiro e para os empiristas a experiência é a fonte de todo e qualquer conhecimento. Marque a alternativa que apresenta, respectivamente, o nome dos filósofos: 
      a) Descartes e Locke respectivamente. 
b) Descartes e Kant respectivamente. 
c) Lock e Levinas respectivamente. 
d) Libniz e Popper respectivamente. 
e) Hegel e Marx respectivamente. 

40. Assinale a alternativa correta. 
Para Thomas Hobbes (1588-1679), 

a) a condição que antecede a formação da sociedade política é aquela da paz e harmonia entre todos, o que caracteriza o estado de natureza: momento a partir do qual os homens decidem se organizarem numa comunidade política. 
           b) os homens não têm outra escolha: ou se organizam em sociedade ou se destroem mutuamente, pois a condição que antecede a formação da sociedade política é aquela da guerra de todos contra todos que caracteriza o estado de natureza. 
c) o poder soberano é toda a sociedade, isto é, o poder soberano é do povo, não pertence a ninguém em particular. Sendo todos os homens livres, iguais e independentes. 
d) a preservação da liberdade na sociedade é decorrência da submissão à lei da maioria, pois o que faz uma sociedade mover-se numa direção e num sentido, tendo a história como força motriz, é o consentimento da maioria. 
e) o homem nasce livre e em toda parte encontra-se a ferros, ou seja, a vida servil e desregrada da sociedade contradiz o estado de natureza, no qual o homem é livre, porque sem propriedade e, assim, sem servidão voluntária. 
45. No Leviathan, Thomas Hobbes distingue dois estados de humanidade: o natural e o político-social. 
Segundo estes estados, seria correto afirmar: 
       a) O homem goza de liberdade total, tendo todos os direitos e nenhum dever. 
b) Satisfaz seus instintos de liberdade. 
c) Usufrui da liberdade que lhe é concedida, mas não a utiliza em prol de seus direitos. 
d) Entende-se como membro da sociedade política na manutenção de seus direitos. 
e) Utiliza a sua natureza egoísta para poder ter acesso a seus direitos e deveres. 
44. Quem é o soberano? Hobbes e Rousseau diferem na resposta a essa pergunta. Assim, é correto afirmar: 
1- Para Hobbes, o soberano pode ser um rei, um grupo de aristocratas ou uma assembléia democrática. 
2- Para Hobbes, o governante não é o soberano, mas o representante da soberania popular. 
3- Para Rousseau, o soberano é o povo, entendido como vontade geral, pessoa moral coletiva livre e corpo político de cidadãos. 
4- Para Rousseau, a soberania pertence de modo absoluto ao Estado que, por meio das instituições públicas, tem o poder para promulgar e aplicar as leis. 
São corretas as afirmativas: 
       A) 1, 2, 3 e 4. 
B) 2 e 4, somente. 
C) 1 e 3, somente. 
D) 2 e 3, somente. 
29. Há, pelo menos, um ponto em comum entre as teorias contratualistas de Hobbes, Locke e Rousseau indicado numa das alternativas abaixo. Assinale-a. 
a) O Estado é a melhor maneira de dirimir os conflitos sociais e a democracia consiste na melhor forma de governo porque permite que todos os atores sociais participem do governo. 
b) Para Rousseau, a democracia é o melhor sistema para grandes países, pois seu sistema representativo permite que os cidadãos tenham contato direto com seus representantes. 
c) O soberano tem autonomia, segundo Rousseau, para agir à margem da lei, desde que se trate de uma questão importante para a maioria da população. 
d) O pacto social para Hobbes legitima a liberdade natural e faz com que os homens possam desfrutar ao máximo a liberdade sem serem coagidos por outro indivíduo. 
         e) O medo que rege as ações humanas, segundo Hobbes, no estado de natureza não é extenuado ou elidido na sociedade de contrato. A natureza do homem permanece a mesma


Descartes, René (1596-1650)
Questão 48 
Descartes, em seu livro Princípios da Filosofia, no capítulo em que aborda o princípio do conhecimento humano, cita várias ações que caracterizam a atitude de pensar. Dentre as alternativas abaixo, qual NÃO se enquadra no ato de pensar? 
A Sonhar. 
B Compreender. 
C Refletir. 
     D Olhar. 
E Entender. 
Questão 49 
Descartes, em seu livro Princípios da Filosofia, no capítulo em que aborda o princípio do conhecimento humano, afirma que existem coisas nas quais podemos confiar e coisas das quais devemos duvidar. Tendo em vista o ponto de vista de Descartes quanto às coisas sensíveis e às ações matemáticas, assinale a alternativa CORRETA. 
A Deve-se confiar nas coisas sensíveis e desconfiar das ações matemáticas. 
B Deve-se confiar nas ações matemáticas e desconfiar das coisas sensíveis. 
C Deve-se confiar tanto nas coisas sensíveis quanto nas ações matemáticas. 
        D Deve-se desconfiar tanto das coisas sensíveis quanto das ações matemáticas. 
E Deve-se confiar nas ações matemáticas e nas coisas sensíveis, somente se ambas possuírem alguma ligação entre si. 
Questão 43 Goethe afirma que a história é o combate entre a fé e a incredulidade. Partindo da desconfiança universal, Descartes adotou o procedimento conhecido por dúvida metódica, ou seja, de não aceitar nada que não ofereça garantia absoluta de verdade. 
Nesse sentido, analise as afirmações a seguir: 
I A razão nunca começa do ponto zero. 
II A fé é a demonstração racional do empirismo. 
III A confiança ilimitada na razão é um ato racional. 
IV A própria pergunta pela razão e pela liberdade é condicionada. 
Está CORRETO apenas o que se afirma em: 
A I e II 
B II e III 
C III e IV 
      D I e IV 
E I, II e III 
25. "O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa não costumam desejar tê-lo mais do que têm." (DESCARTES, R. Discurso do Método, São Paulo, Abril cultural, 1979, p.29). 
Para Descartes, o bom senso é a coisa melhor partilhada porque 
(A) as regras do pensar são aplicadas corretamente por todos os homens. 
(B) todos os homens, ao conhecer o mundo e as coisas, seguem os procedimentos da lógica indutiva. 
(C) pelo senso comum, os homens descobrem as mesmas verdades que a ciência. 
     (D) todos os homens possuem a mesma capacidade para julgar e distinguir o verdadeiro do falso. 
Questão 41 
As indagações sobre as possibilidades de o homem conhecer o real de modo acertado e seguro deram origem a duas correntes filosóficas totalmente opostas: o racionalismo e o empirismo. Acerca delas, é correto afirmar que: 
         A) o racional ismo tem base no método hipotético-dedutivo e o empirismo no método indutivo. 
B) o conhecimento empírico (sensível ou sensorial) é direto e imediato, não necessitando de provas ou demonstrações. 
C) a razão é afetada pela experimentação sensível, de acordo com os racionalistas. 
D) os pensamentos resultam direta e exclusivamente da experiência sensível, segundo os empiristas. 
E) o racionalismo cartesiano não admite a possibilidade de conhecimento a priori ou inato. 

48 - Assim como antes de começar a reconstruir a casa onde se mora, não basta derrubá-la e prover-se de materiais e de arquitetos ..., pois é preciso também ter-se provido de uma outra na qual possamos ficar alojados com comodidade... formei para mim mesmo uma moral provisória. 
René Descartes. Discurso do Método. Ed. Martins Claret, 3.ª parte, p. 35, 2002 (com adaptações). 
Tendo como referência inicial o texto acima, assinale a opção que apresenta uma regra correta da moral provisória cartesiana. 
A - Ser maleável e irresoluto tanto quanto possível nas minhas ações, a fim de evitar confrontos desnecessários. 
     B - Obedecer às leis e aos costumes do meu país, conservando a religião em que Deus me concedeu a graça de ser instruído desde a infância e orientando-me em tudo o mais pelas opiniões mais moderadas. 
C - Procurar sempre vencer os opositores, conservando minha própria vontade para poder conquistar a felicidade pessoal e modificar a ordem do mundo. 
D - Consultar a mente dos doutos, para seguir o pensamento de quem detém os mais elevados conhecimentos. 

QUESTÃO 32 No livro IV de sua Metafísica, Aristóteles refere-se a um princípio válido para "o ser enquanto ser". Nessa passagem, Aristóteles está se referindo ao 
(A) princípio do círculo vicioso. 
(B) princípio da razão suficiente. 
      (C) princípio da não-contradição. 
(D) princípio de plenitude. 

QUESTÃO 33 
Em suas Meditações, Descartes afirma que seu objetivo nesta obra é o de "estabelecer algo de firme e constante nas ciências". A fim de cumprir tal objetivo, o filósofo vai procurar principalmente refutar 
(A) o chamado cético antigo, que propõe a epoché ou suspensão do juízo. 
     (B) o chamado cético moderno, que levanta a dúvida acerca da existência do mundo exterior. 
(C) os relativistas como Protágoras, que afirmam ser o homem a medida de todas as coisas. 
(D) filósofos cristãos como Tomás de Aquino, que afirmam ser Deus o fundamento último de todas as verdades. 
QUESTÃO 34 

