domingo, 5 de janeiro de 2014

Prova de filosofia Medieval e Moderna 6


Filosofia Medieval (Idade Média)
19. Durante a Idade Média, a questão dos universais foi um dos grandes problemas debatidos pelos filósofos da época. Realismo, conceitualismo e nominalismo foram as soluções típicas do problema. Outra preocupação da época foi o da possibilidade ou impossibilidade de conciliar fé e razão. Santo Agostinho, sobre a relação fé e razão, protagonizou uma tese que se pode resumir na frase: "Credo ut intelligam" (Creio para entender). A partir dos seus conhecimentos sobre a questão dos universais e da filosofia medieval, identifique as proposições verdadeiras: 
I - O apogeu da patrística aconteceu no século XIII com Santo Tomás de Aquino (1225-1274), que, retomando o pensamento de Platão, fez a síntese mais bem elaborada da filosofia com o cristianismo durante a Idade Média. 
II - O pensamento filosófico medieval, a partir do século IX, é chamado de escolástica. A filosofia escolástica tinha por problema fundamental levar o homem a compreender a verdade revelada pelo exercício da razão, contudo apoiado na Auctoritas, seja da Bíblia, seja de um padre da Igreja. 
III - Para os nominalistas, o universal é apenas um conteúdo da nossa mente, expresso por um nome. O que significa dizer que os universais são apenas palavras, sem nenhuma realidade específica correspondente. 
IV - No conceitualismo de Pedro Abelardo, os universais são conceitos, entidades mentais, que não existem na realidade, nem são meros nomes. 
V - De acordo com a teoria da iluminação de Santo Agostinho, o ser humano recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas. Tal como o sol, Deus ilumina a razão e torna possível o pensar correto. Em verdade, Santo Agostinho não conflita a fé com a razão, sendo esta última auxiliar e subordinada da fé. 
Assinale a alternativa que contém as afirmativas VERDADEIRAS: 
a) I, II e III 
b) I, III e V 
c) II e V 
d) I, II e IV 
      e) II, III, IV e V 
QUESTÃO 12 
O calor e a luz são efeitos colaterais do fogo, e um efeito pode justamente inferir-se a partir do outro. Se, por conseguinte, nos convencermos a nós mesmos quanto à natureza desta evidência, que nos assegura das questões de fato, devemos indagar como chegamos ao conhecimento da causa e do efeito. Atrever-me-ei a afirmar, como uma proposição geral, que não admite exceção, que o conhecimento desta relação não é, em circunstância alguma, obtido por raciocínios a priori, mas deriva inteiramente da experiência, ao descobrirmos que alguns objetos particulares se combinam constantemente uns com os outros. 
Hume. Investigação sobre o entendimento humano. Edições 70

Com base no texto acima, assinale a opção correta. 
A - A relação causa-efeito é um princípio necessário. 
B - Não existem proposições conhecidas a priori. 
       C - A relação causa-efeito ocorre por mera combinação regular entre objetos. 
D - Questões de fato são evidenciadas unicamente pelo intelecto. 
E - O ponto de partida do conhecimento é o princípio de causalidade. 

QUESTÃO 13 
Considerar um existente qualquer segundo o modo como está no Absoluto consiste aqui somente em dizer que se falou dele nessa instância como de um "algo", mas que no Absoluto, para o qual A=A, esse "algo" no entanto não existe, pois aí tudo é uno. A ingenuidade do vazio no conhecimento consiste em opor esse saber uno, segundo o qual no Absoluto tudo é igual, ao conhecimento que distingue e que ou já é pleno ou busca a plenitude, ou então consiste em oferecer seu Absoluto como se fosse a noite na qual, como se costuma dizer, todas as vacas são pretas. 
Hegel. Fenomenologia do espírito (prefácio). Abril Cultural. 

Com base no texto acima, analise as asserções a seguir. 
Para Hegel, a expressão "A=A" indica que a identidade e a unidade, quando absolutas, levam ao vazio no conhecimento, 
porque 
se encontra ausente, nessa perspectiva, a diversidade estabelecida (formalmente) pelo intelecto. 
Considerando as asserções acima, assinale a opção correta. 
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
       C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas. 

QUESTÃO 14 
Mas o que sou eu, portanto? Uma coisa que pensa. O que é uma coisa que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina também e que sente. 
R. Descartes. Meditações, II. Coleção Os Pensadores. 
Nessa passagem, Descartes trata da relação entre o cogito e o duvidar, o conceber, o afirmar etc. O modo como a veracidade dos mencionados estados é assegurada expressa-se por meio da 
A - investigação dos conteúdos mentais. 
B - investigação do mundo sensível. 
      C - relação entre o cogito e suas modalidades. 
D - investigação da relação entre o cogito e a realidade objetiva da idéia de Deus. 
E - investigação da relação entre a realidade objetiva e a realidade formal dos objetos. 


QUESTÃO 15 
Uma multidão de homens é transformada em uma pessoa quando é representada por um só homem ou pessoa, de maneira a que tal seja feito com o consentimento de cada um dos que constituem essa multidão. Porque é a unidade do representante, e não a unidade do representado, que faz que a pessoa seja una. E é o representante o portador da pessoa, e só de uma pessoa. Esta é a única maneira como é possível entender a unidade de uma multidão. 
Hobbes. Leviatã. Abril Cultural. 

De acordo com o texto acima, analise as asserções a seguir. 
Segundo Hobbes, o caráter unitário da pessoa do representante está alicerçado no consentimento de cada um dos indivíduos que faz parte de uma multidão humana 
porque 
é a partir do consentimento de cada um deles que se institui a pessoa política única do Estado. 
Acerca dessas afirmativas, assinale a opção correta. 
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
       D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas. 

QUESTÃO 16 
Já antes de suas respostas à questão do ente enquanto tal, a metafísica representou o ser. Ela expressa necessariamente o ser e, por isso mesmo, o faz constantemente. Mas a metafísica não leva o ser mesmo a falar, porque não considera o ser em sua verdade e a verdade como o desvelamento e este em sua essência. A essência da verdade sempre aparece à metafísica apenas na forma derivada da verdade do conhecimento e da enunciação. O desvelamento, porém, poderia ser algo mais originário que a verdade no sentido da veritas. Alétheia talvez fosse a palavra que dá o aceno ainda não experimentado para a essência impensada do esse. 
M. Heidegger. Que é metafísica? Introdução (1949).Coleção Os Pensadores. 

Considerando o trecho acima e a crítica à metafísica de Heidegger, assinale a opção correta. 

A - A verdade compreendida como veritas possibilita o desvelamento do ente e leva o ser mesmo a falar, respondendo à questão da verdade do ser. 
B - O conceito de alétheia responde à questão da verdade do ser ao nomear o ente, pois pensa o ser como representação do ente enquanto ente. 
C - A metafísica tradicional não leva o ser mesmo a falar, não considerando o ser em sua verdade, concebendo a verdade em seu sentido antepredicativo. 
        D - Alétheia é compreendida como a verdade antepredicativa que possibilita o desvelamento do ente em seu sentido originário de transcendentalidade. 
E - A diferença estabelecida entre os conceitos de veritas e alétheia é puramente circunstancial, já que ambos visam responder à questão da verdade do ser. 
QUESTÃO 20 
Neste ensaio, "ciência normal" significa a pesquisa firmemente baseada em uma ou mais realizações científicas passadas. Essas realizações são reconhecidas durante algum tempo por alguma comunidade científica específica como proporcionando os fundamentos para sua prática posterior. (...) Suponhamos que as crises são uma pré-condição necessária para a emergência de novas teorias e perguntemos então como os cientistas respondem à sua existência. (...) De modo especial, a discussão precedente indicou que consideraremos revoluções científicas aqueles episódios de desenvolvimento não cumulativo nos quais um paradigma mais antigo é total ou parcialmente substituído por um novo, incompatível com o anterior. 
T. Kuhn. A estrutura das revoluções científicas. Editora Perspectiva. 

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a filosofia da ciência de Thomas Kuhn, assinale a opção incorreta. 
A - A assunção de um paradigma ocorre depois que o fracasso persistente na resolução de um problema dá origem a uma crise. 
B - A atividade científica madura desenvolve-se por meio de fases de ciência normal (paradigma), crise, revolução e novo paradigma. 
       C - A ciência normal é o período em que se desenvolve uma atividade científica com base em um novo paradigma. 
D - Paradigma é uma concepção teórica associada a aplicações-padrão que são objetos de consenso em uma comunidade científica. 
E - As revoluções científicas produzem efeitos desintegradores na tradição à qual a atividade da ciência normal está ligada. 
QUESTÃO 21 
(...) a solução é esta: que nós, de modo algum, admitimos que haja nomes universais quando, tendo sido destruídas as suas coisas, eles já não são predicáveis de vários, porquanto nem são comuns a quaisquer coisas, como o nome da rosa, quando já não há mais rosas, o qual, entretanto, ainda é então significativo em virtude do intelecto, embora careça de denominação, pois, de outra sorte, não haveria a proposição: nenhuma rosa existe". 
Pedro Abelardo. Lógica para principiantes. Petrópolis: Vozes. 

Considerando o trecho acima, em que Abelardo trata do problema dos universais, assinale a opção correta. 
A - A partir do momento em que não existam mais rosas, o nome universal "rosa" não mais subsiste, de forma nenhuma. 
      B - A função significativa de um nome universal permanece, mesmo não mais existindo a coisa real. 
C - O que realmente existe é o indivíduo (por exemplo, esta rosa); quanto ao nome universal, ele nada mais é do que uma emissão fonética. 
D - Se não for mais possível designar uma coisa, então também não é possível fornecer um conceito dela. 
E - Mesmo antes da existência de qualquer rosa, a idéia da rosa já se fazia presente, como um universal, na mente divina. 

QUESTÃO 24 
Quando, então, dizemos "Deus", parecemos, certamente, designar uma substância, mas aquela que é para além da substância; quando, porém, dizemos "justo", designamos, certamente, uma qualidade, mas não como acidente, e, sim, como aquela qualidade que é substância e, entretanto, é para além da substância: então, para Deus, o que ele é não é outro que o ser justo; é o mesmo, para Deus, ser e ser justo. Assim, também, quando se diz "grande" ou "máximo", parecemos designar, certamente, uma quantidade, mas aquela quantidade que é a própria substância, tal como a dissemos ser para além da substância: o mesmo, com efeito, é para Deus, ser e ser grande. Sobre a sua forma (...), visto ele ser forma e uno verdadeiramente, não há, então, nenhuma pluralidade. 
Boécio. A Santa Trindade. São Paulo: Martins Fontes. 

Considerando esse texto e a concepção de Deus em Boécio, assinale a opção correta. 
A - É possível aplicar a categoria de qualidade, do mesmomodo, a Deus e ao homem. 
B - Não havendo em Deus nenhuma pluralidade, é impossível que ele seja, ao mesmo tempo, justo e grande. 
C - Em Deus, ser e ser justo constitui uma unidade, porém, em tal unidade não pode ser incluída a grandeza. 
       D - Dada a singularidade de "Deus", dele se pode dizer que há unidade entre ser, ser grande e ser justo. 
E - Se Deus é "grande" e "máximo", então, o homem só pode ser "pequeno" e "mínimo". 
QUESTÃO 25 
Uma ação praticada por dever deve ter o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina; não depende portanto da realidade do objeto da ação, mas somente do princípio do querer segundo o qual a ação, abstraindo de todos os objetos da faculdade de desejar, foi praticada. 
Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes.Coleção Os Pensadores. 

