quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Prova de filosofia Medieval e Moderna 5


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IDADE MÉDIA

Marque "V" verdadeiro..............
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Cristianismo 
25. O objeto da atividade estética é o belo, assim como o da ética é o bom, o da religião é o sagrado,... O artista, quando faz uma obra de arte, propõe-se, antes de tudo, a dar uma expressão sensível à beleza. Sobre o Telos artístico, compreende-se que ele encerra, na visão cristã, sentidos: 
a) Naturalista, moral e mimético 
b) Litúrgico, metafísico e naturalista 
     c) Pedagógico, litúrgico e catártico 
d) Pedagógico, catártico e físico 
e) Litúrgico, pedagógico e naturalista 
22. A relação de Tertuliano com a Filosofia, ao contrário da que Justino estabeleceu, mostra-se hostil em relação ao pensamento helênico. Enquanto alguns Apologetas Gregos acreditavam terem conseguido trilhar um caminho de conciliação entre a fé e a Filosofia, Tertuliano não é muito favorável a essa postura. Para ele, o cristão, ao contrário do sábio grego, pode manifestar a verdade do seu discurso por meio de sua postura, comunicando com a vida a essência da verdade que o orienta: Deus. Assim, para Tertuliano, a especulação grega visava apenas ao conhecimento, enquanto o cristianismo, à conversão. A Filosofia era, portanto, impotente para ascender o humano ao Logos. A questão central desta crítica de Tertuliano é que
a) a Filosofia está fundada na tradição dos homens da Grécia e não nos homens de Jerusalém, que é o centro do mundo, por isso o seu conhecimento é vão. 
    b) a Filosofia não pode chegar à verdade, porque é movida pela admiração e pela diversidade de explicações, e não pela revelação cristã do Verbo Eterno. 
c) a atividade filosófica encontra o Logos, mas não o identifica nas pessoas, porque o Platonismo afastou a filosofia da realidade. 
d) a gnose cristã está fundamentada na gnose helênica e tem seus pontos de coincidência no pensamento especulativo grego. 
e) Atenas, que era a cidade símbolo da sabedoria profana, e os sofistas, os seus maiores representantes, corromperam a doutrina do Logos e a afastaram de sua verdade. 

17. Nos primeiros séculos do Cristianismo, antes dos editos imperiais que a tornaram religião aceita e, posteriormente, religião oficial do Império Romano, uma das preocupações dos teólogos era o respaldo intelectual que a doutrina revelada por Jesus Cristo carecia frente à filosofia grega. Justino busca encontrar pontos comuns aos cristãos e aos gregos. A defesa do Cristianismo se desenvolve, em Justino, sob duas linhas complementares: de uma parte, ele ressalta os pontos em comum, que fazem da filosofia e do Cristianismo dois aliados na luta da razão contra o politeísmo tradicional; de outra parte, ele tenta mostrar que a doutrina cristã é superior a todas as outras. O conceito dessa "comunhão" fundamental é o LOGOS. 
Compreende-se, a partir da assertiva acima, que: 
a) Os cristãos se aproximam da especulação dos filósofos clássicos por que mergulham no campo da narrativa e da poética. 
b) Os filósofos gregos não alcançaram a verdade do Logos, enquanto os filósofos cristãos a encarnaram pela fé. 
c) A verdade humana não é alcançada pela razão. A fé é a condição necessária para a razão e para a prática da justiça. 
     d) Sócrates e os cristãos travam a mesma batalha em defesa da justiça e da verdade, considerando-as verdades sublimes. 
e) Os filósofos gregos compreenderam a verdade da razão pela concepção de um Logos que se encarnaria no próprio ser humano. 

18. A doutrina justiniana do Logos manifesta, o grande esforço de englobar a história do helenismo e do judaísmo no cristianismo e, por conseguinte, de dar uma justificativa à sua pretensão de ser uma religião de todo o mundo. O que Justino apresentou como característica central de seu pensamento filosófico foi: 
     a) O agir de Deus na história constitui o grande tema da doutrina justiniana do Logos. 
b) A filosofia helênica não compreendeu a verdadeira essência da reflexão sobre a Physis e, por isso, o platonismo pode se desenvolver. 
c) O Judaísmo não havia se preocupado em estabelecer uma ligação histórica com a profecia da qual era herdeiro. 
d) Os Platônicos se afastaram das imagens confusas sobre a descrição da Physis por meio do mundo das ideias. 
e) Os gregos não desenvolveram uma narrativa religiosa que fosse verdadeiramente capaz de englobar o sentido da vida humana. 


28 - Na época do cristianismo, cuja filosofia perdera o seu vigor que tinha na época clássica, outra corrente muito forte de religião era difundida. Assinale a alternativa em que aparece esta religião. 
A) Islamismo 
B) Protestantismo 
C) Budismo 
     D) Judaísmo 
E) Confucionismo 

35) Essa filosofia introduziu idéias desconhecidas para os filósofos greco-romanos. Com a criação do mundo, pecado original, Deus como trindade una, encarnação e morte de Deus, juízo final ou fim dos tempos e a ressurreição dos mortos. Teve também, que explicar porque o mal existe no mundo já que este foi criado por Deus que é só bondade e amor. 
Trata-se da Filosofia: 
A) Gregoriana; 
  B) Patrística; 
C) Medieval; 
D) Helenística; 
E) Renascentista. 

18. A religião não sacraliza apenas o espaço sagrado e o tempo, mas também seres e objetos do mundo, que se tornam símbolos de algum fato religioso. Os seres e os objetos simbólicos são retirados de seu lugar costumeiro, assumindo um sentido novo para toda a comunidade. Sobre esse ser ou objeto recai a noção de tabu que é 
a) um símbolo da religião cristã que só pode ser tocado pelo sacerdote ou fiéis. 
b) um símbolo da religião afro utilizado em cerimônias que não pode ser tocado pelo sacerdote. 
     c) um interdito, ou coisas transformadas em símbolos que não podem ser tocada por ninguém que não esteja autorizado. 
d) um símbolo da religião judaica, presente em todas as sinagogas para veneração pelos fiéis o qual pode ser tocado. 
21. Ao surgir, o cristianismo é quase igual a todas as outras religiões
 anteriores a ele que mantinham suas raízes na religião judaica com a característica de ser nacional ou de um povo particular. Porém, havia algo no cristianismo que era inexistente no judaismo e nas outras religiões antigas. 

Qual traço do cristianismo o difere das outras religiões com raízes judaicas? Assinale a resposta CORRETA. 
    a) A ideia de espalhar a "boa-nova" para o mundo inteiro com o objetivo de converter os não cristãos e tornar-se uma religião universal. 
b) O interesse em converter apenas os intelectuais gregos e romanos. 
c) A busca pela aproximação da religião e da física. 
d) A busca pela aproximação entre ciência e religião. 
e) O desejo de evangelização do ocidente, levando a "boanova" para os países europeus. 

22. Não há dúvida de que existe uma grande diferença entre nossas certezas cotidianas e o conhecimento científico. Um breve exame em nossos saberes cotidianos e no senso comum da sociedade demonstra que eles possuem características que lhes são peculiares. Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma peculiaridade do saber produzido pelo senso comum. 
a) É subjetivo e exprime sentimentos e opiniões individuais e de grupos, variando de uma pessoa para outra ou de um grupo para outro, dependendo das condições em que vivemos. 
b) Por ser generalizado tende a estabelecer relações de causa e efeito entre as coisas ou entre os fatos. Tendo como exemplo quando se diz "onde há fumaça, há fogo". 
     c) Formam um conjunto de atividades intelectuais, experimentais e técnicas, relizadas com base em métodos que permitem e garantem que sua principal marca seja o rigor. 
d)Não se surpreendem, nem se admiram com a regularidade, a constância e a repetição das coisas, ao contrário disto, a admiração e o espanto se dirigem ao que é extraordinário. 
e) Comparam a ciência com a magia, considerando que ambas lidam com o misterioso, o oculto e o incompreensível. 

