sábado, 18 de janeiro de 2014

Filosofia Medieval e Moderna 8 (Prova)


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IDADE MÉDIA
Marque "V" verdadeiro..............
35. Durante a filosofia medieval, uma das mais constantes discussões foi aquela sobre a relação entre fé e razão, já que, em princípio, cada uma delas parecia uma via distinta para se alcançar Deus ou a verdade. O pensamento religioso, nesse momento da história, refletiu sobre a sua interação com o entendimento argumentativo da filosofia. Conforme observa Danilo Marcondes na sua Iniciação à história da filosofia, Santo Agostinho adotou uma posição decisiva nesse contexto, postulando que, quanto aos ensinamentos religiosos, deve-se adotar o seguinte procedimento: 
       A) primeiro acreditar para depois compreender. 
B) primeiro compreender para depois acreditar. 
C) acreditar e compreender simultaneamente. 
D) somente compreender, sem jamais acreditar. 
E) somente acreditar, sem jamais compreender. 

31) Duas linhas aparentemente opostas de pensamento filosófico se apresentaram após a Idade Média. A primeira afirma que a razão é suprema na aprendizagem, que devemos confiar na capacidade absoluta da razão para alcançar o conhecimento, e o conhecimento do mundo no qual se pode confiar pode ser obtido apenas pelo uso da razão. Finalmente, ela serve-se do método dedutivo para suas elaborações teóricas. Na segunda linha, a fonte original dos dados e dos conhecimentos chega a nós através dos sentidos. Desta forma, somente por meio da experiência é que podemos obter conhecimento. Além disso, essa corrente de pensamento prega a rejeição da tese das ideias inatas, advoga que o conhecimento só vem por meio dos sentidos, que há uma inevitabilidade da mudança do conhecimento, pois os sentidos são limitados e falhos e que o caminho para o conhecimento é o raciocínio indutivo. As duas linhas filosóficas mencionadas são, respectivamente: 
a) Essencialismo e Iluminismo. 
        b) Niilismo e Existencialismo. 
c) Racionalismo e Empirismo. 
d) Mentalismo e Experiencialismo. 

32) Qual é a relação entre a mente e o corpo? Qual é o status moral do ser humano? As pessoas nascem boas, más ou moralmente neutras? Até que ponto os indivíduos são livres? 
As questões filosóficas acima tratam de qual aspecto da Filosofia? 
       a) Metafísica e Antropologia. 
b) Epistemologia e Humanismo. 
c) Axiologia e Existencialismo. 
d) Ontologia e Sociologia. 
16) Com relação à Idade Média, analise as afirmativas abaixo. 
I. Durante o período histórico que foi denominado Idade Média, o mundo ocidental conheceu uma fase de decadência científica, social e cultural de tal monta que os medievalistas contemporâneos se referem ao período com a expressão "noite de mil anos". 
II. Os significados dos termos renascimento e iluminismo servem para ilustrar parte do que se pensava da Idade Média nas épocas correspondentes. Os renascentistas pretendiam restaurar o passado grandioso dos gregos e romanos. Os iluministas, lançar luzes sobre a "escuridão medieval". 
III. Historiadores como Michelet e Hilário Franco Júnior reforçaram os preconceitos referentes à Idade Média ao compará-la às prostitutas e bruxas do período. 
IV. Os historiadores denominados marxistas também contribuíram para perpetuar os preconceitos referentes à Idade Média, pois afirmavam que no período a luta de classes inexistiu. 
V. Durante a Idade Média, como outros períodos da História da humanidade, a Europa vivenciou crises, bem como desenvolvimento científico e cultural. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
        A( ) Somente as afirmativas II e V são corretas. 
B( ) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
C( ) Somente a afirmativa III é correta. 
D( ) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
E( ) As afirmativas I, II, III, IV e V são corretas. 

19) Sobre as ciências medievais europeias
, é CORRETO afirmar que: 
A( ) a perscrutação e a experimentação eram proibidas, pois consideradas ofensivas e ameaçadoras das verdades reveladas por Deus. 
B( ) Pedro Abelardo e Santo Alberto consideravam que os avanços das ciências aconteceriam de forma natural, no tempo propício estabelecido por Deus. Portanto, bastava ao cientista atitudes que favorecessem a inspiração. 
C( ) Roger Bacon, defensor do método experimental e autor de estudos sobre a ótica e a geografia, foi torturado pela Inquisição e abdicou da suas descobertas para evitar a morte na fogueira. 
       D( ) a hierarquia eclesiástica repudiava as manifestações de pensamento que colocassem em risco a ortodoxia cristã. O Santo Ofício reprimia as atitudes contrárias às normas e aos valores da Igreja. 
E( ) as reflexões de Santo Tomás de Aquino, durante o século XIII, transformaram a Teologia "mãe de todas as ciências", mesmo repudiando o uso da razão e da experiência. 
07) As ideias do Cristianismo divulgadas durante a Idade Média promoveram mudanças significativas no modo como a história era concebida durante a Antiguidade. 
Com relação às concepções historiográficas europeias medievais, analise as afirmativas abaixo. 
I. A fragmentação política da Europa medieval foi determinante para o surgimento das Crônicas e dos Anais, reveladores de uma concepção parcial e particularista de História. 
II. O conceito de história medieval deriva da doutrina cristã do pecado original, da graça e da criação. 
III. O universalismo é uma das características presente nos escritos dos historiadores medievais, cuja intenção era revelar o desenvolvimento geral dos desígnios divinos referentes à história da humanidade. 
IV. O processo histórico representa a execução dos desígnios divinos e não envolve as intenções humanas. 
V. Com o advento do Tomismo, o caráter investigativo exigido dos cronistas e historiadores neoplatônicos foi substituído por escritos apocalípticos influenciados pela Suma Teológica. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
A( ) Somente a afirmativa III é correta. 
         B( ) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
C( ) Somente as afirmativas II e V são corretas. 
D( ) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
E( ) As afirmativas I, II, III, IV e V são corretas. 


Patrística 
24. Identifique a alternativa correta sobre um dos objetivos da filosofia patrística. 
a. ( ) Aparelhar os tribunais inquisitorias para combater com eficácia os hereges. 
b. ( ) Organizar cruzadas para recuperar os locais sagrados para o cristianismo. 
c. ( ) Provar a existência de Deus através da razão e da experimentação. 
d. ( ) Combater as influências filosóficas dos pensadores pagãos e responsáveis pelas heresias. 
e. ( X ) Conciliar o cristianismo com o pensamento filosófico dos gregos e romanos. 

22. Analise o texto abaixo: 
"Para .................... , a palavra de Deus revelada aos homens por meio de Cristo é a mesma palavra que inspirou os filósofos gregos pagãos. Deste modo, a razão do pensamento grego é do cristianismo". 
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto. 
a. ( X ) a Patrística ; o logos 
b. ( ) a Teologia cristã ; a fé 
c. ( ) a Escolástica ; a perscrutação 
d. ( ) os exegetas luteranos ; a inspiração 
e. ( ) os filósofos medievais ; o empirismo. 

Agostinho de Hipona 354-430
44. Se o Deus criador é o Ser perfeito e possui entre os seus atributos a Suprema Bondade, identificada de certa maneira com a Forma do Bem platônica, como é possível a existência do Mal? Teria o Deus sumamente bom criado o Mal? A ......, muito forte naquele período, defendia a existência de dois princípios equivalentes, o Bem e o Mal, em luta permanente, com uma tendência de identificação de ambos com Deus e o Demônio, respectivamente. ......, inspirado em Platão, defende que só o Bem existe, sendo o Mal apenas a ausência, ou privação, do Bem. Deus, o Ser perfeito, é sumamente Bom, mas os seres criados, inferiores na ordem do Ser, são imperfeitos e finitos, perecíveis. Daí se origina o Mal como falha, imperfeição. Esta é a solução ontológica, e também teológica, para o problema da existência ou da realidade do Mal. 
(MARCONDES, D. Textos básicos de ética. De Platão a Foucault. São Paulo: Jorge Zahar, 2007, p. 51) 
As lacunas do texto acima podem ser preenchidas apenas por uma das alternativas abaixo. Qual alternativa é essa? 
(A) Doutrina aristotélica e Epicuro. 
(B) Doutrina estóica e Cícero. 
(C) Doutrina platônica e Aristóteles. 
       (D) Doutrina maniqueísta e Santo Agostinho. 
(E) Doutrina platônica e São Tomás de Aquino. 
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19. Agostinho de Hipona, mais conhecido como Santo Agostinho, foi, no Ocidente, a primeira e principal referência para a criação de uma filosofia com temática cristã, ou de uma filosofia que fundamente racionalmente a fé cristã. Dele é possível afirmar ainda que: 
A) Inspirou-se completamente na filosófica clássica grega e romana, sem modificar tais doutrinas. 
B) Na doutrina da iluminação Agostinho defende que é possível alcançar as verdades divinas pelo mero esforço das luzes da mente humana. 
C) A relação entre fé e razão mostra-se também na relação de submissão da ordem religiosa à ordem política. 
          D) Ao dizer "creio para entender" Agostinho está colocando a vontade como diretriz da inteligência, a fim de orientar a razão na busca da verdade. 
E) Na busca da verdade Agostinho sempre quis ser antes de mais nada um filósofo, não um teólogo. 
9. De modo geral os padres, latinos anteriores a Agostinho se sentiram pouco atraídos pela filosofia e, quando se ocuparam dela, não criaram ideias verdadeiramente novas. Os primeiros apologistas tiveram uma formação jurídico-retórica ao passo que, para outros pensadores latinos, prevaleceram os interesses estritamente teológicos e pastorais. Identifique o que há de verdade no que se diz abaixo sobre os pensadores latinos. 
I. O primeiro escrito apologético é de Octávio de Minucio Felix, para o qual interessam as coincidências entre os filósofos gregos e o cristianismo. Ele afirma que os filósofos gregos asseveram as mesmas coisas que são cridas pelos cristãos, mas isso não significa que os cristãos tenham seguido os passos dos gregos, mas porque eles se deixaram conduzir por um distante vislumbre que brilhou diante de seus olhos, graças à predicação dos profetas sobre a divindade. 
II. Tertuliano afirmou que existe uma semelhança fundamental entre os filósofos e os cristãos: "existe uma semelhança fundamental entre o filósofo e o cristão: ambos são candidatos ao céu, ambos abominam a fama terrena e a venda de palavras, ambos custodiam a verdade." Sendo assim, Tertuliano afirma que tanto em Atenas quanto em Jerusalém se busca a verdade com simplicidade de coração. 
III. Tertuliano se mostra partidário da ontologia estoica. Para ele, o ser é corpo (nihil enim, si non corpus, nihil est incorporale, nisi quod non est). Para Tertuliano, Deus é corpo, ainda que sui generis, do mesmo modo que é alma, também é corpo. 
IV. A filosofia mosaica de Ambrósio implicou na aquisição de novos conceitos ignorados pelo pensamento grego, começando pela noção de criação que é formulada pela primeira vez de um modo sistemático: Deus cria a matéria do nada e logo imprime nela a forma; para criar o mundo físico, Deus cria previamente o cosmos inteligível (as ideias) como modelo ideal, e este cosmos inteligível não é mais que o Logos de Deus no ato de formar o mundo. 
V. O eixo central da filosofia de Cipriano é a noção de Logos, entendida em um triplo sentido: a) princípio criador do mundo; b) princípio de qualquer forma de sabedoria, que inspirou aos profetas e aos filósofos; c) princípio de salvação (Logos Encarnado). 
        a) Os itens II, IV e V são falsos. 
b) Os itens I, III e V são falsos. 
c) Os itens I, II e IV são falsos. 
d) Os itens II, III e V são falsos. 
e) Os itens I, III e IV são falsos. 

10. Agostinho é, de longe, o primeiro grande pensador da Filosofia Cristã. A sua tentativa de cristianizar o pensamento platônico nos rendeu obras memoráveis. Identifique qual(is) destas citações são de autoria do Bispo de Hipona. 
I. "Em Deus nada tem um significado acidental, porque nEle não há acidentes; não obstante, nem tudo o que dEle se predica, predica-se segundo a substância. Nas coisas criadas e mutáveis, o que não se predica em um sentido substancial não pode ser predicado mais que em sentido acidental... Porém em Deus nada se predica em sentido acidental, porque nEle não há nada de mutável, e não obstante, nem tudo o que se predica, predica-se em um sentido substancial". 
II. "Cada coisa, pois, foi criada de acordo com sua própria razão ou ideia. E estas razões ou ideias, onde são encontradas se não é na mente do Criador? Com efeito, Deus não poderia contemplar algo que estivesse fora de si mesmo, com o intuito de tomá-lo como modelo para criar o que criava: seria um sacrilégio só pensá-lo". 
III. "A boa natureza não se encontra em um indivíduo, e sim porque este o quer assim, e seria de outra maneira se assim o quisesse: por isso, só se lhes aplicam um justo castigo aos defeitos naturais e não aos voluntários. A natureza se converte em mal, não porque se dirija para coisas más, e sim porque se dirige erroneamente, contra a ordem da vontade, a um ser inferior, afastando-se d?Aquele que é o Supremo". 
IV. "Por que, com efeito, a falaz fortuna leva a cabo tão notáveis vicissitudes? Aos inocentes lhes oprime a dura pena causada pelo delito, enquanto perversos desígnios se sentam em um alto trono, e os malfeitores, em um ímpio escambo, pisoteiam a cabeça dos justos. A clara virtude, rodeada por obscuras sombras, jaz oculta, e o justo redime as culpas dos iníquos". 
V. "É próprio de um grande coração recorrer em todas as coisas à dialética; porque o recorrer a ela é recorrer à razão; de modo que quem não recorre a ela, estando feito à imagem e semelhança de Deus segundo a razão, menospreza sua dignidade e não pode renovar dia-a-dia a sua imagem e semelhança de Deus". 
a) Somente III e IV. 
b) Somente I e V. 
c) Somente IV e V. 
          d) Somente I e II. 
e) Somente II e III. 