A fim de "estabelecer algo de firme e de constante nas ciências", o próprio Descartes sustenta nas páginas de suas Meditações que o ponto final de sua argumentação deve consistir na prova de que 
(A) a proposição "Penso, logo existo" é necessariamente verdadeira. 
(B) o homem é essencialmente uma criatura que pensa. 
(C) a ciência, e não Deus, é a fonte de todas as verdades. 
       (D) Deus existe e não é enganador. 
24 - Descartes inicia sua obra filosófica fazendo um balanço de tudo o que sabia, ao final, conclui que tudo quanto aprendera tudo quanto sabia e tudo quanto conhecera pela experiência era duvidoso e incerto e acaba não aceitando nenhum dos conhecimentos aprendidos, a menos que pudesse provar racionalmente que eram certos e dignos de confiança. Enfim, submete todos os conhecimentos existentes em sua época e os seus próprios a um exame crítico que ficou conhecido como: 
        A) Duvida metódica 
B) Duvida socrática 
C) Duvida existente 
D) Duvida filosófica 
E) Duvida existente 
03 - Quanto às questões epistemológicas, isto é, relativas ao conhecimento, derivou a ênfase que marcaria a filosofias dai por diante. As soluções apresentadas a esse problema deram origem a duas correntes filosóficas, assinale a opção correta que as identifica: 
A) Racionalismo e Naturalismo 
B) Empirismo e Iluminismo 
C) Existencialismo e Iluminismo 
D) Racionalismo e Marxismo 
       E) Empirismo e Racionalismo 
04 - "[...] Enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de abalar, julguei que podia aceita-las, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava". 
DESCARTES. René. Discurso do método. São Paulo: Abril Cultural, 1973. P. 54 
Sobre a questão do conhecimento, seguem as seguintes afirmações: 
I - O cogito cartesiano consiste na frase latina Cogito, ergo sum, isto é, "Penso, logo existo" 
II - O "eu" é puro pensamento, uma res cogitans ("um ser pensante") 
III - A dúvida cartesiana mostrou que é impossível aos homens atingir o conhecimento verdadeiro. 
IV - A primeira ideia examinada por Descartes depois do Cogito é a ideia de Ser humano 
V - O "penso, logo existo" é a primeira verdade, para Descartes, pois julga estar diante de uma ideia clara e distinta, a partir da qual seria reconstruído todo saber. Portanto, é como se dissesse "existo enquanto penso". 
Das proposições feitas acima 
A) Apenas I e IV são corretas. 
       B) I, II e V são corretas. 
C) III, IV e V são corretas. 
D) Todas elas são corretas. 
E) Todas elas são incorretas. 
05 - Filósofo, matemático e fisiologista, o francês René Descartes é considerado o pai da matemática e da filosofia moderna. Em 1637, publica três pequenos tratados científicos: A Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria, mas o prefácio dessas obras é que faz seu futuro reconhecimento: o Discurso sobre o método. O propósito inicial era encontrar um método seguro que o conduzisse a verdade indubitável. Assinale a opção correta quanto as quatro regras básicas do método. 
A) 1º Da dúvida/evidência / 2º Da divisão/simplificação / 3º Revisão/exatidão/ 4º Do ordenamento/enumeração 
       B) 1º Princípio: Da dúvida/evidência / 2° consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver. 3º Princípio: do ordenamento/enumeração / 4° consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir. 
C) 1° Nunca aceitar coisa alguma por verdadeira, sem que a conhecesse evidentemente como tal/ 2° consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros/ 3º Princípio: Da divisão/simplificação / 4º Princípio: Revisão/exatidão. 
D) 1° Consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir / 2º Da divisão/simplificação / 3º Revisão/exatidão / 4° consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros. 
E) 1º Da dúvida/evidência/ 2° consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver/ 3º Da divisão/simplificação / 4º Do ordenamento/enumeração. 

25. Seduzido pelas ciências matemáticas, devido ao caráter de evidência e rigor que lhes é peculiar, pretende Descartes aplicar o método referente às mesmas, mas não somente às quantidades abstratas, mas também à realidade concreta e constituir, dessa arte, uma espécie de matemática universal, que abrace todo o domínio do conhecimento e lhe comunique a certeza e a evidência acabadas e perfeitas. 
A partir de seus conhecimentos sobre a filosofia cartesiana, identifique se as afirmativas abaixo são verdadeiras ou falsas: 
I - Segundo Descartes, o que caracteriza natureza do mundo é a matéria e o movimento (res extensa), em oposição à natureza espiritual do pensamento (res cogitans). 
II - Descartes acredita demonstrar a existência de Deus partindo da existência do mundo, enquanto pressupõe uma causa por sua vez não causada. 
III - Tendo como exemplo a proposição: "penso, logo existo", Descartes concluiu que uma proposição qualquer só pode ser considerada como verdadeira se ela tiver sido provada com base na experiência. 
IV - As ideias claras e distintas são ideias gerais que derivam do particular. Para Descartes, não há verdades evidentes, de modo que para se obter conhecimento sobre qualquer assunto, é necessário realizar longas séries de demonstrações difíceis, tais como aquelas que são habitualmente desenvolvidas pelos geômetras. 
V - As ideias inatas não estão sujeitas a erro pois se originam da razão, independentemente das ideias formadas pela ação dos sentidos e das outras que nós formamos pela imaginação. São inatas, não no sentido de o homem nascer com elas, mas como resultantes exclusivas da capacidade de pensar. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
a) Todas as proposições são verdadeiras. 
b) Apenas a proposição II é falsa. 
c) Apenas a proposição III é falsa. 
d) Apenas a proposição IV é falsa. 
       e) As proposições II, III e IV são falsas. 


36 - Assinale a opção que NÃO corresponde à Teoria do Conhecimento, proposta por René Descartes. 
(A) Alguém que busque o progresso da ciência só deve aceitar como verdade aquilo que aparecer em sua mente como algo claro e distinto. 
(B) Os sentidos não são fontes confiáveis de conhecimento, pois se eles nos enganam uma só vez, então é possível que eles nos enganem sempre. 
        (C) O ser humano não possui ideias inatas, pois todo o seu conhecimento é construído a partir das experiências e da capacidade humana de imaginar. 
(D) O método científico deve buscar a verdade como ponto seguro, duvidando de todas as nossas falsas certezas e adotando a própria dúvida como método. 
(E) Na busca por um princípio fundamental, posso duvidar de tudo, menos do fato de que estou duvidando; e se duvido, penso; e se penso, logo existo. 
17. Leia o enunciado e assinale a alternativa correta. Um dos princípios da ciência desde o século XVII, tomando por base conteúdos filosóficos, ancora-se na premissa "duvide de tudo" como referência para aprender, distinguir e organizar o que aprendido, de modo a analisar problemas sistematicamente de acordo com as seguintes regras: 1) evidência; 2) análise; 3) síntese; 4) enumeração. 

a) O princípio é, na verdade, uma extensão dos tratados aristotélicos sobre lógica e aprendizagem. 
b) Tanto Descartes quanto Aristóteles afirmaram que os problemas devem ser analisados parte por parte. O texto evidencia aspectos do método dedutivo. 
c) Trata-se da sistematização do conhecimento ou do método capaz de evidenciar, em ciência, como os seres humanos obtêm conhecimento. 
       d) Trata-se do método desenvolvido por René Descartes com primazia da lógica e da razão em detrimento do conhecimento intuitivo. 

18. Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta. Nos tempos modernos há uma tendência de que os indivíduos levem uma vida tipicamente egocêntrica, competitiva, orientada para determinadas metas. Excessivamente preocupados com seu passado e o futuro, estão propensos a ter uma consciência limitada do presente e, assim, uma capacidade limitada para se satisfazer com as atividades ordinárias da vida cotidiana. Concentram-se na manipulação do mundo externo e medem seu padrão de vida pela quantidade de bens materiais, ao passo que se tornam cada vez mais alienados do seu mundo interior e incapazes de apreciar o processo da vida. (Fritjof Capra. "O ponto de mutação". Cultrix. P. 371) 
a) Trata-se de uma abordagem ácida sobre o comportamento das sociedades modernas alienadas ou esquecidas da sua natureza meramente humana. 
b) O autor é contundente na sua observação ao afirmar que os indivíduos da cultura ocidental estão orientados para ampliar sua percepção da realidade. 
       c) O texto alude aos indivíduos que agem de acordo com o paradigma cartesiano. 
d) O autor indica que é necessário ensinar o holismo para enfatizar o paradigma cartesiano de visão conformista da experiência humana. 
Questão 37 
Cartésio é considerado o "pai da filosofia moderna" por vários motivos, entre os quais é CORRETO citar: 
        a) Ter considerado a questão do conhecimento como o primeiro problema filosófico a ser resolvido, fazendo a filosofia iniciar-se não por questões ontológicas mas epistemológicas. 
b) Por ter reclamado a matemática como fundamento de todas as ciências. 
c) Por ser a principal referência teórica das grandes navegações. 
d) Por ter separado a química da alquimia. 
e) Por ter lançado os fundamentos do contratualismo. 

QUESTÃO 35 
No que se refere ao conhecimento, vários problemas se colocam de imediato: a) o que é o conhecimento? b) como ele se processa? c) que valor possui? d) qual o método mais eficaz para se obter a verdade? Para responder a tais problemáticas, os filósofos criaram várias teorias ora afins, ora totalmente opostas. Pode-se assim verificar as várias concepções epistemológicas que compõem a história da filosofia ocidental. As questões epistemológicas tomaram corpo a partir da sofística, passando por Platão e por Aristóteles, sendo estes dois os primeiros a sistematizar as questões acerca do conhecimento. As questões epistemológicas retornam de forma polêmica na modernidade, podendo-se distinguir, entre as várias concepções, o racionalismo e o empirismo. São filósofos racionalistas: 
a) Tomás de Aquino, Hobbes e Leibniz 
b) Kant, Heidegger e Cartésio 
        c) Cartésio, Spinoza e Leibniz 
d) Bérgson, Cartésio e Comte 
31. A hipótese de um Deus enganador constitui o ponto alto da dúvida cartesiana, já que a partir daí pode-se questionar até mesmo a consistência das verdades matemáticas. Para não permanecer constantemente nesta dúvida, Descartes lança mão do argumento do ser pensante enquanto primeira certeza. Resulta daí que o ser pensante permite-me afirmar que eu 
(A) nada sou, já que qualquer coisa que eu seja é passiva de dúvida. 
(B) jamais serei alguma coisa, enquanto pensar nada ser. 
(C) nada sou, pois duvido até da existência do mundo natural. 
       (D) sou alguma coisa, pois o pensar fundamenta minha existência. 

40. Descartes localizava a origem do erro em duas atitudes que chamou de atitudes infantis. São eles: 
a) Determinação e Impulso. 
     b) Prevenção e Precipitação. 
c) Antecipação e Decorrência. 
d) Condicionamento e Ímpeto. 
26. O livro "Tratado Sobre o Mundo", de Descartes, é: 
a) Um ensaio sobre a ação metafísica no mundo. 
b) Uma dissertação sobre a correlação de forças políticas de seu tempo. 
       c) Um estudo da natureza e do universo físico. 
d) Uma monografia sobre a luta do bem contra o mal. 
27. A eloqüência e acessibilidade de sua prosa inauguraram a filosofia "moderna". Trata-se de
a) Leibiniz. 
       b) Descartes. 
c) Spinoza. 
d) Locke. 