De acordo com essa passagem, pode-se concluir que o valor da ação moral em Kant é determinado 

A - pelos objetos que orientam a faculdade de desejar. 
       B - por sua subordinação ao princípio do querer em geral. 
C - pela validade objetiva dos objetos. 
D - por sua subordinação à vontade subjetivamente determinada. 
E - por sua conformidade ao dever. 
QUESTÃO 26 
Não há dúvida de que as virtudes morais podem existir sem certas virtudes intelectuais, como a sabedoria, a ciência e a arte; não o podem porém sem o intelecto e a prudência. Assim, não podem existir sem a prudência, por ser a virtude moral um hábito eletivo, isto é, que torna boa a eleição. Ora, para esta ser boa se exigem duas condições. A primeira é haver a devida intenção do fim; e isto se dá pela virtude moral, que inclina a potência apetitiva ao bem conveniente com a razão, que é o fim devido. A segunda é que nos sirvamos retamente dos meios, o que se não pode dar senão pela razão, que aconselha retamente, no julgar e no ordenar, o que pertence à prudência e às virtudes anexas... 
Tomás de Aquino. Suma Teológica. 
Tendo como referência esse texto e a teoria das virtudes de Tomás de Aquino, analise as asserções a seguir. 
Para Tomás de Aquino, há virtudes intelectuais que podem prescindir das virtudes morais, uma vez que não possuem ligação direta com a ação, mas não é o caso da virtude intelectual da prudência, 
porque 
a prudência consiste no intelecto prático, fazendo com que o homem não apenas conheça os princípios universais da razão, mas também leve em conta as diversas circunstâncias da vida humana. 

Considerando essas assertivas, assinale a opção correta. 
        A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
D - A primeira asserção é uma preposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas. 


QUESTÃO 27 
Considere a seguinte frase: Se todo homem é mortal e Sócrates é homem, então Sócrates é mortal. 
Essa frase é 
I - um argumento com premissas e conclusão verdadeiras. 
II - uma proposição com antecedente e conseqüente. 
III - um argumento condicional verdadeiro. 
IV - uma proposição condicional verdadeira. 
V - um argumento categórico verdadeiro. 

Estão certos apenas os itens 
A - I e III. 
B - I e IV. 
      C - II e IV. 
D - II e V. 
E - III e V. 
QUESTÃO 28 
O existencialista não tem pejo em declarar que o homem é angústia. Significa isso: o homem ligado por um compromisso e que se dá conta de que não é apenas aquele que escolhe ser, mas de que é também um legislador pronto a escolher, ao mesmo tempo que a si mesmo, a humanidade inteira, não poderia escapar do sentimento da sua total e profunda responsabilidade". 
Jean-Paul Sartre. O existencialismo é um humanismo. Coleção Os Pensadores. 
Tendo como referência esse texto, analise as asserções seguintes. 
Para Sartre, dando-se conta de que suas escolhas repercutem além de si mesmo, envolvendo a humanidade inteira, o homem sente angústia, 
porque 
tem diante de si um compromisso que vai além de sua capacidade, pois nem mesmo suas escolhas individuais são livres, já que as contingências da vida determinam sua existência e sua essência. 

Com base nas afirmativas acima, assinale a opção correta. 
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
       C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
D - A primeira asserção é uma preposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas. 

QUESTÃO 29 
No texto a seguir, Descartes formula o preceito inicial de suas regras do método: "O primeiro era o de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida". 
R. Descartes. Discurso do método.Coleção Os Pensadores. 

A partir desse texto, julgue os seguintes itens. 
I - No conhecimento da verdade, a dúvida antecede a evidência. 
II - No conhecimento da verdade, a evidência antecede a dúvida. 
III - Clareza e distinção são critérios para o reconhecimento da verdade. 
IV - Sob o ponto de vista metodológico, o conhecimento independe do "eu". 
V - O acesso à verdade depende das circunstâncias ocasionais vividas pelo "eu". 

Estão certos apenas os itens 
A - I e II. 
     B - I e III. 
C - II e V. 
D - III e IV. 
E - IV e V. 

QUESTÃO 30 
(...) se a razão só por si não determina suficientemente a vontade, se está ainda sujeita a condições subjetivas (a certos móbiles) que não coincidem sempre com as objetivas; numa palavra, se a vontade não é em si plenamente conforme à razão (como acontece realmente entre os homens), então as ações, que objetivamente são reconhecidas como necessárias, são subjetivamente contingentes, e a determinação de uma tal vontade, conforme a leis objetivas, é obrigação. 
Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes. Coleção Os Pensadores. Segunda Seção, §12. 

De acordo com esse texto, é correto afirmar que as inclinações 
A - tornam a lei moral subjetiva. 
B - determinam a vontade objetivamente. 
       C - fazem que a lei moral seja vivenciada como uma obrigação. 
D - possuem caráter imperativo. 
E - são parte da natureza humana como ser racional. 

QUESTÃO 31 
Considere o seguinte argumento: 
A esmeralda E1 é verde. 
A esmeralda E2 é verde. 
.
A esmeralda En é verde. 
Logo, a esmeralda En+1 é verde. 
Esse argumento é 
I - uma dedução, cujas premissas têm como conseqüência uma conclusão verdadeira. 
II - uma abdução, cuja conclusão explica aquilo que está enunciado nas premissas. 
III - uma indução, cujas premissas podem ser verdadeiras e a conclusão pode ser falsa. 
IV - um argumento cuja conclusão sempre preserva a suposta verdade das premissas. 
V - um argumento cuja conclusão não preserva a suposta verdade das premissas. 

Estão certos apenas os itens 
A - I e III. 
B - I e IV. 
C - II e IV. 
D - II e V. 
       E - III e V. 
QUESTÃO 33 
Considere que "¬", "^" e "/" são, respectivamente, símbolos para a negação ("não"), conjunção ("e") e condicional material ("se..., então...") e que "p" e "q" são variáveis proposicionais. Ao se empregar os procedimentos das tabelas veritativas e, em seguida, do cálculo proposicional, pode-se concluir que a fórmula "(p / q) ÷ ¬(p ? ¬ q)". 

I - é uma contingência. 
II - é uma contradição. 
III - é uma tautologia. 
IV - é um teorema. 
V - não é um teorema. 

Estão certos apenas os itens 
A - I e II. 
B - I e IV. 
C - II e V. 
      D - III e IV. 
E - III e V. 
QUESTÃO 34 
Considere que "¬", "^", "" e "/" são, respectivamente, símbolos para a negação ("não"), conjunção ("e"), disjunção ("e/ou") e para o condicional material ("se..., então...") e que "A" e "E" são, respectivamente, o quantificador universal e o quantificador existencial. Considere, ainda que "Px", "Qx", "Rx" e "Sx" são predicados monádicos (ou de aridade 1) e que as fórmulas "Ax[Px / (Qx Rx)]" e "Ax¬(Qx Rx)" são premissas de um argumento. As conclusões dedutíveis dessas premissas estão contidas nas fómulas 

I- Ax(Px / ¬Sx). 
II - ¬Ex¬Px. 
III - Ex(Qx Qx). 
IV - Ax¬(Px ^ Sx). 
V - Ex(Rx ^ Rx). 
Estão certos apenas os itens 
A - I e III. 
      B - I e IV. 
C - II e IV. 
D - II e V. 
E - III e V. 
QUESTÃO 36 
Ao investigar se a existência de Deus se impõe imediatamente à inteligência humana, Tomás de Aquino conclui: "A proposição Deus existe, enquanto tal, é evidente por si, porque nela o predicado é idêntico ao sujeito. Deus é seu próprio ser (...) Mas, como não conhecemos a essência de Deus, essa proposição não é evidente para nós, precisa ser demonstrada por meio do que é mais conhecido para nós, ainda que por sua natureza seja menos conhecido, isto é, pelos efeitos". 
Tomás de Aquino. Suma de Teologia, I, q.2, a.1. Tradução: Editora Loyola. 

Considerando o texto acima e o tipo de abordagem de Tomás de Aquino acerca da existência de Deus, julgue os itens seguintes. 
I - Todo homem possui um conhecimento a priori da existência de Deus. 
II - A existência de Deus pode ser afirmada por intermédio da reflexão sobre os fenômenos deste mundo. 
III - Do predicado da proposição "Deus existe, o homem infere imediatamente a existência divina. 
IV - Tomás de Aquino atribui a Anselmo a tese de que a existência de Deus é evidente por si mesma. 
V - A propósito da substância divina, a inteligência humana pode conhecer o "que ela é". 
Estão certos apenas os itens 
A - I e III. 
     B - II e IV. 
C - III e IV. 
D - III e V. 
E - IV e V. 
QUESTÃO 37 
Pois, para que eu seja livre, não é necessário que eu seja indiferente na escolha de um ou de outro dos dois contrários; mas, antes, quanto mais eu pender para um, seja porque eu conheça evidentemente que o bom e o verdadeiro aí se encontrem, seja porque Deus disponha assim o interior do meu pensamento, tanto mais livremente o escolherei e o abraçarei, [...] pois, se eu conhecesse sempre claramente o que é verdadeiro e o que é bom, nunca estaria em dificuldade para deliberar que juízo ou que escolha deveria fazer; e assim seria inteiramente livre sem nunca ser indiferente. 
Descartes. Meditações. Coleção Os Pensadores. 

A partir desse texto, analise as asserções a seguir. 
A criatura humana pode errar ao fazer determinadas escolhas 
porque 
sua vontade livre se estende às coisas que não entende. 
Acerca das asserções acima, assinale a opção correta. 
      A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira. 
E - As duas asserções são proposições falsas. 
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IDADE MÉDIA

Marque "V" verdadeiro..............
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Questão 13 

Na Idade Média, o patrimônio cultural do Ocidente cristão é enriquecido com valiosas contribuições dos intelectuais muçulmanos. O renascimento cultural promovido pelos árabes no Oriente, nos séculos VIII e IX, é marcado por avanços científicos e pela retomada do pensamento racional grego. Assinale o que for correto. 
01) Os cientistas islâmicos foram responsáveis pela introdução da álgebra, da trigonometria e do conceito do número zero na matemática. 
02) O islamismo, por ser uma religião de caráter fundamentalista e fanático, perseguia persistentemente os judeus e os cristãos, tendo como consequência a destruição sistemática da cultura judaico-cristã, tanto na península ibérica quanto na itálica. 
04) Avicena, com suas obras Livro da cura e O cânon da medicina, monumentais enciclopédias médicas, trouxe à medicina um desenvolvimento significativo. 
08) Averróis foi médico e filósofo; na filosofia, destacase por ser um dos maiores comentaristas da obra do filósofo grego Aristóteles, tornando-se, assim, um dos mais ilustres pensadores da baixa Idade Média. 
16) Os grandes cientistas renascentistas Galileu Galilei e Nicolau Copérnico frequentaram as universidades árabes, onde adquiriram conhecimentos que revolucionaram a ciência moderna. 
13-------- 13-------- 01-04-08 
Questão 10 
A questão dos universais é introduzida na Filosofia Medieval pelos comentários de Boécio à sua tradução da lógica de Aristóteles no século VI. Todavia a polêmica acerca da existência real dos universais assume forma e importância maior a partir do século XI. Sobre a questão dos universais, assinale o que for correto. 
01) Para os realistas, os particulares são as coisas mais reais; para os nominalistas, o mais real é o abstrato. 
02) As coisas abrangidas por um universal, embora diversas e múltiplas, são semelhantes em alguns aspectos. 
04) Santo Anselmo foi um realista em sua concepção dos universais, ou seja, acreditou que os universais têm realidade objetiva. 
08) Para os nominalistas, como Roscelino, os universais são simples palavras que expressam os conteúdos mentais. 
16) Por universal entende-se conceito, ideia, gênero, espécie ou propriedade predicada de vários indivíduos. 
10-------- 30-------- 02-04-08-16
Questão 18 
A linguagem verbal é um sistema de símbolos que permite aos seres humanos ultrapassarem os limites da experiência vivida e organizar essa experiência sob forma abstrata, conferindo sentido ao mundo. Assinale o que for correto. 
01) A linguagem humana, da mesma forma que as linguagens de computador, é altamente estruturada e, por isso, inflexível; não fosse assim, a comunicação entre as pessoas seria impossível. 
02) A linguagem oral é o único meio à disposição do homem para sua comunicação e o estabelecimento de relações com os outros indivíduos. 
04) A formação do mundo cultural depende fundamentalmente da linguagem. Pela linguagem, o homem deixa de reagir somente ao presente imediato, podendo pensar o passado e o futuro e, com isso, construir o seu projeto de vida. 
08) Os nomes são símbolos ou representações dos objetos do mundo real e das entidades abstratas. Como representações, os nomes têm o poder de tornar presente para nossa consciência o objeto que não está dado aos sentidos. 
16) O homem é a única espécie animal dotada da capacidade de linguagem mediante a palavra e faz uso de símbolos, isto é, refere-se às coisas por meio de signos convencionados, enquanto na linguagem de outros animais os signos são índices. 
18-------- 28-------- 04-08-16 
Questão 28 
Uma dupla condição domina o desenvolvimento da filosofia tomista: a distinção entre a razão e a fé, e a necessidade de sua concordância. Todo o domínio da filosofia pertence exclusivamente à razão; isso significa que a filosofia deve admitir apenas o que é acessível à luz natural e demonstrável apenas por seus recursos. A teologia baseia-se, ao contrário, na revelação, isto é, afinal de contas, na autoridade de Deus. 
(GILSON, E. A filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 655.) 
A partir do texto acima e dos conhecimentos sobre a filosofia tomista, assinale a afirmativa correta. 
[A] Todas as verdades da fé são passíveis de prova racional. 
[B] Se uma verdade da razão contradiz uma verdade da fé, tem-se o indício de erro em ambas.
      [C] Se uma verdade da razão contradiz uma verdade da fé, tem-se o indício de erro da razão. 
[D] Todas as verdades referentes a Deus são possíveis à capacidade da razão humana. 