19. Uma das questões filosóficas da Escolástica é o argumento racional sobre a existência de Deus. Um ponto se tornou central nesse aspecto: o homem sensato é o que reconhece Deus e sua magnitude. O insensato, ao contrário, diz a si mesmo: Deus não existe. Santo Anselmo explicita essa afirmação, a partir de seu argumento ontológico: Deus é algo tal, que nada maior pode ser pensado. Esse algo é tão verdadeiro para Anselmo, que não é possível pensar no seu não ser. O objeto do pensamento ontológico de Anselmo 
a) é a relação entre a fé e a razão explicadas a partir da prova ontológica que os Apologetas Cristãos haviam legado ao ocidente. 
b) é o ser e sua verdade em contra partida à ideia de não ser que pairava no pensamento cristão. O cristianismo refutava a sabedoria filosófica grega por meio do argumento da fé e da revelação. 
       c) não é o ser, nem a ideia do ser, é a grandeza ou o máximo da perfeição. É a relação entre o pensamento e a perfeição concebida em termos de máximo concebível pela razão. 
d) é a fundamentação a partir da consciência de movimento e transitoriedade que a explicação de Aristóteles, por meio da metáfora do Motor Imóvel, demonstrou. 
e) tratava de propor o argumento da existência de Deus, sem que pudesse haver um intermediário entre o próprio Deus e o mundo que o anuncia. 

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Agostinho de Hipona 354-430

26) Leia com atenção as frases e pensamentos a seguir: 
"Se dois amigos pedirem para você julgar uma disputa, não aceite, pois você irá perder um amigo. Porém, se dois estranhos pedirem a mesma coisa, aceite, pois você irá ganhar um amigo." 
"Milagres não são contrários à natureza, mas apenas contrários ao que entendemos sobre a natureza." 
"Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita." 
"Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio." 
As frases acima são de autoria de: 
      A) Santo Agostinho; 
B) Thomas de Aquino; 
C) São Francisco; 
D) Gregório XII; 
E) Carlos Magno. 

Questão 42 O pensamento político medieval foi marcado pelas relações conflituosas entre a Igreja e os governantes seculares. Tendo em vista as teorias teológico-políticas da Idade Média, que divergem quanto à delimitação de soberania do poder espiritual e terreno, é INCORRETO dizer que: 
A) o governante não representa os governados, mas a Deus perante os governados, já que seu poder deriva Dele. 
B) a ordem política e social é uma hierarquia de funções e lugares fixos, onde o papa e o imperador ocupam o topo. 
      C) a finalidade do poder político é estritamente espiritual para Santo Agostinho e a Patrística latina. 
D) o rei e o papa são soberanos nos seus respectivos domínios, o temporal e o espiritual, segundo a "teoria das duas espadas". 
E) o rei possui dois corpos, o humano e o divino. 

23. A filosofia do conhecimento de Santo Agostinho (354-430 d. C.),
 reconhecidamente, tem forte influência do neo-platonismo. No fundamento deste, está um ceticismo cuja tese central é a de que a percepção sensível é variável, imperfeita e indigna de confiança, portanto, todo o conhecimento é limitado ao provável. A recepção de Agostinho a este ceticismo resultou na seguinte concepção do conhecimento humano: 
A) Não se pode estabelecer diferença essencial entre o sensível material e a sensação no homem, pois estas são um só fenômeno da percepção. 
     B) A faculdade sensitiva é uma luz de natureza espiritual, ela provém da alma e, portanto não pode nos enganar: o que nos engana são os juízos sobre tal percepção. 
C) Nossos erros a respeito da realidade resultam da percepção sensível, portanto o homem nada pode conhecer com certeza, restando-lhe a segurança da fé. 
D) À ideia de conhecimento sensível deve-se entender que ele é algo de corpóreo, uma vez que a sensação de dor, por exemplo, é, na verdade, experimentada pelo corpo. 
E) A união entre corpo e alma é uma relação de reciprocidade, de tal modo que a alma que observa o corpo não pode produzir qualquer coisa independentemente da influência do corpo. 

Questão 31 Assim como os primeiros padres da Igreja, Santo Agostinho é herdeiro da filosofia de Platão, a qual buscou adaptar à fé cristã. É correto afirmar que para o bispo de Hipona: 
A) a razão (logos) inspiradora dos filósofos pagãos não fora a mesma que se revelouemCristo. 
      B) a sabedoria perfeita e acabada só se daria através da revelação divina. 
C) a fé não deve preceder a razão, embora essa seja inútil sem aquela. 
D) a verdade é extrínseca ao homem, que possui uma natureza corrompida. 
E) as ideias existem num mundo à parte da mente divina. 

João Filopono 490-580
Santo Anselmo 1033-1109
Pedro Abelardo 1033-1109
Averróis 1126-1198
Alberto Magno 1200(c.)-1280
Roger Bacon 1214-1294

Tomas de Aquino 1225-1274

23) A Escolástica representa o último período do pensamento cristão, que vai do começo do século IX até o fim do século XVI, isto é, da constituição do sacro romano império bárbaro, ao fim da Idade Média, que se assinala geralmente com a descoberta da América (1492). Este período do pensamento cristão se designa com o nome de escolástica, porquanto era a filosofia ensinada nas escolas da época, pelos mestres, chamados, por isso, escolásticos. 
As matérias ensinadas nas escolas medievais desse período eram representadas pelas chamadas artes liberais, divididas em trívio e quadrívio, que eram RESPECTIVAMENTE: 
A) Direito, teologia, administração / aritmética, álgebra, latim e grego; 
      B) Gramática, retórica e dialética / aritmética, geometria, astronomia e música; 
C) Matemática, oratória e retórica / geometria, astronomia, música e latim; 
D) Gramática, dialética e oratória / geometria, aritmética, álgebra e latim; 
E) Numismática, retórica e dialética / matemática, astronomia, música e latim. 


24) Colocando o período central da escolástica a figura soberana de Tomás de Aquino, podemos dividir a escolástica em três períodos. Teremos, assim, um período pré-tomista em que persiste a tendência teológica-agostiniana. 
Este primeiro período da escolástica vai do começo do século IX (Carlos Magno) até à metade do século XIII (Tomás de Aquino), e pode ser assim dividido: 
A. Séculos IX e X. 

 B. Séculos XI e XII. 
C. Século XIII. 
1. Scoto Erígena e a questão dos universais. 
2. O triunfo do aristotelismo. 
3. Místicos e dialéticos. 
A relação entre as letras (duração do período da escolástica) e os números (denominações correspondentes) respectivamente CORRETA é: 
A) 1/A - 2/B - 3/C; 
B) 1/B - 2/C - 3/A; 
C) 1/C - 2/A - 3/B; 
D) 2/A - 3/C - 1/B; 
      E) 2/C - 3/B - 1/A. 

25) Leia com atenção os textos abaixo: 

"Dizemos que Deus não tem nome ou está acima de qualquer denominação, porque a sua essência sobrepuja o que dele inteligimos e exprimimos pela palavra." 
"A verdade, considerada como virtude, não é a verdade comum, mas uma certa verdade, pela qual o homem se mostra como é, nas palavras e nas obras. A verdade da vida é aquela pela qual o homem, na sua vida, realiza o fim para o qual foi ordenado pelo intelecto divino..." 
Os trechos acima são extraídos de qual obra de destaque filosófico: 
A) Da Doutrina Cristã; 
     B) Suma Teológica; 
C) Meditações Metafísicas; 
D) História Natural; 
E) A Sagrada Escritura Interpretada. 