23. Leia o texto que segue com atenção: 
"Deus é o princípio supremo e fonte do Ser. Consequentemente, Deus é fonte de todo o conhecimento e é norma de vida". 
Com base nos seus conhecimentos e no teor do texto assinale a alternativa que identifica o autor das afirmações. 
a. ( ) São Calisto 
b. ( X ) Santo Agostinho 
c. ( ) Santo Alberto Magno 
d. ( ) Santo Tomás de Aquino 
e. ( ) Santo Ignácio de Loyola 

João Filopono 490-580
Santo Anselmo 1033-1109
Pedro Abelardo 1033-1109
Averróis 1126-1198
Alberto Magno 1200(c.)-1280
Roger Bacon 1214-1294

Escolástica
36. Durante a filosofia escolástica, destaca-se o nome de Guilherme de Ockham, por conta de seu pensamento pautado por um princípio de economia. Segundo Etienne Gilson, em A filosofia na Idade Média, Ockham não se cansava de repetir que, se quisermos uma proposição que nos garanta, ao mesmo tempo, a sua verdade e a realidade que ela afirma, precisaremos de uma: 
      A) evidência imediata. 
B) mediação especulativa. 
C) criação artística. 
D) fé inesgotável. 
E) reflexão subjetiva. 


Tomas de Aquino 1225-1274
Texto IV: "As verdades que professamos acerca de Deus revestem uma dupla modalidade. Com efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um só Deus, etc. Estas últimas verdades, os próprios filósofos as provaram por meio de demonstração, guiados pela luz da razão natural". 

40. Identifique a opção que não expressa verdade sobre Tomás de Aquino, autor da citação do texto IV. 
a) A primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino - na Suma Teológica, sua obra máxima - é a das relações entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. 
b) Profundamente influenciado por Aristóteles, Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma idéia clara e distinta. 
c) Tomás diz que os seres finitos realizam todos determinados graus de perfeição, mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é Deus. 
       d) O homem, segundo Tomás de Aquino, não pode desejar o que conhece, porém deve desejar aquilo que for desconhecido. 
e) N.d.a. 

20) Com o objetivo de demonstrar racionalmente a existência de Deus, São Tomás de Aquino desenvolveu um conjunto de argumentos conhecidos como As Cinco Vias. Assinale a alternativa que pertencente àquele grupo de provas. 
A) Dizemos, portanto, que a Causa de todas as coisas e que está acima de todas as coisas não é nem sem substância, nem sem vida, nem sem razão, nem sem inteligência; todavia, não é nem um corpo, nem uma figura, nem uma forma, e não tem quantidade ou qualidade ou peso; não está em um lugar, não vê, não tem tato, não conhece desordem e perturbação para ser agitada pelas paixões materiais, não é nenhuma das coisas sensíveis, nem as possui. 
B) De fato, Deus é aquilo de que não se pode pensar nada maior. Quem entende isso de modo correto entende também que Ele é de tal modo a não se poder afirmar que não exista nem mesmo no pensamento. Quem, portanto, entende como é Deus não pode pensar que não exista. 
          C) Assim, nem todos os entes são possíveis, mas é preciso que algo seja necessário entre as coisas. Ora, tudo o que é necessário tem, ou não, a causa de sua necessidade em um outro. Aqui também não é possível continuar até o infinito na série das coisas necessárias que tem uma causa da própria necessidade, assim como as causas eficientes, como se provou. Portanto, é necessário afirmar a existência de algo necessário por si mesmo, que não encontra alhures a causa de sua necessidade, mas que é a causa da necessidade para os outros: o que todos chamam Deus. 
D) Todas as coisas boas podem se corromper, e não se poderiam corromper se fossem sumamente boas, nem tampouco se não fossem boas. Se fossem absolutamente boas seriam incorruptíveis, e se não houvesse nada de bom nelas, não poderiam se corromper. Portanto, ou a corrupção não prejudica em nada, o que não é admissível, ou todas as coisas que se corrompem são provadas de algum bem; quanto a isso não há dúvidas. Mas se fossem privadas de todo bem, deixariam completamente de existir. Portanto, enquanto existem, são boas. Portanto, todas as coisas que existem são boas, e o Mal não é uma substância, pois se fosse uma substância seria um bem. 
E) Efetivamente, ninguém que entenda o que são o fogo e a água pode pensar realmente que o fogo seja água; de uma certa maneira pode pensá-lo, mas somente segundo as palavras. Igualmente, ninguém que sabe o que é Deus pode pensar que Deus não exista, mesmo pronunciando essas palavras em seu coração, ou como palavras sem significado, ou segundo um significado impróprio. Quem, portanto, entende como é Deus não pode pensar que não exista. 

Questão 10 
"Em todas as coisas que se ordenam a um fim que pode ser alcançado de diversos modos, faz-se necessário algum dirigente para que se possa alcançar o fim do modo mais direto." 
(AQUINO, Tomás de. A realeza: dedicado ao Rei de Chipre, I, 1). 
Segue-se dessa tese política de Tomás de Aquino que: 
A) a autoridade é necessária devido à incapacidade humana de vislumbrar e alcançar coletivamente o bem comum. 
X B) a autoridade é a instância para regrar a cooperação social, proporcionar o funcionamento correto da sociedade e produzir o bem comum. 
C) dado que Deus dotou todos os homens com a luz natural da razão, a autoridade é consequência imediata e necessária dessa condição. 
D) somos, por natureza, seres que vivem em grupo e cooperam, e, por essa razão, basta a lei natural para regular a vida em sociedade. 


11. Tomás de Aquino dá começo à Suma contra os Gentios, fazendo suas as palavras de Hilário de Pointers: "Sei que devo a Deus, como principal dever de minha vida, que todas as minhas palavras e meus sentidos falem dEle." Deus, e não o homem ou o mundo, é o objeto primeiro de suas reflexões. Só no contexto da revelação é possível construir uma correta reflexão sobre o homem e o mundo. Quando se fala da filosofia tomasiana, há que se considerarem alguns elementos que são chaves de leitura da estrutura básica do pensamento deste autor medieval, dentre elas as famosas cinco vias para demonstrar a existência de Deus. Identifique, dentre os itens abaixo, o que não pertence a este núcleo de demonstração tomasiana: 
I. "Existem algumas verdades que superam todos os poderes da razão humana, por exemplo, que Deus é uno e trino. Há outras verdades às que se pode chegar através da razão natural, por exemplo, que Deus existe, que Deus é uno, e outras semelhantes". 
II. "As criaturas, ao participar no ser de Deus, em parte se assemelham e em parte não. Não há identidade entre Deus e as criaturas, porém tampouco existe uma equivocidade, porque sua imagem se reflete no mundo. Entre Deus e as criaturas existe, pois, semelhança e dessemelhança, ou em outras palavras, uma relação de analogia, no sentido de que o que se predica das criaturas se pode predicar de Deus, porém não do mesmo modo nem com a mesma intensidade". 
III. "Efetivamente, é certo e consta em nossos sentidos que neste mundo mudam algumas coisas. Neste sentido, tudo o que muda está movido por outro, porque uma coisa não muda se não é em potência aquilo no que acaba em mudança, e pelo contrário, move (é dizer, provoca uma mudança) na medida em que é ato. (...) É impossível, pois que segundo o mesmo aspecto e do mesmo modo um ente seja origem e sujeito da mudança (movens et motum), ou seja, que se mova a si mesmo. Portanto, tudo o que se move deve ser movido por outro. (...) É preciso, pois um primum movens quod in nullo moveatur, isto é, a existência de um imutável...". 
IV. "Na natureza achamos coisas que é possível que sejam e não sejam, porque nos encontramos com que se engendram e se corrompem, e, por conseguinte, tanto lhes é possível ser como não ser. Porém, é impossível que existam sempre, porque o que pode não ser, em algum momento não é. Por isso, se tudo pudesse não ser, em algum momento não haveria existido nada (...). Assim, se em algum momento não houvesse existido nada, seria impossível que uma coisa qualquer houvesse começado a existir e, portanto, tampouco agora existiria nada, o que é impossível. (...) Em consequência, não podemos deixar de admitir a existência de um ente que possua em si mesmo a própria necessidade e que não a receba de nenhum outro, e sim que também cause em outras coisas sua própria necessidade...". 
V. "Vemos que as coisas que carecem da consciência, como os corpos naturais, atuam segundo uma finalidade, e isto se faz patente pelo fato de que atuam sempre, ou quase sempre, do mesmo modo, para obter melhores resultados. Portanto, se aprecia com qualidade que alcançam seu propósito não por azar, mas de maneira intencionada. Neste sentido, tudo o que não tem conhecimento não pode mover-se para um fim, a menos que esteja dirigido por algum ente dotado de conhecimento e inteligência, como a flecha está dirigida pelo arqueiro. Por isso, existe um ser inteligente que dirige todas as coisas naturais para seu próprio fim...". 
a) Apenas os itens IV e V. 
b) Apenas os itens III e IV. 
      c) Apenas os itens I e II. 
d) Apenas os itens II e III. 
e) Apenas os itens I e III. 


William de Ockham 1285-1350
Questão 11 "Sons vocais são signos subordinados aos conceitos ou intenções da alma (...) porque essas palavras são criadas por imposição para significar as coisas elas próprias - que são significadas pelos conceitos na mente, de modo que primeiro o conceito significa uma coisa de modo natural e em seguida o som vocal significa a mesma coisa." 
(OCKHAM. Summa totius logicae). 
A sentença que melhor explica a afirmação de Ockham é: 
A) tanto sons vocais quanto conceitos são convencionais. 
B) tanto sons vocais quanto conceitos significam algo de modo natural. 
C) sons vocais significam algo de modo natural, conceitos são convencionais. 
X D) sons vocais são convencionais, conceitos significam algo de modo natural. 


RENASCIMENTO
25. Analise o texto abaixo: 
O período denominado Filosofia Moderna (séculos XVII-XVIII), também é conhecido como Grande Renascimento Clássico, que nasce como um esforço para superar o ambiente de pessimismo teórico reinante no final do século XVI e início do século XVII, conhecido como .............................. , atitude filosófica que duvidava da capacidade ................................. para conhecer a realidade exterior ao homem. 
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto. 
a. ( X ) Ceticismo ; da razão 
b. ( ) Idealismo ; do intelecto 
c. ( ) Racionalismo ; dos sentidos 
d. ( ) Classicismo ; da observação 
e. ( ) Monismo ; da experimentação 
21) No período do Renascimento, que abrange os séculos XV a XVI, desenvolveu-se no campo da filosofia uma concepção específica de filosofia e um estilo de filosofar que, se rompe com a escolástica medieval, por outro lado, não se confunde inteiramente com a filosofia moderna. O fragmento "O homem é a medida de todas as coisas", atribuído ao sofista Protágoras, é retomado e torna-se um lema do humanismo renascentista. Considerando o exposto, assinale a alternativa que contém os representantes do humanismo renascentista, isto é, que se destacaram por exaltar o homem: 
A) Giordano Bruno e Galileu Galilei 
B) Pico Della Mirândola e Paracelso 
C) Nicolau de Cusa e Giordano Bruno 
D) Galilei Galilei e Paracelso. 
        E) Nicolau de Cusa e Pico Della Mirândola 
Nicolau de Cusa 1401-1464
Erasmo 1469(c.)-1536

Maquiavel 1469-1527
63. Leia com atenção o texto a seguir: Não é necessário a um príncipe ter todas as qualidades mencionadas, mas é indispensável que pareça tê-las. Direi, até, que, se as possuir, o uso constante delas resultará em detrimento seu, e que, ao contrário, se não as possuir, mas afetar possuí-las, colherá benefícios. Daí a conveniência de parecer clemente, leal, humano, religioso, íntegro e, ainda de ser tudo isso, contanto que, em caso de necessidade, saiba tornar-se o inverso. 
(MAQUIAVEL, N. O príncipe. In: WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2004. Vol. 1, p. 39) 
Para Maquiavel, 
I. a virtude própria do príncipe está no agir conforme as circunstâncias. 
II. se o príncipe não for realmente íntegro, não poderá governar por muito tempo, já que perderá o respeito de seus súditos. 
III. o comprometimento com as virtudes tipicamente cristãs é muitas vezes prejudicial à governabilidade. 
IV. o que tradicionalmente é visto como vício pode ser uma virtude no governo de um Estado. 
V. a aparência sempre se fundamenta na essência. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
(A) I e V. 
      (B) I, III e IV 
(C) V. 
(D) II e V. 
(E) III. 

35. Sobre O Príncipe de Maquiável, assinale a alternativa incorreta. 
a) Maquiavel começa O Príncipe descrevendo os dois principais tipos de governo: as monarquias e as repúblicas. 
       b) Maquiavel defende que o príncipe deve procurar fazer coisas que o façam ser odiado, demonstrando força. 
c) Descreve as virtudes que em geral se pensa serem necessárias a um governante, concluindo que algumas «virtudes» levam os príncipes ao desaparecimento, ao passo que alguns «vícios» permitem-lhes sobreviver. 
d) Maquiavel nota que nós pensamos normalmente que o melhor para um governante é ter a reputação de ser generoso. 
e) Para o autor do Príncipe o melhor é o governante ter uma reputação de ser avarento. 