31) O Método Dedutivo nasce com René Descartes e progressivamente vai sendo utilizado por todos os campos do saber. Embora sua definição seja aparentemente fácil, equívocos podem ser cometidos em sua conceituação. Das características ou definições do Método Dedutivo, a partir de Descartes, marque somente a incorreta: 
a) Método dedutivo é a modalidade de raciocínio lógico que faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de determinada premissa. 
       b) É um método que utiliza variações do pensamento para fazer afirmações supostamente verdadeiras dentro de um contexto, tópico, assunto ou colocação. 
c) É um método que parte do geral para o particular para descobrir verdades não explicitadas. 
d) Em certo sentido, o método dedutivo segue um caminho inverso ao do método indutivo. 

45. Qual é o "primeiro princípio" da filosofia cartesiana, segundo René Descartes (1596-1650), em seu texto Discurso do Método? Assinale a alternativa correta. 
a) "Duvido, logo sou." 
b) "O fundamento do ser e do conhecer é a separação entre corpo e alma." 
c) "O poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso é propriamente o que se denomina bom senso ou razão." 
      d) "Eu penso, logo existo." 
e) "Obedecer às leis e aos costumes (...), a moral provisória." 
QUESTÃO - 28 Descartes, filósofo da Idade Moderna, localizava a origem do erro em duas atitudes que chamou de atitudes infantis ou preconceitos da infância. 
Está correto afirmar que tais posturas preconceituosas são 
        A) prevenção e precipitação 
B) investigação e decepção 
C) pretensão e reflexão 
D) reflexão e ambição 
E) prevenção e reflexão 
30. Em sua busca à questão acerca de como se pode adquirir um conhecimento seguro do mundo, Descartes procura estabelecer um método universal, um método aplicável a todas as ciências. Fundamentado no rigor matemático, Descartes elabora seu método, composto de quatro regras, a saber: 
I. Evidência, na qual busca acolher como verdadeiro apenas o que se apresenta de forma absolutamente clara e que não se possa duvidar. 
II. Análise, a qual em presença de dificuldades de conhecimento preconiza um julgamento das evidências de forma global e indissolúvel, no intuito de elucidar os problemas. 
III. Síntese, que consiste em conduzir os pensamentos por ordem, do mais simples aos mais complexos. 
IV. Enumeração, que significa proceder tantas revisões quanto necessárias para considerar todos os elementos. 
Está(ão) CORRETO(S): 
a) Apenas os itens I e III. 
b) Apenas os itens II e IV. 
c) Apenas o item II. 
        d) Apenas os itens I, III e IV. 
e) Todos os itens. 
QUESTÃO 43 René Descartes é considerado um dos pais da Filosofia Moderna. Afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida. Aplicando a dúvida metódica, chegou à célebre conclusão: 
A) Duvido, logo, conheço; 
       B) Penso, logo, existo; 
C) Penso, logo, conheço; 
D) Duvido, logo, existo; 
E) Penso, logo, sei. 
33. Dentre as correntes da filosofia moderna, destaca-se, na França, o Racionalismo, de René Descartes, que se apresentou como uma resposta ao problema gnosiológico do século XVII. Analise as afirmativas e indique qual a fonte verdadeira e determinante do conhecimento humano: 
1- Descartes afirmava que tudo que conhecemos, que todas as idéias que temos, eram adquiridas, derivam da experiência. 
2- O Racionalismo de Descartes acreditava na possibilidade de conhecer e de chegar à verdade somente pela recuperação da razão. 
3- À crença na razão, Descartes chega por meio de um processo em que, usando a dúvida como procedimento metódico, estende-se a tudo o que o cerca. 
4- O conhecimento tinha, para Descartes, limites que eram dados pelos sentidos que apreendem seus objetos (mundo exterior ou operações da mente) e, pode-se dizer que era limitado, também, pelo objeto, já que toda e qualquer idéia dele depende. 
São corretas as afirmativas: 
A) 1, 2, 3 e 4. 
B) 2 e 4, somente. 
C) 1 e 3, somente. 
       D) 2 e 3, somente. 

33. O primeiro preceito do Discurso do Método de Descartes é: "não aceitar jamais nenhuma coisa como verdadeira se não a conhecer evidentemente como tal (...) e não incluir nos meus juízos nada além daquilo que se apresentar tão claro e distintamente que não tenha nenhuma ocasião de pô-la em dúvida". 
Seria correto afirmar que: 
a) Descartes, em seu método, duvida de tudo. 
b) Tudo no qual há dúvida não pode ser verdadeiro. 
      c) Enquanto persistir a dúvida, não se pode ter a certeza de sua verdade. 
d) Descartes constitui seu método à base da dúvida nas coisas que estão claramente distintas. 
e) Havendo a dúvida, haverá também a implicação da verdade única. 


Pascal, Blaise (1623-1662)
23. Uma vez que Pascal declara que a razão desconhece as razões do coração, é correto afirmar que 
(A) a razão possui níveis diversos de manifestação. 
(B) as paixões que dominam o homem não se tornam objeto à compreensão intelectual. 
       (C) as emoções movem o coração, enquanto que a razão é movida pela vontade de conhecer. 
(D) há um conceito tradicional de razão que não estabelece nenhum vínculo relacional com o irracional. 
24. Como tantas outras coisas, a razão é uma atividade intelectual que opera a partir de princípios próprios. Dentre tais princípios, pode-se destacar o princípio 
(A) da identidade, por meio do qual se diz que o ser e o não-ser possuem a mesma natureza. 
(B) do terceiro excluído, por meio do qual admite-se um outro enunciado além do verdadeiro e do falso. 
(C) de razão suficiente, que procura negar às coisas e aos acontecimentos relações causais. 
       (D) da não contradição, pelo qual não se pode dizer que alguma coisa é e não é, sem prejuízo à sua própria natureza. 

Spinoza, Baruch de (1632-1677)
26 - Para ele, somos seres naturalmente afetivos, nosso corpo é diretamente afetado por outros corpos e afeta tantos outros. Esse afeto ou sentimento é, portanto, constitutivo de nosso corpo e de nossa alma: 
A) Aristóteles 
B) Immanuel Kant 
     C) Baruch Espinoza 
D) Descartes 
E) Platão 


Locke, John (1632-1704)
Com base no texto a seguir responda as questões 26 e 27. 
"Não há nada mais ordinariamente admitido do que a existência de certos princípios, tanto especulativos como práticos (pois referem-se aos dois), com os quais concordam universalmente todos os homens. À vista disso, argumentam que devem ser uniformes as impressões recebidas pelas almas dos homens em seus seres primordiais, que, transportadas por eles ao mundo, mostram-se tão necessárias e reais como o são quaisquer de suas faculdades inatas". 
Locke 26. Texto acima John Locke critica faz uma crítica: 
a) Aos que negam a existência de ideias inatas. 
    b) Aos que defendem existência de ideias inatas. 
c) Ao negam o pensamento cartesiano. 
d) Ao sistema político que abre espaço para classe burguesa. 
27. Locke fez parte de grupo de filósofos conhecidos como: 
     a) Empiristas. 

b) Racionalistas. 
c) Patrística. 
d) Existencialista. 


30. Uma importante diferença da concepção de Locke acerca do conhecimento com relação à de Descartes está na consciência das "operações de nossa mente", que ele denomina de "reflexão". 
Para Locke, a "reflexão" é entendida como uma 
(A) faculdade sensível que nos permite perceber os objetos externos e formar as ideias sobre elas. 
(B) faculdade intelectual que organiza as impressões recebidas pelos sentidos externos e produz as ideias correspondentes a essas impressões. 
       (C) parte constitutiva da experiência; embora não seja vista como relacionada com os objetos externos, ela está relacionada com estes e deve, propriamente, ser chamada de sentido interno.
(D) autoconsciência que nos permite obter um acesso direto às ideias complexas, utilizando-se dos sentidos externos. 


28 - Para Locke, a liberdade natural do homem 
      A - consiste em estar livre de qualquer poder superior na Terra, tendo somente a lei da natureza como regra para ordenar suas ações, sem precisar pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem. 
B - é a liberdade para qualquer um fazer o que lhe apraz, viver como lhe convém, sem ser refreado por leis. 
C - importa em ter regra permanente pela qual viva, comum a todos os membros de uma sociedade. 
D - é o estado de guerra de todos contra todos. 

12 - "Poderão afirmar que, sendo a idolatria um pecado, não pode ser tolerada. Se disserem que a idolatria é um pecado e, portanto, deve ser escrupulosamente evitada, esta inferência é correta; mas não será correta se disserem que é um pecado e, portanto, deve ser punida pelo magistrado. Não cabe nas funções do magistrado punir com leis e reprimir com a espada tudo o que acredita ser um pecado contra Deus." 
LOCKE, John. Carta acerca da tolerância. São Paulo: Abril Cultural, 1973. P.24. 
Tendo em vista os assuntos abordados no texto, bem como as noções de liberalismo, assinale a opção incorreta: 
A) O trecho aborda a secularização do poder e de sua desvinculação da religião. 
B) O liberalismo ético defende a liberdade de pensamento, expressão e religião. 
      C) O liberalismo politico o poder estava fundando no direito divino dos reis, na tradição e na herança. 
D) De acordo com o liberalismo o Estado deve agir como mediador dos conflitos entre os diversos grupos sociais, enfrentamentos inevitáveis aos indivíduos. 
E) No liberalismo de Locke a propriedade privada é o resultado do trabalho, isto é, algo que resulta do trabalho de cada individuo sobre a natureza. 
23. "Todas as ideias derivam da sensação ou reflexão. Suponhamos que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? (...) De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento." 
(LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p.165.) 
"E é certo que estamos aventando aqui uma proposição que, se não é verdadeira, é pelo menos muito inteligível, ao afirmarmos que, após a conjunção constante de dois objetos - calor e chama, por exemplo, ou peso e solidez - é exclusivamente o hábito que nos faz esperar um deles a partir do aparecimento do outro." 
(HUME, David. Investigações sobre o entendimento humano. São Paulo: Editora UNESP, 2004, p. 75.) 
Com base nos seus conhecimentos sobre o empirismo e as teses de John Locke, Francis Bacon e David Hume, identifique quais das afirmações abaixo são VERDADEIRAS: 
I - Locke distingue as qualidades do objeto em qualidades primárias e secundárias; as primeiras (solidez, extensão, movimento, etc.), existem realmente nas coisas; as segundas (cor, odor, sabor, etc.), são subjetivas e relativas. 
II - De acordo com Locke, as impressões formam as ideias simples; a reflexão sobre as ideias simples, ao combiná-las, forma ideias complexas, como substância, Deus, alma, etc.. 
III - Apesar de afirmar que nosso conhecimento se origina na experiência, Locke admite que existam ideias inatas abstraídas das coisas pela reflexão. 
IV - O que observamos, entende Hume, é a sucessão de fatos ou a sequência de eventos, e não o nexo causal entre esses mesmos fatos ou eventos. 
V - No Novum Organum, Francis Bacon critica a lógica aristotélica, opondo ao modelo dedutivista a indução como método de descoberta. Nessa empreitada, Bacon sinaliza os preconceitos e noções falsas que dificultam a apreensão da realidade, os quais ele identifica como ídolos. São eles: os ídolos da tribo, os ídolos da caverna, os ídolos do foro e os ídolos do teatro. 
Assinale a alternativa que for CORRETA: 
a) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
b) Apenas a I é falsa. 
      c) Apenas a III é falsa. 
d) Apenas a V é falsa. 
e) Duas afirmativas são falsas. 
35 - "Suponhamos então que a mente seja, como dizemos, um papel branco desprovido de todos os caracteres; sem quaisquer ideias. Como é que ela chega a ser preenchida? (...) De onde ela obtém todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo em uma palavra: da experiência, na qual todo nosso conhecimento está fundado e da qual em última análise se deriva". 
As concepções expostas no trecho acima correspondem à(ao) 
(A) crítica da razão pura, de Immanuel Kant. 
(B) livre arbítrio, de São Tomás de Aquino. 
(C) racionalismo, de René Descartes. 
                  (D) empirismo, de John Locke. 
(E) inatismo, de Platão. 