34- Filosofia Medieval (séc. II a.C. ao Séc. XIV) 
I. Compreende a Patrística e a Escolástica. Predominou num período em que a Igreja Romana dominava a Europa, organizava Cruzadas à Terra Santa e criava, à volta das catedrais, as primeiras universidades e escolas. 
II. Processo de desligamento entre o pensamento filosófico e o pensamento mítico. 
III. Tarefa religiosa de evangelização e defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos. O objetivo era convencer os descrentes, tanto quanto possível, pela razão, para depois fazê-los aceitar a imensidão dos mistérios divinos acessíveis pela fé. 
IV. Possibilidade ou impossibilidade de atrair a sorte através da fé. 
Assinale a alternativa correta: 
    A) Apenas as alternativas I e III estão corretas 
B) Apenas as alternativas II e III estão corretas 
C) Apenas as alternativas II e IV estão corretas 
D) Todas as alternativas estão corretas 

Cristianismo
08. A filosofia patrística (Século I ao Século VII d.C.) refere-se à predominância do pensamento cristão em relação à tradição de pensamento antigo. Os filósofos desse período introduziram novas concepções à medida que intencionavam defender a evangelização e a própria religião cristã. Desse modo, uma das concepções trazidas por eles foi a ideia de 
A) um Deus Demiurgo (artífice) responsável pela criação e manipulação da realidade. 
     B) criação a partir do nada, contradizendo a visão da antiguidade que supunha a geração de todas as coisas. 
C) divindade representando a potencialização das virtudes humanas, apresentando-se como modelo de perfeição. 
D) livre arbítrio possibilitando entender a vontade de Deus como semelhante à vontade dos homens. 
Questão 06 
Na obra A Essência do Cristianismo, Feuerbach faz uma crítica à religião cristã. Para ele, o homem aliena sua essência na religião, pois os seres humanos se esquecem de que foram os criadores da divindade e invertem a relação quando acreditam que foram criados pelos deuses. Assinale o que for correto. 
01) Para Feuerbach, o verdadeiro fundamento do homem é apenas ele mesmo; assim, o único fundamento absoluto de todo pensamento humano é o homem como razão, como vontade, como coração. 
02) A teoria da alienação religiosa de Feuerbach ofereceu uma contribuição importante à filosofia política, particularmente à de Marx. 
04) Feuerbach critica a religião, todavia aceita a teologia, pois acredita que ela pode nos conduzir a um conhecimento racional da essência de Deus. 
08) A crítica de Feuerbach à alienação religiosa levou Marx a aderir à filosofia existencialista de Feuerbach. 
16) Quando Marx declara que a religião é o ópio do povo, ele concorda com Feuerbach que a religião é uma alienação; para Marx, a religião amortece a combatividade dos oprimidos e dos explorados, porque lhes promete uma vida feliz no futuro e no outro mundo. 
06-------- 19-------- 01-02-16 
1 - Não o nascimento de Cristo, mas a morte de Deus é o grande evento da história da humanidade. Nietzsche alude a um fato histórico preciso: a partir do Iluminismo, progressivamente se aprofundou a secularização da cultura européia; o homem tornou-se adulto e começou a viver sem mais necessidade de fábulas infantis [...] A necessidade de Deus já desapareceu da consciência do homem moderno. Deus está morto porque os homens o mataram [...]. 
(NICOLAU, Ubaldo. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à idade moderna; [Maria Margherita De Luca]. São Paulo: Globo, 2005. p.414.). 
Com base no texto e nos conhecimentos da obra A Gaia Ciência de Friedrich Nietzsche, é incorreto afirmar: 
a) Matando Deus os homens substituem a Divindade. 
b) A morte de Deus é um irresistível fato histórico. E mesmo matando Deus os homens não têm consciência disso. 
      c) A morte de Deus implica no crescimento de todas as Igrejas. 
d) Todas as alternativas estão incorretas. 

34 - Genericamente, pode-se dividir a filosofia medieval em dois grandes momentos. Assinale a alternativa que contenha estes momentos: 
       a) Patrística e a escolástica. 
b) Ceticismo e Estoicismo. 
c) Epicurismo e escolástica. 
d) Helenística e pitagórica. 


Agostinho de Hipona 354-430
18. O trecho que segue foi extraído das Confissões, de Santo Agostinho: 
"Quem nos mostrará o Bem? Ouçam a resposta: está gravada dentro de nós a luz do vosso rosto Senhor. Nós não somos a luz que ilumina a todo homem, mas somos iluminados por Vós." 
A partir dos seus conhecimentos sobre as filosofias de Santo Agostinho e Tomás de Aquino, identifique qual das afirmações abaixo está CORRETA: 
a) As cinco vias de Tomás de Aquino são argumentos diretos e evidentes da existência de Deus. Partem de afirmações gerais e racionais sobre a existência, para chegar a conclusões sobre as coisas sensíveis, particulares e verificáveis sobre o mundo natural. 
b) Os argumentos de Santo Agostinho que provam a existência de Deus denotam a influência direta que ele teve do pensamento de Aristóteles, principalmente da Metafísica. 
c) Para Santo Agostinho, a irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamente as verdades eternas em Deus. Essas verdades eternas e necessárias não estão no interior do homem, porque seu intelecto é mutável e contingente. 
d) Tomás de Aquino construiu uma argumentação para provar a existência de Deus à luz das ideias de Platão e de vários fragmentos da Bíblia. 
       e) Para Santo Agostinho, a irradiação da luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, deixando-o ativo para o conhecimento das verdades eternas. Essas verdades, necessárias e imutáveis, estão no interior do homem. 

27. Senti 
e não estranhei que o pão tão saboroso ao paladar saudável seja enjoativo ao paladar enfermo e que a luz agradável aos olhos que veem bem seja desagradável aos doentes. E a vossa justiça é desagradável aos maus - o mesmo acontece com a víbora e os répteis, que foram criados bons e adequados à parte inferior da Criação, à qual os seres maus também pertencem, sendo tão mais semelhantes quanto são diferentes de Vós. Do mesmo modo, os maus são tão mais semelhantes aos seres superiores quanto mais se tornam semelhantes a Vós. Indaguei sobre a maldade e não encontrei uma substância e sim a perversão da vontade afastada de Vós, o Ser Supremo, tendendo em direção às coisas inferiores, expelindo as suas entranhas e inchando-se toda. (Santo Agostinho. As Confissões, citado em: Marcondes, Danilo. Textos básicos de ética - de Platão a Foucault. Rio de Janeiro, Zahar, 2007, p. 57) 
Segundo a concepção de Agostinho, o Mal 
(A) é uma substância metafísica, tanto quanto o Bem. 
(B) é uma entidade historicamente variável e relativa. 
(C) pode ser combatido por meio do aperfeiçoamento intelectual. 
(D) é uma patologia emocional a ser curada pelo remédio certo. 
      (E) manifesta-se como desvio ou corrupção em relação à vontade divina. 

Questão 10 
"Começando a lê-los [os livros da Sagrada Escritura] notei que tudo que havia de verdadeiro nos textos platônicos também se encontrava nesses textos em meio à proclamação de Vossa graça" (Agostinho, Confissões, VII, 21). 

 A afirmação acima endossa uma tese muito comum à investigação filosófica e teológica da Idade Média cristã, a saber: 
A) Platão teve acesso aos escritos de Moisés e não fez nada além de ocultar a originalidade do profeta hebreu. 
B) As verdades cristãs não são compatíveis com nenhuma espécie de conhecimento filosófico ou racional. 
C) A Revelação é historicamente anterior à Filosofia, e esta última não pode contribuir em nada para esclarecer os conteúdos da fé. 
      D) A Revelação é mais ampla que a Filosofia por abarcar verdades que esta última não alcançaria por si só e ainda por conter verdades filosóficas. 
Questão 11 
I. Deus é o Criador do mundo. 
II. A existência do mal no mundo não é responsabilidade de Deus. 
Agostinho concilia essas duas teses da seguinte forma: 
A) O mundo, por ser substância divina, é bom em si mesmo; apenas os homens experimentam as coisas como más de modo absoluto. 
B) Deus cria o mundo através de dois princípios coeternos equivalentes em luta permanente, a saber: o Bem e o Mal, este último princípio explica a segunda tese. 
       C) Tudo que Deus cria é bom, inclusive a vontade do homem, que escolhe, livremente, trocar o Bem imutável pelos bens mutáveis, isto é, pecar. 
 D) Ontologicamente, apenas Deus é bom; a simples existência das coisas criadas, portanto, já permite justificar a possibilidade de algum mal no mundo. 

Questão 39 
A tradição agostiniana foi marcada pelo platonismo; e a tradição tomista, pelo aristotelismo. Embora partam de matrizes intelectuais distintas, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino possuem em comum a compreensão de que: 
A) o conhecimento não pode ser derivado da apreensão sensível ou da experiência concreta. 
B) o homem, depois da queda (Pecado Original), não perdeu a faculdade de fazer o bem, já que é um ser racional e dotado de livre arbítrio. 
C) o corpo é o maior obstáculo à atividade da alma, o pensamento. 
D) a cidade terrena ou dos homens pode ser perfeita, sem, contudo, chegar ao estado de perfeição da ordem divina. 
    E) a razão humana é a expressão imperfeita da razão divina. 
Questão 13 Qual das afirmações abaixo melhor expressa a fórmula de Agostinho "Crê para compreender; compreende para crer"? 
A) Apenas pela fé, e não pela razão, chega-se ao conhecimento de Deus. 
B) Somente pela razão somos capazes de compreender a existência de Deus. 
C) Razão e fé são irreconciliáveis, pois a primeira é falha e a segunda é divina. 
     D) A fé ilumina a inteligência e a razão pode iluminar o conteúdo da fé. 