21. Maquiavel em O Príncipe fornece elementos para uma nova ciência política a partir do contexto do renascimento nas cidades européias. Segundo ele não existe um fundamento anterior ou exterior à política, tais como Deus ou Natureza, mas toda cidade está dividida em dois desejos opostos: os poderosos com o desejo de oprimir e comandar e o povo com o desejo de não ser oprimido. Nessa perspectiva, do realismo político, Maquiavel defende que: 
            A) O verdadeiro Príncipe é aquele que sabe tomar e conservar o poder; 
B) A finalidade da política é a divisão do povo; 
C) Os poderosos são quem devem eleger o Príncipe; 
D) O poder deve ser negociado democraticamente com todas as partes; 
E) O líder político precisa unir a cidade superando os desejos opostos. 
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20. Maquiavel não era filósofo, era historiador e consultor político, mas suas ideias geralmente são consideradas não só como marcantes para o nascimento da ciência política, mas também das próprias questões que deram origem à filosofia política moderna e contemporânea, e particularmente no que se refere à natureza do poder, sobre o qual ele afirmou que: 
A) o soberanos deve cumprir apenas a vontade do povo, mesmo que isso prejudique a manutenção do poder em suas mãos. 
B) A Ética política é uma decorrência direta da moral individual. 
             C) A razão de Estado, ou os interesses da República, é que devem determinar a atuação do governante. 
D) A política está sempre sujeita aos interesses religiosos. 
E) O ideal da República e do bem estar dos cidadãos deve estar acima da realidade das circunstâncias, sendo esse ideal o norteador da ação do príncipe. 
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16) "Assim é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade" [...] "E ainda que não se importe em incorrer na fama de ter certos defeitos, defeitos estes sem os quais dificilmente poderia salvar o governo, pois que, se se considerar bem tudo, encontrar-se-ão coisas que parecem virtudes e que, se forem praticadas, lhe acarretariam a ruína, e outras que poderão parecer vícios e que, sendo seguidas, trazem a segurança e o bem-estar do governante" (MAQUIAVEL. O Príncipe. In: Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 64). 
Assinale a alternativa incorreta: 
A) Para Maquiavel, a psicologia desenvolvida em torno do poder fundamenta o conhecimento secular e autônomo do político e o separa radicalmente da ética e do direito. 
B) Um príncipe deve aprender a ser cruel se necessário e, mesmo, aceitar a ser visto assim por seus súditos. Uma crueldade que deve ser calculada e nunca ditada pelo medo ou pela barbárie, nem ultrapassando a estrita necessidade. 
         C) Um governante não deve, segundo Maquiavel, preocupar-se em cultivar as ditas virtudes morais, uma vez que o controle das paixões representa um freio para o exercício efetivo do poder, devendo por isso, deixar-se levar pelo impetus. 
D) Maquiavel recusa a prioridade da ética sobre a política que havia caracterizado o pensamento clássico. 
E) À semelhança dos renascentistas preocupados em fundar uma nova ciência física, o pensador florentino rompe com o pensamento escolástico anterior, através da defesa de um método de investigação empírica, propondo estudar a sociedade pela análise efetiva dos fatos humanos, sem perder-se em vãs especulações. 
33 - "Os povos revoltados devem ser amputados antes que infectem o Estado inteiro. O mal deve ser extirpado sempre a fim de que se mantenha o poder." Esse pensamento moderno, condutor de muitas ações políticas contemporâneas, pertence ao filósofo: 
a) Hobbes. 
b) Aristóteles. 
       c) Maquiavel. 
d) Feuerbach. 
e) Nietzsche. 


Questão 12 Se, por um lado, Maquiavel é lido como "teórico da força", por outro, interpretações recentes de sua obra destacam preocupações a respeito da constituição de sociedades livres. 
Entre os textos abaixo, aquele que melhor expressa essas preocupações republicanas do autor é: 
X A) "... logo que se impõe uma tirania sobre uma cidade de vida livre, o menor mal que disso resulta à cidade é deixar de progredir, de crescer em poder ou em riquezas." 
B) "... é necessário para um príncipe que queira se conservar aprender a não ser bom e disso se valer segundo a necessidade". 
C) "um senhor prudente não pode nem deve observar a palavra dada quando esta voltar-se contra ele e quando as razões que o fizeram prometer desaparecerem". 
D) "é preciso, porém, que [um príncipe] tenha um ânimo predisposto a mudar conforme os ventos da fortuna e as variações das coisas o exigirem". 


10. As discussões em torno da legitimidade dos sistemas políticos, as relações de poder à organização de novas formas de vida em sociedade são alguns dos objetos de investigação da Filosofia Política. Temas que são desenvolvidos da Antiguidade até a Contemporaneidade por vários pensadores. A propósito do conteúdo Filosofia Política, assinale a alternativa CORRETA: 
         A) Autor de O Príncipe, Maquiavel era pessimista com a natureza humana, optando pela ação política realista, em que a história é a grande mestra para os homens, mas deve ser especialmente para o Príncipe. A virtù é a habilidade desejável ao Príncipe para se adaptar às circunstâncias sempre mutáveis, de modo a dominar a fortuna e a fim de que o Príncipe pudesse não apenas conquistar o poder, mas também mantê-lo. Era partidário do republicanismo, sobretudo em sua obra Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio, e inaugurou a teoria política moderna. 
B) A experiência política Greco-Romana se caracterizou pela separação entre o espaço público das leis e do direito na polis (ou res publica) e o espaço privado da oikonomia, um aspecto crucial daquilo que pode ser chamado de 
Política. O esforço posterior das teorias políticas modernas também foi na tentativa de salvaguardar a separação público/privado: desde as teorias liberais que distinguem entre o interesse privado da sociedade civil e o interesse público do Estado, até Marx, que, nesse ponto em específico, reconheceu a mesma importância dada pelas teorias liberais à separação sociedade civil/Estado, em seu texto Contribuição à crítica da economia política, a fim de se conquistar uma genuína experiência política. 
C) O nascimento dos Estados Nacionais Modernos reforça as perguntas sobre o que é o poder político, sua origem, legitimidade etc., e filósofos como Hobbes, Locke e Rousseau forneceram algumas respostas. Com base na diferenciação entre Estado de Natureza e Estado Civil, os três filósofos mencionados idealizam a natureza propondo sempre um retorno ao estado natural ? condição heurística na qual o homem se encontra afastado da violência ?, a fim de que o Estado, legitimado pelo Contrato Social, possa garantir a vida, a liberdade e a propriedade, as três características que exprimem o conceito de ?vontade geral? elaborado por Locke em seu segundo livro dos Dois Tratados de Governo. 
D) A organização da vida nas cidades, escreveu Aristóteles, tem por finalidade assegurar a "vida boa" (Política, 1252 b30), gerando também necessidades de dar respostas sociais ao poder e, dentre as respostas, inventa-se a Política. Das experiências que se conhecem sobre a relação entre sociedades e poder sempre existiu o embate entre Sociedade e Estado, ou seja, uma relação em que se separam de um lado os cidadãos e de outro o poder nas suas mais variadas formas, uma experiência que vai da polis grega, passando pelos Estados Modernos até as formas contemporâneas de representação política. 
E) Criado por Marx, o conceito de Ideologia foi associado continuamente à política, mas originalmente associado à noção de "fetichismo da mercadoria" ou ainda ao seu conceito intitulado "reificação", noções que compõem ainda o horizonte da "superestrutura social", o mesmo horizonte que, segundo Marx, determina a consciência social do indivíduo. 

Thomas More 1478-1535
François Rabelais 1483-1553*
Paracelso 1493-1541

Michel Eyguem de Montaigne 1533-1592
76. "Para julgar as aparências que recebemos dos objetos", escreve Montaigne, "necessitaríamos de um instrumento judicatório; para verificar esse instrumento, necessitamos da demonstração; para verificar a demonstração, de um instrumento: eis-nos andando à roda." 
(COMTE-SPONVILLE, A. Apresentação da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 59 e 60. Tradução de Eduardo Brandão) 
Montaigne NÃO está defendendo que 
(A) a avaliação crítica do conhecimento recai num círculo vicioso. 
(B) na crítica do conhecimento, o juiz da questão é o próprio réu. 
(C) o conhecimento não pode aspirar a uma certeza absoluta. 
         (D) só podemos verificar se as nossas representações correspondem à realidade por meio de instrumentos científicos. 
(E) os homens não possuem acesso direto às coisas, mas só possuem acesso às suas aparências. 

Giordano Bruno 1548-1600

Francis Bacon 1561-1626

31) Analise as alternativas e, a seguir, marque a opção correta: 

I. No Novum Organum Bacon propõe um método teórico-experimental com matiz indutivo, cuja primeira parte corresponde à recusa de todos os ídolos. 
II. O método científico baconiano (tabulae baconianas) é essencialmente causal-explicativo, porque busca explicar causas e efeitos dos fenômenos naturais e os erros a que as escolas filosóficas nos induzem, os ídolos da caverna. 
III. As teorias são modelos dicotômicos com relação à realidade e à explicação causal dos fenômenos. 
IV. A perspectiva de ciência em Bacon, ainda é demasiadamente influenciada por uma concepção metafísica tradicional. 
a) Somente as alternativas I e II são verdadeiras. 
b) Somente as alternativas II e III são verdadeiras. 
c) As alternativas III e IV são falsas. 
d) Somente as alternativas III e IV são verdadeiras. 
      e) As alternativas I e IV são verdadeiras. 


23) De acordo com o que propõe Francis Bacon, no Novum Organum, são corretas as alternativas: 
I. O Novum Organum constitui uma crítica ao Organon de Aristóteles que, segundo Bacon, expressava uma verdadeira indução. 
II. A experiência expressa as ideias da mente divina, que são as marcas e impressões verdadeiras gravadas por Deus nas criaturas que, por sua vez, as manifesta através da verdadeira indução. 
III. São de cinco gêneros os ídolos da mente humana: da tribo, da comunidade, da Caverna, do Teatro e do Foro. 
IV. As ideias da mente humana devem ser rejeitadas como base da experiência reveladora da ciência, porque representam ídolos que devem ser abjurados. 
V. Bacon no Organon defende uma verdadeira indução.. 
a) Somente a alternativa I é correta. 
b) Somente as alternativas II e III são corretas. 
c) Somente as alternativas III e IV são corretas. 
         d) Somente as alternativas II e IV são corretas. 
e) Somente a alternativa V é correta. 

25. Francis Bacon é um dos filósofos modernos que mais contribuiu para a teoria do conhecimento assumir o lugar central do pensamento moderno. Em sua obra Novum Organum, aprofunda a investigação sobre a capacidade humana para o erro e a verdade. Uma das grandes contribuições de Bacon é sua formulação sobre a teoria da indução, a qual a partir de sua obra ganha uma eficácia e amplitude maior no debate sobre o método nas ciências modernas. O principio da INDUÇÂO requer que: 
A) Se articule razão com sentimentos e emoções; 
B) O estudo priorize o referencial teórico; 
       C) Todo conhecimento parte da experiência da realidade, a partir da observação direta dos objetos de estudo; 
D) O método científico parta do conceito universal; 
E) O conhecimento deve partir do universal para chegar ao particular. 
___________________________________________

___________________________________________ 
15. Leia o texto que segue com atenção: 
O autor do livro "Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado" afirma que "Designamos por aparelhos ideológicos de Estado certo número de realidades que se apresentam ao observador imediato sob a forma de instituições distintas e especializadas". 
Com base nos seus conhecimentos e no teor do texto assinale a alternativa que identifica o autor das afirmações. 
a. ( ) Lênin 
b. ( ) Karl Marx 
c. ( ) William James 
d. ( X ) Louis Althusser 
e. ( ) Friederich Engels 
18. Leia o texto que segue com atenção: 
Para Francis Bacon a ciência deveria começar com observações cuidadosas, pois baseando-se num número significativo de observações particulares pode-se fazer inferências sobre o universal. 
Com base no teor do texto e nos seus conhecimentos assinale a alternativa que identifica o método científico preconizado pelo filósofo mencionado. 
a. ( X ) indutivo 
b. ( ) dedutivo 
c. ( ) analítico 
d. ( ) sensitivo 
e. ( ) experimental 

19. Para sobreviver, o ser humano teve que solucionar alguns problemas práticos como o do frio, da chuva, das doenças, do sexo, da segurança e do medo. A experiência adquirida, o enfrentamento dessas dificuldades, e de outras, deu origem às formas de conhecer o mundo e enfrentá-lo, bem como ao conhecimento: 
a. ( ) inato ou do sensível. 
b. ( ) científico ou do instintivo. 
c. ( ) dedutivo ou do intelectivo. 
d. ( ) racional ou do sobrevivência. 
e. ( X ) empírico ou do senso comum. 