Questão 32 Principal expoente da filosofia escolástica medieval, São Tomás de Aquino retomou o problema mais importante da Patrística, a conciliação entre fé e razão. Em sua "Suma teológica", procurou dar provas racionais da existência de Deus com base em Aristóteles. São Tomás de Aquino converge com o filósofo grego ao: 
A) perceber o corpo como obstáculo à atividade da alma. 
B) adotar o raciocínio lógico-dedutivo. 
C) considerar o homem inapto a viver em sociedade, dada sua malignidade natural e espontânea. 
D) negar a felicidade terrena como fim a ser atingido por todos os homens. 
     E) conceber o universo como uma hierarquia de seres, onde os superiores dominam os inferiores. 



Raimundo Lúlio 1232-1315
William de Ockham 1285-1350

Iluminismo
32 - Os iluministas franceses para combater as idéias impostas pelo ancien regime difundiram as teorias: 
A) espiritualistas 
B) científicas 
C) platonistas 
D) barrocas 
     E) materialistas 


RENASCIMENTO
29 - Em plena época do renascimento a língua falada pelo povo era considerada: 
     A) vulgar 
B) eclética 
C) latim pobre 
D) nobre 
E) científica 

36. Com o _______________ cultural e científico, o surgimento da burguesia e o fim da Idade Média, as formas de pensar sobre o mundo e o Universo ganham novos rumos. A definição de conhecimento deixa de ser religiosa para entrar num âmbito racional e científico. O teocentrismo é deixado de lado e entre em cena o antropocentrismo. 
Assinale a opção que preenche a lacuna do texto acima CORRETAMENTE. 
A. Iluminismo. 
B. Positivismo. 
C. Determinismo. 
D. Helenismo. 
     E. Renascimento. 
Nicolau de Cusa 1401-1464
Erasmo 1469(c.)-1536

Maquiavel 1469-1527

22) "Ele não era imoral (embora seu livro tenha sido proibido pela Igreja), mas colocava a ação política (construída pela soma da virtú e da fortuna) em primeiro plano, como uma área de ação autônoma levando a um rompimento com a moral social. A conduta moral e a ideia de virtude como valor para bem viver na sociedade não poderiam ser limitadores da prática política. O que se deve pensar é que o objetivo maior da política seria manter a estabilidade social e do governo a todo custo, uma vez que o contexto europeu era de guerras e disputas." 
O texto acima refere-se a qual filósofo: 
A) Jean Bodin; 
B) René Descartes; 
C) Thomas Hobbes; 
    D) Nicolau Maquiavel; 
E) James Diderot. 


1. Nicolau Maquiavel foi diferente dos teólogos medievais e de seus contemporâneos ao fundamentar as suas teorias políticas porque partiu 
a) da Bíblia para fundamentar as suas teorias políticas. 
b) do direito romano para a construção do seu pensamento político. 
c) porque partiu das obras dos filósofos grecorromanos para construir a sua teoria política. 
     d) da experiência real do seu tempo para fundamentar o seu pensamento político. 

2. Segundo O príncipe, de Maquiavel, toda cidade está dividida em dois desejos opostos: 
     a) o desejo dos grandes de oprimir e comandar e o desejo do povo de não ser oprimido nem comandado. 
b) o desejo do povo de ser bem guiado e o desejo dos grandes em ser um bom pastor para o povo. 
c) o desejo do povo por um herói que os salve e a falta de vontade dos grandes em serem heróis do povo. 
d) o desejo dos grandes em oprimir e comandar e o desejo do povo em participar um dia dessa opressão. 

Questão 43
 Em termos filosóficos, Nicolau Maquiavel é apresentado como o descobridor da política como categoria independente da moral teológica. A ruptura de Maquiavel com a moralidade do cristianismo significa que: 
A) a virtude (virtù) política está associada à maldade e ao uso indiscriminado da força bruta. 
      B) a ética ou a moral da política moderna deve ser a do mundo pagão, que se destina à realização do bem público, antes de tudo. 
C) a ação política deve estar pautada nos preceitos da razão humana, que determinam a priori o que é bom ou mal, justo ou injusto. 
D) as virtudes cristãs - a humildade, a misericórdia, a fé em Deus, o amor ao próximo - são, em si mesmas, ruins e sem importância. 
E) o elemento decisório da política não é Deus, mas sim a força incontrolável do acaso, a eventualidade da "fortuna". 

Thomas More 1478-1535
François Rabelais 1483-1553*
Paracelso 1493-1541
Michel Eyguem de Montaigne 1533-1592
Giordano Bruno 1548-1600

Francis Bacon 1561-1626
13. De acordo com Francis Bacon, os quatro tipos de ídolos ou de imagens que formam opiniões cristalizadas e preconceitos que impedem o conhecimento da verdade são: 
a) ídolos da caverna, do fórum, da arte e da sociedade. 
b) ídolos da caverna, do mundo das ideias, da tribuna e do teatro. 
c) ídolos da tribo; do idioma; da política e da sociedade. 
    d) ídolos da caverna, do fórum, do teatro e da tribo. 

32. Francis Bacon é uma das fortes presenças no momento inaugural da filosofia e da ciência modernas. Segundo ele, o verdadeiro objetivo da ciência (do saber) é o conhecimento das "formas" da natureza. Mas, o que, em Bacon, significa conhecer as "formas" das várias coisas (ou "naturezas")? Bacon articula a sua explicação a partir da adoção de dois novos conceitos: processo latente e esquematismo latente. Isso significa, portanto, 
a) reconhecer como realidade natural apenas o que se enquadra nas formas a priori da sensibilidade. 
b) identificar o princípio de ordem imaterial que determina a matéria. 
c) inteligir o ser ou a essência que faz uma coisa ser o que ela é. 
d) captar a coisa e articulá-la a partir das formas a priori do entendimento. 
      e) compreender a estrutura de um fenômeno e a lei que regula o seu processo. 

Galileu Galilei 1564-1642
Tommaso Campanella 1568-1639
Isaac Newton 1643-1727
Giambattista Vico 1668-1744

IDADE MODERNA

22. Podem-se considerar como três das características básicas da ciência moderna, em contraposição à filosofia clássica e ao pensamento teológico cristão: 
    A) controle técnico da natureza, método experimental, quantificação dos fenômenos; 
B) reflexão sobre o homem e o mundo, aliança com a técnica, verdades inquestionáveis; 
C) rigor intelectual, método empírico-dedutivo, harmonização entre razão e fé; 
D) hipóteses confrontadas com a realidade, verdades absolutas, narrativas matemáticas; 
E) linguagem matemática, método experimental e impossibilidade de refutação 

37. Em que consiste a grandeza do homem? Para a modernidade, capitaneada por Descartes, a verdadeira grandeza do homem consiste em sua imposição sobre o mundo, senhor e possuidor da natureza. Kant, porém, discorda e identifica no ético a fonte da grandeza do homem. Mas, qual é, segundo Kant, o princípio de fundamentação do ético ou o pressuposto necessário de uma ação responsável, ética e política? A alternativa correta para essa indagação é: 
      a) A fundamentação da ação ética e política do homem tem na liberdade, enquanto autodeterminação, o seu princípio supremo, compreendendo-se a liberdade como uma esfera radicalmente diferente da esfera da natureza. 
b) A fundamentação do ético radica-se num conceito não-teleológico do homem que busca basilar o agir humano num princípio empírico, como, por exemplo, o princípio de autoconservação. 
c) A fundamentação da moralidade da natureza racional do homem dá-se teleologicamente, buscando estabelecer a causa suficiente e o fim obrigatório de toda ação humana, a partir de uma dedução da essência do homem, conhecida a priori. 
d) A fundamentação da norma ética é a própria ordem essencial do mundo, que é o pano de fundo normativo das decisões concretas do homem que é, por sua vez, o guardião dessa ordem. 
e) A fundamentação da moralidade encontra seus princípios nos documentos históricos da Bíblia e na experiência imediata da vontade de Deus, sendo essa a fonte primacial necessária de uma ação ética responsável. 