24. Sobre John Locke, filósofo que se opôs à teoria do Direito Divino dos reis, é correto afirmar:
a. ( ) Os conflitos de interesses, naturais em todas as sociedades, devem ser mediados pelos monarcas, responsáveis pela justiça social. 
b. ( ) O pacto social exige que a vontade expressa da maioria, mesmo que seja representada pelos operários, deve ser respeitada pela minoria. 
c. ( X ) O direito natural precede o direito positivo e todos os homens são iguais e possuem os mesmos direitos à vida, à liberdade e à propriedade. 
d. ( ) A paz social exige a eliminação do direito à revolução, pois as manifestações de revoltas e as trocas de governo são prejudiciais à sociedade. 
e. ( ) A liberdade religiosa põe em risco os sistemas políticos, mas a religião anglicana cristã, fundada em princípios pacíficos, deve ser permitida. 

15. É o valor supremo do liberalismo: 
a) A liberdade completa do Estado. 
b) A liberdade dos grupos sociais de interagirem. 
c) A busca incansável das liberdades patrióticas. 
      d) A liberdade individual. 


QUESTÃO - 29 Jonh Locke é o iniciador da teoria do conhecimento propriamente dita porque se propõe a analisar cada uma das formas de conhecimento que possuímos, a origem de nossas ideias e nossos discursos, a finalidade das teorias e as capacidades do sujeito cognoscente relacionadas com o objeto que ele pode conhecer. Assim, acerca da origem do conhecimento para Locke, está correto afirmar que 
A) toda e qualquer forma de conhecimento nos é dado pelo espírito 
        B) todas as ideias e todos os princípios do conhecimento derivam da experiência sensível 
C) somente o intelecto elabora todo o material do conhecimento e, por esse motivo, pode-se dizer que não há nada em nosso entendimento que não tenha vindo propriamente da inteligência 
D) não se pode confiar seguramente nas percepções e sensações visto que estas são falhas e não permitem atingir a verdade 
E) o modelo perfeito de conhecimento verdadeiro é a matemática, que depende exclusivamente do uso da razão. Essa é, portanto, a fonte única e segura do conhecimento 
34. A crítica lockiana à afirmação de que em nossa mente certos princípios, tanto especulativos como práticos, são inatos, baseia-se em uma observação na obra Ensaio sobre o entendimento humano. 
Marque a alternativa em que tal observação está expressa. 
      a) Ainda que houvesse verdades sobre as quais todos os homens estivessem de acordo, isto não demonstraria de fato que tais verdades são inatas. 
b) Na observação da ideia e da verdade, podemos considerar que estão e demonstram o que a mente evidencia como correto para o pensar. 
c) Não havendo a verdade, a lacuna é preenchida pela ideia de realização do entendimento. 
d) Havendo uma verdade que pensa ser considerada como verdade, teremos uma extensão pelo homem como ideia inata. 
e) A verdade é compreendida e considerada ideia que absorve a condição por ela pensada. 

23. Considerando o empirismo de Locke, é certo afirmar: 
       a) Locke realiza, segundo Kant, uma fisiologia do entendimento, mostrando a gênese empírica de cada ideia. 
b) Para Locke, a substância nominal corresponde, em última análise, à essência das coisas. 
c) A mente é uma tábula rasa e idéias como Deus não podem ser provadas. 
d) Para Locke, o conhecimento da experiência nos permite compreender a constituição elementar dos objetos. 
e) A relação de causa e efeito é própria à natureza e, por isso, ela pode ser percebida e apreendida pela experiência. 


Berkeley, George (1685-1753)
15. Observe as afirmações sobre ceticismo e assinale a alternativa correta. 
a) O ceticismo é sempre ingênuo, pois colocar tudo em dúvida e suspender as certezas já implica uma certeza: duvidamos e, por isso, existimos. 
b) O ceticismo aventado por Hume afirma que não podemos ter conhecimento sobre a natureza e que só uma psicologia empírica poderia explicar o conhecimento, sobretudo, a partir da noção de hábito. 
       c) A filosofia de Berkeley é um esforço de se livrar das aporias da crença na materialidade do mundo. Essa crença desembocaria, segundo esse autor, no ceticismo. 
d) O ceticismo é indubitavelmente um traço mais marcante da filosofia de Hume, sendo esse filósofo o maior cético da filosofia moderna por não acreditar em nenhuma forma de conhecimento segura. 
e) Toda forma de ceticismo se constitui como uma luta contra posições ideológicas e dogmáticas. 

Montesquieu (1689-1755)
QUESTÃO 40 O Estado, como entendemos hoje, é o resultado de uma longa evolução histórica. Pode-se, no entanto, afirmar que o modelo atual ou os modelos atuais têm sua origem na modernidade com Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau etc. Uma das grandes conquistas em termos de liberdade e do exercício de poder foram o conceito de estado de direito e a separação de poderes. 
"A liberdade política não consiste de modo algum fazer aquilo que se quer. Em um Estado, isto é, em uma sociedade na qual existem leis, a liberdade não pode consistir apenas em poder fazer aquilo que se deve querer e em não ser obrigado a fazer aquilo que não se deve querer [...]. A liberdade é o direito de fazer tudo aquilo que as leis permitem" (REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2000. 2.v.). Neste sentido, as leis não limitam a liberdade, mas a asseguram a cada cidadão. Este é o princípio do constitucionalismo moderno e do estado de direito. 
A divisão dos três poderes do Estado é a condição da liberdade: "para que não se possa abusar do poder, é preciso que, por meio da disposição das coisas, o poder detenha o poder" (REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2000. 2.v.). 
O texto acima está-se se referindo a qual autor e a qual obra? 
a) Locke - Ensaio sobre o governo civil 
b) Maquiavel - O príncipe 
     c) Montesquieu - O espírito das leis 
d) Rousseau - O contrato social 
QUESTÃO 42 
Assinale a alternativa correta. 
      (A) Formando par com Vico, Montesquieu foi precursor, na primeira metade do século XVIII, da Escola Histórica do Direito, que rejeitava os esquemas racionalistas em prol da lição da experiência. Ambos rejeitavam as ideias da Escola Clássica do Direito Natural. 
(B) Se, de um lado, Cristiano Tomásio teve o mérito de distinguir os campos do Direito, da Moral e do Decoro, fundando a moderna Ciência do Direito, por outro lado, tendo sido discípulo de Puffendorf, deixou-se influenciar pelo positivismo do filósofo alemão ao distinguir direitos inatos de direitos adquiridos. 
(C) Enquanto Thomas Hobbes tomava a sociabilidade como característica da natureza humana, Jonh Locke negava ao homem a condição de animal social. 
(D) Hegel exaltou o elemento da força, afirmando que Direito e faculdade de coação se identificavam. Já Kant considerava excludente entre si o binômio norma e coação. 
(E) As principais teses do jus naturalismo foram desenvolvidas por Rousseau que, assim como Hobbes, defendia a ideia de sociabilidade natural do ser humano. Ambos projetos filosóficos podem ser considerados utópicos, pois preconizavam a extinção do Estado a favor do Contrato Social. 


Hume, David (1711-1776)
QUESTÃO 38 Segundo David Hume, todas as nossas inferências extraídas da experiência fundam-se 
(A) na própria razão. 
      (B) nos hábitos ou costumes. 
(C) no raciocínio lógico-matemático. 
(D) na análise dos conceitos empíricos. 
QUESTÃO 39 A tradicional oposição filosófica entre empiristas e racionalistas diz respeito à divergência, respectivamente, entre aqueles que afirmam que 
(A) apenas as verdades empíricas são logicamente necessárias e os que asseguram que apenas a própria razão pode fornecer tal tipo de verdade. 
(B) o mundo empírico existe independentemente da mente e aqueles que sustentam ser o mundo empírico um produto da mente. 
       (C) a fonte do conhecimento reside fundamentalmente na experiência e os que defendem ser a própria razão a fonte de conhecimento. 
(D) aqueles que afirmam que apenas o conhecimento empírico é a priori e aqueles que afirmam que apenas a razão pode nos fornecer um tal tipo de conhecimento. 


01 - "Mesmo os homens de parcos conhecimentos são capazes de notar as diferenças de gosto dentro do estreito circulo de suas relações, inclusive entre pessoas que foram educadas sob o mesmo governo e quem desde cedo foram inculcados os mesmos preconceitos". 
Hume, David. Tratado da natureza humana: uma tentativa de introduzir o método experimental de raciocínio nos assuntos morais. São Paulo: UNESP, 2001. 
A partir das ideias expressas no texto acima, assinale a alternativa correta quanto ao pensamento estético de David Hume: 
A) A beleza, a delicadeza e o gosto estético estão no subjetivo do sujeito e não no objeto. 
B) O fundamento da composição artística é a experiência, portanto não pode ser dado a priori. 
C) Uma serenidade de espírito, concentração de pensamento, como também, a devida atenção ao objeto são importantes para avaliar a beleza. 
D) A delicadeza de imaginação é necessária para ser sensível às emoções mais sutis. 
      E) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
27 - Um professor prepara uma aula com o uso do texto abaixo. 