Galileu Galilei 1564-1642
22. Galileu Galilei realizou estudos em diferentes campos da pesquisa, conforme os definimos atualmente e, assim, consagrou-se como uma espécie de instituidor das bases que norteariam a chamada Ciência Moderna. Nas passagens abaixo estão postos alguns dos pensamentos de Galileu e um nome generalizado a cada uma dessas ações. 
Relacione as colunas de forma a "ligar" o posicionamento à respectiva denominação. 
1. Infinito. 
2. A relatividade do movimento. 
3. A busca das causas. 
4. O livro da natureza está escrito com signos matemáticos. 
5. O conhecimento do homem e o conhecimento de Deus. 
( ) "...a faculdade de entender pode considerar-se de duas maneiras, isto é, intensivas ou extensivas; e que extensivas, isto é, em relação com a multidão das coisas inteligíveis que são infinitas, o intelecto humano é como nulo, mesmo quando entende bem mil proposições, pois mil aspectos do infinito é como zero; mas, considerando o entender "intensivo", enquanto este termo representa intensivamente, isto é, perfeitamente, alguma proposição, digo que o intelecto humano entende algumas tão perfeitamente e tem a respeito delas certeza tão absoluta como a tem a própria Natureza". 
( ) "...assim como os produtos se chamam quadrados, os que os produzem, ou seja os que se multiplicam, se chamam lados ou raízes. Conseqüentemente, os outros que não nascem de números multiplicados por si mesmos, não são quadrados. De onde, se eu dissesse que todos os números, incluindo os quadrados e os não quadrados, são mais que os quadrados, terei enunciado uma proposição realmente verdadeira". 
( ) "...uma bola de chumbo vai ao fundo; laminada e com forma de bacia, já não vai mais ao fundo... É evidente que o resultado não é o fruto da forma ou da figura, pois essa mesma bacia, cheia d?água, mantém sua figura e no entanto vai ao fundo; nem é o ar que ela contém, já que, removido, também vai ao fundo. ...não é a figura que fará descer ou não, já que a mesma figura ora desce ora não...". 
( ) "O que acontece em concreto da mesma forma ocorre em abstrato; e seria uma coisa insólita se os cômputos e os raciocínios feitos em números abstratos não correspondessem, depois, às moedas de ouro e de prata e às mercadorias em concreto". 
( ) "O movimento enquanto é movimento e como movimento atua, está em relação com as coisas de que carece; mas, entre as coisas que todos participam igualmente, nada ocorre e é como se não existisse". 
A legenda que contempla horizontalmente de cima para baixo classificando corretamente a relação proposta acima é: 
A) 1, 5, 4, 3 e 2 
         B) 5, 1, 3, 4 e 2 
C) 4, 3, 5, 1 e 2 
D) 3, 4, 1, 5 e 2 
E) 1, 3, 5, 4 e 2 

Tommaso Campanella 1568-1639

Isaac Newton 1643-1727
53. Imagine que Newton ou Einstein tivessem morrido ao nascer. A história das ciências teria sido outra, é claro, porém muito mais em seu ritmo do que em sua orientação. Nem a gravitação universal nem a equivalência da massa e da energia teriam se perdido: alguém, mais tarde, as teria descoberto, e é por isso que se trata de descobertas, de fato, e não [...] de criações. Mas se Shakespeare não tivesse existido, se Michelangelo ou Cézanne não tivessem existido, nunca teríamos tido nenhuma das suas obras nem nada que pudesse substituí-las. Não é apenas o ritmo, as personagens ou o desenrolar anedótico da história da arte que teriam sido diferentes, mas seu conteúdo mais essencial e, inclusive, em parte, sua orientação. Suprimamos Bach, Haydn e Beethoven da história da música: quem pode saber o que a música, sem eles, teria sido? 
(COMTE-SPONVILLE, A. Apresentação da Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 105) 
O que NÃO se pode inferir da ideia acima descrita pelo autor? 
(A) O subjetivismo não é um dos elementos mais essenciais da ciência, mas, pelo contrário, a busca pela objetividade. 
(B) Se é possível dar uma definição para a arte é a de que ela tem como ponto de partida a subjetividade do artista. 
(C) Para a arte é por vezes mais importante a singularidade da obra do que o grau de universalidade que ela traz em si. 
(D) Na história da arte a figura do gênio é mais importante do que na história da ciência. 
        (E) Enquanto a arte almeja na obra a pura objetividade, a ciência somente progride por meio das criações subjetivas de gênios tais como Newton e Einstein. 
QUESTÃO 46 
Analise as afirmativas. 
I. Nos anos que intercorreram entre Copérnico e Newton
, mudaram-se as ideias sobre a ciência, sobre o trabalho científico, sobre as relações entre ciência e sociedade e entre o saber científico e a fé religiosa. 
II. Na ciência moderna há a presença da tradição mágica e da hermética, de acordo com a historiografia recente e mais atualizada. No curso da revolução científica, alguns temas e ideias de magia se tornaram funcionais para o desenvolvimento da ciência moderna. 
III. O traço mais característico da ciência moderna é a ideia de método e, mais especificamente, de método hipotético dedutivo. A ciência torna -se experimental. 
Com base na análise, assinale a alternativa correta. 
a. Apenas I e II estão corretas. 
b. Apenas II e III estão corretas. 
c. Apenas a I está correta. 
d. Apenas a II está correta. 
         e. Todas estão corretas. 
Giambattista Vico 1668-1744

IDADE MODERNA
Atenção: O texto a seguir refere-se às questões 72 e 73. 
A técnica é um conhecimento empírico, que, graças à observação, elabora um conjunto de receitas e práticas para agir sobre as coisas. A tecnologia, porém, é um saber teórico que se aplica praticamente. Por exemplo, um relógio de sol é um objeto técnico que serve para marcar horas seguindo o movimento solar no céu. Um cronômetro, porém, é um objeto tecnológico: por um lado, sua construção pressupõe conhecimentos teóricos sobre as leis do movimento (as leis do pêndulo) e, por outro, seu uso altera a percepção empírica e comum dos objetos, pois serve para medir aquilo que nossa percepção não consegue perceber. Uma lente de aumento é um objeto técnico, mas o telescópio e o microscópio são objetos tecnológicos, pois sua construção pressupõe o conhecimento das leis científicas definidas pela óptica. Em outras palavras, um objeto é tecnológico quando sua construção pressupõe um saber científico e quando seu uso interfere nos resultados da pesquisa científica. 
(CHAUI, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2006, p. 222) 

72. A partir do texto acima citado, pode-se dizer que a tecnologia difere da técnica na medida em que 
(A) não possui aplicação prática. 
(B) é acessível a todos. 
        (C) cria uma interdependência entre os seus objetos e os conhecimentos científicos. 
(D) não consiste em um conhecimento. 
(E) é puramente teórica. 

73. A tecnologia e a produção de objetos tecnológicos são inseparáveis do ideal de intervenção e de controle da natureza por meio do conhecimento científico, ideal que se torna dominante a partir 
(A) da Idade Antiga. 
(B) da Idade Média. 
       (C) da Idade Moderna. 
(D) do século XIX. 
(E) da segunda metade do século XX. 

65. Os principais representantes do jusnaturalismo (teoria dos direitos naturais) são 
(A) Maquiavel e La Boétie. 
      (B) Hobbes, Locke e Rousseau. 
(C) Montesquieu e Diderot. 
(D) Toqueville e Stuart Mill. 
(E) Kant e Montesquieu. 



25.O conhecimento tornou-se, na Modernidade, um dos temas mais discutidos pelos filósofos, dada a importância atribuída à investigação das condições de validade dos saberes. Neste sentido, podemos apontar como questões essenciais da Epistemologia: 
a) Os conceitos de sujeito e verdade, considerados os mais investigados quando se trata do conhecimento filosófico. 
        b) As questões quanto à possibilidade (ceticismo, dogmatismo), a origem (empirismo, racionalismo), a essência (subjetivismo, objetivismo), os tipos de conhecimento e os critérios de verdade. 
c) As categorias de verdade, extensão do conhecimento, a confiabilidade dos sentidos e a correção dos juízos. 
d) As questões sobre a classificação dos saberes, a demarcação da ciência, a finalidade do conhecimento e a objetividade do sujeito. 
e) Os conceitos de compreensão, verdade, subjetividade, causalidade, experiência sensível e raciocínio lógico. 

44 - Foi na Idade Moderna que se fundamentaram teoricamente as diretrizes políticas as quais passaram a configurar o surgimento do Estado Nacional, estabelecendo as bases para as Teorias Políticas Contemporâneas. 
Assinale a opção que retrata as novas relações sociais e políticas presentes naquela época. 
a) As lutas populares - por liberdade e igualdade - são desencadeadas, criando um contrapoder social sem que se identifiquem avanços para efetivas mudanças democráticas. 
b) A influência da nova classe burguesa defende o poder político não mais herdado, entretanto, sem estar atento aos direitos e deveres dos cidadãos. 
c) O poder do Estado se exerce pela força: as leis são prescritas de forma verticalizada, a censura, a punição e as restrições revelam uma posição sociopolítica doutrinária. 
         d) A política, encarada como categoria autônoma, partindo de uma postura realista, passa a sustentar a ordem racional e laica, para traçar novas linhas que orientariam as idéias liberais e a democracia sob nova ótica. 
e) A política da modernidade surge como contraponto ao poder teocrático da Idade Média manifestando posições divergentes que não levariam à estruturação de uma sociedade com maior participação nos cargos. 

45 - No período da Idade Média em que a Escolástica se desenvolveu de maneira mais fecunda, identifica-se a filosofia aristotélico-tomista que utiliza, tanto as luzes da razão divina quanto as luzes da razão natural. 
Diante desta assertiva, assinale a alternativa que evidencia essa visão filosófica. 
         a) A "Suma Teológica" de São Tomás de Aquino representa a mais alta expressão da possível conciliação entre a fé e a razão. 
b) O conteúdo das verdades da revelação divina é contrário às verdades oriundas da razão. 
c) Na Baixa Idade Média começam a haver mudanças fundamentais no campo da cultura, todavia, não se constata o desenvolvimento do gosto pelo racional. 
d) Crer para compreender é o lema que norteia a base doutrinária do dogma cristão ao longo do pensamento tomista. 
e) Diferentemente da Alta Idade Média, a filosofia cristã escolástica defende as verdades teológicas que predominam sobre a verdade intelectiva. 


Hobbes, Thomas (1588-1679)
64. No Leviatã, Hobbes opõe-se à tese aristotélica de que o homem é sociável por natureza, dizendo que 
(A) a constituição de uma sociedade organizada é impossível. 
(B) a socialização desvirtua o homem, tornando-o indefeso. 
(C) ninguém quer renunciar à sua liberdade e viver em sociedade. 
       (D) os homens são naturalmente inclinados à discórdia e à luta de uns contra outros. 
(E) toda ciência política é desprovida de valor, já que os homens não foram feitos para viver em sociedade. 

___________________________________________ 
23. Hobbes escreveu sua sobras sob inspiração das doutrinas do empirismo britânico; sua concepção de Estado, como um grande corpo, o Leviatã, foi sua contribuição mais conhecida para a modernidade; essa contribuição consistiu em: 
A) O Estado Leviatã é uma forma inevitável e natural de associação que traz em si mesma a opressão junto com a libertação e a salvação do cidadão. 
B) O contrato social que conduz à soberania do Estado só se justifica pela sua origem e sanção divinas. 
C) A soberania total do povo na constituição do Estado leva ao poder popular total, ou à verdadeira anarquia. 
D) Na conclusão da obra do Leviatã Hobbes defende a tutela da Igreja sobre o Estado. 
         E) Definir o ser humano como potencial inimigo (lobo) do seu semelhante, obrigando à realização de um contrato social para a mútua sobrevivência. 
___________________________________________ 
Questão 16 "Desta guerra de todos os homens contra todos os homens também isto é consequência: que nada pode ser injusto. As noções de certo e de errado, de justiça e injustiça, não podem aí ter lugar. Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça. (...) A justiça e a injustiça não fazem parte das faculdades do corpo ou do espírito." (HOBBES. Leviatã. XIII) 
"Nós estabelecemos anteriormente que todas as coisas são determinadas e que na Natureza não há bem nem mal." (ESPINOSA. Tratado breve. IV) 
Sobre a existência em si mesma ou não de noções éticas, pode-se dizer que Hobbes e Espinosa concordam que: 
A) existem em si mesmas e devem ser inteligidas, como tais, pelos homens. 
B) não existem em si mesmas e tampouco podem ser construídas pelos homens. 
C) não sabemos se existem ou não, pois são inacessíveis ao intelecto humano. 
X D) não existem em si mesmas, mas são construídas pelos homens. 
Questão 15 No capítulo XIV da primeira parte do "Leviatã", Hobbes, coerentemente com sua compreensão mecanicista da natureza humana, define a liberdade como: 
A) o poder que o homem possui de preservar sua própria vida, fazendo, para isso, tudo que seu julgamento e razão indicarem como meios adequados para tal fim. 
B) o preceito ou regra geral da razão que obriga o homem a evitar tudo aquilo que pode destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la. 
X C) a ausência de impedimentos externos, que podem limitá-la, mas não podem impedi-la de se exercer para além de sua capacidade restritiva. 
D) o direito do homem de usar todos os meios necessários para preservar sua própria vida e para buscar a paz, sem a qual sua vida estaria em risco constante. 

Descartes, René (1596-1650)

34) Considere as seguintes proposições relativas às noções de pensar, duvidar e existir na ordem cartesiana das razões e, a seguir, assinale a alternativa correta. 
I. Pensar implica duvidar. IV. Existir implica pensar. 
II. Duvidar implica pensar. V. Existir implica duvidar. 
III. Duvidar implica existir. VI. Pensar implica existir. 
      a) II, III e VI são verdadeiras. 
b) I, IV e V são verdadeiras. 
c) IV e VI são verdadeiras. 
d) Apenas IV é verdadeira. 
e) Apenas VI é verdadeira. 


28) Considere as seguintes proposições e, a seguir, assinale a alternativa correta: 
I. Para chegar à certeza do cogito ergo sum, Descartes não duvida de sua própria existência. 
II. Ao perceber, em dado momento, que tudo em que até então acreditara era falso, Descartes resolve assumir a dúvida como ponto de partida de seu método filosófico. 
III. Tendo como base a regra geral de que é verdadeiro tudo aquilo que é concebido com clareza e distinção, Descartes conclui que, para pensar, é preciso existir. 
IV. Segundo Descartes e seguindo o método cartesiano, quem duvida deve chegar à conclusão de que sua natureza consiste apenas em pensar. 
a) Apenas I e II são verdadeiras. 
       b) Apenas I e IV são verdadeiras. 
c) Apenas II e III são verdadeiras. 
d) Apenas III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas uma proposição é verdadeira. 



79. Já que, de um lado, tenho uma ideia clara e distinta de mim mesmo, na medida em que sou apenas uma coisa pensante e inextensa, e que, de outro, tenho uma ideia distinta do corpo, na medida em que é apenas uma coisa extensa e que não pensa, é certo que este eu, isto é, minha alma, pela qual eu sou o que sou, é inteira e verdadeiramente distinta de meu corpo e que ela pode ser ou existir sem ele. 
(DESCARTES, R. Meditações. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril, 1973. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. Meditação sexta, § 17, p. 14) 
A tese apresentada no texto supracitado é conhecida como 
       (A) dualismo. 
(B) espiritualismo. 
(C) solipsismo. 
(D) nihilismo. 
(E) ceticismo. 
58. Nas Meditações, de Descartes, o exemplo da percepção da cera e de seu derretimento na segunda meditação serve para mostrar que 
(A) a imaginação desempenha um papel central na determinação das essências das coisas. 
(B) se pode atribuir unidade a um corpo apenas por meio de suas mudanças. 
(C) a mente espera acontecimentos futuros a partir de fatos presentes com base em associações mentais passadas. 
(D) um corpo não permanece o mesmo durante a passagem do tempo. 
       (E) concebemos a identidade do objeto percebido apenas por meio da ação do entendimento. 