Questão 14 No Livro XI das Confissões, Santo Agostinho reflete sobre a dimensão ontológica do tempo, indicando-a como "distensão da alma". Qual das caracterizações abaixo melhor sintetiza esta indicação do autor? 
A) Mensuração subjetiva da durabilidade de minhas impressões. 
B) Ilusão enganadora que falseia a eternidade de minha condição. 
C) Passado do presente, presente do presente, futuro do presente. 
     D) Presente do passado, presente do presente, presente do futuro. 

____________________________ 
Marque (V), verdadeiro ...........
No que diz respeito a todas as coisas que compreendemos, não consultamos a voz de quem fala, a qual soa por fora, mas a verdade que dentro de nós preside à própria mente, incitados talvez pelas palavras a consultá-la. Quem é consultado ensina verdadeiramente, e este é Cristo, que habita, como foi dito, no homem interior. 
Santo Agostinho. De Magistro (com adaptações). 

Considerando o exposto no texto acima, julgue os itens seguintes de acordo com o pensamento de Santo Agostinho. 

98 - Tanto a civitas dei (cidade de Deus) como a civitas terena (cidade terrena) estão fundadas sobre o amor. Trata-se, entretanto, de diferentes tipos de amor. (V)
-------------------------------------------

30- Considerado durante muito tempo uma heresia cristã, possivelmente por sua influência sobre algumas delas, o _____________ foi uma religião que, pela coerência da doutrina e a rigidez das instituições, manteve firme unidade e identidade ao longo de sua história. Sua principal característica é a concepção dualista do mundo como fusão de espírito e matéria, que representam respectivamente o bem e o mal. 
A) Utilitarismo 
    B) Maniqueísmo 
C) Hedonismo 
D) Atomismo 


Santo Anselmo 1033-1109
 Marque (V), verdadeiro ...........

No século XI, Anselmo de Aosta formulou a prova ontológica da existência de Deus. Essa prova ontológica 

107 - fundamentava-se no princípio de que aquilo de que não se pode pensar nada de maior existe tanto no intelecto quanto na realidade. (V)

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Severino Boécio



QUESTÃO 24 

Quando, então, dizemos "Deus", parecemos, certamente, designar uma substância, mas aquela que é para além da substância; quando, porém, dizemos "justo", designamos, certamente, uma qualidade, mas não como acidente, e, sim, como aquela qualidade que é substância e, entretanto, é para além da substância: então, para Deus, o que ele é não é outro que o ser justo; é o mesmo, para Deus, ser e ser justo. Assim, também, quando se diz "grande" ou "máximo", parecemos designar, certamente, uma quantidade, mas aquela quantidade que é a própria substância, tal como a dissemos ser para além da substância: o mesmo, com efeito, é para Deus, ser e ser grande. Sobre a sua forma (...), visto ele ser forma e uno verdadeiramente, não há, então, nenhuma pluralidade. 
Boécio. A Santa Trindade. São Paulo: Martins Fontes. Considerando esse texto e a concepção de Deus em Boécio, assinale a opção correta. 
A - É possível aplicar a categoria de qualidade, do mesmomodo, a Deus e ao homem. 
B - Não havendo em Deus nenhuma pluralidade, é impossível que ele seja, ao mesmo tempo, justo e grande. 
C - Em Deus, ser e ser justo constitui uma unidade, porém, em tal unidade não pode ser incluída a grandeza. 
     D - Dada a singularidade de "Deus", dele se pode dizer que há unidade entre ser, ser grande e ser justo. 
E - Se Deus é "grande" e "máximo", então, o homem só pode ser "pequeno" e "mínimo". 


QUESTÃO 23 - [Colocação da questão]: Parece que há uma insanável contradição na afirmação de que, de uma parte, Deus conhece antecipadamente todas as coisas e de que, de outra, subsiste alguma possibilidade de escolha pela nossa liberdade. De fato, se Deus (...), antecipadamente, conhece, desde a eternidade, não somente as ações humanas, mas também os desígnios e vontades, não existe, então, liberdade de decisão, porque não pode existir algum outro fato ou algum outro querer, a não ser aquele do qual a divina providência, imune a todo erro, já tenha tomado conhecimento antecipadamente. Se as coisas podem orientar-se de modo diverso do previsto, não haverá presciência segura do futuro, mas, antes, uma opinião incerta, coisa que é ímpio atribuir a Deus. 
[Encaminhamento de resposta]: (...) Se é admissível um confronto entre o presente divino e o presente humano, como os humanos vêem certas coisas em seu presente temporal, assim Deus vê todas as coisas em seu presente eterno. Portanto, esse conhecimento divino não muda a natureza e as propriedades das coisas, e as vê ante si mesmo tais como um dia existirão no tempo. Ele não confunde as características distintivas das coisas, mas, com a visão de unidade de sua mente divina, distingue as que acontecerão necessariamente e as que acontecerão sem necessidade. Assim, portanto, o olhar divino, distinguindo todas as coisas, não perturba em nada a qualidade das coisas mesmas que, com relação a ele são presentes, enquanto, com relação às condições de temporalidade, são futuras. 
Severino Boécio. Consolatio Philosophiae (com adaptações). 
Considerando o texto acima, julgue os próximos itens. 
I - É certo que, se Deus conhece antecipadamente o futuro, então o homem não é livre. 
II - É certo que, se o homem é livre, então Deus não conhece o futuro. 
III - Se as coisas pudessem acontecer de modo diferente daquele como Deus as conhece, então Ele teria opinião e não, ciência. 
IV - Deus e o homem conhecem as coisas da mesma maneira e, por isso, não há presciência divina. 
V - Na eternidade divina, todas as coisas são presentes, também aquelas que haverão de acontecer no tempo futuro. 
Estão certos apenas os itens 
A - I e III. 
B - I e IV. 
C - II e IV. 
D - II e V. 
      E - III e V. 

Pedro Abelardo 1033-1109



QUESTÃO 21 
(...) a solução é esta: que nós, de modo algum, admitimos que haja nomes universais quando, tendo sido destruídas as suas coisas, eles já não são predicáveis de vários, porquanto nem são comuns a quaisquer coisas, como o nome da rosa, quando já não há mais rosas, o qual, entretanto, ainda é então significativo em virtude do intelecto, embora careça de denominação, pois, de outra sorte, não haveria a proposição: nenhuma rosa existe". 
Pedro Abelardo. Lógica para principiantes. Petrópolis: Vozes. 

Considerando o trecho acima, em que Abelardo trata do problema dos universais, assinale a opção correta. 
A - A partir do momento em que não existam mais rosas, o nome universal "rosa" não mais subsiste, de forma nenhuma. 
        B - A função significativa de um nome universal permanece, mesmo não mais existindo a coisa real. 
C - O que realmente existe é o indivíduo (por exemplo, esta rosa); quanto ao nome universal, ele nada mais é do que uma emissão fonética. 
D - Se não for mais possível designar uma coisa, então também não é possível fornecer um conceito dela. 
E - Mesmo antes da existência de qualquer rosa, a idéia da rosa já se fazia presente, como um universal, na mente divina. 


QUESTÃO 24 - Nada pode, de modo algum, manchar a alma, a não ser aquilo que procede da própria alma, isto é, o consentimento, pois só nele há maldade. Não há maldade nem no desejo que o precede nem na ação que a ele segue. (...) Deus leva em conta não as coisas que fazemos, mas o ânimo com que são feitas, e o mérito e o louvor de quem age consistem não na ação, mas na intenção. 
Pedro Abelardo. Scito te ipsum (ed. M.Dal Prà) (com adaptações). 
De acordo com o texto acima, julgue os itens a seguir. 
I - A maldade encontra-se nas ações que são feitas. 
II - A intenção é a chave de compreensão da bondade ou maldade dos atos. 
III - Decidir-se a matar alguém não é maldade; o mal é matar alguém de fato. 
IV - Bondade ou maldade dos atos ou omissões medem-se pela intenção, não pelo resultado. 
V - Deus julga os homens não pelas ações, mas pela intenção com que elas são realizadas. 
Estão certos apenas os itens 
A - I e II. 
B - I e IV. 
C - II e III. 
D - I, III e IV. 
     E - II, IV e V. 

Averróis 1126-1198
Alberto Magno 1200(c.)-1280
Roger Bacon 1214-1294

Tomas de Aquino 1225-1274

QUESTÃO 36 

Ao investigar se a existência de Deus se impõe imediatamente à inteligência humana, Tomás de Aquino conclui: "A proposição Deus existe, enquanto tal, é evidente por si, porque nela o predicado é idêntico ao sujeito. Deus é seu próprio ser (...) Mas, como não conhecemos a essência de Deus, essa proposição não é evidente para nós, precisa ser demonstrada por meio do que é mais conhecido para nós, ainda que por sua natureza seja menos conhecido, isto é, pelos efeitos". 
Tomás de Aquino. Suma de Teologia, I, q.2, a.1. Tradução: Editora Loyola. 

Considerando o texto acima e o tipo de abordagem de Tomás de Aquino acerca da existência de Deus, julgue os itens seguintes. 
I - Todo homem possui um conhecimento a priori da existência de Deus. 
II - A existência de Deus pode ser afirmada por intermédio da reflexão sobre os fenômenos deste mundo. 
III - Do predicado da proposição "Deus existe, o homem infere imediatamente a existência divina. 
IV - Tomás de Aquino atribui a Anselmo a tese de que a existência de Deus é evidente por si mesma. 
V - A propósito da substância divina, a inteligência humana pode conhecer o "que ela é". 
Estão certos apenas os itens 

A - I e III. 
       B - II e IV. 
C - III e IV. 
D - III e V. 
E - IV e V. 
QUESTÃO 26 
Não há dúvida de que as virtudes morais podem existir sem certas virtudes intelectuais, como a sabedoria, a ciência e a arte; não o podem porém sem o intelecto e a prudência. Assim, não podem existir sem a prudência, por ser a virtude moral um hábito eletivo, isto é, que torna boa a eleição. Ora, para esta ser boa se exigem duas condições. A primeira é haver a devida intenção do fim; e isto se dá pela virtude moral, que inclina a potência apetitiva ao bem conveniente com a razão, que é o fim devido. A segunda é que nos sirvamos retamente dos meios, o que se não pode dar senão pela razão, que aconselha retamente, no julgar e no ordenar, o que pertence à prudência e às virtudes anexas... 
Tomás de Aquino. Suma Teológica. 

Tendo como referência esse texto e a teoria das virtudes de Tomás de Aquino, analise as asserções a seguir. 
Para Tomás de Aquino, há virtudes intelectuais que podem prescindir das virtudes morais, uma vez que não possuem ligação direta com a ação, mas não é o caso da virtude intelectual da prudência, 
porque 
a prudência consiste no intelecto prático, fazendo com que o homem não apenas conheça os princípios universais da razão, mas também leve em conta as diversas circunstâncias da vida humana. 

Considerando essas assertivas, assinale a opção correta. 
       A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
D - A primeira asserção é uma preposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas. -----
QUESTÃO 21 - O nosso conhecimento natural tem origem nos sentidos. 
Portanto, a alma não conhece as coisas corpóreas por imagens que estão naturalmente dentro dela. 
O intelecto humano, unido ao corpo, tem como objeto a equidade ou natureza existente na matéria corpórea e, por tais naturezas, ascende do conhecimento das coisas sensíveis a um certo conhecimento das coisas invisíveis. 
Tomás de Aquino. Suma Teológica I. 
Em cada uma das opções a seguir, há duas asserções ligadas pela palavra porque. Assinale a opção em que as duas asserções são verdadeiras, sendo a segunda uma justificativa correta da primeira. 
A - O ser humano não conhece nada que esteja acima do alcance dos sentidos 
porque 
nosso conhecimento se inicia a partir dos sentidos. 
B - O ser humano conhece a Deus tal como conhece uma coisa sensível 
porque 
nosso conhecimento abrange tanto as coisas sensíveis como as não-sensíveis. 
      C - O ser humano só pode ter um conhecimento imperfeito de Deus 
porque 
o específico de nosso conhecimento é partir das coisas sensíveis. 
D - O ser humano pode conhecer todas as coisas sensíveis 
porque 
possuímos idéias inatas delas em nossa inteligência. 
E - O conhecimento do ser humano parte das coisas sensíveis 
porque 
sua natureza é a de um animal racional. 