"A razão é a descoberta da verdade ou da falsidade. A verdade e a falsidade consistem na concordância ou discordância com as relações reais das ideias, ou com a existência real das coisas. Portanto, tudo que não seja suscetível a essa concordância ou discordância é incapaz de ser verdadeiro ou falso e nunca pode ser objeto de nossa razão. Ora, é evidente que nossas paixões, volições e ações não são sujeitas a nenhum acordo ou desacordo desse tipo. É impossível, por conseguinte, declará-las verdadeiras ou falsas, contrárias ou conformes à razão." 
HUME, David. Tratado sobre a natureza humana (Fragmento) 
Em seguida, apresentará estas questões: 
- Qual a distinção, segundo Hume, entre verdadeiro e falso? 
- Por que, para Hume, não é possível definir a maneira legítima de agir a partir da noção de verdade? 
- De quais aspectos da natureza humana Hume está tratando? 
Com base no texto e nas perguntas para debate, conclui-se que a unidade temática a ser estudada é 
(A) empirismo e cientificismo. 
(B) racionalismo e liberalismo. 
        (C) racionalismo e moralidade. 
(D) liberalismo e epistemologia. 
(E) existencialismo e moralidade. 

28 - Na História da Filosofia, justiça sempre significou mais do que acordos legais celebrados em uma sociedade ou um dos poderes do sistema democrático. Neste sentido, em uma aula sobre ética, o professor deve estar atento à(s) 
            (A) diferenciação entre o que é judicialmente legal e o que é moralmente legítimo. 
(B) distinções e às funções dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
(C) diferentes teorias sobre o contrato social, presentes na história e no cotidiano. 
(D) teorias liberais, contratualistas, igualitaristas e discursivas sobre as leis e o direito. 
(E) percepções dos estudantes sobre pecado e delito, dos pontos-de-vista religioso e jurídico. 



38. A crítica que David Hume fez ao cartesianismo compreende também à postura radical que adotou diante da noção de subjetividade. Tal crítica é consequência de sua filosofia empirista. Uma vez que todas as ideias originam-se da impressão sensível, nada poderia ser considerado um "eu" para além dessas impressões sensíveis. Daí Hume definir este "eu" como um "feixe de impressões". Dito isto, pode-se afirmar que para Hume o "eu" é 
(A) a totalidade de minhas experiências, já que ele é permanente tanto quanto elas. 
(B) a continuidade de uma representação mental, imune a qualquer mudança. 
      (C) uma representação mental inconstante, já que se forma a partir de nossas experiências, que variam constantemente. 
(D) o fundamento primeiro para nossas experiências, já que as verdades metafísicas devem se sobrepor ao fenomênico. 

29. Teoria epistemológica que afirma a radical derivação, direta ou indireta, de todo conhecimento da experiência sensível, seja ele interna ou externa: 
a) Racionalismo. 
b) Iluminismo. 
c) Postulado. 
      d) Empirismo. 

39. O que é correto afirmar sobre o ceticismo filosófico? 
     a) Oposição às filosofias que comungam da pretensão de terem alcançado a verdade. 
b) Duvida em relação às coisas e aos estados das coisas. 
c) Contestação do ser humano e de sua visão de mundo perante a realidade. 
d) Abandono do pensar e ter a dúvida acima de tudo. 
e) Compreensão do estado das coisas e o porquê de suas circunstâncias. 
32. O principal fundamento da filosofia de David Hume é o da imanência, interpretado empiristicamente. De acordo com este princípio, a única fonte de conhecimento é a experiência, e o objeto da experiência não é coisa externa, mas a sua representação. Apoiando-se neste princípio, Hume afirmará que as representações ou as impressões constituem o dado último do conhecimento humano, o limite contra o qual o homem se choca e no qual deve deter-se. Se existe alguma coisa além das impressões, não podemos conhecê-las. Considerando esta formulação, marque a alternativa cujo texto responde CORRETAMENTE à seguinte pergunta: como podemos entender o significado de conhecimento para Hume a partir da obra Investigação acerca do entendimento humano? 
a) O empirismo na busca pela experiência corrige as imprecisões que determinado conhecer gera a partir da realidade. 
b) Partindo do entendimento humano, a experiência não pode ser compreendida senão pela estrutura e clareza das ideias. 
c) Toda oposição ao racionalismo fica evidenciada pela posição de conhecer através da experiência das coisas. 
      d) Em oposição ao racionalismo, o empirismo acentua a função central da experiência real, em que só será possível a obtenção do conhecimento com base na experiência. 
e) O racionalismo, acentuando a negação da experiência, não poderá produzir efetivo conhecer.

22. Sobre o empirismo é correto afirmar: 
a) As filosofias empiristas de Hobbes, Locke e Hume negam a existência de idéias inatas. 
b) O empirismo de Hobbes, Locke e Hume nega que exista conhecimento que não se derive da experiência. 
c) O empirismo se constitui como um ataque à metafísica e à ideia de que se pode provar a existência de Deus. 
d) Hume concorda com Berkeley no que concerne à negação da materialidade do mundo. 
     e) O empirismo contemporâneo de Fraassen afirma que menos importante é o fato de todos os elementos da teoria existirem que a adequação dela ao experimento. 

Rousseau, Jean-Jacques (1712-1778)
24. "Suponhamos os homens chegando àquele ponto em que os obstáculos prejudiciais à sua conservação no estado de natureza sobrepujam, pela sua resistência, as forças de que cada indivíduo dispõe para manter-se nesse estado. Então, esse estado primitivo já não pode subsistir, e o gênero humano, se não mudasse de vida, pereceria." (ROUSSEAU). O pensamento de Rousseau fez parte de um movimento fundamental na derrubada do Antigo Regime. Trata-se do: 
a) Positivismo. 
b) Marxismo. 
         c) Iluminismo. 
d) Subjetivismo. 
25. Dentre as inúmeras contribuições de Jean-Jaques Rosseau à Filosofia destaca-se sua defesa da legitimidade do poder enquanto expressão: 
a) Da religiosidade 
b) Da legalidade do absolutismo monárquico 
         c) Vontade da maioria, sendo considerado o pai da democracia moderna. 
d) Do contrato social via regime totalitário. 
Questão 43 A ética, ou filosofia moral, é a reflexão teórica sobre os fundamentos dos valores morais que dão sentido à vida concreta dos homens. Entre as várias correntes da ética surgidas na tradição filosófica, é INCORRETO afirmar que: 
A) para Platão, a prática do Bem, está condicionada à sua compreensão prévia. 
B) segundo Aristóteles, a justiça é uma virtude moral ou política que consiste em tratar a todos como iguais, a despeito das diferenças. 
         C) de acordo com Jean Jacques Rousseau, a consciência moral e o sentimento do dever são inatos. 
D) segundo o imperativo categórico kantiano, o agir moral é o agir racionalmente de acordo com o dever. 
E) de acordo com os princípios de Jeremy Bentham, a ação só é correta na medida em possibilita a felicidade e diminui ou afasta o sofrimento. 



29 -Para Rousseau, 
A - a causa da desigualdade humana é puramente natural. 
      B - há dois tipos de desigualdade, uma natural ou física, e outra moral ou política. 
C - a causa da desigualdade humana é puramente histórica. 
D - as causas da desigualdade humana se originam do estabelecimento da propriedade privada.


Questão 09 Em geral, ética designa as regras de conduta (costumes, hábitos, valores) aceitas por um determinado grupo de pessoas. A reflexão ética (ou filosofia moral) se iniciou com os gregos na Antiguidade e desde então constitui um dos principais temas de indagação filosófica, sendo INCORRETO afirmar: 
A) Os sofistas rejeitaram o fundamento religioso da moral, a qual consideravam produto das convenções sociais. 
B) Os fundamentos da moral são buscados por Sócrates na própria natureza humana. 
C) O objetivo principal da ação ética é a felicidade (eudaimonia), que consiste na atividade da alma segundo a razão. 
D) A razão transforma os homens em seres morais, libertando-os da natureza, onde reinam o egoísmo e a crueldade, segundo Kant. 
             E) A consciência moral e o sentimento do dever, segundo Rousseau, são adquiridos pelos homens em sociedade, na qual convivem em harmonia. 
38 - A influência dos grandes pensadores na teoria educacional e nas práticas pedagógicas tem sido fundamental. A obra "Emílio" ou "Da Educação", de Jean-Jacques Rousseau, tornou-se um marco do pensamento pedagógico iluminista. Identifique a ideia central desta obra. 
(A) Não há nada no pensamento que não tenha passado antes pela experiência. 
(B) A deliberação ética deve estar baseada no diálogo simétrico entre interlocutores válidos. 
(C) A virtude é fruto do hábito, do ensino condicionante e das disposições inatas. 
(D) Só sei que nada sei, pois o importante é reconhecer a sua própria ignorância. 
        (E) O homem nasce naturalmente bom, sendo degenerado pelo ambiente social. 

QUESTÃO 23 
Assinale a alternativa INCORRETA. 