59. No Discurso do Método, Descartes apresenta quatro preceitos metodológicos para a constituição do conhecimento científico, entre os quais está o de conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos. 
(DESCARTES, R. Discurso do Método. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril, 1973. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. Segunda parte, p. 46) 
Esta ordem pela qual o conhecimento deve ser edificado ficou conhecida como a ordem 
     (A) das razões. 
(B) temática. 
(C) das matérias. 
(D) silogística. 
(E) do ser. 
24. "...não basta ter o espírito bom: o essencial é aplicá-lo bem". 
"Toda ciência é um conhecimento certo e evidente; e o que duvida de muitas coisas não é mais sábio do que o que nunca pensou nelas...". 
"...entre as disciplinas conhecidas só a aritmética e a geometria estão isentas de todo o engano ou incerteza, vamos examinar com maior cuidado a razão disto, observando que podemos chegar ao conhecimento das coisas por dois caminhos, a saber a experiência e a dedução". 
As três passagens acima foram retiradas da obra de um importante pensador moderno, a constar: 
A) Galileu Galilei; 
B) Emanuel Kant; 
C) Nicolau Copérnico; 
         D) René Descartes; 
E) George Berkeley; 
___________________________________________ 

22) Em As Paixões da Alma (1649), Descartes apresenta sua explicação dualista para a explicação do relacionamento entre o corpo e a alma. Em vista disso, analise as proposições abaixo: 
I. Conforme Descartes, a distinção entre a alma e o corpo é sentida imediatamente na experiência do indivíduo, ao passo que, a união substancial é fruto do pensamento e da reflexão. 
II. O termo paixões refere-se a todos os fenômenos nos quais a alma padece, ou seja, sofre uma ação vinda do corpo. 
III. A ação do corpo sobre a alma é exercida num lugar particular do corpo: a glândula pineal, onde ocorre o contato com os espíritos animais, que são realidades inteiramente corporais.. 
IV. A diferença entre o corpo de um homem vivo e um homem morto reside no fato de que neste último caso a alma deixa de produzir os movimentos corporais, de "animar" o corpo. 
Assinale a alternativa correta: 
A) São verdadeiras I, II, III. 
B) São verdadeiras I, II. 
C) São verdadeiras III, IV. 
D) São verdadeiras I, IV. 
            E) São verdadeiras II e III. 

23) Descartes, na sexta parte do Discurso do método, ao apresentar as razões que o levaram a revelar as regras do método e a publicar os ensaios (Dióptrica, Meteóros e Geometria), que são resultados da aplicação do método, coloca entre as mais importantes razões a das regras do método conduzirem " [...] a conhecimentos que sejam muito úteis à vida, e que, em vez dessa filosofia especulativa que se ensina nas escolas, se pode encontrar uma outra prática, pela qual conhecendo a força e as ações do fogo, da água, do ar, dos astros, dos céus e de todos os outros corpos que nos cercam, tão distintamente como conhecemos os diversos misteres de nossos artífices, poderíamos empregá-los da mesma maneira em todos os usos para os quais são próprios, e assim nos tornar como que senhores e possuidores da natureza". 
Em vista disso assinale a alternativa incorreta. 
         A) A proposta de Descartes consiste em cultivar a techne em detrimento da episteme. 
B) Na medida em que se concentra no projeto de melhorar as condições da vida humana através do conhecimento, a visão de Descartes sobre o conhecimento é antropocêntrica e, por isso, valorativa. 
C) A descoberta das leis da natureza é o que permitirá a intervenção humana e o controle sobre os mecanismos causais do mundo natural. 
D) Podemos dizer que a pretensão de Descartes promover uma ciência voltada para a utilidade humana coincide com aquela manifestada por Bacon no livro Novum Organon. 
E) Apesar dos esforços de Bacon e Descartes, quem irá conseguir desenvolver o método da nova ciência será Galileu e Newton. 

37. Nas suas famosas Meditações, Descartes mostrou como a dúvida pode ser de grande utilidade ao preparar o caminho para o pensamento. Na segunda meditação, conforme Descartes explica no "resumo" dessa obra, o espírito supõe que não existem todas as coisas de que tenha a menor dúvida, para logo em seguida o espírito reconhecer que é: 
A) possível que ele próprio não exista. 
       B) impossível que ele próprio não exista. 
C) possível que ele próprio exista. 
D) impossível que ele próprio exista. 

E) irrelevante que ele próprio exista ou não exista. Questão 28 
"Que declararei, digo eu, sobre mim que pareço conceber com tanta nitidez e distinção esse pedaço de cera? Não conheço a mim mesmo não só com muito mais verdade e certeza, mas ainda com muito maior distinção e nitidez? Com efeito, se julgo que a cera é ou existe pelo fato de eu a ver, por certo se segue bem mais evidentemente que eu próprio sou, ou que eu existo, pelo fato de eu a ver; pois pode ocorrer que o que vejo não seja, de fato, cera; pode ocorrer também que eu nem sequer tenha olhos para ver coisa alguma; mas não pode ocorrer, quando vejo ou (o que não mais distingo) quando penso ver, que eu, que penso, não seja alguma coisa." (DESCARTES. Meditações metafísicas. Segunda meditação, §16) 
"Quando eu acredito ver a cera com os meus olhos, eu apenas penso, por meio das qualidades que meus sentidos apreendem, a cera pura e sem qualidades que é a fonte comum delas. Para Descartes, portanto, (...) a percepção é apenas um começo de ciência ainda confusa." (MERLEAU-PONTY. Primeira Conversa) 
Decorre da interpretação de Merleau-Ponty da análise do pedaço de cera feita por Descartes que: 
A) o conhecimento humano consiste fundamentalmente em sua capacidade epistemológica sensível. 
X B) a relação entre a percepção e a ciência corresponde à relação entre a aparência e a realidade. 
C) não é possível qualquer remissão à inteligência para que ela descubra qualquer verdade sobre o mundo. 
D) a totalidade das manifestações sensíveis está incluída necessariamente em todo e qualquer "objeto verdadeiro". 
Questão 13 
A resolução expressa na segunda máxima da moral provisória de Descartes é: "ser o mais firme e o mais decidido possível em minhas ações e de seguir as opiniões as mais duvidosas, uma vez me tivesse resolvido por elas, com a mesma constância que o faria se fossem muito seguras". (Discurso do método, III) 
Sem poder partir de bases seguramente estabelecidas para os preceitos morais, Descartes justifica tal máxima: 
A) pela urgência das ações da vida cotidiana que exige que decidamos como agir com base apenas na probabilidade, impossibilitando quaisquer reconsiderações. 
X B) pelo fato de que, por mais frágeis que sejam as razões que nos levaram a tomar alguma decisão, elas impedem que fiquemos estagnados ou vaguemos sem rumo. 
C) pela capacidade que essa máxima tem de nos livrar dos remorsos e arrependimentos que agitam as consciências dos espíritos inconstantes e frágeis. 
D) pela nossa incapacidade de modificar as circunstâncias externas que demandam nossas ações, podendo agir apenas sobre nossos pensamentos e resoluções. 


Pascal, Blaise (1623-1662)
23. Assinale a alternativa que identifica corretamente o filósofo e autor da frase "o coração tem razões que a razão desconhece". 
a. ( ) Émile Zola 
b. ( ) Francis Bacon. 
c. ( ) Immanuel Kant. 
d. ( X ) Blaise de Pascal. 
e. ( ) Jean-Jacques Rousseau. 
Spinoza, Baruch de (1632-1677)
38. Spinoza, na sua Ética, investigou "a potência do intelecto ou a liberdade humana", o que constitui a quinta parte de seu livro. Logo no primeiro axioma desta parte, ele define sua posição sobre o problema da contradição entre duas ações em um mesmo sujeito. Segundo tal axioma, se, em um mesmo sujeito, são suscitadas duas ações contrárias, é correto afirmar que:
A) deverá, eventualmente, dar-se uma mudança em ambas, ou em apenas uma delas, sendo possível que deixem de ser contrárias. 
B) deverá, necessariamente, dar-se uma mudança em ambas, pois apenas em uma delas é insuficiente para que deixem de ser contrárias. 
C) deverá, necessariamente, dar-se uma fixação em ambas, ou em apenas uma delas, para que nunca deixem de ser contrárias. 
       D) deverá, necessariamente, dar-se uma mudança em ambas, ou em apenas uma delas, até que deixem de ser contrárias. 
E) deverá, necessariamente, dar-se uma cristalização de ambas, pois a estrutura ontológica dos entes exige a permanência dos contrários. 
Locke, John (1632-1704)
___________________________________________ 
35. "Nós temos por testemunho as seguintes verdades: todos os homens são iguais: foram aquinhoados pelo seu Criador com certos direitos inalienáveis e entre esses direitos se encontram o da vida, da liberdade e da busca da felicidade. Os governos são estabelecidos pelos homens para garantir esses direitos, e seu justo poder emana do consentimento dos governados". 
Essa passagem retirada de um conhecido documento público reflete principalmente as idéias de um grupo pautado pelo pensamento do: 
A) Anarquismo 
B) Comunismo 
C) Socialismo 
          D) Liberalismo 
E) Totalitarismo 
____________________________________________ 
QUESTÃO 31 A Filosofia oferece resposta à seguinte questão: a razão é algo próprio do ser humano ou adquirida pela experiência? 
Uma das possíveis respostas é a de que o homem, ao nascer, traz, em sua inteligência, não só os princípios racionais, mas também algumas ideias verdadeiras. 
A resposta acima corresponde a qual perspectiva filosófica? 
          a. Inatismo. 
b. Fenomenologia. 
c. Existencialismo. 
d. Empirismo. 
e. Estruturalismo.


Malebranche, Nicolas (1638-1715)
Leibniz, Gottfried (1646-1716)
Vico, Giambattista (1668-1744)
Berkeley, George (1685-1753)

Montesquieu (1689-1755)
36) Observe essas máximas de Filosofia Política. "Não espere seu inimigo atacar, ataque-o primeiro"; "O bem, faça-o aos pouquinhos, o mal, faça-o de uma vez"; "Para um príncipe é mais importante parecer bom do que ser bom"; "O inimigo, tenha-o bem perto ou bem longe, nunca à meia distância"; "Para se conservar como um príncipe, aprenda a ser mau, e se sirva disso conforme a necessidade"; É melhor e mais seguro ser temido do que ser amado". Essas máximas podem receber várias explicações à luz da Filosofia Política. As ideias citadas anteriormente foram apresentadas em uma única obra por: 
            a) Montesquieu. 
b) Maquiavel. 
c) Voltaire. 
d) Montaigne. 

13) O governo era exercido por três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Os cidadãos participavam ativa e diretamente no controle de todos os negócios públicos, observando-se em todas as decisões o princípio da maioria. Os mandatos eram de um (1) ano, permitindo-se a reeleição. Os cidadãos que agiam contra o Estado podiam ser condenados ao exílio com suspensão de seus direitos políticos por dez anos. É CORRETO afirmar que esta descrição define: 
A( ) o regime político de Esparta após a legislação aprovada por Licurgo. 
B( ) a evolução política das cidades-Estado gregas. 
C( ) o regime político do período republicano em Roma. 
D( ) a evolução política de Roma após o triunfo do cristianismo. 
       E( ) o regime político de Atenas após as reformas de Clístenes. 


Voltaire (1694-1778)
Reid, Thomas (1710-1796)

Hume, David (1711-1776)
22. "[...] a Filosofia não estuda a realidade empírica - a realidade das coisas que podemos observar e experimentar -; também não estuda a realidade social - a realidade das ações humanas que podemos explicar "olhando de fora". A Filosofia estuda conceitos. [...] Na medida em que sejam crenças, os conceitos têm "efeitos" no mundo por meio de nossas ações." 
(Marina Velasco, O que é Justiça. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2009.) 
De acordo com essa definição de Filosofia, é correto pensar que: 
a) As crenças são o objeto de estudo da Filosofia porque são as bases de nossas ações no mundo e diferenciam-se de uma realidade empírica e social, estando concentradas em nossas mentes. 
        b) Embora não estude a realidade empírica ou social, a Filosofia pode compreender essas realidades na medida em que estuda as ações causadas pelas crenças e torna possível prever tais ações. 
c) Os conceitos têm efeito no mundo porque explicam o seu funcionamento e revelam nossa capacidade de acessar a realidade de modo direto, representando-a com o auxílio da linguagem e produzindo os conhecimentos agrupados nas ciências. 
d) Definir a Filosofia como o estudo de conceitos refere-se à permanente preocupação dos filósofos em esclarecer o significado de nossas definições para as coisas existentes, sejam objetos ou fatos, e se essas definições fornecem boas justificativas para as crenças em que se baseiam as nossas ações. 
e) O estudo de conceitos define a Filosofia porque é a atividade mais elementar da investigação filosófica, pela qual todas as outras necessariamente precisam começar caso pretendam estabelecer um conhecimento verdadeiro e capaz de fundamentar ações corretas por causa de sua relação com a própria estrutura das coisas. 