QUESTÃO 25 - A segunda via (para demonstrar a existência de Deus) procede da natureza da causa eficiente. Pois descobrimos que há certa ordem das causas eficientes nos seres sensíveis; porém, não concebemos, nem é possível que uma coisa seja causa eficiente de si própria, pois seria anterior a si mesma: o que não pode ser. Mas é impossível, nas causas eficientes, proceder-se até o infinito; pois, em todas as causas eficientes ordenadas, a primeira é causa da média e esta, da última, sejam as médias muitas ou uma só. E como, removida a causa, fica removido o efeito, se, nas causas eficientes, não houver primeira, não haverá média nem última. Procedendo-se ao infinito, não haverá primeira causa eficiente, nem efeito último, nem causas eficientes médias, o que evidentemente é falso. Logo, é necessário admitir uma causa eficiente primeira, à qual todos dão o nome de Deus. 
Tomás de Aquino. Suma Teológica I. 
Com base no texto acima, julgue os itens que se seguem. 
I - Desenvolve-se um argumento semelhante ao proposto por Santo Anselmo. 
II - Articula-se um argumento cosmológico, que parte da constatação da relação causal entre os seres. 
III - Nega-se qualquer possibilidade de se demonstrar a existência de Deus, porque ninguém o viu até hoje. 
IV - É evidente o cunho aristotélico do argumento utilizado: partir dos dados dos sentidos, apelar para causas ordenadas. 
V - Nas causas ordenadas, não se pode proceder ao infinito, devendo-se parar em uma causa primeira, que não é causada. 
Estão certos apenas os itens 
A - I e II. 
B - I e IV. 
C - II e III. 
D - I, III e V. 
      E - II, IV e V. 
Questão 12 "Existe algo verdadeiríssimo, ótimo, nobilíssimo e, por conseguinte, o ser máximo, pois todas as coisas que são verdadeiras ao máximo são os maiores seres (...). O que é máximo em algum gênero é causa de tudo o que é daquele gênero." (Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 2, a. 1) 
"A perfeição do universo requer que haja coisas incorruptíveis assim como coisas corruptíveis, portanto, que haja coisas que possam deixar de ser boas, o que de fato por vezes ocorre." (Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 48, a. 2) 
Essas citações são passos argumentativos que levam Tomás de Aquino a concluir, respectivamente, que: 
        A) Deus é a causa da existência de todos os seres, assim como de toda bondade e qualquer perfeição; e o mal está presente nas coisas. 
B) Deus é a causa da existência de todos os seres, assim como de toda bondade e qualquer perfeição; e, portanto, o mal não pode estar presente nas coisas. 
C) filosoficamente, não se pode provar a existência de Deus, mas apenas de um gênero supremo (ser); e não se pode concluir pela presença ou não do mal nas coisas. 
D) filosoficamente, não se pode provar a existência de Deus, mas apenas dos gêneros relativos às perfeições; e o mal está presente nas coisas. 

Questão 13 "O intelecto humano se põe no meio [entre os sentidos e o intelecto angélico]: não é ato de um órgão corporal, mas é uma potência da alma, que é forma do corpo, como ficou demonstrado. Por isso, é sua propriedade conhecer a forma que existe individualizada em uma matéria corporal, mas não essa forma enquanto está em tal matéria. Ora, conhecer dessa maneira, é abstrair a forma da matéria individual, que as representações imaginárias significam." (Tomás de Aquino. Suma teológica, I, q. 85, a. 1.) 
I. O intelecto humano conhece por abstração porque 
II. A alma, da qual esse intelecto é potência, é forma do corpo. 
Considerando o trecho acima e as duas afirmações sobre a teoria da abstração em Tomás de Aquino: 
A) I é verdadeira e II é falsa, e II não é condição para I. 
B) I é verdadeira e II é verdadeira, mas II não é condição para I. 
        C) I é verdadeira e II é verdadeira, e II é condição para I. 
D) I é verdadeira e II é verdadeira, e I é condição para II. 
Questão 15 
Parte da experiência sensível para concluir, através de cinco vias cosmológicas, a existência de Deus: 
A) Agostinho de Hipona. 
B) Anselmo de Cantuária 
C) Pedro Abelardo. 
    D) Tomás de Aquino. 

Questão 16 "O universal está na forma das coisas e é abstraído pelo intelecto". Essa tese ontológica pode ser atribuída à: 
A) Agostinho de Hipona. 
B) Pedro Abelardo. 
    C) Tomás de Aquino. 
D) Guilherme de Ockham. 
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William de Ockham 1285-1350

QUESTÃO 22 - O nome "singular" é tomado como tudo aquilo que é um único e não muitos, e não é destinado a ser signo de muitas coisas. E, tomando "singular" assim, nenhum universal é singular, porque qualquer universal é destinado a ser signo de muitas coisas e destinado a ser predicado de muitas coisas. O universal é uma intenção da alma, destinada a ser predicado de muitas coisas. Pois todo universal, segundo todos, é predicável de muitas coisas; mas somente a intenção da alma ou o signo voluntariamente instituído é destinado a ser predicado, e não substância alguma; logo, somente a intenção da alma ou o signo voluntariamente instituído é universal. 

Guilherme de Ockham. Lógica dos termos (com adaptações). 
Com base no texto acima, julgue os itens seguintes. 
I - O nome "singular" é uma realidade extramental, que não é signo de muitos. 
II - "intenção da alma" é o desejo que alguém tem de fazer o bem ou o mal. 
III - O universal só existe na mente, não nas coisas. 
IV - O universal é algo que possui um certo tipo de existência nas coisas. 
V - O indivíduo participa do universal, pois diz-se que Sócrates é homem e que Platão também é homem. 
Estão certos apenas os itens 
      A - I e III. 
B - I e V. 
C - II e IV. 
D - II e V. 
E - III e IV. 
Questão 17 
Qual formulação designa melhor a expressão "navalha de Ockham"? 

     A) O princípio de economia de pensamento: não multiplicar os seres sem necessidade. 
B) A negação dos universais: eles são apenas abstrações das formas das coisas. 
C) Separação entre a Igreja e o Estado: o poder temporal não compete à primeira. 
D) Ceticismo em teologia natural: neste campo, a existência de Deus é apenas provável. 

RENASCIMENTO
Nicolau de Cusa 1401-1464


Erasmo de Rotterdam 1466-1536
35 - Leia o texto: 
A irracionalidade nem sempre é negativa e nem sempre as normas sociais são compatíveis com uma vida autenticamente cristã. Mesmo se a distinção é muitas vezes problemática, existem dois tipos de loucura: a primeira é a dos poderosos, daqueles que reduzem o Cristianismo à observância dos ritos; a segunda é a loucura dos cientistas e dos aventureiros que desafiam o desconhecido por amor ao conhecimento, é principalmente aquela dos verdadeiros Cristãos, que abandonam tudo às vezes chegam mesmo a transgredir os costumes sociais para imitar a loucura da cruz. 
(NICOLAU, Ubaldo. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à idade moderna; [Maria Margherita De Luca]. São Paulo: Globo, 2005. p.148.). 
Com base no texto e nos conhecimentos da obra Elogio da Loucura de Erasmo de Rotterdam, é correto afirmar: 
I - A escolha de Cristo de encarnar-se em um homem também poderia ser chamada de loucura. Cristo escolheu a loucura da cruz e cercou-se de "pobres de espírito", apóstolos idiotas e obtusos. 
II - Muitas formas de misticismo também poderiam ser consideradas loucura. Frequentemente, o sábio parece louco ao ignorante, outras vezes, é o ignorante que parece louco ao sábio. 
III - O ritualismo desprovido de fé torna-se verdadeiro. 
IV - O místico realiza uma sistemática depreciação do que é material. Por isso, é considerado louco pelo homem do mundo. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
     b) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas II e III são corretas. 
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Iluminismo
37. Iluminismo
. Linha filosófica caracterizada pelo empenho em estender a razão como crítica e guia a todos os campos da experiência humana. Nesse sentido, Kant escreveu: O Iluminismo é a saída dos homens de estado de menoridade devido a eles mesmos. Minoridade é a incapacidade de utilizar o próprio intelecto sem a orientação de outro. Essa minoridade será devida a eles mesmos se não for causada por deficiência intelectual, mas por falta de decisão e coragem para utilizar o intelecto como guia. (Abbagnano, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2007, pp. 660-663. Adaptado) 
Sobre a filosofia iluminista, é possível afirmar que 
(A) o iluminismo está em contradição com o desenvolvimento crítico do indivíduo. 
      (B) seus fundamentos pressupõem uma ampla confrontação crítica da realidade. 
(C) a condição de maioridade intelectual equivale ao estado de heteronomia. 
(D) o intelecto humano é racional quando absorve ideias e valores irrefletidamente. 
(E) maioridade equivale à absorção da ideologia no sentido marxista deste termo. 

Maquiavel 1469-1527
41. Um príncipe não deve ter outro fito ou outro pensamento, nem cultivar outra arte, a não ser a da guerra, juntamente com as regras e a disciplina que ela requer; porque só essa arte se espera de quem manda, e é tão útil que, ao conservar no poder os príncipes de nascimento, com frequência eleva a tal altura simples cidadãos. Em contraste, os príncipes que cultivaram mais das delícias da vida do que das armas perderam os seus Estados. E como o desprezo da arte da guerra determina essa perda, assim o estar nela bem adestrado determina aquela ascensão. (Maquiavel, Nicolau. O Príncipe, citado em: Weffort, Francisco (org.). Os Clássicos da política. São Paulo, Ática, 2006, vol. 1, p. 36) 
A passagem citada do filósofo Maquiavel revela que, em sua concepção, 
(A) o exercício da política pelo príncipe é regido por valores universalistas, transcendentes à práxis. 
     (B) o sucesso na condução dos negócios políticos obedece a critérios primordialmente pragmáticos. 
(C) a manutenção do governante no poder é menos importante do que os valores éticos que conduzem sua atuação. 
(D) a democracia burguesa é o regime político historicamente mais adequado para governar populações. 
(E) os homens são criaturas naturalmente inclinadas ao pacificismo, sendo sujeitos à violência apenas ocasionalmente. 
16- "Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. [...] Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa alguma contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de leões não serão bem-sucedidos. Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir". 
Fonte: MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Tradução de Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1993, cap, XVIII, p.101-102. 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre O Príncipe de Maquiavel, assinale a alternativa correta: 

a) Os homens não devem recorrer ao combate pela força porque é suficiente combater recorrendo-se à lei. 
b) Um príncipe que interage com os homens, servindo-se exclusivamente de qualidades morais, certamente terá êxito em manter-se no poder. 
c) O príncipe prudente deve procurar vencer e conservar o Estado, o que implica o desprezo aos valores morais. 
d) Para conservar o Estado, o príncipe deve sempre partir e se servir do bem. 
       e) Para a conservação do poder, é necessário admitir a insuficiência da força representada pelo leão e a importância da habilidade da raposa. 