        (A) Diferentemente de Voltaire e Diderot, Rousseau (1712-1778) viveu o pleno Iluminismo. Suas ideias repercutem a crença nos poderes da razão: pela razão, os homens conquistam a liberdade e a felicidade social e política. Por acreditar que a felicidade social pudesse ser resolvida com a legitimação do poder fundado no contrato social, foi erroneamente considerado precursor do romantismo. 
(B) Montesquieu (1689-1755) teve formação iluminista, mostrando-se um crítico severo e irônico da monarquia absoluta decadente, bem como do clero. Desenvolve uma alentada teoria do governo que alimenta as ideias do constitucionalismo, pelo qual se busca distribuir a autoridade por meios legais, de modo a evitar o arbítrio e a violência. 
(C) Segundo Kant (1724-1804), um dos mais notáveis representantes da Aufklärung alemã, o homem iluminista atingiu a maioridade e, como dono de si mesmo, confia na sua capacidade racional e recusa qualquer autoridade arbitrária. 
(D) Hume (1711-1776) está entre os pensadores do período Iluminista. Levando mais adiante o empirismo de Bacon e Locke, parte do princípio de que só os fenômenos são observáveis e de que o mecanismo íntimo do real não é passível de experiência, afirma que as relações são exteriores aos seus termos, ou seja, se não são observáveis, não podem pertencer aos objetos. As relações são apenas modos, passagens externas que nos permitem associar os termos a partir dos princípios de causalidade, semelhança e contiguidade. 
(E) Schelling (1775-1854) é uma das figuras representativas do romantismo alemão (embora seja considerado por muitos um representante da Ilustração), revelando, em sua obra, um senso vivo de beleza e de arte. Sua concepção a respeito do absoluto, unidade da natureza e do espírito, que se revela na história, na arte e na religião, exerceu profunda influência na estética, especialmente na estética hegeliana. 
38) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um dos mais importantes pensadores europeus de todos os tempos. Seu pensamento educacional é estabelecido sobre alguns fundamentos: 
I. Um dos pressupostos básicos de Rousseau com respeito à educação era a crença na bondade natural do homem. 
II. Para Rousseau, a responsabilidade pela origem do mal no homem é atribuída à civilização (sociedade). 
III. Na Obra O Emílio, Rousseau explica que, se o desenvolvimento adequado é estimulado, a bondade natural do indivíduo pode ser protegida da influência corruptora da sociedade. 
IV. Consequentemente, os objetivos da educação, para Rousseau, comportam dois aspectos: a) a formação do homem político e moral e, b) seu afastamento da sociedade. 
Conforme as afirmativas acima sobre o pensamento educacional de Rousseau, podemos dizer que: 
a) Somente a afirmativa IV está incorreta. 
b) Somente a afirmativa III está incorreta. 
c) Todas as afirmativas estão incorretas. 
       d) Todas as afirmativas estão corretas. 

46. No Contrato Social, Rousseau reservou o primeiro capítulo para atacar o problema de positivar o fundamento legítimo da sociedade política. Em qual alternativa verifica-se a continuidade desta fundamentação no decorrer da obra de Rousseau? 
a) A condição e os limites da sociedade justa enquanto formação política. 
b) O funcionamento do governo e a extensão da liberdade pública. 
c) Formas e sistemas governamentais como extensão pública do direito. 
      d) Indagação básica das condições e limites em que opera o poder soberano e o aparato governamental. 
e) A sociedade e as formas de soberania no fundamento do governo e seus limites baseados na liberdade. 
45. Sobre o pensamento político, há inúmeras questões e respostas elaboradas ao longo da história. Das formulações mais célebres do pensamento político e seus autores, está correto dizer que: 
1- para Jean-Jacques Rousseau, em sua obra o Leviatã, o Estado é comparado a uma criação monstruosa do homem, destinada a pôr fim à anarquia e ao caos da comunidade primitiva. 
2- para Thomas Hobbes, quando os interesses egoístas predominam, cada um se torna um lobo para o outro (homo homini lupus). As disputas provocam a guerra de todos contra todos (bellum omnium contra omnes), com graves prejuízos para a indústria, a agricultura, a navegação, o desenvolvimento da ciência e o conforto de todos. 
3- Nicolau Maquiavel recusa a figura do bom governo encarnada no príncipe virtuoso, portador das virtudes cristãs. O príncipe precisa ter virtu, mas esta é propriamente política, referindo-se às qualidades do dirigente para tomar e manter o poder, mesmo que para isso deva usar a violência, a mentira, a astúcia e a força. 
4- John Locke desenvolve uma teoria socialista que desmistificou a política liberal. Para ele, as relações fundamentais de toda sociedade humana são as relações de produção, que correspondem a um certo estágio das forças produtivas. 
São corretas as afirmativas: 
A) 1, 2, 3 e 4. 
B) 2 e 4, somente. 
C) 1 e 3, somente. 
       D) 2 e 3, somente. 
30. Considerando a constituição da sociedade de contrato, é correto afirmar, sobre as filosofias de Hobbes, Locke e Rousseau, qual das idéias abaixo ? 
a) Os pensamentos de Hobbes e Locke têm como elemento em comum a defesa irrestrita ao direito à propriedade. 
O contrato seria a celebração desse direito por meio da redistribuição das propriedades. 
        b) A liberdade é tomada por Rousseau como a própria essência do homem, o que torna impossível sua negociação, sob pena de deixarmos de ser humanos. 
c) Segundo Rousseau, o Estado reúne os indivíduos sob a égide do pacto. Contudo, o pacto é celebrado, no seu início, por meio de uma unanimidade, ou seja, vontade geral. 
d) Para Locke, a negação do postulado aristotélico de que os homens são naturalmente sociáveis implica a assimilação de um egoísmo nato e, por conseguinte, a necessidade do Estado. 
e) O direito à propriedade aparece em Locke como epicentro da constituição do Estado e único ponto que explica sua fundação. 


Kant, Immanuel (1724-1804)
31. O caminho filosófico inaugurado por Kant, ficou conhecido como: 
a) Concretismo. 
b) Racionalismo. 
        c) Idealismo. 
d) Parnasianismo. 
30. "É em todos os seus empreendimentos que cumpre à razão submeter-se à crítica, cuja liberdade ela não pode lesar com nenhuma interdição, sem prejudicar a si própria e sem atrair para si suspeitas prejudiciais." Kant. É correto afirmar que: 

         a) Kant critica os racionalistas por elaborarem explicações e máximas morais a partir de condições a priori, sem examinar os limites desses usos da razão. 
b) Kant concorda com os racionalistas e considera o uso da razão pura o caminho único e possível para descoberta. 
c) Kant é precursor do empirismo alemão. 
d) Inserido na Revolução Industrial, Kant defende o pensamento técnico para melhorar a produção industrial. 


28. "Kant, ao contrário de Baumgarten, criador do termo "estética", segundo o qual os juízos sobre a beleza pertenciam à província de uma "cognição inferior", mediada pelos sentidos, que completa a cognição "clara e distinta" mediada pelo intelecto, nega que a nossa apreensão da beleza seja cognição." (OSBORNE, H. Estética e Teoria da arte, São Paulo, Cultrix, p. 159). 
Para Kant, a experiência estética se fundamenta 
        (A) no sentimento dos objetos que nos satisfazem, independentemente da natureza real que possuem. Essa satisfação começa e termina com os objetos que a provocam. 
(B) na intuição intelectual, inseparável dos conceitos, mediante a qual formamos ideias das coisas e de suas relações. 
(C) na sensibilidade e no entendimento, pois as intuições sem os conceitos são cegas e os conceitos sem as intuições são vazios. 
(D) em uma faculdade empírica especifica, que possibilita ao homem perceber as coisas e deleitar-se com o reconhecimento do belo. 


60 - Kant, na introdução de sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes afirma: "Neste mundo e até também fora dele, nada é possível pensar que possa ser considerado como bom sem limitação a não ser uma só coisa: uma boa vontade." 
Tendo em vista a ética Kantiana e o texto acima, pode-se 
acertadamente dizer que 
A - devemos agir de tal modo que o princípio da nossa ação se transforme em princípio particular da ação humana. 
B - as regras morais esgotam-se nos dez mandamentos da lei mosaica. 
C - devemos fazer o bem porque ele nos traz benefícios. 
        D - a utilidade ou inutilidade de alguma coisa em nada pode tirar o valor do bem. 

30 - Em seu célebre opúsculo, Resposta à pergunta: O que é o esclarecimento?, Kant afirma que esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é o culpado. Para Kant, a menoridade provém do(a) 
A - ignorância natural do ser humano. 
      B - incapacidade de o indivíduo fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo.
C - tutela que a religião exerce sobre o entendimento da maioria dos seres humanos. 
D - mau uso que os indivíduos fazem de sua própria razão natural. 

31 - Assinale a opção correspondente ao imperativo categórico de Kant. 
          A - Age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser sempre erigida em princípio de uma legislação universal. 
B - Age de tal modo que a tua ação atenda ao princípio da razão e da igualdade entre os homens. 
C - Age de tal modo que tua ação respeite as regras estabelecidas pela comunidade em que tu vives. 
D - Age de tal modo que a tua ação esteja de acordo com os mandamentos de Deus. 

Questão 07 Criada pelos gregos na Antiguidade, a dialética recebeu diferentes significados durante a História. 
NÃO é correto afirmar que a dialética é: 
A) a síntese dos opostos que constitui o progresso, tanto do pensamento como do mundo, em Hegel. 
B) o processo pelo qual o filósofo é educado para atingir o conhecimento do Bem, conforme Platão. 
C) o jogo de perguntas e respostas feito com a finalidade de explicitar o que já é sabido implicitamente, segundo Sócrates. 
        D) o uso correto da lógica, que visa a desbancar uma verdade ilusória, de acordo com Immanuel Kant. 
E) a lógica da aparência, associada à arte sofística da oratória e da retórica, para Aristóteles. 
QUESTÃO 47 Para Immanuel Kant, o indivíduo moral não visa à felicidade em suas ações, mas ao cumprimento do dever que o torna digno dela. Não obstante, na obra Fundamentação da metafísica dos costumes, ele sustenta que a busca por assegurar a própria felicidade seria um dever indireto, porque 
(A) atestaria que há uma ordem moral no mundo. 
     (B) afastaria a tentação para a transgressão dos deveres decorrente do sofrimento. 
(C) faria coincidir liberdade e natureza na condição humana. 
(D) consistiria na realização do propósito da natureza para o homem. 

QUESTÃO 41 Em sua obra A religião nos limites da simples razão, Immanuel Kant analisa o que ele denomina "mal radical" presente na natureza humana. A que ele se refere com esse conceito? 
(A) À malignidade intrínseca à natureza humana e aos propósitos humanos. 
(B) À capacidade humana de querer o mal pelo mal. 
(C) À corrupção da natureza humana decorrente do pecado original. 
      (D) À propensão em ceder às apetições, ao invés de obedecer aos imperativos da razão. 


QUESTÃO 45 
Na obra Crítica da faculdade do juízo, Kant assinala que os juízos estéticos são reflexivos, não determinantes, porque 
(A) subsumem o particular em um universal previamente dado. 
      (B) encontram o universal a partir de algo particular dado. 
(C) exprimem o movimento interno de comprazimento do sujeito que julga. 
(D) correspondem à dinâmica da faculdade da apetição. 