26. Identifique se são verdadeiras ( V ) ou falsas ( F ) as afirmativas abaixo atribuídas aos defensores do 
empirismo. 

( ) Os objetos representam imagens inatas existentes no interior de cada indivíduo. 
( ) Nosso conhecimento se institui a partir da experiência adquirida através dos sentidos. 
( ) As sensações se reúnem e formam percepções, isto é, percebemos o objeto a partir de diferentes 
sensações. 
( ) O conhecimento resulta dos hábitos racionais que são organizados e acumulados pela memória. 
( ) Os princípios e as ideias a que chamamos realidade são inatos, universais e necessários. 
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 
a. ( ) V - F - V - V - V 
b. ( ) V - F - V - F - V 
c. ( ) V - F - F - V - F 
d. ( X ) F - V - V - F - F 
e. ( ) F - V - F - F - F 

27) Considere o seguinte raciocínio proposto por Hume: "toda ideia real se baseia em uma impressão determinada. Se alguma impressão dá origem à ideia do eu, essa impressão deve manter-se invariavelmente a mesma, durante todo o curso de nossas vidas. Mas não há nenhuma impressão constante e invariável" (Tratado Sobre a Natureza Humana, I, seção vi). 
Assinale a alternativa que contém a conclusão encaminhada por Hume através desse raciocínio. 
A) A consciência de si é algo claro e distinto. 
         B) A ideia de eu simplesmente não existe. 
C) A ideia de eu é inata. 
D) Podemos ser quem quisermos. 
E) É impossível saber quem realmente somos. 
39. No capítulo sobre "O empirismo inglês", da coletânea Curso de filosofia, organizada por Antonio Rezende, Danilo Marcondes reconhece que o empirismo é "uma das grandes correntes formadoras da filosofia moderna". Na "definição" contida na abertura desse capítulo, o intérprete afirma que os empiristas pretendem dar uma explicação do conhecimento a partir da: 
A) ideia inata. 
B) contemplação teórica. 
C) fé. 
D) subjetividade transcendental. 
       E) experiência. 
Questão 17 Diante da diversidade de gostos verificável entre os homens, Hume e Kant refletiram sobre o papel da razão e do sentimento na experiência estética. 
A opção que expressa a tese correta a respeito dessa temática é: 
X A) Para Hume, o padrão de gosto é fundado na experiência e na observação da natureza humana. 
B) Para Hume, a razão não tem nenhum papel no juízo de gosto, sendo geralmente fonte de preconceito. 
C) Para Kant, o juízo de gosto não pode ser referido a um sentimento, isto é, não pode ser subjetivo. 
D) Para Kant, o padrão de gosto é um conjunto de regras, cuja demonstração se dá a priori. 

Questão 20 A respeito do pensamento moral de Hume, pode-se afirmar que: 
A) é preciso derivar "deve" de "é", ou seja, juízos de valor de juízos de fato. 
B) moral e razão são princípios inativos, incapazes de gerar ações diretamente. 
X C) relações causais regulares podem ser atribuídas às ações humanas. 
D) assim como a identidade pessoal, a natureza humana está em constante fluxo. 



8. Uma das principais preocupações da Filosofia está relacionada à busca de um método que possa garantir a possibilidade de um conhecimento seguro e verdadeiro sobre a realidade. Entre os vários filósofos que se preocuparam com a questão do método, marque a resposta CORRETA: 
        A) Enquanto um filósofo empirista, David Hume considera que todo conhecimento tem como fonte primeira o mundo da experiência, nesse caso, o princípio de causalidade não é um dado a priori da razão, mas sim uma questão de hábito, fato que o torna um cético quanto aos poderes da razão. 
B) O método racionalista iniciou-se com Platão e prosseguiu com Descartes. Para ambos os dados sensíveis devem ser o ponto de partida do conhecimento, sendo que por indução é possível encontrar verdades universais. 
C) Kant, em sua Crítica da Razão Pura, concilia o Racionalismo e o Empirismo por meio de seu idealismo transcendental, o qual afirma que, para chegar à verdade, é necessário levar em conta a experiência e também a razão, em função das ideias inatas que a constituem. 
D) O Empirismo e o Racionalismo são compatíveis para a produção de conhecimento, visto que o primeiro tem por base o raciocínio dedutivo, enquanto o segundo considera o processo de indução como forma de ascender a verdade. 
E) Para o realismo aristotélico a investigação da verdade exige um método que possa elevar o intelecto em direção a uma realidade substancial que se encontra para além do mundo sensível.

Rousseau, Jean-Jacques (1712-1778)
33) Sobre o Emílio ou da educação é correto afirmar: 
      a) O Emílio ou da educação se coloca como um método que preserva toda a pureza natural do homem e suprime toda a maldade acumulada pela cultura artificial e pela desigualdade humana. 
b) O Emílio é um aluno completamente dependente de seus professores. 
c) O Emílio só é preparado para o convívio social por ser um selvagem. 
d) O Emílio não é preparado para o convívio social. 
e) Rousseau entende que seu aluno Emílio é real e se faz presente em todas as escolas onde as crianças sejam educadas. 


24) É verdadeira a alternativa: 
a) O Emílio é uma obra extremamente teórica e, por isso mesmo, nada demonstra aplicável à prática educativa. 
b) A preocupação central de Rousseau no Emílio foi com as primeiras fases do processo de desenvolvimento da criança na escola. 
c) Rousseau, filósofo representante do século das luzes, defende a tese segundo a qual a educação explicita os costumes, e as ciências e as artes contribuem para aprimorar e satisfazer as necessidades naturais. 
d) O Emílio expressa uma proposta educacional perfeitamente exequível e compatível com a sociedade de então, porquanto propõe um modo de superar a afetação do saber. 
                 e) São verdadeiras as alternativas "c" e "d".. 



31. Considerando os capítulos I e II do segundo livro Do Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, é possível dizer que a soberania deve ser 
(A) alienável e divisível. 
(B) submetida ao poder judiciário. 
(C) submetida ao poder executivo. 
         (D) inalienável e indivisível. 
(E) submetida à vontade única do rei. 

32. De um modo geral, é possível dizer que o contrato social de que fala Jean-Jacques Rousseau em sua obra homônima NÃO se refere 
(A) a uma renúncia à liberdade natural do indivíduo e à fundação social da soberania e da autoridade política. 
(B) a uma renúncia à posse natural de bens e de armas e a sua transferência ao soberano. 
(C) à passagem da condição natural do homem para a instituição do estado civil. 
(D) ao poder para criar e aplicar as leis, determinando com isso tudo o que é legal e ilegal, justo e injusto etc. 
          (E) à constituição do Estado como corpo político, formado por uma multidão ou comunidade de pessoas. 

38) Em relação ao Emílio de Rousseau, assinale a alternativa incorreta: 
A) O programa pedagógico de Rousseau é: dar à criança, depois o adolescente uma educação negativa, que os proteja o máximo de tempo possível da influência nociva da sociedade. 
B) O pequeno Emílio é criado no campo, longe dos homens e dos livros. 
C) A criança se formará por sua própria experiência, acompanhada sempre por um preceptor. 
         D) Cabe ao preceptor sempre aconselhar e reprovar seu pupilo nas ocasiões em que este se comportar mal fazendo uso indevido de sua liberdade. 
E) O papel do preceptor é dirigir discretamente as atividades da criança garantindo a formação de seu espírito livre. 

25) No Contrato Social (1757), Rousseau discute o fundamento legítimo da sociedade política e examina as condições e os limites em que opera o poder soberano. Na parte em que discute e rejeita a tese do direito do mais forte Rousseau se refere particularmente à ideia de qual pensador? 
A) John Locke 
B) Santo Agostinho 
C) Friedrich Nietzsche 
        D) Thomas Hobbes 
E) Tomazzo Campanela 
34. "Os filósofos que examinaram os fundamentos da sociedade sentiram todos a necessidade de voltar até o estado de natureza, mas nenhum deles chegou até lá." (Rousseau, Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens.) 
Sobre a descrição rousseauniana de estado de natureza no Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens é CORRETO afirmar que: 
A) O estado de natureza corresponde ao período inicial da criação do mundo, conforme encontramos no texto Bíblico, uma importante referência teórica para Rousseau. 
B) O estado de natureza corresponde ao estágio de desenvolvimento dos índios da América do Sul dos séculos XVII e XVIII, conforme atestam as pesquisas científicas da época de Rousseau. 
C) O estado de natureza rousseauniano tem como fundamento os estudos de Hobbes e Locke, pensadores que inspiraram Rousseau e ofereceram bases filosóficas para a elaboração da sua teoria do estado de natureza. 
X D) O estado de natureza é uma construção hipotética, uma criação do próprio autor que não se encontra fundada em fatos e em pesquisas científicas. 
E) Para Rousseau, assim como para Aristóteles, o homem é um ser naturalmente sociável. Portanto, a distinção entre estado de natureza e estado civil está fundada na criação dos governos e das leis. 

35. No Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, Rousseau elabora conceitualmente a ideia de homem natural como antítese do homem social. Nesse sentido, é CORRETO afirmar sobre o estágio inicial do homem natural rousseauniano: 
A) Era solitário, forte e naturalmente agressivo. A sua falta de entendimento era compensada pela imaginação ativa. Ignorava a dor e a morte e não dependia dos seus semelhantes para garantir a própria vida e suprir as suas necessidades: fome, sede, repouso. 
B) Vivia em comunidade, era pacífico, ignorava a morte e temia a dor. O seu entendimento e a sua imaginação eram faculdades "adormecidas." Dependia dos seus semelhantes para garantir a própria vida e suprir as suas necessidades: fome, reprodução, repouso. 
X C) O bom selvagem vivia em contato direto com a natureza, era forte e raramente interagia com os seus semelhantes. Com a imaginação e o entendimento "adormecidos", ignorava a morte, temia a dor e estava voltado unicamente para suprir as suas necessidades: fome, reprodução, repouso. 
D) O bom selvagem era forte e espontaneamente pacífico. Vivia pela ação da imaginação e do entendimento. Temia a dor e a morte e contava com a transparência dos seus semelhantes para suprir as suas necessidades: fome, sede, repouso. 
E) O bom selvagem vivia em comunidade e em contato direto com a natureza. Com a imaginação e o entendimento "adormecidos", ignorava a dor e temia a morte, estava voltado unicamente para suprir as suas necessidades: fome, reprodução, repouso. 

34) Na proposta educacional de Rousseau, há um enaltecimento da "educação natural" conforme um acordo livre entre o mestre e o aluno. Na sua obra-prima na área da educação, ele reafirma a crença na bondade natural do homem, e a responsabilidade pela origem do mal no homem é atribuída à civilização (sociedade). 
Outras ideias defendidas por Rousseau na obra "O Emílio" são: 
a) O materialismo dos sensatos e o teísmo ou religião civil. 
b) Quando o desenvolvimento adequado é estimulado, a bondade natural do indivíduo pode ser protegida da influência corruptora da sociedade. 
c) Os objetivos da educação comportam dois aspectos: a formação do homem político e moral e uma formação educacional inserida na sociedade. 
        d) O desenvolvimento progressivo das leis por meio de contratos entre os participantes. 



34 - Rousseau, um dos filósofos críticos de seu tempo, tratou, com muita pertinência, de questões sociais, políticas e educacionais. Destaca-se sua relevante contribuição, por ter promovido a "Revolução Copernicana" na educação, deixando como lição o otimismo pedagógico. 
Tomando por base essa assertiva, assinale a resposta CORRETA. 
             a) Uma nova maneira de lidar com a natureza humana possibilitou-lhe, no processo da educação: a valorização da infância, a abertura de espaço para as individualidades, o sentimento de liberdade e o relacionamento interpessoal. 
b) Sua posição inovadora na política e o entendimento sobre Estado e soberania assinalam uma relação muito próxima com o propósito da educação. 
c) A espontaneidade, as emoções não predominam sobre a razão, sobre o pensamento elaborado do indivíduo em estado de natureza. 
d) A escola deve ser espaço de alegria, de prazer, todavia, pelas exigências quanto ao domínio intelectivo, não propicia a cooperação entre os alunos. 
e) A criança precisa ser considerada enquanto tal, desenvolver seus interesses, sua independência, porém, é vista como miniatura do adulto, não sendo reconhecida como centro do processo educativo. 


Questão 22 A opção que expressa uma tese comum a Rousseau e a Marx é: 
A) O homem nasce livre, mas em toda parte se encontra acorrentado. 
X B) A propriedade privada é a origem da desigualdade entre os homens. 
C) As armas da crítica não podem dispensar a crítica das armas. 
D) A religião é o ópio do povo, o coração de um mundo sem coração. 

Questão 18 "Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja com toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado, e pela qual, cada um, unindo-se a todos, obedeça portanto apenas a si mesmo, e permaneça tão livre como anteriormente." (ROUSSEAU. Do contrato social, I, 6) 
A opção que melhor expressa a solução encontrada por Rousseau para essa questão fundamental é: 
A) a identificação da vontade soberana com a soma das vontades individuais (garantindo a cidadania). 
X B) a associação de todos como cidadãos (membros do soberano) e como súditos (submetidos às leis). 
C) a fundação da sociedade civil sobre o direito natural à liberdade, que todos possuem. 
D) o contrato social como recusa dos associados em se alienarem sem reservas a toda a comunidade. 
19. O motivo predominante da obra de Jean-Jacques Rousseau é o contraste entre o homem natural e o homem artificial. Sobre este pensador é correto afirmar: 
I. A divisão entre o teu e o meu dá origem ao estado de sociedade civil. 
II. Para Rousseau, pessoas morais são os indivíduos naturais, que, pelo contrato social, criam a vontade geral como corpo moral coletivo ou Estado. 
III. A própria vontade do corpo social ou soberano é a vontade geral que é a soma das vontades particulares. 
IV. O governo não é o intermediário entre os súditos e o corpo político. Os depositários do poder executivo exercem uma autoridade legítima sobre o povo, afinal, não são empregados do povo. 
V. O princípio da vida política repousa na autoridade soberana. O poder legislativo é o coração do Estado; o poder executivo, o cérebro. Não é pelas leis que o Estado subsiste, mas em virtude do poder legislativo. 
a) Somente as alternativas II, III e IV são verdadeiras. 
           b) Somente as alternativas I, II e V são verdadeiras. 
c) Somente as alternativas I, III e V são verdadeiras. 
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras. 
e) Somente as alternativas III, IV e V são verdadeiras. 