38. "Teoricamente a cisão entre Ética e Política acaba sendo consagrada pelo refluxo individualista da Ética moderna que irá condicionar a idéia de "comunidade ética" ao postulado rigoroso da autonomia do sujeito moral tal como o definiu Kant". Considerando essa afirmação de Lima Vaz e os seus conhecimentos sobre ética e política nos pensamentos clássico e moderno, é impróprio afirmar que 
a) a teoria e prática da política no mundo moderno mostram que a tese inicial dos indivíduos como partículas isoladas tem como contrapartida a concepção e a efetivação do Estado como sistema exterior de força. 
b) com a identificação entre política e "técnica do poder", na aurora dos tempos modernos, acentua-se a cisão entre ética e política. 
        c) os filósofos contratualistas modernos, ao assumirem a ideia de comunidade ética como ponto de partida da filosofia política, viabilizam as condições teóricas de possibilidade da sociabilidade da subjetividade. 
d) o problema da soberania passa a constituir-se em problema fundamental na formação dos Estados nacionais modernos e torna-se o conceito central das teorias políticas. 
e) um dos problemas centrais do pensamento político moderno é o da própria constituição da sociabilidade humana, o que explica as diferentes versões da teoria do pacto de associação que surgem a partir de Hobbes. 
35 - Augusto Comte é considerado o primeiro filósofo do positivismo, e segundo ele todos os campos do conhecimento passam por três estados: 
I - o estado teológico ou fictício; 
II - o estado metafísico ou abstrato; 
III - o estado metafísico ou negativo; 
IV - o estado científico ou positivo; 
V - o estado fictício ou secundário. 
Estão corretos os itens: 
A) I, II e III; 
     B) I, II e IV; 
C) II, III e V; 
D) II, IV e V; 
E) III, IV e V. 
31. A modernidade emerge, no século XVII, elegendo, como uma de suas grandes questões, o problema do conhecimento. Duas correntes destacam-se, com suas teorizações: o racionalismo cartesiano e o empirismo. 
O que é diferença e o que é semelhança entre essas duas linhas teóricas? 
A alternativa correta é: 
     a) Se, por um lado, racionalismo e empirismo assemelham-se na defesa da necessidade do método científico, cada um defendendo o seu; por outro lado, enquanto o empirismo nega toda diferença substancial entre conhecimento sensível e inteligível, o racionalismo atribui valor absoluto ao conhecimento racional, menosprezando a observação e a experiência como miragem. 
b) Se, por um lado, racionalismo e empirismo semelhantemente negam a metafísica; por outro lado, enquanto o empirismo defende o sujeito como critério da verdade, desfazendo-se do que o transcende, o racionalismo, preso à tradição católica, afirma Deus como instância última das ideias claras e distintas. 
c) Se, por um lado, o racionalismo, diferentemente do empirismo, guia-se por um otimismo fundamental com respeito à natureza humana e à capacidade humana de conhecer e agir; por outro lado, assemelham-se na valorização da ciência, naturalmente que o empirismo enfatizando as ciências naturais e o cartesianismo as ciências exatas. 
d) Se, por um lado, racionalismo e empirismo assumem posições contrárias no que se refere à tese das ideias inatas; por outro lado, ambas as correntes rechaçam igualmente a tese da metafísica clássica que afirma existir uma diferença substancial entre conhecimento sensível e conhecimento inteligível. 
e) Se, por um lado, racionalismo e empirismo concordam que todo conhecimento das coisas proveniente só do entendimento puro não passa de ilusão; por outro lado, enquanto o empirismo exalta o método experimental, o cartesianismo preconiza, unicamente, o método de origem matemática. 


33. São atitudes que o sujeito pode tomar ante a questão da possibilidade do conhecimento: 
- Atitude filosófica defendida por Descarte segundo a qual podemos adquirir conhecimentos seguros e universais e ter absoluta certeza disso. 
- Atitude filosófica oposta ao dogmatismo que seja possível um conhecimento firme e seguro. 
- Atitude filosófica que nega a existência de uma verdade absoluta e defende a idéia que cada indivíduo possui sua própria verdade. Esta verdade depende do tempo e do espaço. 
- Atitude filosófica que defende a existência de uma verdade absoluta, mas pensa que cada um de nós não pode chegar a ela, mas chega a uma pequena parte dela. 
Assinale a opção que indica as atitudes filosóficas citadas acima, RESPECTIVAMENTE. 
A. Relativismo, perspectivismo, dogmatismo e cepticismo. 
B. Dogmatismo, cepticismo, perspectivismo e relativismo. 
      C. Cepticismo, relativismo, perspectivismo e dogmatismo. 
D. Dogmatismo, relativismo, relativismo e perspectivismo. 
E. Cepticismo, perspectivismo, relativismo e dogmatismo. 
49. Com o advento da Idade Moderna, começam a ocorrer mudanças, como: 
I. A técnica passa a se vincular à ciência. 
II. A filosofia começa a perder a primazia para a ciência. 
III. A matemática passa a ser mais valorizada em detrimento da lógica. 
IV. A teologia começa a se tornar o principal objeto de estudos. 
V. A física passa a investigar as finalidades internas a cada ser natural. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II e IV. 
     (B) I, II e III. 
(C) IV e V. 
(D) I e V. 
43. Existem algumas leis que regem as teorias da ciência moderna, da mesma forma que regem os métodos que são aplicados em determinadas ciências para operacionalização das investigações. Nesses casos, podemos dizer que o Método Indutivo e o Método Dedutivo são ordenados e regidos também por leis. Assinale quais são as leis da Indução e da Dedução, respectivamente, para a investigação. 
a) Do centro para o particular e do particular para o centro. 
b) Do particular para o centro e do centro para o particular. 
c) Do extremo para as partes e das partes para o extremo. 
      d) Do particular para o geral e do geral para o particular. 
e) Todas as alternativas estão incorretas. 

21. Nas reflexões filosóficas sobre a relação milenar entre natureza e cultura desenvolvidas desde a antiguidade até a modernidade, 
(A) predominou desde sempre a concepção de que o homem era dominador e a natureza, dominada. 
(B) predominou desde sempre a concepção de que a natureza era dominadora em relação ao homem, frágil e impotente. 
      (C) houve uma alteração substancial: se na antiguidade a natureza era considerada ameaçadora, na modernidade ela passou a ser considerada frágil e ameaçada. 
(D) predominou ao longo dos séculos uma visão de que o homem sempre manteve uma relação equilibrada em relação à natureza. 
Empirismo

31. É o conhecimento confirmado pela prova dos sentidos. Vendo, ouvindo, cheirando, sentindo e provando, formamos nossa concepção do mundo que nos cerca. Portanto, o conhecimento compõe-se de idéias formadas de acordo com os fatos observados ou captados pelos sentidos. (George Kneller) 
A concepção acima é do conhecimento: 
A. Revelado. 
B. Intuitivo. 
C. Racional. 
      D. Empírico. 
E. Autoritário. 

16 "Nosso método [...] Consiste no estabelecer os graus de certeza, determinar o alcance exato dos sentidos e rejeitar, na maior parte dos casos, o labor da mente, calcado muito de perto sobre aqueles, abrindo e promovendo, assim, a nova e certa via da mente, que, de resto, provém das próprias percepções sensíveis". 
Assinale o método ao qual o excerto acima faz menção: 
    A) Experimental. 
B) Dúvida hiperbólica. 
C) Fenomenológico. 
D) Materialismo dialético. 
E) Dialético. 

17 No ( ), encontra-se a tese de que, em última análise, a origem fundamental do conhecimento está na experiência sensível. 
A lacuna pode ser corretamente preenchida com o termo: 
A) romantismo. 
B) idealismo. 
    C) empirismo. 
D) positivismo. 
D) racionalismo. 