16. Nicolau Maquiavel apresenta em O Príncipe uma síntese das relações de poder exercidas pelos soberanos nos séculos XV e XVI. A crítica de Maquiavel inaugura a discussão da política sob a ótica da perspectiva do Estado moderno. Antes dele, Platão já havia discutido as intencionalidades do poder, focando em A República os ideais necessários para o exercício do poder na pólis. Mesmo levando-se em consideração os anacronismos entre ambos, é correto admitir que eles 
A) convergiram para a construção de uma prática política fundada nas controvérsias do poder. 
B) simularam, em suas obras políticas, concepções e práticas que não correspondem à realidade. 
C) associaram a imagem dos que exercem o poder a características negativas e a um modo de agir desprovido de virtude. 
      D) perceberam a necessidade de vincular o exercício da política ao exercício das virtudes. 

Questão 32 Pensador da política inspirado pelos valores Renascentistas, Maquiavel, na sua obra O Príncipe, pretende indicar mudanças necessárias na arte de governar. Podemos dizer que política deveria ser, segundo ele, definida como: 
A) a arte de ceder à fortuna. 
B) capacidade de manipular os homens, infundindo o ódio. 
    C) a capacidade de reverter a fortuna a favor do governo. 
D) capacidade de governar com rigor, porém com justa medida. 

Questão 23 Sobre o pensamento político de Maquiavel, analise as afirmativas. 
I - A conduta do príncipe deve estar de acordo com os valores tradicionais observados na história dos grandes governantes do passado; são eles: lealdade, piedade e sabedoria. 
II - A ação do príncipe deve visar à preservação do bem comum, à conservação da ordem pública e à manutenção do poder. 
III - O sucesso político do príncipe depende da sua capacidade em agir conforme a virtu em relação ao que é posto pela fortuna. 
São afirmativas pertinentes: 
[A] I e II, apenas. 
[B] I e III, apenas. 
[C] I, II e III. 
      [D] II e III, apenas. 

40 - Leia o texto: 
Não cogitarei aqui das repúblicas porque delas tratei longamente em outra oportunidade. Voltarei minha atenção somente para os principados, irei delineando os princípios descritos e discutirei como devem ser eles governados e mantidos. Digo, pois, que para a preservação dos Estados hereditários e afeiçoados à linhagem de seu príncipe, as dificuldades são assaz menores que nos novos, pois é bastante não preterir os costumes dos antepassados e, depois, contemporizar com os acontecimentos fortuitos, de forma que, se tal príncipe for dotado de ordinária capacidade sempre se manterá no poder, a menos que uma extraordinária e excessiva força dele venha a privá-lo; e, uma vez dele destituído, ainda que temível seja o usurpador, volta a conquistá-lo. 
(Disponível em: < http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/principe.pdf> Acesso em: 14 maio. 2012.). 
Com base no texto acima é possível afirmar o seu escritor. Assinale a alternativa que contenha o nome do filósofo que o elaborou: 
a) David Hume. 
b) René Descartes. 
c) John Locke. 
       d) Maquiavel. 
Questão 38 Ao longo da história, algumas das teses políticas de Aristóteles mereceram críticas de outros autores. Entre essas teses, pode-se citar a concepção do Estado justo como uma comunidade una e indivisa; a finalidade do Estado como sendo o bem comum; e a necessidade de os governantes serem virtuosos por serem exemplo para os governados, que os imitam. 
Sobre os autores que criticaram Aristóteles, pode-se afirmar que, de acordo com: 
     A) Maquiavel, o príncipe deve parecer ter as virtudes éticas, sendo necessário em algumas circunstâncias agir contrariamente a elas. 
B) Hobbes, o Estado faz o contrato social surgir naturalmente da convergência dos cidadãos em torno de seu próprio desenvolvimento. 
C) Marx, a economia política é o que torna uma comunidade una e indivisa e realiza o bem comum que é o objetivo do Estado. 
D) Foucault, a sociedade disciplinar se constitui pelo estabelecimento da soberania, através da delegação de poder pelos indivíduos nas instituições. 
Thomas More 1478-1535

Paracelso 1493-1541

Michel Eyguem de Montaigne 1533-1592


Questão 19 À qual escola filosófica da Antigüidade, Michel de Montaigne, pensador francês do século XVI, pode ser associado? 
A) Aos acadêmicos, por afirmar a superioridade da ciência sobre as opiniões. 
B) Aos sofistas, por afirmar que o homem é a medida de todas as coisas. 
C) Ao epicurismo, por crer no valor das paixões como guia da conduta. 
      D) Ao pirronismo, por considerar todo conhecimento como opinião. 


Francis Bacon 1561-1626
05- Segundo Francis Bacon, "são de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana. Para melhor apresentá-los, lhes assinamos nomes, a saber: Ídolos da Tribo; Ídolos da Caverna; Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro". 
Fonte: BACON, F. Novum Organum. Tradução de José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 21. 

Com base nos conhecimentos sobre Bacon, os Ídolos da Tribo são: 
a) Os ídolos dos homens enquanto indivíduos. 
b) Aqueles provenientes do intercurso e da associação recíproca dos indivíduos. 
c) Aqueles que imigraram para o espírito dos homens por meio das diversas doutrinas filosóficas. 
d) Aqueles que chegam ao espírito humano por meio de regras viciosas de demonstração. 
       e) Aqueles fundados na própria natureza humana. 

Questão 20 Em sua obra Novum Organum, Francis Bacon analisa os tipos de noções falsas que, ao ocuparem o intelecto humano, obstruem-no, dificultando o alcance da verdade, bem como impedem a realização da ciência. Tais são os Ídolos da Tribo, os Ídolos da Caverna, os Ídolos do Foro e os Ídolos do Teatro, os quais dizem respeito, respectivamente, a: 
     A) noções fundadas na própria natureza humana; noções do homem enquanto indivíduo; noções provenientes do emprego e manejo das palavras de maneira imprópria; noções sustentadas pelas doutrinas filosóficas. 
B) noções do homem enquanto indivíduo; noções fundadas na própria natureza humana; noções provenientes do emprego e manejo das palavras de maneira imprópria; noções sustentadas pelas doutrinas filosóficas. 
C) noções fundadas na própria natureza humana; noções provenientes do emprego e manejo das palavras de maneira imprópria; noções do homem enquanto indivíduo; as noções sustentadas pelas doutrinas filosóficas. 
D) noções fundadas na própria natureza humana; noções provenientes do emprego e manejo das palavras de maneira imprópria; as noções sustentadas pelas doutrinas filosóficas; noções do homem enquanto indivíduo. 

Galileu Galilei 1564-1642
Tommaso Campanella 1568-1639
Isaac Newton 1643-1727
Giambattista Vico 1668-1744
Dialética
Questão 21 Em relação ao conceito Dialética, considere as afirmativas. 
I - Dialética enquanto "Habilidade para discutir por perguntas e respostas." (LALANDE, A. Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 254.) 
II - Dialética enquanto "lógica da aparência. As aparências são: ou lógicas [...] ou empíricas [...]." (Idem, p. 255.) III - Dialética "tem por objeto os raciocínios que assentam sobre opiniões prováveis." (Idem, p. 255.) 
Os sentidos de Dialética apresentados acima são encontrados, respectivamente, nos seguintes filósofos: 
[A] Kant, Aristóteles, Platão. 
[B] Aristóteles, Platão, Kant. 
     [C] Platão, Kant, Aristóteles. 
[D] Platão, Aristóteles, Kant. 


IDADE MODERNA
Marque (V), verdadeiro 
31. O conceito de substância como conexão constante entre determinações simultaneamente dadas pela experiência é o produto da crítica empirista ao conceito tradicional. Essa crítica visa o caráter fundamental tradicionalmente atribuído à substância, a sua necessidade, porquanto tal necessidade não é o resultado da experiência. A incognoscibilidade da substância em si mesma, por não ser objeto da experiência e só se dar na experiência como coleção de qualidades, já fora sustentada por Ockham no séc. XIV, mas coube a Locke difundir esse ponto de vista no mundo moderno. (...) Nas mãos de Hume, a substância passa a ser um conjunto de determinações que de fato estão juntas, mas cuja necessidade não pode ser demonstrada. (Abbagnano, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2007, pp. 660-663. Adaptado) 
Como importante implicação da crítica de Hume ao conceito de substância, pode-se citar 
(A) uma decisiva revalorização do aristotelismo na filosofia moderna. 
      (B) a redução do âmbito cognoscível do real à esfera da experiência. 
(C) a enunciação de princípios universais em várias áreas do conhecimento. 
(D) a desvalorização do empírico como âncora do conhecimento filosófico. 
(E) a valorização da universalidade em detrimento do sensível. 
32. Façamos pois uma revolução copernicana em Filosofia: em vez de colocar no centro a realidade objetiva ou os objetos do conhecimento, dizendo que são racionais e que podem ser conhecidos tais como são em si mesmos, comecemos colocando no centro a própria razão. (Chauí, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2003, p. 77) 
Sobre a revolução copernicana em Filosofia, pode-se afirmar que 
(A) sua principal implicação foi a dualidade entre corpo e alma, segundo Descartes. 
(B) teve importante papel para a formulação das teses da filosofia empirista. 
      (C) envolveu a concepção de intuições puras na sensibilidade e categorias inatas no entendimento. 
(D) possibilitou a formulação de um estatuto científico para a metafísica. 
(E) postulou a possibilidade de conhecimento sobre os objetos como coisas-em-si. 



45. Sendo os homens por natureza todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem em segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente as propriedades que tiverem. (Weffort, Francisco (org.). Os Clássicos da política. São Paulo, Ática, 2006, vol. 1, p. 97) 
De acordo com o texto, as concepções contratualistas de Locke 
(A) são condizentes com a teoria socialista de Marx e Engels. 
(B) permitem a legitimação dos governos absolutistas modernos. 
         (C) definem os parâmetros básicos das democracias liberais. 
(D) apresentam traços posteriormente resgatados pelo anarquismo. 
(E) harmonizam-se com a ruptura estabelecida em estados de exceção. 


34) Luciano Gruppi observa que "como sempre acontece, só quando se formam os Estados no sentido moderno da palavra é que nasce também uma reflexão sobre o Estado. Desde o começo de 1500 temos Nicolau Maquiavel, que é o primeiro a refletir sobre o Estado. Em O príncipe, de Maquiavel, encontramos esta afirmação: "Todos os Estados, todas as dominações que tiveram e têm império sobre os homens foram ou são repúblicas ou principados"" (GRUPPI, Luciano. Tudo começou com Maquiavel. 16. ed. Porto Alegre: L&PM, 2001, p. 8). Através do texto acima é INCORRETO afirmar que: 
a) Maquiavel foi um dos primeiros a estudar sobre a constituição dos Estados Modernos. 
       b) na modernidade, as reflexões a respeito do Estado eram inexistentes, uma vez que o Estado não era uma instituição tão forte como nos dias atuais. 
c) o Estado também é constituído pela dominação Poder. 
d) Maquiavel apresenta uma dominação que é mais exercida sobre os homens do que sobre o território. 
e) em O príncipe Maquiavel apresenta uma teoria sobre o Estado Moderno. 