20. No pensamento político de Thomas Hobbes e de Jean-Jacques Rousseau, a propriedade privada não é um direito natural, e sim um direito civil, pois assegura por meio das leis a posse e a legitima. Por sua vez, o filósofo inglês John Locke parte da definição do direito natural como direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para a conservação de ambas. Analise as proposições abaixo. 
I. Para Hobbes, o Leviatã ou o soberano pode ser um rei, um grupo de aristocratas ou uma assembleia democrática. Em verdade, o decisivo não é o número dos governantes nem a forma do regime político, mas a determinação de quem possui a soberania. 
II. Para Rousseau, o regime que melhor realizaria as finalidades do contrato social é a democracia participativa ou direta. Ao contrário, para Hobbes, como a soberania pertence àquele a quem o direito natural foi transferido para que assegure paz e segurança, o regime político que lhe parece mais capaz de realizar essa finalidade é a monarquia. 
III. A teoria liberal admite que os proprietários privados sejam capazes de estabelecer as regras e as normas da vida econômica ou do mercado e que o fazem agindo numa esfera que não é estatal, e sim social. Nesse sentido, o Estado não tem a função de arbitrar, por meio das leis e da força, os conflitos da sociedade civil. 
IV. Existe, segundo Locke, uma lei de natureza que é a razão mesma na medida em que tem por objeto as relações entre os homens e prescreve a reciprocidade perfeita de tais relações. Esta lei de natureza vale para todos os homens enquanto homens (sejam ou não cidadãos). 
V. O estado de natureza é, necessariamente, tanto para Hobbes como para Locke, um estado de guerra. 
a) Todas as alternativas são verdadeiras. 
b) Somente as alternativas I, II e V são verdadeiras. 
c) Somente as alternativas I, II, III e V são verdadeiras. 
             d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras. 
e) Somente as alternativas III, IV e V são verdadeiras. 

Kant, Immanuel (1724-1804)

77. Leia e complete a lacuna corretamente. 
......, numa passagem célebre da sua Lógica, resumia o domínio da filosofia em quatro questões: Que posso saber? Que devo fazer? O que me é permitido esperar? O que é homem? 
(COMTE-SPONVILLE, A. Apresentação da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 15. Tradução de Eduardo Brandão) 
(A) Descartes. 
       (B) Kant. 
(C) Platão. 
(D) Sartre. 
(E) Leibniz. 

50. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento, o que assim já concorda melhor com o que desejamos, a saber, a possibilidade de um conhecimento a priori desses objetos, que estabeleça algo sobre eles antes de nos serem dados. 
(KANT, I. Crítica da razão pura, citado por CHAUI, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2006, p. 76, nota 7) 
Como a obra de Kant citada, a Crítica da razão pura, resolve a tarefa de estabelecer algo acerca do objeto antes que ele seja dado? Assinale a alternativa INCORRETA. 
(A) É possível estabelecer algo acerca do objeto antes de ser dado na medida em que o objeto é constituído ao mesmo tempo pela sensibilidade e pelas categorias puras do entendimento. 
(B) A questão é resolvida por Kant por meio da chamada revolução copernicana, isto é, ao deixar não que o sujeito se regule pelos objetos, mas os objetos pelo sujeito. 
        (C) O objeto pode ser conhecido antes de ser dado na medida em que, para Kant, o sujeito possui idéias inatas a partir das quais provém o objeto. 
(D) O objeto pode ser conhecido antes de ser dado na medida em que as categorias puras do entendimento constituem as condições de possibilidade dos objetos da experiência. 
(E) É possível estabelecer algo acerca do objeto antes de ser dado na medida em que o sujeito põe algo a priori no próprio objeto. 

45. A uma certa altura de sua Fundamentação da metafísica dos costumes, Kant formula o princípio segundo o qual "age somente de acordo com aquela máxima pela qual possas ao mesmo tempo querer que ela se torne universal". 
(Citado por MARCONDES, D. Textos básicos de ética. De Platão a Foucault. São Paulo: Jorge Zahar, 2007, p.87) 
Conhecendo-se a filosofia moral kantiana, pode-se dizer que essa é a definição de 
(A) máxima moral. 
(B) ação prática. 
(C) esclarecimento. 
       (D) imperativo categórico. 
(E) categoria prática. 

Texto II: É ciência da relação do conhecimento finalidade essencial da razão humana, que é a felicidade universal; portanto, a Filosofia relaciona tudo com a sabedoria, mas através da ciência. 
31. O texto II refere-se à definição de Filosofia dada por: 
a) Augusto Comte 
b) René Descartes 
c) Thomas Hobbes 
d) Bertrand Russell 
         e) Immanuel Kant 

26. Kant, com sua filosofia crítica, descortina uma nova visão de mundo dando verdadeiro estatuto para a consciência humana. Esta filosofia procura resposta para três questões: 
      a) O que eu posso saber? O que eu devo fazer? E o que eu posso esperar? 
b) Onde devo ir? O que posso dizer? E o que quero fazer? 
c) Quem eu sou? Para onde vou? E como vou? 
d) O que eu devo fazer? Quais são meus sonhos? E onde eu posso chegar? 
e) O que eu posso esperar? O que eu sei fazer? E o que eu devo fazer? 

27. Considere as afirmativas a seguir: I. Kant sofreu duas influências contraditórias: a influência do pietismo e a influência do racionalismo. 
II. Na terceira parte de sua Crítica da Razão Pura, na dialética transcendental, Kant se interroga sobre o valor do conhecimento metafísico. 
III. Para Kant, o direito de propriedade é a base da liberdade humana "porque todo homem tem uma propriedade que é sua própria pessoa". O governo existe para proteger esse direito. 
Está (estão) correta(s): 
a) I apenas. 
b) II apenas. 
c) III apenas. 
        d) I e II apenas. 
e) I, II e III. 

27. Emanuel Kant ocupa espaço singular nas discussões sobre o tema "Estética". Abaixo encontram-se algumas apreciações simplificadas envolvendo essa "disciplina". Aponte aquela definição que melhor se encaixa no pensamento kantiano referente ao assunto. 
A) Para saber o que há de verdadeiramente belo nesta terra é necessário primeiro fazer o vazio mental e limpar o espírito de tudo o que ele contém de inexato ou de insuficiente. 
B) O Belo é o arranjo estrutural de um mundo encarado no seu melhor aspecto. Não se trata tanto de ver os homens como eles são, mas de os ver como deveriam ser. 
      C) A Beleza é formal, pois somente é belo o que é objeto de prazer universal, isto é, a beleza é um predicado do juízo que o homem junta a um objeto quando este convida para o livre jogo de uma contemplação desinteressada. 
D) O Bom é o homem sério que resolve tudo em casa; a Beleza é a sua esposa florescente, o Agradável é o bebê, todo ele sentidos e jogos, o Útil é o criado que contribui com o trabalho manual, o Verdadeiro é o preceptor da família: ele dá a vista ao Bem, a mão ao Útil e apresenta um espelho à Beleza. 
E) O Belo não é uma dádiva ao nível da vida. Não existe no mundo terrestre. Está acima e para além do mundo. 
___________________________________________ 
28. A teoria do conhecimento de Kant revolucionou a concepção da relação entre a mente e a realidade, o que influiu também na sua doutrina sobre outras questões, inclusive a ética; desta podemos dizer que: 
A) A moral de Kant não se opõe, antes aperfeiçoa a "moral do coração" de Rousseau. 
         B) A razão prática, que estabelece e define a moral, está na origem do exercício da liberdade. 
C) O imperativo categórico não estabelece o dever, mas é apenas uma das muitas formas da lei moral interior. 
D) A consciência individual é algo transcendental, que não tem nada a ver com a descoberta a lei moral universal no indivíduo. 
E) A razão que fundamenta a moral não é pura nem universal, antes variável conforme as culturas e sociedades. 
___________________________________________ 
29. Kant revela na crítica da Razão Pura que a leitura da obra de Hume o despertou de um sono dogmático. A partir de Hume, que questiona sobre os limites e possibilidades do ser humano conhecer a verdade. Kant inaugura uma verdadeira Revolução Copernicana se debruçando sobre o estudo das faculdades humanas voltadas para o conhecimento. A revolução copenicana de Kant consiste basicamente em que? 
A) Na transição do método dedutivo para a indução; 
B) Na investigação sobre as diferenças entre a razão, os sentimentos e as emoções; 
C) No estudo sobre a metafísica tradicional; 
        D) Na investigação transcendental, ou seja, no estudo racional sobre a verdadeira capacidade humana para conhecer; 
E) Na crítica sobre os autores da ciência medieval; 
___________________________________________ 
36) "Entre todas as ciências racionais (a priori) só é possível, por conseguinte, aprender a matemática, mas nunca a filosofia (a não ser historicamente): quanto ao que respeita a razão, apenas se pode, no máximo aprender a filosofar." 
Essa afirmação polemica relativa ao aprendizado da filosofia corresponde a qual das alternativas abaixo? 
Marque a alternativa correta. 
A) Nietzsche 
B) Schopenhauer 
C) Hegel 
D) Schelling 
        E) Kant 

24) Na ética kantiana, dois conceitos aparentemente antagônicos, encontram-se engenhosamente articulados: o de liberdade e o de dever. Com base em seus conhecimentos sobre a teoria de Kant, analise as proposições a seguir e assinale a alternativa incorreta: 
A) Enquanto ser sensível o homem é um ser determinado, conforme Kant, mas enquanto ser inteligível é absolutamente livre. 
B) Se pago minhas dívidas com o objetivo de obter mais crédito, ou se evito mentir para que sempre acreditem em mim, nesses casos, para Kant, não ajo moralmente. 
        C) Conforme Kant, a liberdade consiste na ausência de determinações coercitivas estranhas, inclusive as de alguma lei. A obediência à lei, mesmo àquelas que prescrevemos, significa já a perda de liberdade. 
D) O dever é a necessidade de realizar uma ação unicamente por respeito à lei moral. 
E) O dever consiste na obediência a uma lei que se impõe universalmente a todos os seres racionais. 

40. Immanuel Kant dedicou sua Crítica da razão pura à questão do conhecimento. De acordo com o que escreve o filósofo alemão na abertura da parte sobre a "razão em geral" desta obra, todo o nosso conhecimento começa: 
A) na razão, vai daí aos sentidos e termina no entendimento. 
B) na razão, vai daí ao entendimento e termina nos sentidos. 
C) no entendimento, vai daí à razão e termina nos sentidos. 
    D) nos sentidos, vai daí ao entendimento e termina na razão. 
E) nos sentidos, vai daí à razão e termina no entendimento. 
QUESTÃO 42 
"A razão humana não é somente razão teórica
, ou seja, capaz de conhecer, mas também razão prática, capaz de determinar a vontade e a ação moral. Trata-se, portanto, de mostrar que a razão é suficiente por si só (sem o auxílio de impulsos sensíveis) para mover a vontade porque apenas neste caso podem existir princípios morais válidos sem exceção para todos os homens, ou seja, leis morais universais". 
(In: REALE, Giovani. História da Filosofia: De Spinosa a Kant, v.4 São Paulo: Paulus, 2003, p.376). 
Essas afirmações correspondem às reflexões filosóficas de qual pensador? 
a. Jean-Jacques Rousseau. 
b. David Hume. 
c. Benedito Spinosa. 
d. Thomas Hobbes. 
         e. Immanuel Kant. 
37) Kant fala de um conhecimento não imediatamente acessível aos seres humanos, e para alcançá-lo, é necessário que o homem saia da menoridade. A permanência do homem neste estado (menoridade) se deve ao fato de ele não ousar pensar, por três motivos (ou fatores). Eles são: 
a) Comodismo, covardia e indolência. 
b) Ignorância, medo e preguiça. 
          c) Intransigência, insegurança e orgulho. 
d) Temor, insensatez e alienação. 
38) Para Immanuel Kant, como seres humanos, nossa estrutura só nos permite ver o mundo de uma maneira particular, mas deve haver outra (ou mais de uma) forma de ver o mundo, embora nenhuma delas possa, possivelmente, representar o mundo como ele realmente é. Essas duas formas ou categorias são, respectivamente.: 
a) Mundo racional e mundo empírico. 
           b) Mundo sensitivo e mundo abstrato. 
c) Mundo fenomênico e mundo numênico. 
d) Mundo sensível e mundo das ideias. 


Questão 19 Na introdução a sua "Crítica da razão pura", para mostrar que possuímos certos conhecimentos a priori, Kant realiza uma operação similar a de Descartes ao distinguir entre as qualidades primárias e secundárias das coisas. 
Essa operação se encontra na seguinte passagem: 
A) "O conceito do mais curto é (...) acrescentado inteiramente e não pode ser extraído do conceito de linha reta por nenhum desdobramento. Portanto, se tem que recorrer aqui à ajuda da intuição, unicamente pela qual é possível a síntese." 
B) "(...) costuma-se dizer, acerca de algum conhecimento derivado de fontes da experiência, que somos capazes ou participantes dele a priori, pois não o derivamos imediatamente da experiência mas de uma regra geral, que nós mesmos, contudo, tomamos de empréstimo à experiência". 
C) "(...) a experiência jamais dá aos seus juízos universalidade verdadeira ou rigorosa, mas somente suposta e comparativa (por indução), de maneira que temos propriamente que dizer: tanto quanto percebemos até agora, não se encontra nenhuma exceção desta ou daquela regra." 
X D) "Em vosso conceito de experiência de um corpo, renunciai aos poucos a tudo o que nele é empírico: à cor, à dureza ou à maleabilidade, ao peso e mesmo à impenetrabilidade, mesmo assim resta o espaço que ele (agora completamente desaparecido) ocupou e o qual não podeis suprimir." 