Hobbes, Thomas (1588-1679)

Questão 44 Thomas Hobbes e John Locke fazem parte da mesma escola filosófica, a do direito natural ou jusnaturalista, que se baseia no trinômio "estado de natureza", "contrato social" e "estado civil". Apesar de divergirem em relação a esses conceitos, Hobbes e Locke convergem quanto à ideia de que: 
      A) os indivíduos renunciam à liberdade irrestrita de que gozam no estado de natureza para ganhar do soberano a segurança.  
B) o contrato social consiste num pacto de submissão entre indivíduos livres e iguais. 
C) os governados são portadores do direito natural de resistir às arbitrariedades do governante no estado civil. 
D) o trabalho é o legitimador da propriedade privada no estado de natureza. 
E) a autoridade soberana deve ser dividida no estado civil entre o rei e o parlamento. 


17. Segundo Thomas Hobbes (1588-1679), "dado que a condição do homem (...) é uma condição de guerra de todos contra todos", é um preceito ou regra geral da razão: Que todo homem deve esforçar-se pela paz, na medida em que tenha esperança de consegui-la, e caso não a consiga pode procurar e usar todas as ajudas e vantagens da guerra. Da regra geral da razão de Hobbes acima exposta decorre que: 
A) Não encontrar a paz ("e caso não a consiga...") é uma situação na sociedade civil. 
B) As vantagens da guerra não podem participar de uma regra da razão, pois são do âmbito do instinto. 
    C) A lei primeira e fundamental de natureza é a afirmação de que o homem deve, em primeiro lugar, procurar a paz e segui-la. 
D) A paz só pode ser alcançada após a guerra, mesmo assim, é um estado sem garantias de permanência. 
E) Embora o homem se esforce pela paz, este esforço é inócuo em quaisquer circunstâncias, por isso, o homem precavido deve atacar antes de ser atacado. 

Observe o enunciado que segue e responda as questões de número 24 e 25: "Sabemos que Hobbes é um contratualista, quer dizer, um daqueles filósofos que, entre o século XVI e o XVIII (basicamente), afirmaram que a origem do Estado e/ou a da sociedade está num contrato: os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização - que somente surgiriam depois de um pacto firmado por eles, estabelecendo as regras de convívio social e de subordinação política." (WEFFORT, Francisco (org.). Os clássicos da política, 13ª ed., S. Paulo: Ática, 2004) 

24 Assinale a alternativa que NÃO condiz com o pensamento de Hobbes sobre o estado de natureza, ou seja, sobre o estágio da humanidade em que "os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização": 
A) Em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". 
B) Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. 
C) Quanto à força corporal, o mais fraco tem força suficiente para matar o mais forte, quer por secreta maquinação, quer aliando-se com outros que se encontrem ameaçados pelo mesmo perigo. 
D) A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar. 
     E) A natureza fez os homens tão desiguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, de forma que, quanto a força corporal, o mais fraco nunca tem força suficiente para matar o mais forte. 

25 Sobre o contratualismo em Hobbes é INCORRETO afirmar: 
A) Hobbes propõe o contrato sui generis que deve ser firmado apenas por aqueles que vão se tornar súditos. 
B) Aqueles que estão submetidos a um monarca não podem, sem licença deste, renunciar à monarquia. 
C) As ideias do contratualismo em Hobbes estão presentes, principalmente, no livro Leviatã.      D) Hobbes defende o contrato de submissão que deve ser firmado entre "a sociedade" e "príncipe" para instituir e manter o poder político do governante, residindo aqui a ideia de absolutismo. 
E) Se a maioria, por voto de consentimento, escolher um soberano, os que tiverem discordado devem passar a consentir juntamente com os restantes ou então serem justamente destruídos por estes. 
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Descartes, René (1596-1650)
29. Observe o texto. 
"Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde os meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências". 
(DESCARTES. Meditações.) 
Partindo das constatações mencionadas acima, o autor instaura a dúvida hiperbólica, colocando a si mesmo argumentos para confrontar as antigas certezas. Tais argumentos: 
A) são conhecidos como argumentos céticos porque confirmam o ceticismo cartesiano; 
B) denunciam a hipocrisia moral e a pretensão de que podemos distinguir claramente o BEM e o MAL; 
      C) constituem o encadeamento de deduções que permite chegar a uma primeira certeza; 
D) partem do cogito para concluir a impossibilidade da existência de qualquer substância; 
E) são fantasiosos e, portanto, incoerentes com as deduções lógicas encadeadas pelo filósofo. ]


36) Seu estilo pessoal,
 quase confessional, mescla sentenças de cunho afirmativo-perceptivo de caráter universal e logo em seguida é justificada sua validade a partir da narrativa de sua experiência pessoal racional. 

Vemos esse exemplo nesse trecho: 
"As maiores almas são capazes dos maiores vícios, como também das maiores virtudes, e aqueles que só andam muito devagar podem avançar bem mais, se seguirem sempre pelo caminho reto, do que aqueles que correm e dele se afastam." 
"Quanto a mim, nunca cheguei a supor que meu espírito fosse em nada mais perfeito do que os dos outros em geral. Muitas vezes cheguei mesmo a desejar ter o pensamento tão rápido, ou a imaginação tão nítida e diferente, ou a memória tão abrangente ou tão presente, quanto alguns outros." 
Este filósofo é: 
A) Immanuel Kant; 
B) John Locke; 
      C) René Descartes; 
D) Francis Bacon; 
E) Umberto Eco.
6. Descartes enxerga na dúvida metódica um momento preliminar do conhecimento. O seu objetivo não é demonstrar a impossibilidade de qualquer afirmação, mas 
a) eliminar as ideias da experiência do conhecimento. 
b) remover os princípios da filosofia escolástica. 
c) eliminar a objetividade do conhecimento e da ciência. 
   d) remover todos os preconceitos que impedem o seu correto desenvolvimento. 
Questão 33 René Descartes é considerado o mestre do racionalismo, corrente filosófica moderna que atribui à razão humana a capacidade exclusiva de conhecer e estabelecer a verdade. É correto dizer que o racionalismo cartesiano: 
A) utiliza o método indutivo a posteriori. 
B) admite parte dos saberes já existentes e consagrados. 
C) recusa todo tipo de premissa, por mais evidente e lógico que possa parecer. 
     D) está fundado na intuição intelectual. 
E) nega a capacidade humana de discernir por completo o certo do errado, o verdadeiro do falso, dada a falibilidade natural à espécie. 
E) estrutural. 

31. A substância Pensante demonstra uma ferrenha busca pelo conhecimento verdadeiro, claro e distinto, de modo a duvidar daquilo que aprendemos no mundo, que vai do mais simples ao mais complexo. Isso nos remete a compreender a Filosofia de que Pensador? 
a) Platão. 
b) Aristóteles. 
c) Hegel. 
     d) Descartes. 
e) Nenhuma das alternativas acima está correta. 
41. Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde os meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências. 
(DESCARTES, René. Meditações metafísicas) 
Para Descartes, a ciência só pode se tornar firme e constante se 
(A) as suas conclusões forem inferidas a partir de uma base ampla de experimentos. 
     (B) os conhecimentos que a compõem forem fundamentados em princípios verdadeiros. 
(C) os seus princípios forem avaliados periodicamente pelos cientistas. 
(D) a sua constituição for motivada por uma atitude cética. 
39. Descartes se destaca na história do dualismo porque foi o primeiro filósofo a 
(A) indicar que as ideias são sempre provenientes da experiência. 
(B) afirmar que a alma é de natureza distinta da do corpo. 
(C) mostrar como as paixões são originadas exclusivamente a partir da mente, sem nenhuma conexão com o corpo. 
    (D) identificar claramente a mente com a consciência e a distingui-la de sua sede corporal, o cérebro. 