QUESTÃO 36 Em sua Crítica da Razão Pura, Kant define o conhecimento a priori como aquele que 
(A) pode ser obtido exclusivamente mediante a experiência empírica. 
(B) pode ser obtido unicamente por meio da análise lógica dos conceitos. 
(C) diz respeito às coisas nelas mesmas. 
       (D) pode ser obtido independentemente de qualquer acontecimento empírico. 
QUESTÃO 35 Qual das seguintes teses é sustentada por Kant em sua Crítica da Razão Pura? 
(A) O homem comum não pode conhecer o que é a coisa em si, apenas o filósofo pode fazê-lo. 
(B) Não se pode conhecer o que são as coisas nelas mesmas, dado que a verdade é sempre relativa à opinião particular de cada indivíduo. 
     (C) Não se pode conhecer o que são as coisas nelas mesmas, isto é, as coisas pensadas como independentes de nós e de nossa mente. 
(D) não podemos conhecer o que são as coisas nelas mesmas, isto é, as coisas pensadas como independentes de um sistema linguístico ou cultura particular. 
---
02 - O filósofo Immanuel Kant (1724 - 1804), na obra Critica do juízo, teorizou sobre a capacidade de formular julgamentos, entre eles, o juízo estético do gosto. O belo decorre da sensação de prazer provocado pelo objeto quando o apreciamos, desse pensamento Kant distingue três características do prazer estético, assinale a alternativa que os identifica corretamente: 
A) Originalidade; experiência; interesse. 
       B) Apreciação desinteressada; originalidade; exemplaridade. 
C) Exemplaridade; sensibilidade; interesse. 
D) Julgamento; satisfação; experiência. 
E) Satisfação; originalidade; interesse. 

22. "Se, porém, todo conhecimento se inicia com a experiência, isso não prova que todo ele derive da experiência." (KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3.ed. Trad. Manuela Pinto e Alexandre Morujão. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994, p.36.) 
Sobre Immanuel Kant e sua filosofia, é CORRETO afirmar: 
I - O método de Kant consiste na crítica e na análise reflexiva da razão, a qual, primeiramente, deve conhecer a si mesma, fixando as condições de possibilidade do conhecimento, ou seja, o que pode ser conhecido e o que não. 
II - Kant supera a dicotomia racionalismo-empirismo. Para o autor da Crítica da Razão Prática, da Crítica do Juízo e da Crítica da Razão Pura o conhecimento, que tem por objeto o fenômeno, é resultante da síntese entre os dados da experiência e as intuições e os conceitos a priori da razão. 
III - Nos juízos sintéticos, o atributo desenvolve apenas a compreensão do sujeito. Os juízos sintéticos são muito certos e o espírito não poderia contestá-los sem contradizer-se; são meramente explicativos. 
IV - Nos juízos analíticos, o atributo acrescenta alguma coisa ao sujeito. 
V - De acordo com Kant, o conhecimento é constituído de matéria e forma. A matéria dos nossos conhecimentos são as próprias coisas, e a forma somos nós mesmos. 
A alternativa que possui as assertivas INCORRETAS é: 
a) IV e V. 
b) II e III. 
c) II, III e V. 
       d) III e IV. 
e) I, II e V. 
26 - Ao fim da aula de Filosofia, três estudantes travam o seguinte diálogo: 
Ana - Não entendi nada desse negócio do "céu estrelado sobre minha cabeça e a lei moral dentro de mim". 
Carlos - A lei moral tem a ver com as regras que alguém se impõe, desejando que todos façam o mesmo. Por isso, o professor falou do universalismo moral. 
Rodrigo - Universalismo moral? Eu entendi que impor leis a si próprio era o tal do imperativo categórico. 
Ana - Sem dúvida, teremos que voltar a estas questões com o professor para entender melhor. 
Ana, Carlos e Rodrigo acabaram de estudar 
        (A) a deontologia, de Kant. 
(B) o utilitarismo, de Stuart Mill. 
(C) o romantismo moral, de Kierkegaard. 
(D) as concepções éticas, de Aristóteles. 
(E) os aforismos ético-morais, de Nietzsche. 

Questão 42 Em filosofia, denomina-se "revolução copernicana" o seguinte posicionamento epistemológico: 
a) A exigência metodológica do racionalismo cartesiano. 
b) A negação da causalidade objetiva feita por Hume. 
c) A afirmação empirista de que somente os dados da experiência sensorial constituem o conhecimento. 
d) A tese monista da matéria como origem de toda a realidade. 
      e) A posição kantiana, expressa na Crítica da razão pura, segundo a qual os objetos devem regular-se pela forma do nosso conhecimento e não o contrário, que o nosso conhecimento deve adequar-se aos objetos. 

QUESTÃO 32 Na filosofia moderna, entre os vários temas discutidos, pode-se dizer que estão em destaque a Política e o Direito. Estes temas foram pensados por Immanuel Kant. Este autor entendia que a filosofia devia se colocar ao lado dos interesses do homem. Nesta linha de pensamento, pode-se chegar ao problema da liberdade. Para Kant, a liberdade é 
        a) agir segundo máximas através das quais se possa, ao mesmo tempo, querer que elas se transformem em uma lei geral. 
b) fazer o que se quer, quando e onde se quiser. 
c) não estar impossibilitado fisicamente de ir - e - vir. 
d) não estar submetido a nenhuma lei, seja sua, pessoal, ou do Estado. 

25. Em sua filosofia moral, Kant estabelece uma distinção entre os imperativos hipotéticos e os categóricos. Embora ambos sejam válidos objetivamente, os imperativos categóricos, ao contrário dos imperativos hipotéticos, não condicionam a vontade humana a outro fim senão ela mesma. Nesse sentido, é correto afirmar que somente por meio dos imperativos categóricos a vontade 
(A) encontra sua matéria verdadeira, já que somente por meio dela se realiza plenamente. 
     (B) enquanto fim em si mesma não está subordinada a um conteúdo, já que se realiza enquanto lei formal e não pela lei material. 
(C) torna-se um princípio elevado e nobre, uma vez que ela passa a ser determinada pela experiência sensível tornando-se realização subjetiva. 
(D) torna-se objeto da moral, porque o princípio do dever é substituído querer, o que possibilita o homem tornar-se ser livre. 


28. Kant realizou uma grande síntese da filosofia moderna, unindo com seu _____ iluminista, o empirismo _____ e o _____ cartesiano. 
Qual a alternativa em que as palavras preenchem adequadamente as lacunas acima: 
      a) Criticismo - Humeano - Idealismo. 
b) Ceticismo - Aristotélico - Cinismo. 
c) Racionalismo - Platônico - Ceticismo. 
d) Racionalismo - Socrático - Idealismo. 

24. Conceito Kantiano que designa a essência, a coisa em si, independente de qualquer relação a um sujeito: 
a) Fenômeno. 
       b) Número. 
c) Subjetivismo. 
d) Inatismo. 
25. Subjetivismo pode ser definido como: 
a) Toda a manifestação dos corpos naturais é o fato observável. 
b) Concepção epistemológica de acordo com a qual algumas idéias são inatas. 
c) Quando as idéias não dependem de nenhuma experiência anterior. 
       d) Posição filosófica que privilegia a contribuição e a participação da subjetividade no processo do conhecimento. 

32) Observe atentamente algumas afirmações sobre o Idealismo Kantiano. 
I. Suas ideias são uma confluência, não uma negação do Racionalismo e do Iluminismo. 
II. Todos nós trazemos formas (em nós mesmos) e conceitos a priori (aqueles que não vêm da experiência) e, com eles ou através deles trabalhamos nossa experiência concreta do mundo. 
III. Nossos sentidos são limitados, e nossos conceitos também o são, mas isso não nos impede de avançar em busca do conhecimento e da verdade. 
IV. Os juízos sintéticos a priori são possíveis porque há uma faculdade da razão - o entendimento - que nos fornece categorias a priori - como causa e efeito - que nos permitem emitir juízos sobre o mundo. 
Com relação às afirmações anteriores sobre o Idealismo Kantiano podemos dizer: 
a) I, II e III são falsas. 
b) Apenas II, III e IV são verdadeiras. 
c) I e II são verdadeiras e III e IV são falsas. 
         d) I, II, III e IV são verdadeiras. 


27. Em linhas gerais, sobre a filosofia de Immanuel Kant (1724-1804), em sua obra intitulada Crítica da razão pura, é correto afirmar: 
I. Para kant, a razão pode conhecer a realidade tal como esta é em si mesma. A razão está nas coisas e não em nós. A realidade é um dado exterior ao qual o intelecto deve se conformar. 
II. Para Kant, a razão não está nas coisas, mas em nós. A razão não pode conhecer a realidade tal como esta é em si mesma, apenas podemos conhecer os fenômenos, isto é, "aquilo que aparece". 
III. Kant esforça-se para mostrar como, na relação com o conhecimento, aquilo que chamamos ser, é não um ser "em si", mas um ser objeto, um ser "para" ser conhecido, um ser posto logicamente pelo sujeito. 
IV. Para conhecer as coisas, segundo kant, temos de organizá-las a partir da forma a priori do tempo e do espaço. Dessa forma, para o filósofo, o tempo e o espaço não existem como realidade externa, são antes formas que o sujeito põe nas coisas. 
Quais das alternativas acima estão corretas: 
a) Somente as alternativas I e IV estão corretas. 
b) As alternativas I e III estão corretas. 
c) Somente as alternativas II e III estão corretas. 
d) Apenas a alternativa I está correta. 
            e) As alternativas II, III e IV estão corretas. 

25. Segundo Kant, o Imperativo Categórico pode ser definido como o imperativo que: 
       a) Sem se basear como condição, em qualquer outra intenção a atingir por um determinado comportamento, ordena imediatamente esse comportamento. 
b) Representa a necessidade prática de uma ação possível como meio de alcançar qualquer outra coisa que seja possível que se queira. 
c) Representa a necessidade prática da ação como meio de fomentar a felicidade. 
d) Ordena que as ações humanas tenham conteúdo moral, ou seja, que os homens sempre devam agir conforme ao dever. 
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 



36. Segundo Kant, na Arquitetônica da razão pura da Crítica da Razão Pura, podemos conceituar a palavra sistema, que norteará todo o idealismo transcendental e fundamentará a crítica a metafísica clássica. Em qual das alternativas, a seguir, o conceito de sistema expressa a ideia proposta por Kant? 
a) Sistema significa a complementariedade do todo e das partes, fazendo entre elas sua sistemática. 
b) Sistema é o todo que, nas suas partes, envolvem-se uma na outra de forma que uma e outra sejam iguais e ao mesmo tempo diferentes. 
c) Sistema é a parte do todo e as partes que o constituem são dele mesmo. 
     d) O sistema é um todo divido em várias partes e cada uma das partes se complementa uma a uma. 
e) Sistema é a idealidade de todos em uma única e mesma parte. 