23. "Não se pode apresentar um único livro, tal como se mostra um Euclides, e dizer: eis a metafísica, aqui encontrareis o fim mais nobre desta ciência, conhecimento de um Ser supremo e de um mundo futuro, demonstrado a partir de princípios da razão pura". In: KANT, Immanuel. Prolegómenos a toda a metafísica futura que queira apresentar-se como ciência. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, p.31. 
Analise as proposições abaixo. 
I. Segundo David Hume, a natureza funciona regularmente através de conexões necessárias, ou seja, nada ocorre por mera casualidade. 
II. Todos os conceitos derivam, em última análise, da experiência. No entender de David Hume, na sua posição empirista, não é possível concebermos coisas que nunca experimentamos, tal como unicórnios. 
III. A tese fundamental de Hume é que a relação entre causa e efeito nunca pode ser conhecida a priori, isto é, com o puro raciocínio, mas apenas por experiência. 
IV. De acordo com Kant, um corpo é extenso: é uma proposição certa a priori, e não um juízo empírico. 
V. De acordo com Kant, há os juízos sintéticos a priori, cuja origem é empírica; mas também há os que são certos a posteriori e provêm do puro entendimento e da razão. 
        a) Somente as alternativas III e IV são verdadeiras. 
b) Somente as alternativas II, IV e V são verdadeiras. 
c) Somente as alternativas I, II e III são verdadeiras. 
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras. 
e) Somente as alternativas II, III e V são verdadeiras. 

16. Diferentemente de Aristóteles, que tinha por preocupação buscar conhecer o que o homem encontra, Kant busca tratar da própria "possibilitação" do encontro conforme ele seja mediado pela subjetividade humana. Isto é o cerne da reviravolta copernicana do pensar que apresenta uma nova configuração para a ciência primeira. A proposta kantiana acerca do conhecimento humano não é mais a pergunta pelo ente enquanto ente, mas como tematização da subjetiva humana: buscando as condições de possibilidades de todo o pensar, este é o cerne do pensamento crítico de Immanuel Kant. Analise os itens abaixo e destaque entre eles o que pertence ao Filósofo de Königsberg. 
I. "... o espaço e o tempo são apenas formas da intuição sensível, isto é, somente condições da existência das coisas como fenômenos e que, além disso, não possuímos conceitos do entendimento e, portanto, tampouco elementos para o conhecimento das coisas senão quando nos pode ser dada a intuição correspondente a esses conceitos". 
II. "Não podemos ter conhecimento de nenhum objeto, enquanto coisa em si, mas tão somente como objeto da intuição sensível (...); de onde deriva, em consequência, a restrição de todo o conhecimento especulativo da razão aos simples objetos da experiência". 
III. "Para conhecer um objeto é necessário poder provar a sua possibilidade (seja pelo testemunho da experiência a partir da sua realidade, seja a priori pela razão) Mas posso pensar no que quiser desde que não entre em contradição comigo mesmo, isto é, desde que o meu conceito seja um pensamento possível, embora não possa responder que, no conjunto de todas as possibilidades, a esses conceito corresponda ou não também um objeto." 
IV. "Portanto, a primeira e mais importante tarefa da filosofia consistirá em extirpar de uma vez para sempre a busca de conhecimentos que tomem por base qualquer influência nefasta da experiência e da razão pura, agindo dessa forma, ao contrário do que pensa Hume, estaremos estancando a fonte dos erros". 
V. "A crítica não se opõe ao procedimento dogmático da razão no seu conhecimento puro, enquanto ciência (pois esta é sempre dogmática, isto é, estritamente demonstrativa, baseando-se em princípios a priori seguros), mas sim ao dogmatismo, quer dizer à presunção de seguir por diante apenas com um conhecimento puro por conceito (...). O dogmatismo é, pois o procedimento dogmático da razão sem uma crítica prévia da sua própria capacidade." 
a) Somente os itens II, III e IV são afirmações kantianas. 
       b) Somente os itens I, II, III e V são afirmações kantianas. 
c) Somente os itens I, II, e V são afirmações kantianas. 
d) Somente os itens I, III, IV e V são afirmações kantianas. 
e) Todos os itens são afirmações kantianas. 


17. Apesar da crítica de alguns autores de que Kant não teria fundamentado a suposição de que "há dois troncos do conhecimento humano", ele apresenta a sensibilidade e o entendimento como sendo estes dois troncos que "talvez brotem de uma raiz comum, mas desconhecida a nós". A estas duas faculdades, o filósofo de Königsberg acrescenta, na segunda parte da Analítica Transcendental, a faculdade do juízo. Evidencie o que exista de errado nos itens abaixo que se propõem ser uma sinopse das três faculdades do conhecimento segundo Kant. 
I. Enquanto o objeto da sensibilidade é dado por meio da afecção do ânimo, o objeto do entendimento, uma multiplicidade indeterminada da intuição, é pensado, isto é, determinado. 
II. Na sensibilidade, a capacidade do ânimo de ser afetado se chama sensibilidade (receptividade). O efeito exercido pelo objeto, a matéria da sensibilidade, se chama sensação. Do lado do entendimento, a capacidade de determinar o objeto, isto é, de produzir representações por si mesmo se chama entendimento, a faculdade dos conceitos. 
III. A relação com o objeto mediante a sensação chama-se pura (a priori), ao passo que a relação com o objeto mediante as categorias do entendimento se chama empírica (a posteriori).
IV. O objeto indeterminado (do ponto de vista conceitual) de uma intuição empírica é o fenômeno. O objeto (Gegenstand) como fenômeno determinado pelo entendimento se chama objeto (Objetk). 
V. Na faculdade da sensibilidade, as formas puras da intuição são as categorias, ao passo que na faculdade do entendimento, os seus conceitos puros são o espaço e o tempo. 
        a) Somente III e V são falsas. 
b) Somente I e II são falsas. 
c) Somente IV e V são falsas. 
d) Somente II e IV são falsas. 
e) Somente I e III são falsas. 

18. Na Crítica da Razão Pura (KrV), Kant busca um método adequado para a metafísica de modo que ela possa trilhar um caminho seguro. Com este propósito, ele acaba por proporcionar à Filosofia o que até hoje conhecemos por Revolução Copernicana do pensar. Com isso, Kant acredita ter salvo a metafísica das garras do racionalismo e do empirismo. Neste contexto, é correto dizer: 
I. Para que a metafísica alcance finalmente a dignidade de uma ciência, Kant propõe que ela faça uma revolução em seu modo de pensar, uma revolução que coloque, como no caso da matemática e da ciência natural, o sujeito cognoscente numa relação criadora com o objeto. 
II. Na Dialética Transcendental, Kant mostra que, no modo tradicional de pensar o objeto da metafísica, o incondicionado, não pode ser pensado sem contradição. Esta contradição permanece insuperável no novo modo de pensar, posto que as contradições, agora denominadas de antinomias são insuperáveis. 
III. Kant pretende, na Crítica da Razão Pura, superar não apenas o racionalismo, o empirismo e o ceticismo, mas também funda, sobretudo, uma nova posição do sujeito em relação à objetividade. 
IV. Para a nova teoria kantiana, sobretudo na última parte da Crítica da Razão Pura, consegue-se perceber que Kant obteve êxito em seu intento: provou que o objeto não deve mais regular-se pelo conhecimento, mas sim o conhecimento é que deve se deixar regular pelo objeto. 
V. Com a mudança do fundamento da objetividade, a teoria do objeto, a ontologia, passa a depender de uma teoria do sujeito, de modo que não pode mais haver uma ontologia autônoma. O mesmo vale para a teoria do conhecimento. 
a) Somente as alternativas II, III e IV são verdadeiras. 
b) Somente as alternativas I, II e V são verdadeiras. 
         c) Somente as alternativas I, III e V são verdadeiras. 
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras. 
e) Somente as alternativas III, IV e V são verdadeiras. 

14. "O Pensamento transcendental se entende, antes de tudo, como um confronto com o relativismo e com o caráter contraditório do ceticismo de tal modo que sua pretensão mais profunda é a restauração da razão." Este modelo de pensamento que se iniciou com Immanuel Kant - que imprimiu a chamada reviravolta copernicana do pensar - teve muitos seguidores, e aperfeiçoadores, destacadamente Karl-Otto Apel. Identifique o que pertence exclusivamente à base do modelo ético de pensar deste último. 
I. A pretensão de reformular o pensamento anterior a partir da combinação da reviravolta transcendental com a reviravolta linguístico-pragmática do pensar fez surgir a proposta apeliana. Deste modo, abre-se a possibilidade efetiva de uma fundamentação última do princípio-fundamento de tudo, o que não ocorreu com a filosofia anterior. 
II. "A posição básica é a afirmação de que qualquer proferimento, mesmo o do relativista e o do cético, sempre pressupõe verdade e enquanto tal se autodestrói, quando nega a verdade explicitamente, como é o caso do cético". 
III. "Retoma a velha tarefa da filosofia e a reinterpreta: a filosofia tem a ver com a explicitação do "fundamento" sempre pressuposto e por esta razão ineliminável do pensamento e a ação (...) este fundamento é subjetivo, a estrutura ineliminável da subjetividade finita". 
IV. "Através da mediação da linguagem faz-se uma passagem de uma "filosofia da subjetividade", típica do pensamento anterior, para uma "filosofia da intersubjetividade", respondendo a um dos apelos mais fortes do seu tempo". 
V. "A razão não pode mais dizer qualquer de sério diante das grandes questões que atormentam a humanidade de hoje. Estamos presos a nossas escolhas, que não podem mais ser fundamentadas. Aliás, nossa própria sensibilidade histórica não nos imuniza contra a tentação do estabelecimento de normas universais?". 
a) Somente II e III. 
b) Somente I e V. 
          c) Somente I e IV. 
d) Somente II e IV. 
e) Somente III e V. 
29. Analise o texto abaixo: 
A ordenação dos juízos conduz à mais alta unidade possível de conhecimento: .................... . Kant assim a define: "Todo o nosso conhecimento parte ................... , vai daí ao entendimento e termina na razão, acima da qual não é encontrado em nós nada mais alto para elaborar a matéria da intuição e levá-la à suprema unidade do pensamento". 
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto. 
a. ( ) a lógica ; da dedução 
b. ( ) a mente ; da inspiração 
c. ( ) a experimentação ; da observação 
d. ( ) a ciência ; da perscrutação 
e. ( X ) a razão ; dos sentidos 

25. Assinale o que for correto sobre o pensamento de Immanuel Kant. 
a. ( ) A razão e a inspiração podem conduzir ao conhecimento das coisas em si mesmas, inclusive a Deus. 
b. ( ) O fenômeno é o que se percebe através da razão e é a aparência do objeto percebido pela consciência. 
c. ( ) O conhecimento, necessariamente, deve subordinar-se aos objetos, únicas fontes do conhecimento verdadeiro. 
d. ( ) O racionalismo e o empirismo são as formas mais indicadas para se conhecer os fenômenos em si. 
e. ( X ) Não podemos conhecer as coisas tais como são em si mesmas, mas apenas no modo como elas aparecem, ou seja, como fenômenos. 

12. "A busca da beleza e a melhor forma de representá-la fazem parte do universo de preocupações humanas. Beleza essa que pode ser contemplada nas obras de arte, em objetos do uso cotidiano e no próprio corpo humano. Na história da humanidade, entretanto, pode-se notar que os padrões de beleza mudam de acordo com diferentes culturas e épocas e que esses padrões não estão somente presentes nas obras de arte" (LIVRO DIDÁTICO). Tendo em vista as diferentes abordagens sobre a questão do Belo, assinale a opção CORRETA acerca da concepção de estética dos filósofos abaixo: 
A) Baumgarten definiu estética como representação racional; as representações sensíveis são secundárias, redutíveis ao gosto pessoal e sujeitas a dissenso. 
B) Schiller considera a estética e a ética similares; as representações estéticas valem necessariamente por meio de percepção natural. 
C) Hegel vê a arte como ornamento, produto da natureza; o juízo estético provém de um fim externo, útil e atemporal. 
         D) Para Kant o juízo estético diz respeito ao modo como objetos afetam em termos de beleza, nunca em termos de utilidade ou de interesse. 
E) W. Benjamin diz que no século XX a Arte perde a aura; cinema e fotografia se ritualizam com a aplicação do critério de autenticidade. 

6. A Idade Moderna se ocupou de forma decisiva com o problema do conhecimento, na medida em que teorizou sobre a origem, a abrangência e as possibilidades do conhecimento, ou mesmo se perguntando pelos critérios de verdade. Assim é que se justifica a expressão Teoria do Conhecimento na Idade Moderna. Sobre o tema Teoria do Conhecimento, é CORRETO afirmar: 
A) O problema da verdade esteve sempre em primeiro plano na História da Filosofia. A concepção de verdade que vigorou nesses 2.500 anos de Filosofia remonta à tradição grega de verdade (em grego, veritas), segundo a qual a verdade depende do rigor e da precisão lógica da argumentação, de modo que o critério do conhecimento verdadeiro é a coerência interna ou coerência lógica das ideias enunciadas no discurso. 
B) O problema do conhecimento é uma preocupação exclusivamente Moderna, na medida em que é na Teoria do Conhecimento durante o período moderno que o conhecimento ascende ao primeiro plano, ao passo que os gregos ainda possuíam a preocupação com o Ser, e os medievais com a separação entre Fé e Razão. 
C) Em relação às fontes do conhecimento na Idade Moderna, pode-se dizer que houve uma polarização entre Materialismo, Idealismo e Agnosticismo, cuja síntese será operada pelo Positivismo Lógico de G. Bachelard. 
        D) Kant investiga as possibilidades do conhecimento, na medida em que se pergunta, por exemplo, pela validade da metafísica como ciência, ou seja, se ela é capaz de formar juízos sintéticos a priori, procedimento teórico que tinha entre seus objetivos apontar os limites da razão. Essa questão remonta à síntese operada por seu criticismo, por meio da sua Revolução Copernicana do conhecimento. Assim, o conteúdo material do mundo empírico é esquematizado por meio das formas a priori do entendimento, a fim de representar o mundo por meio do conhecimento. Uma das principais conclusões de Kant é restringir a razão e, consequentemente, a possibilidade do conhecimento ao fenômeno e nunca ao nôumeno. 
E) O aspecto metodológico do conhecimento foi abordado apenas por Kant por meio de seu esquematismo lógico: um conceito que incorpora especialmente o formalismo da Teoria dos Ídolos de Bacon e a Dúvida Metódica cartesiana. 

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