20. No Discurso do método, René Descartes (1596-1650)
diz: "... eu bem via que, ao supor um triângulo, era preciso que seus três ângulos fossem iguais a dois retos, mas nem por isso via algo que me assegurasse de que houvesse no mundo algum triângulo. (...) voltando a examinar a ideia que eu tinha de um Ser perfeito, achava que nele a existência estava compreendida (...)". A comparação feita por Descartes entre o triângulo e o Ser perfeito tem por objetivo concluir que: 

     A) A existência está inclusa necessariamente na ideia do Ser perfeito do mesmo modo que na de um triângulo está compreendido que seus três ângulos são iguais a dois retos. 
B) O triângulo só pode ser concebido como a figura cuja soma dos ângulos internos é igual a dois retos, se, como na ideia do Ser perfeito, esteja suposta a sua existência. 
C) Assim como na ideia do Ser perfeito está inclusa a existência, esta está inclusa também na ideia do triângulo. 
D) A garantia da existência de um triângulo é dada pela sua semelhança à ideia do Ser perfeito. 
E) A ideia do Ser perfeito só pode ser concebida se a ela acrescentarmos a ideia de existência. 

24. René Descartes tornou-se famoso pela frase "Cogito Ergo Sum" (penso logo existo), pilar fundamental da filosofia: 
a. ( X ) racionalista. 
b. ( ) fenomenológica. 
c. ( ) teocêntrica. 
d. ( ) empirista. 
e. ( ) liberal. 

Pascal, Blaise (1623-1662)
Spinoza, Baruch de (1632-1677)

Locke, John (1632-1704)
32. Pode-se dizer que o pensamento político de Locke fundamenta o Estado liberal porque postula a passagem do estado de natureza ao estado de sociedade por meio: 
A) da instauração da propriedade privada que impede que a ajuda mútua continue a ocorrer naturalmente; 
B) de um contrato estabelecido pela vontade geral em que cada cidadão, ao obedecer às leis, só obedece a si mesmo; 
        C) de um acordo entre homens livres e iguais que se colocam sob a proteção de um deles com o grande e principal objetivo de preservar a propriedade; 
D) de um pacto que impõe um soberano absoluto que impede a destruição de toda a comunidade na guerra de todos contra todos; 
E) de uma ordem natural regida pela razão que atribui ao Estado a origem das desigualdades e domínio dos fortes sobre os fracos. 

28. Observe o texto. 
"A mente, tendo recebido do exterior as ideias (...), ao dirigir seu olhar para dentro, sobre si mesma, e ao observar suas atividades próprias em relação às ideias que já possui, tira de lá outras idéias, que podem ser objeto de sua contemplação tanto quanto aquelas que recebeu das coisas exteriores". 
A posição que se evidencia no fragmento de texto acima transcrito é o: 
       A) empirismo de Locke; 
B) idealismo de Kant; 
C) racionalismo de Descartes; 
D) ceticismo de Hume; 
E) existencialismo de Heidegger. 

21) A filosofia de Locke é, indiscutivelmente, ponto importante na sistematização do empirismo, bem como do nexo estabelecido com o liberalismo, do qual é a figura mais importante no pensamento inglês. 
Duas linhas de pensamento, estreitamente vinculadas, foram desenvolvidas por Locke ao longo da sua vida intelectual: a sistematização da filosofia empirista e a organização da proposta liberal, em matéria política, como um dos inspiradores (o mais importante, sem dúvida nenhuma), da _________________, que derrubou definitivamente o absolutismo na Inglaterra, dando ensejo ao modelo da Monarquia Constitucional. 
A alternativa abaixo que preenche CORRETAMENTE a lacuna acima é: 
A) Revolução de Avis de 1385; 
B) Revolução Puritana de 1644; 
      C) Revolução Gloriosa de 1688; 

D) Revolução Americana de 1776; 
E) Revolução Francesa de 1789. 
Questão 34 
A concepção empirista de ciência é uma característica marcante da filosofia inglesa moderna, da qual se destacam John Locke e Francis Bacon. 
Entre as proposições básicas do empirismo, está a de que: 
        A) os preceitos da razão exigem confirmações e podem ser desmentidos. 
B) a razão humana é capaz de conhecer imediatamente a realidade em si, isto é, em seus aspectos universais e necessários. 
C) as ideias derivam, antes de tudo, do intelecto. 
D) a razão não tem qualquer acesso ao conhecimento, já que seu processo de produção começa e se encerra nos sentidos. 
E) a realidade das coisas não pode ser conhecida nem explicada pela ciência, mera prática de associação de ideias e sensações. 

16. Ao abordar o problema da existência de ideias inatas, no Ensaio acerca do entendimento humano (1690), o filósofo empirista John Locke (1632-1704) analisa a origem dos princípios práticos (políticos, éticos, morais). Quanto a este problema, ele argumenta que: 
A) A virtude é geralmente aprovada não porque é proveitosa para o indivíduo e para a sociedade, mas porque é inata. 
B) As regras morais não necessitam de provas empíricas ou lógicas, sendo consentidas tacitamente, portanto, elas não são inatas. 
C) A regra moral é violada no caso de não ser conhecida, daí poder-se afirmar que ela não é inata, do contrário, não haveria violação. 
     D) Princípios práticos não são inatos pois, do contrário, não haveria sociedades de homens governadas por opiniões práticas e regras de conduta contrárias umas às outras. 
E) Há um princípio prático com o qual todos os homens concordam e aquiescem e só ele é inato, ou seja, impresso diretamente em nossas mentes pela mão de Deus: "não roubar". 

Malebranche, Nicolas (1638-1715)
Leibniz, Gottfried (1646-1716)
Vico, Giambattista (1668-1744)
Berkeley, George (1685-1753)

Montesquieu (1689-1755)

31 - O iluminista Montesquieu aos 32 anos publicou o livro ______________, que foi feito a partir de correspondências de dois persas que circulavam na Europa. Complete a lacuna corretamente. 
A) A república; 
B) A Lei Negra; 
C) O Evangelho Segundo São Mateus; 
     D) As cartas persas; 
E) Os estrangeiros.

38) Na filosofia iluminista vários foram os que se destacaram. 
Leia o texto abaixo, em seguida identifique qual o filósofo que se faz referência. 
"Menciona a República como forma de governo, onde o poder é dividido por todos ou por uma parte da sociedade, de maneira que elegemos nossos governantes através do voto. É a razão que rege os povos na elaboração das leis e normas de um país. O principio ético da republica é a virtude, apenas ela poderia eliminar a corrupção." 
O autor desse pensamento é: 
A) John Locke; 
       B) Montesquieu; 
C) Voltaire; 
D) Rousseau; 
E) Kant. 

36. Quando, em seu Do espírito das leis (livro I, capítulo 1), Montesquieu afirma que a lei é também relação e que resulta da "natureza das coisas", o filósofo quer dizer que a lei 
(A) não possui validade universal para todos os cidadãos, mas, pelo contrário, é apenas individual. 
    (B) não é arbitrária na medida em que mantém uma estreita relação com os costumes do povo. 
(C) é absolutamente universal e, nessa medida, é válida para todos os povos. 
(D) é inteiramente arbitrária na medida em que é criada unicamente pelo rei

Questão 46 Em "O espírito das leis", Montesquieu reflete sobre a questão política das formas de governo, partindo da afirmação célebre de que "as leis constituem as relações necessárias que derivam da natureza das coisas". Nessa perspectiva, o pensador francês considera que: 
A) as leis políticas e civis podem ser derivadas ou deduzidas das leis divinas. 
B) a infinita diversidade de leis e costumes do mundo humano não corresponde às espécies de governo, já que são apenas três: a republicana, a monárquica e a despótica. 
C) o conteúdo das leis humanas não pode ser extraído da observação experimental e sim da razão. 
      D) as leis do mundo físico (clima, fertilidade do solo) se aplicam às formas de governo - o despotismo corresponde ao clima quente e a monarquia "moderada" é típica dos países de clima frio. 
E) a política e a sociedade são regidas por leis sociais e naturais, sobre as quais os seres humanos não desempenham nenhum papel ativo. 