35. Na opinião de Kant, tanto os racionalistas quanto os empiristas erraram porque seguiram um método dogmático, isto é, defenderam ou consideraram arbitrariamente, sem examinar criticamente a estrutura da razão e sem procurar saber se era de sua competência conhecer as coisas mesmas. Dessa forma, seria correto afirmar que sobre a epistemologia de Kant: 
a) A leitura dogmática racionalista e empirista enveredou nos erros formais e clássicos da filosofia e não possibilitou uma teoria do conhecimento. 
        b) A atitude crítica do método transcendental possibilitou a abertura do questionamento da coisa em si a partir das antinomias e de seus correlatos. 
c) A crítica teria sido despertada do sono dogmático racionalista, evidenciando o modelo de conhecimento ocidental. 
d) A crítica da razão seria a crítica efetiva e, por isso, a forma perfeita de se obter conhecimento. 
e) A teoria do conhecimento se instaura partindo da realidade dos fenômenos; conhecer algo é sempre conhecer alguma coisa. 


31. Apresentam-se abaixo afirmações a respeito da moral, na filosofia kantiana. Assinale a correta. 
      a) Agir por dever é agir conforme a lei moral por respeito (sentimento puro). 
b) A forma lógica do imperativo moral é hipotética. 
c) Deus e alma são realidades ontológicas necessária apenas no âmbito prático. 
d) Uma ação por interesse pode ser moral, desde que ela vise ao bem-comum. 
e) Para Kant, a lei moral e a lei jurídica têm o mesmo conteúdo e a mesma forma. 
32. Sobre o direito, em Kant, é certo afirmar que 
      a) a vontade jurídica é heterônoma. 
b) a justiça é um conceito moral aplicado ao direito. 
c) o direito corresponde à relação interior prática de uma pessoa com outra. 
d) a Doutrina do Direito tem uma estrutura metodológica similar à Crítica da Razão Prática e está, pois, em consonância com o projeto crítico. 
e) a pena de morte é inaceitável na doutrina kantiana do direito, porque fere o direito fundamental à vida. 


QUESTÃO 35 Kant representa um marco central na história da ética ocidental. Sobre os pressupostos de sua concepção moral seria adequado assinalar que: 
       a) Com a ética do dever ou das normas, Kant defende a autonomia da vontade, isto é, a vontade livre e autolegislativa que confere a si mesma a norma do agir moral. 
b) Os imperativos são fórmulas que exprimem a relação entre leis objetivas do querer e as imperfeições 
subjetivas humanas. Eles podem ser hipotéticos, quando a ação representa um meio para alcançar um fim que se queira; ou categóricos, quando a ação é objetivamente necessária por si mesma e está relacionada à outra finalidade. 
c) Como na filosofia de Platão, a razão kantiana aplica-se a dois objetivos: um teórico e outro prático. O novo fundamento da ética kantiana emergirá de uma crítica à razão prática que é a própria razão, voltada à ação ou à questão do agir moral. 
d) A sensibilidade não representa uma resistência permanente à razão prática e pode levar à violação da lei moral. No entanto, ela não é intrinsecamente má. O mal, desvio moral, está em converter a sensibilidade em norma suprema da moral e fazer do desejo um absoluto. 
e) A formulação kantiana, age segundo a máxima que te leve a querer ao mesmo tempo que ela se torne lei universal, revela que o imperativo manda agir conforme pressupostos universalizáveis, isto é, conforme máximas subjetivas. 
16. Com a seguinte frase: não se aprende filosofia, aprende-se a filosofar, Kant afirma que: 
a) Para o aprendizado da filosofia, não é necessária uma análise da história da filosofia, mas se deve levar em consideração apenas a atitude crítica frente ao mundo. 
b) A forma de filosofia mais válida e que convém cultivar é a que se refere às questões humanas, em particular, às questões relativas à moral. 
c) A filosofia é um ato de amor e não requer um estudo teórico, desde que se tenha uma disposição afetiva às questões mais originais do ser. 
     d) A filosofia tem, entre outras coisas, uma dimensão prática, pois ela pode contribuir para a educação do cidadão e preparar o terreno para a constituição do reino dos fins. 
e) Para a educação filosófica, pode-se dispensar o ensino das ciências, visto que a Filosofia, diferentemente das ciências, ocupa-se apenas em dotar os homens de atitude crítica face às questões não propriamente científicas. 


QUESTÃO 32 Para Immanuel Kant (1724-1804), "não há filosofia que se possa aprender; só se pode aprender a filosofar". Isto significa que 
       (A) a filosofia é, sobretudo, uma atitude. Sua especificidade consiste em sua natureza reflexiva, crítica e instituinte, no sentido de que questiona os saberes e poderes instituídos. 
(B) o trabalho filosófico é essencialmente teórico, constitui um corpo de doutrinas, com conteúdo determinado e método de análise específico. 
(C) a filosofia é, por natureza, a capacidade humana de transcender o fato histórico em direção à metafísica da razão pura. 
(D) a filosofia não faz juízos da realidade, como a ciência, nem juízos de valor, como a metafísica, mas sim juízos pragmáticos, voltados à efetiva ação ético-política em sociedade. 
(E) para aprender a filosofar é preciso suspender os juízos pragmáticos e instituir, em seu lugar, a crítica dos 
costumes. 


Filosofia
39. Pode-se compreender o dogmatismo do senso comum como o conjunto de certezas não questionadas, comuns em nosso cotidiano. Acerca do dogmatismo filosófico, assinale a alternativa correta. 
(A) Consiste na tentativa de impor aos outros um ponto de vista, de forma intransigente e não crítica. 
(B) Define-se por uma postura sempre receosa quanto ao diálogo e ao novo. 
(C) Defende a ideia de que ainda que o Ser exista, não podemos conhecê-lo. 
       (D) Defende a possibilidade de se encontrar uma certeza absoluta. 

Outros
32. Pode-se classificar o conhecimento nos modos intuitivo e discursivo. Acerca do modo intuitivo podemos dizer que se trata de um conhecimento imediato, inexprimível. Porém, sobre o conhecimento discursivo, é correto afirmar que 
(A) trata-se de conhecimento que se define pela percepção. 
(B) consiste em captar diretamente a essência do objeto. 
       (C) é abstrato, já que tende a se separar do objeto concreto, imediato. 
(D) é racional pois permanece no campo das sensações. 
Leia o fragmento para responder às questões de 33 a 35. 
"Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas algo que inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes: toda razão é fundamentalmente conversação. "Conversar" não é o mesmo que ouvir sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa ? sobretudo só se discute ? entre iguais. Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na Grécia, junto com as instituições políticas da democracia. Ninguém pode discutir com Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar abertamente em uma sociedade em que existem castas sociais inamovíveis. [...] Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre umas e outras". (SAVATER, Fernando: "As verdades da razão". Em: As perguntas da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 43-44). 
33. Sobre o texto acima, é correto afirmar que a filosofia pode ser comparada à democracia porque 
(A) raciocinar é privilégio daqueles que foram a isto determinados por razões socioeconômicas. 
(B) a Razão escolheu habitar apenas alguns homens, abandonando os demais à ignorância. 
        (C) possibilita a exposição de ideias para que sejam acolhidas ou confrontadas por outras ideias. 
(D) cada homem possui seu lugar natural, o que não lhe permite transitar por regiões desconhecidas. 
34. Ao afirmar que "toda razão é fundamentalmente conversação", Fernando Savater quer dizer que a verdade 
(A) é um ponto de partida, e não o resultado. 
(B) é prescindível de relações intersubjetivas. 
(C) existe por si mesma, e por isso objetividade absoluta. 
     (D) objetiva só pode ser alcançada pelas múltiplas subjetividades. 
35. Uma vez considerada que a conversação racional opera na construção da verdade, é correto afirmar que 
(A) a opinião de um sujeito assemelha-se à propriedade, como se fosse um bem invendível. 
        (B) mesmo em uma "democracia filosófica" se deve hierarquizar as ideias, potencializando as mais adequadas e descartando as errôneas. 
(C) não apenas devemos expor nossas ideias, mas defendê-las a qualquer custo, já que nisto consiste nossa autoafirmação pessoal. 
(D) para além do comércio de ideias está a razão, que seria como um árbitro semidivino julgando nossas demandas intelectuais. 
19. Os itens abaixo correspondem respectivamente a: 
I. Ao produzir seus meios de subsistência, os homens estabelecem entre si relações que são funcionais e caracterizadas. 
II. Pelo trabalho, os homens interferem na natureza com vistas a prover os meios de sua existência material, garantindo a produção de bens e a reprodução da espécie. 
a) Prática social e prática simbolizadora. 
b) Prática simbolizadora e prática produtiva. 
      c) Prática social e prática produtiva. 
d) Prática produtiva e prática simbolizadora. 
20. Em qual das alternativas abaixo, as correntes filosóficas aparecem corretamente em sua ordem cronológica de surgimento? 
a) Racionalismo empirista - Ceticismo. 
b) Racionalismo empirista - Tomismo. 
c) Tomismo - Ceticismo - Racionalismo empirista. 
      d) Ceticismo - Tomismo - Racionalismo empirista. 
21. Os filósofos metafísicos eram filósofos: 
      a) Às vezes idealistas e às vezes naturalistas. 
b) Sempre idealistas. 
c) Sempre naturalistas. 
d) Nunca idealistas ou naturalistas, sempre realistas. 


3 comentários:

  1. Questões excelentes, mas onde se encontra o GABARITO?

    ResponderExcluir
  2. Questões excelentes, mas onde se encontra o GABARITO?

    ResponderExcluir
  3. maravilhosas questões...mas insisto como os colegas estudiosos e amantes da filosofia: CADÊ O GABARITO? ALGUÉM PODE FORNECER?

    ResponderExcluir