35) "Embora haja inúmeras definições e interpretações a respeito do poder, vamos considerá-lo aqui, genericamente, como a capacidade ou possibilidade de agir, de produzir efeitos desejados sobre indivíduos ou grupos humanos". (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003, p. 214). Sobre o poder, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Nos Estados Teocráticos, a legitimidade do poder vem da vontade do povo. 
b) Nas monarquias hereditárias, o poder é transmitido pelo processo de votação. 
c) Na democracia, o poder nasce da vontade de Deus. 
d) Nos governos aristocráticos, todos os cidadãos têm poder de mando. 
         e) A política se refere às relações de poder. 
Questão 15 
A Filosofia Moderna compreende os séculos XVII e XVIII, caracterizando-se por um acentuado racionalismo que se opõe ao pessimismo teórico do ceticismo, o qual duvida da capacidade da razão humana poder alcançar um conhecimento certo fundamentado em uma verdade universal. Assinale o que for correto. 
01) René Descartes, no Discurso do Método, instaura a dúvida metódica; deve ser, portanto, considerado um adepto do ceticismo. 
02) O dogmatismo opõe-se ao ceticismo, pois é uma doutrina segundo a qual é possível atingir a certeza de verdades inquestionáveis. 
04) Para o racionalismo, o ponto de partida do conhecimento é o sujeito como consciência de si reflexiva, isto é, como consciência que conhece sua capacidade de conhecer. 
08) Francis Bacon é um dos mais importantes céticos do século XVII, pois, para ele, o homem nunca poderia libertar-se dos ídolos que impedem sua razão de alcançar qualquer saber efetivo.
16) O racionalismo acredita que a vida ética pode ser totalmente racional, visto que a razão humana é capaz de conhecer a origem, as causas e os efeitos das paixões e das emoções, podendo dominá-las e governá-las. 
15-------- 22-------- 02-04-16 
Questão 48 
Assim como Thomas Hobbes e John Locke, Jean Jacques Rousseau é um filósofo contratualista - concebe a sociedade política como objeto do contrato social que transforma os indivíduos em cidadãos. É correto afirmar que o contrato sugerido por Rousseau: 
A) visa à defesa da propriedade privada. 
B) dá ao corpo político poder limitado sobre os membros da coletividade. 
      C) consiste no ato de alienação pelo qual cada um, unindo-se a todos, encontra sua liberdade na obediência à lei que deseja. 
D) funda a república democrática representativa. 
E) supõe a divisão da comunidade em grupos, facções e partidos. 
Questão 34 
Desta guerra de todos os homens contra todos os homens também isto é consequência: que nada pode ser injusto. As noções de bem e de mal, de justiça e injustiça, não podem aí ter lugar. Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há justiça. Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais. 
(HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979.) 
Considerando o texto acima e com base nos conhecimentos sobre o Leviatã, analise as proposições. 
I - Hobbes apresenta uma imagem desoladora de violência e de desordem como condição natural dos homens. 
II - A paz como principal preocupação da política não poderia ser alcançada tendo a força como virtude. 
III - Entregues a fazer o que lhes ordena a natureza, os seres humanos viveram em estado de guerra e de injustiça. 
Está correto o que se afirma em 
      [A] I e II, apenas. 
[B] I e III, apenas. 
[C] II e III, apenas. 
[D] III, apenas.
Questão 18 
Podemos apontar como uma característica importante da ciência moderna: 

A) a valorização da observação e do método experimental na determinação das causas finais na natureza. 
B) a formulação da noção de universo infinito possibilitada pela superação das idéias de espaço e tempo absolutos. 
     C) o uso da matemática na investigação física por Galileu, proposta sob inspiração platônica e pitagórica. 
D) o mecanicismo que, por oposição ao dinamismo, não aceita o recurso a forças para a explicação dos fenômenos naturais. 
Questão 38 Os textos a seguir, numerados de 1 a 4, foram escritos nos séculos XVII e XVIII e se encaixam no que, tradicionalmente, os historiadores da filosofia e os estudiosos de filosofia política qualificam como Contratualismo. 
1 - [...] enfim, todos, falando incessantemente de necessidades, avidez, opressão, desejos e orgulho, transferiram para o estado de natureza ideias que tinham adquirido em sociedade. 
2 - As paixões que fazem os homens tenderem para a paz são o medo da morte, o desejo daquelas coisas que são necessárias para uma vida confortável, e a esperança de consegui-las através do trabalho. 
3 - O maior dos poderes humanos é aquele que é composto pelos poderes de vários homens, unidos por consentimento numa só pessoa, natural ou civil, que tem o uso de seus poderes na dependência de sua vontade: é o caso do poder de um Estado. 
4 - Não é de modo algum de se admirar que a História pouco adiante com respeito a homens que vivessem juntos no estado de natureza. Os inconvenientes de semelhante condição, e o amor e o desejo de sociedade logo trouxeram alguns deles juntos, que de fato se uniram e incorporaram, se pretendiam continuar juntos. 
Assinale a alternativa que apresenta os autores dos textos 1, 2, 3 e 4, respectivamente. 
[A] Rousseau, Locke, Hobbes, Rousseau. 
[B] Locke, Hobbes, Locke, Rousseau. 
      [C] Rousseau, Hobbes, Hobbes, Locke. 
[D] Hobbes, Rousseau, Hobbes, Locke. 
Questão 25 
Em relação à teoria do conhecimento na modernidade, analise as afirmativas. 
I - Descartes e Locke consideram que todo conhecimento verdadeiro não pode prescindir da experiência, e se faz por graus contínuos de complexidade a partir da intuição sensível até atingir as ideias complexas. 
II - As questões metodológicas constituem interesse de filósofos como Bacon, Descartes, Locke e Hume; Bacon, por exemplo, buscou um método que fosse capaz de aplicar a razão à experiência. 
III - Os filósofos modernos foram críticos em relação à tradição e ao papel da autoridade na elaboração do conhecimento verdadeiro; a distinção entre as verdades da fé e as verdades da razão constitui parte do processo de elaboração da ciência em novas bases. 
São afirmativas pertinentes: 
    [A] II e III, apenas. 
[B] I e II, apenas. 
[C] I e III, apenas. 
[D] I, II e III. 


23- Analisando ainda os quatro aspectos (da alternativa acima), apesar da subjetividade que lhes é natural, de certa forma indicam quatro possibilidades para conduzir essa reflexão, a qual se apoia em alguns aspectos que se considera relevantes nas interações sociais e vitais para viabilizar esse debate. Esses aspectos foram organizados a partir da ética social de Martinho Lutero enunciada na década de 1520 por ocasião da revolução luterana contra a Igreja Católica Romana e dos referenciais de libertação e autonomia propostos por Paulo Freire em sua obra na segunda metade do século XX. 
Assim NÃO temos que para a ética: 
A) A habilitação das novas gerações deve superar a geração existente, no que se refere às ações que visam o bem comum e a integridade da vida 
       B) A leviandade deverá ser característica da sociedade moderna e não devemos esperar por soluções mágicas, fantasiosas e espetaculares 
C) As ações humanas devem se caracterizar como compromisso radical pela vida, rompendo com o que gera miséria e marginalização 
D) O ser humano tem a tarefa inadiável de cuidar do mundo, protegendo todos os ambientes e todos os seus integrantes com todas as suas forças 
25- No período Clássico (Renascença e Modernidade), a Filosofia se confundiu com o estudo da sabedoria entendida como um perfeito conhecimento de tudo o que o homem pode saber para conduzir sua vida (moral), para conservar sua saúde (medicina) e criar todas as artes (mecânica). 
Hoje, no período que chamamos de contemporâneo ou pós-moderno, a Filosofia recebe várias acepções, dentre as quais a INCORRETA é: 
A) Uma correspondência do ser na linguagem 
B) Análise crítica dos métodos utilizados nas ciências 
C) Instrumento de crítica às formas dominantes de poder, bem como da tomada de conscientização do homem inserido no mundo do trabalho 
     D) A aversão é a verdadeira característica do filósofo
________________________________________ 
26 - Leia o texto: Todos os filósofos empenhados na revolução científica dos séculos XVI e XVII desenvolveram reflexões sobre o problema do método. A questão nascia de uma consideração histórica: se mesmo as personalidades dotadas de enorme inteligência como Aristóteles haviam cometido erros às vezes grosseiros, como no caso da astronomia e da medicina, é evidente que o cientista não pode simplesmente confiar nas próprias habilidades intelectivas e deve ter um método que garanta a legitimidade dos resultados. Portanto, o pensamento científico deve se estruturar conforme processos próprios, diferentes daqueles usados na vida cotidiana. Bem distante da opinião comum é a ideia de Descartes de que a investigação científica deve ser absolutamente desinteressada ? ou seja, indiferente a qualquer utilidade ou interesse social. 
(NICOLAU, Ubaldo. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à idade moderna; [Maria Margherita De Luca]. São Paulo: Globo, 2005. p.220.). 
Com base no texto e nos conhecimentos da obra Regras para a Direção do Espírito de René Descartes, é incorreto afirmar: 
a) Sempre que descobrem alguma semelhança entre duas coisas, os homens têm o hábito de atribuir a ambas aquilo que constataram ser verdadeiro em uma ou em outra, mesmo quanto ao que elas têm de diferente. 
b) O pensamento científico dever ser uno, para além do objeto que é aplicado. 
     c) A reflexão sobre o método da ciência é menos importante do que as específicas aplicações setoriais. 
d) Todas as alternativas estão incorretas. 

27 - Leia o texto: 
Depois de ter duvidado de tudo, só uma coisa permanece não discutível: quem duvida pensa, é um ser pensante. Parece uma afirmação óbvia: cogito, ergo sum, penso (duvido), logo existo. 
Mas a sua importância é extraordinária: apesar de aparentemente banal, trata-se de fato de uma ideia certa, a ponto de poder ser assumida como postulado inicial, para ulteriores e mais complexos raciocínios dedutivos. 
(NICOLAU, Ubaldo. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à idade moderna; [Maria Margherita De Luca]. São Paulo: Globo, 2005. p.227.). 
Com base no texto e nos conhecimentos da obra Meditações Metafísicas de René Descartes, é incorreto afirmar: 
a) No exercício metódico da dúvida deve-se duvidar até dos princípios científicos. 
b) É possível duvidar de estar sonhando. 
     c) O fato de pensarmos permite afirmarmos somente como seres pensantes e indivíduos dotados de corpo. 
d) A existência do corpo é colocada em dúvida assim como a percepção. 

Hobbes, Thomas (1588-1679)
QUESTÃO 15 
Uma multidão de homens é transformada em uma pessoa quando é representada por um só homem ou pessoa, de maneira a que tal seja feito com o consentimento de cada um dos que constituem essa multidão. Porque é a unidade do representante, e não a unidade do representado, que faz que a pessoa seja una. E é o representante o portador da pessoa, e só de uma pessoa. Esta é a única maneira como é possível entender a unidade de uma multidão. 
Hobbes. Leviatã. Abril Cultural. 

De acordo com o texto acima, analise as asserções a seguir. 
Segundo Hobbes, o caráter unitário da pessoa do representante está alicerçado no consentimento de cada um dos indivíduos que faz parte de uma multidão humana 
porque é a partir do consentimento de cada um deles que se institui a pessoa política única do Estado. 
Acerca dessas afirmativas, assinale a opção correta. 
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
        D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas. 



42. Na concepção de Thomas Hobbes, todo homem é opaco aos olhos de seu semelhante - eu não sei o que o outro deseja, e por isso tenho que fazer uma suposição de qual será a sua atitude mais prudente, mais razoável. Como ele também não sabe o que quero, também é forçado a supor o que farei. Dessas suposições recíprocas, decorre que o mais razoável para cada um é atacar o outro, ou para vencê-lo, ou simplesmente para evitar um ataque possível: assim, a guerra se generaliza entre os homens. Por isso, se não há um Estado controlando e reprimindo, fazer a guerra contra os homens é a atitude mais racional. (Weffort, Francisco (org.). Os Clássicos da política. São Paulo, Ática, 2006, vol. 1, p. 55. Adaptado) 
O texto citado apresenta um pressuposto fundamental da filosofia de Hobbes. De acordo com essa tese, 
(A) no estado de natureza estão presentes os mesmos parâmetros que presidem a vida socializada. 
(B) sob quaisquer circunstâncias, a luta de todos contra todos corresponde à atitude mais racional possível. 
(C) a natureza humana é essencialmente pacífica, sendo corrompida somente após a instalação do pacto social. 
(D) a vida socializada perpetua o estado de inimizade vigente sob as condições do estado de natureza. 
      (E) o pacto social instala as condições que permitem a superação do estado de natureza entre os homens. 