Voltaire (1694-1778)

39) No ano de 1734, publicou uma de suas maiores obras, Cartas Filosóficas, em que defende a liberdade de ideologia, a tolerância religiosa, o combate ao fanatismo dogmático, a moral e os costumes da sociedade. 
Ele também criticava severamente a política, defendendo a liberdade civil. 
"É difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram." 
O texto acima refere-se a: 
A) John Locke; 
B) Montesquieu; 
      C) Voltaire; 
D) Rousseau; 
E) Kant. 


Hume, David (1711-1776)

7. Uma ideia fundamental do pensamento científico é que existe uma relação necessária entre causa e efeito, de tal forma que, conhecendo as causas, os efeitos podem ser previstos. David Hume, por meio de uma argumentação empírica, deduzida da experiência real observando o choque das bolas de bilhar, demonstra que a relação de causa e efeito se baseia apenas 
      a) no hábito. 
b) nas ideias. 
c) no pensamento. 
d) no movimento. 
42. [...] todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso; porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos; e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar. Em resumo, todos os materiais do pensamento derivam ou do nosso sentimento exterior ou do interior: a mistura e a composição de ambos dizem respeito à mente ou à vontade. Ou seja, para me expressar em linguagem filosófica, todas as nossas ideias, percepções mais débeis, são cópias de nossas impressões, mais vívidas. 
(HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano, citado por FENATI, R. Orientação pedagógica: o problema da verdade). 
     A partir do texto, está correto afirmar que, para Hume, 
      (A) os conteúdos das ideias que estão na nossa mente são provenientes das impressões sensoriais. 
(B) as quimeras, como a montanha de ouro e o cavalo virtuoso, mostram como a mente é capaz de produzir ideias que não têm nenhuma relação com a experiência. 
(C) a mente, por ser presa à experiência sensorial, não tem nenhum poder sobre as suas ideias ou concepções. 
(D) o papel da mente na constituição do conhecimento é nulo. 

Atenção: O texto abaixo refere-se às questões de números 25 e 26. 
Em todo sistema de moral que até hoje encontrei, sempre notei que o autor segue durante algum tempo o modo comum de raciocinar, estabelecendo a existência de Deus, ou fazendo observações a respeito dos assuntos humanos, quando, de repente, surpreendo-me ao ver que, em vez das cópulas proposicionais usuais, como é e não é, não encontro uma só proposição que não esteja conectada a outra por um deve ou não deve. Essa mudança é imperceptível, porém da maior importância. Pois como esse deve ou não deve expressa uma nova relação ou afirmação, esta precisaria ser notada e explicada; ao mesmo tempo, seria preciso que se desse uma razão para algo que parece totalmente inconcebível, ou seja, como essa nova relação pode ser deduzida de outras inteiramente diferentes. 
(HUME, David. Tratado da Natureza Humana. Tradução de Débora Danowiski. Livro III, Parte I, Seção II. São Paulo, Editora UNESP, 2000, p. 509, citado nas Orientações Pedagógicas para o Ensino Médio em Filosofia, em http://crv. 
educacao.mg.gov.br) 

25. Nesse texto, Hume afirma que 
       (A) os autores dão um salto na argumentação, passando sem explicações do plano do ser para o plano do dever ser. 
(B) os autores dos sistemas de moral cometem um erro linguístico ao escrever é ou não é onde o correto é escrever deve ou não deve. 
(C) todos os sistemas de moral da história da filosofia buscaram provar a existência de Deus. 
(D) os sistemas de moral desenvolvem argumentos consistentes ao operar o salto argumentativo do plano do ser ao plano do dever ser. 

26. De acordo com o que se pode deduzir não apenas da passagem de Hume citada acima, mas de sua filosofia como um todo, está correto afirmar que, para ele, 
(A) o plano dos fatos não difere do plano dos valores, de modo que um fato sempre traz em si um juízo de valor e vice-versa, um juízo de valor sempre expressa o modo como as coisas são. 
    (B) as verdades fatuais e descritivas, que tratam das coisas como elas são, diferem muito das verdades valorativas ou prescritivas, que tratam das coisas como elas devem ser. 
(C) os valores, que se referem ao plano da moral, se fundamentam inteiramente no plano dos fatos e são determinados por eles, o que caracteriza como realista o pensamento de Hume sobre a moral. 
(D) os fatos, que se referem ao plano das coisas, se fundamentam inteiramente no plano dos valores, o que caracteriza como idealista o pensamento de Hume sobre a moral. 


Rousseau, Jean-Jacques (1712-1778)

Questão 45 O pensamento filosófico-político de Jean Jacques Rousseau tem como fundamento sua crítica à sociedade da época, segundo ele marcada pela injustiça e pela servidão. Para reparar esses males, Rousseau propõe uma: 
A) república democrática representativa. 
B) monarquia absoluta de direito divino. 
       C) república na qual o poder soberano, uma vez instituído, torna-se poder absoluto. 
D) associação política de notáveis (aristocracia). 
E) monarquia constitucional ou mista, que reúna o rei, a aristocracia (câmara dos lordes) e o povo (câmara dos comuns). 
28. "Para este filósofo a consciência moral e o sentimento do dever são inatos, são a voz da natureza e o "dedo de Deus" em nosso coração. Apesar do pecado do primeiro homem, conservamos em nosso coração vestígios da bondade original e por isto nascemos bons e puros dotados de generosidade e benevolência para com os outros. Se o dever parece ser uma imposição externa, imposta por Deus aos homens, é porque nossa bondade natural foi pervertida pela sociedade, quando esta criou a propriedade privada, tornando-nos egoístas e destrutivos."(Marilena Chauí em CONVITE À FILOSOFIA, 14ª edição, 2010).

A descrição acima se refere a qual filósofo:  a) Karl Marx   b) Russeau   c) Heráclito   d) Sócrates    

Kant, Immanuel (1724-1804)

33. A concepção kantiana do homem é edificada a partir de dois planos epistemológicos distintos, um apriórico e outro empírico. Analise as afirmações abaixo, buscando identificar - entre aquelas que são coerentes com o pensamento kantiano - as que são pertinentes à vertente pragmática de sua antropologia. 
I. O homem é um "ser mundano", condicionado pela realidade circundante e interpelado, como ser consciente, a caminhar na direção da racionalidade, ou seja, da liberdade. 
II. Pela teoria, o homem pertence ao mundo sensível, dominado pelo mecanicismo natural; e, pela práxis, ao reino dos fins, que é o mundo da moralidade. 
III. O homem só consegue cultivar-se a si mesmo (para ser homem) através de relações sociais. 
IV. A "humanidade" do homem não é um fato, mas o fruto de uma luta: ele deve tornar-se merecedor da dignidade, do ser pessoal. Por isso ele é o único que precisa ser educado. 
V. A humanização do homem significa a saída do mundo fenomenal e descoberta da liberdade como subjetividade pura. 
VI. O seu ser é um projeto. Daí que a passagem da racionalidade potencial para uma racionalidade atual se faz através do processo histórico. 
VII. O homem é aquele para o qual e mediante o qual o mundo - como objeto do qual falamos e fazemos afirmações - existe. 
A alternativa correta é: 
a) Apenas a afirmação IV é coerente com o pensamento kantiano e com a vertente pragmática de sua antropologia. 
     b) As afirmações I, III, IV e VI são coerentes com o pensamento kantiano e com a vertente pragmática de sua antropologia. 
c) As afirmações I, III e VI não condizem com o pensamento kantiano e com sua antropologia pragmática. 
d) As afirmações II, V e VII são kantianas e são pertinentes à sua antropologia pragmática. 
e) As afirmações V e VII não são coerentes com o pensamento kantiano, mas são pertinentes à abordagem pragmática de sua antropologia. 

20. A grande figura da escola vitoriana, no século XII, é Hugo de São Vitor. Um ponto importante da obra desse pensador cristão é a questão da justiça. A justiça de que Hugo fala é a justiça divina com suas categorias próprias. Destacam-se, delas, a justificação e a salvação, a que Lutero chamará a atenção alguns séculos depois. A justiça, assim, não é interpretada no sentido grego, mas a partir do pensamento cristão e fundamentou a reflexão moral dos séculos seguintes, até a retomada desse problema por Kant. Com base nesse pressuposto, como entender que Deus é justo ao punir os maus, segundo o pensamento cristão de Hugo de São Vitor? Como compreender que Deus permaneça justo ao perdoar-lhes? A resposta a esse questionamento está indicada na alternativa: 
       a) Deus é justo ao agir, ele é justo por si mesmo, pois seus atos são conforme sua essência; em contrapartida, o pecador é justo por outro, não por sua natureza, mas pela graça de Deus é que ele é justificado. 
b) Deus age por si, enquanto o ser humano age pelo outro, mediante o conhecimento que tem da sua ação. Desse modo, Deus permanece justo porque perdoa a ação injusta do ser humano, sem que isso interfira em sua natureza eterna de Justiça. 
c) Os atos de Deus correspondem à sua essência divina. O ser humano, ao contrário, é sempre contrário à sua própria natureza. Ele precisa da graça para ser moral. A Graça de Deus é o que faz com que o ser humano encontre o verdadeiro sentido da justiça e rompa a ligação com sua natureza. 
d) Deus permanece justo porque ele não pode contradizer a si mesmo. Se Deus perdoa os justos, ele o faz porque sua essência é a justiça. O ser humano é injusto, portanto, sua natureza é contrária à graça que recebe, assim, o perdão de Deus é o sentido moral que o ser humano não consegue compreender. 
e) O mérito da justiça está no reconhecimento da punição que é destinada ao infrator. O perdão que Deus concede é para mostrar ao ser humano o castigo que lhe sobreviria e, pela graça, foi revogado. Assim, Deus permanece justo porque não se envolve com a injustiça humana, mas a perdoa pela graça. 


37) Sobre a filosofia de Kant e a moral da razão prática, analise as proposições abaixo: I. Kant demonstra que a razão pura é prática por si mesma, ou seja, ela dá a lei que alicerça a moralidade, a razão fornece as leis práticas que guiam a vontade. 
II. Kant diz que leis práticas são princípios práticos objetivos, regras válidas para todo ser racional. Elas se diferenciam das máximas que são princípios práticos subjetivos, regras que o sujeito considera como válidas apenas para sua própria vontade. 
III. Para Kant, se os desejos, os impulsos, impressões, ou qualquer objeto da faculdade de desejar forem condições para o princípio da regra prática, então o princípio será empírico, não será lei prática, não haverá unidade nem incondicionalidade do agir, e assim, não garantirá a autonomia. 
IV. Kant demonstrou a possibilidade das ciências matemáticas e naturais e acabou chegando à negação de uma metafísica que se apóia na mesma objetividade e universalidade dessas ciências. 
Estão CORRETAS as proposições: 
A) Apenas a I e III; 
B) Apenas a II e IV; 
C) Apenas a II e III; 
D) Apenas a I e IV; 
     E) Todas. 
40) "Ao longo de suas obras, __________________ elabora diversas interpretações da razão, tendo como ponto de partida: A ação moral, o trabalho cientifico, a sociedade segundo determinada ordem e o projeto sociohistorico em que cada sociedade se encontra. 
Seu pensamento aparece como uma tentativa original e constante em superar e sintetizar duas correntes filosóficas fundamentais da modernidade o racionalismo e o empirismo." 
O nome do filósofo que preenche CORRETAMENTE 
a lacuna acima é: 
A) John Locke; 
B) Montesquieu; 
C) Voltaire; 
D) Rousseau; 
      E) Kant. 


4. Com relação à boa vontade em Kant, podemos dizer que ela é a única coisa que podemos considerar como um bem em si mesmo. Sendo assim, é correto dizer que a boa vontade 
a) é algo que podemos notar através das atitudes e dos resultados das ações alheias. 
     b) pode ser resumida na vontade de agirmos por dever. 
c) depende de uma série de circunstâncias empíricas que a direcionem. 
d) nos impele a escutarmos o que o nosso coração tem a nos dizer, nos tornando mais sensíveis. 

Questão 35 
O criticismo de Immanuel Kant consiste na sua indagação acerca das condições de possibilidade do conhecimento em geral. Trata-se, pois, da análise crítica da própria faculdade da razão. O estudo proposto por Kant é denominadamente: 
A) empírico. 
         B) transcendental. 
C) dialético. 
D) dedutivo. 
26. Em A paz perpétua: um projeto filosófico (1795/96), Immanuel Kant propõe a formação de uma federação de Estados livres para manter a paz entre as nações. Entre os seus artigos preliminares (ou condições primeiras para a paz), está o seguinte preceito: 
A) Os Estados devem manter exércitos permanentes, pois, em virtude da sua prontidão para a guerra, mantêm o temor dos outros Estados quanto às suas pretensões de invasão e, assim, garantem a paz. 
B) Os tratados de paz devem conter uma reserva secreta de elementos para uma guerra futura, ou seja, devem ser na verdade armistícios, pois desta forma os Estados preservam seu direito de defesa e, assim, garantem a paz. 
C) Uma vez que um Estado é um patrimônio, um Estado independente poderá ser adquirido por outro mediante herança ou matrimônio, mas não por troca, compra ou doação, pois neste último caso se eliminaria sua existência como pessoa moral. 
D) Durante a guerra entre Estados, deve ser permitido o emprego de meios considerados ilícitos em tempos de paz, tais como a infiltração de assassinos (percussores) e envenenadores, a rotura da capitulação e a instigação à traição, pois a inteligência e a sagacidade podem, por estes meios, forçar o acordo de paz. 
      E) Nenhum Estado deve imiscuir-se pela força na constituição e no governo de outro Estado, ou seja, numa guerra civil, pois, enquanto a luta interna não está decidida, a ingerência de potências estrangeiras seria uma violação do direito de um povo independente e isto poria em perigo a autonomia de todos os Estados e ameaçaria a paz mundial. 

28. Pode-se dizer (v. g., com Franco Chiereghin. In: Introdução à leitura de Fenomenologia do Espírito de Hegel. Lisboa: Edições 70, 1998) que a moralidade é colocada por Hegel "no cume" do momento do "espírito", parte final da Fenomenologia, proposta como ciência do desenvolvimento da consciência. 
Acerca do pensamento de Kant, que na história da filosofia teria realizado este momento (a moralidade), Hegel concebe que: 
A) Seu limite está no fato de que a consciência não pode utilizar-se da persuasão sem cair em contradição quanto à própria origem da ação. 
B) Uma revolução moral através da qual o indivíduo educa e forma a própria vontade pelo universal não pode exorcizar a fúria devastadora da violência revolucionária. 
       C) A abstração do dever, que põe a moralidade no agir pela conformidade com a pura forma da lei (máxima), corre o risco de avalizar a hipocrisia, uma vez que a ação pode ser justificada por ter como motivo o puro dever. 
D) O que há de verdadeiramente positivo na moralidade kantiana é a ideia de que a consciência que age deve afastar de si a sensibilidade, com seus impulsos e inclinações, pois só se pode produzir algo eticamente relevante sem o impulso que provém da paixão e do interesse. 
E) Seu grande mérito está na suficiência do princípio da autodeterminação pelo dever, segundo a qual a consciência se embasa na convicção interior da própria retidão e prescinde do reconhecimento da parte dos outros. 
18 "Através dos princípios de um direito natural preexistente ao Estado, de um Estado baseado no consenso, de subordinação do poder executivo ao poder legislativo, de um poder limitado, de direito de resistência" (BOBBIO, Noberto. Direito e Estado no pensamento de Kant. UNB, 1984). 
A citação acima aponta algumas diretrizes fundamentais do Estado:
     A) Liberal. 
B) Anarquista. 
C) Comunista. 
D) Absolutista.  
E) Nazista. 
e) Santo Agostinho 

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