43. O que Hobbepede é um exame de consciência: conhece-te a ti mesmo. Estamos carregados de preconceitos, acha Hobbes, que vêm basicamente de Aristóteles e da filosofia escolástica medieval. Mas o mito de que o homem é sociável por natureza nos impede de identificar onde está o conflito e de contê-lo. A política só será uma ciência se soubermos como o homem é de fato, não na ilusão; e só com a ciência política será possível construirmos Estados que se sustentem, em vez de tornarem permanente a guerra civil. (Weffort, Francisco (org.). Os Clássicos da política. São Paulo, Ática, 2006, vol. 1, pp. 57-58) 
Sobre a relação entre a filosofia hobbesiana e outras tradições filosóficas, pode-se afirmar que 
      (A) Hobbes estabelece uma ruptura em relação a teorias baseadas em uma natureza humana politicamente benevolente. 
(B) as concepções hobbesianas reproduzem os mesmos pressupostos da teoria contratualista de Rousseau. 
(C) para Hobbes, a manutenção da autoridade do Estado depende necessariamente da legitimidade religiosa. 
(D) Hobbes antecipa os elementos básicos da crítica da economia política elaborada por Marx e Engels. 
(E) os homens são animais selvagens permanentemente condenados à luta de todos contra todos. 

36) Sobre a Filosofia Política e seus pensadores, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Para Locke, Hobbes e Rousseau, os indivíduos isolados no estado de natureza se unem através de um contrato social. 
b) John Locke é um dos representantes do chamado liberalismo político. 
c) É com Montesquieu que ocorre a separação do poder, separação dos três poderes. 
      d) Hobbes, juntamente com Maquiavel, foi um dos grandes defensores do Estado Republicano. 
e) Rousseau desenvolve a ideia de democracia direta. 

Questão 09 
Thomas Hobbes explica a origem da sociedade e do Estado mediante a ideia de um pacto ou acordo entre os indivíduos para regulamentar o convívio social e garantir a paz e a segurança de todos. Sobre a teoria política de Thomas Hobbes, assinale o que for correto. 
01) Segundo Thomas Hobbes, no estado de natureza, o comportamento dos homens é pacífico, o que é condição para instauração do pacto de respeito mútuo às liberdades individuais. 
02) Segundo Thomas Hobbes, no estado de natureza, o homem dispõe de toda liberdade e poder para realizar tudo quanto sua força ou astúcia lhe permitir. 
04) Segundo Thomas Hobbes, o Estado é a unidade formada por uma multidão de indivíduos que concordaram em transferir seu direito de governarem a si mesmos à pessoa ou à assembleia de pessoas que os represente e que possa assegurar a paz e o bem comum. 
08) Na obra Leviatã, para caracterizar o Estado, Thomas Hobbes utiliza a figura do Novo Testamento, o Leviatã, cuja função é salvar os homens do poder despótico dos reis. 
16) Segundo Thomas Hobbes, o Estado não dispõe de poder absoluto algum. É ilegítimo o uso da força pelo soberano para constranger os súditos, pois o controle do poder instituído, como o próprio poder, deve assentar-se no acordo e no convencimento. 
09-------- 06-------- 02-04 
Questão 15 Segundo Hobbes (Leviatã, XIV), "o direito consiste na liberdade de fazer ou de omitir, ao passo que a lei determina ou obriga a uma dessas duas coisas". 
Além disso, o autor afirma como regra geral da razão "que todo homem deve esforçar-se pela paz, na medida em que tenha esperança de consegui-la, e caso não a consiga pode procurar e usar todas as ajudas e vantagens da guerra". 
A primeira e a segunda parte dessa regra geral da razão encerram, respectivamente: 
      A) a lei de natureza, por conter uma obrigação - o direito de natureza, por ser um preceito de liberdade. 
B) a lei de natureza, por ser preceito de liberdade - o direito de natureza, por conter uma obrigação. 
C) o direito de natureza, por conter uma obrigação - a lei de natureza, por ser preceito de liberdade. 
D) o direito de natureza, por ser um preceito de liberdade - a lei de natureza, por conter uma obrigação. 

Questão 33 As expressões "guerra de todos contra todos" e "insociável sociabilidade" originam-se respectivamente destes filósofos e pretendem descrever os seguintes estados de coisas: 
A) Rousseau, falando da situação dos homens em estado de natureza, e Hobbes, ao narrar a vida dos seres humanos sem o Estado. 
      B) Hobbes, comentando sobre as relações entre seres humanos que vivem sem o Estado, e Kant, qualificando as relações entre os indivíduos humanos obrigados a viver em sociedade. 
C) Hobbes, comentando sobre as relações entre os seres humanos que vivem sem o Estado, e Rousseau, classificando as relações entre os indivíduos humanos obrigados a viver em sociedade. 
D) Rousseau, falando da situação dos homens que vivem em sociedade, e Hegel, ao descrever a dialética das relações sociais. 

03- Leia o texto a seguir. 
"Dado que todo súdito é por instituição autor de todos os atos e decisões do soberano instituído, segue-se que nada do que este faça pode ser considerado injúria para com qualquer de seus súditos, e que nenhum deles pode acusá-lo de injustiça". 
Fonte: HOBBES, T. Leviatã, ou, Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 109. 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contratualismo de Hobbes, é correto afirmar: 
a) O soberano tem deveres contratuais com os seus súditos. 
b) O poder político tem como objetivo principal garantir a liberdade dos indivíduos. 
c) Antes da instituição do poder soberano, os homens viviam em paz. 
d) O poder soberano não deve obediência às leis da natureza. 
     e) Acusar o soberano de injustiça seria como acusar a si mesmo de injustiça. 
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Marque V, verdeiro ..........

Uma pessoa cujos atos foram instituídos por uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum. 
Thomas Hobbes. Leviatã (com adaptações). 

A partir do exposto no texto acima, julgue os itens a seguir de acordo com o pensamento político de Hobbes. 


68 - A pessoa a que o texto se refere é o soberano absoluto, ao qual cada indivíduo transfere todo o poder. (V)

________________________________________ 
Descartes, René (1596-1650)

QUESTÃO 37 
Pois, para que eu seja livre, não é necessário que eu seja indiferente na escolha de um ou de outro dos dois contrários; mas, antes, quanto mais eu pender para um, seja porque eu conheça evidentemente que o bom e o verdadeiro aí se encontrem, seja porque Deus disponha assim o interior do meu pensamento, tanto mais livremente o escolherei e o abraçarei, [...] pois, se eu conhecesse sempre claramente o que é verdadeiro e o que é bom, nunca estaria em dificuldade para deliberar que juízo ou que escolha deveria fazer; e assim seria inteiramente livre sem nunca ser indiferente. 
Descartes. Meditações. Coleção Os Pensadores. 
A partir desse texto, analise as asserções a seguir. 
A criatura humana pode errar ao fazer determinadas escolhas 
porque 
sua vontade livre se estende às coisas que não entende. 

Acerca das asserções acima, assinale a opção correta. 

        A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira. 
E - As duas asserções são proposições falsas. 


QUESTÃO 29 
No texto a seguir, Descartes formula o preceito inicial de suas regras do método: "O primeiro era o de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida". 
R. Descartes. Discurso do método.Coleção Os Pensadores. 

A partir desse texto, julgue os seguintes itens. 

I - No conhecimento da verdade, a dúvida antecede a evidência. 
II - No conhecimento da verdade, a evidência antecede a dúvida. 
III - Clareza e distinção são critérios para o reconhecimento da verdade. 
IV - Sob o ponto de vista metodológico, o conhecimento independe do "eu". 
V - O acesso à verdade depende das circunstâncias ocasionais vividas pelo "eu". 

Estão certos apenas os itens 

A - I e II. 
     B - I e III. 
C - II e V. 
D - III e IV. 
E - IV e V. 
QUESTÃO 14 
Mas o que sou eu, portanto? Uma coisa que pensa. O que é uma coisa que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina também e que sente. 
R. Descartes. Meditações, II. Coleção Os Pensadores. 

Nessa passagem, Descartes trata da relação entre o cogito e o duvidar, o conceber, o afirmar etc. O modo como a veracidade dos mencionados estados é assegurada expressa-se por meio da 
A - investigação dos conteúdos mentais. 
B - investigação do mundo sensível. 
      C - relação entre o cogito e suas modalidades. 
D - investigação da relação entre o cogito e a realidade objetiva da idéia de Deus. 
E - investigação da relação entre a realidade objetiva e a realidade formal dos objetos. 




28. Na quarta de suas Meditações Metafísicas, Descartes
 discute o problema do erro, caracterizando-o como consequência não de nossas faculdades intelectuais, mas de um mau uso de nossa vontade, quando está assente em algo com base em ideias que não são claras e distintas. É preciso portanto que a vontade se guie pela razão e não pelas paixões, garantindo assim a possibilidade de distinguir o certo do errado e o bem do mal. (Marcondes, Danilo. Textos básicos de ética - de Platão a Foucault. Rio de Janeiro, Zahar, 2007, p. 68) 
Segundo a concepção cartesiana, o conhecimento correto e o estabelecimento de valores morais adequados depende 
(A) da iluminação da alma humana pela alma divina. 
(B) do esclarecimento do cogito pelo gênio maligno. 
(C) de meditações intuitivas e inconscientes. 
       (D) da utilização de um método adequado para o pensamento. 
(E) da formulação de silogismos aristotélicos. 

29. Entende-se por explicação mecanicista a que utiliza exclusivamente o movimento dos corpos, entendido no sentido restrito de movimento espacial. Nesse sentido, mecanicista é a teoria da natureza que não admite outra explicação possível para os fatos naturais, seja qual for o domínio a que eles pertençam, além daquela que os interpreta como movimentos ou combinações de movimentos de corpos no espaço. (Abbagnano, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2007, pp. 660-663. Adaptado) 
Sobre a importância do mecanicismo na história da filosofia, pode-se afirmar que 
(A) se trata de uma concepção fortemente ancorada em pressupostos teológicos. 
       (B) sua teoria foi decisivamente impulsionada por Galileu, Newton e Descartes. 
(C) foi a base da teoria imaterialista formulada pelo filósofo empirista Berkeley. 
(D) as explicações mecanicistas são incompatíveis com a revolução científica. 
(E) ele consiste em um princípio fundamental do método platônico de conhecimento. 


02- Tendo por base o método cartesiano da dúvida, é correto afirmar que: 

     a) Este método visa a remover os preconceitos e opiniões preconcebidas e encontrar uma verdade indubitável. 
b) Ao engendrar a dúvida hiperbólica, o objetivo de Descartes era provar que suas antigas opiniões, submetidas ao escrutínio da dúvida, eram verdadeiras. 
c) A dúvida hiperbólica é engendrada por Descartes para mostrar que não podemos rejeitar como falso o que é apenas dubitável. 
d) Só podemos dar assentimento às opiniões respaldadas pela tradição. 
e) A dúvida metódica surge, no espírito humano, involuntariamente. 

09- "E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar". 
Fonte: Descartes, R. Discurso do Método. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 46. 

Com base na citação acima e nos conhecimentos sobre Descartes, assinale a alternativa correta: 

a) Para Descartes, é mais fácil conhecer o corpo do que a alma. 
       b) Descartes estabelece que a alma tem uma natureza puramente intelectual. 
c) Segundo Descartes, a verdade da res extensa precede a verdade da res cogitans. 
d) O eu penso, logo existo revela a perspectiva cartesiana em considerar primeiramente aquilo que é complexo. 
e) A união da alma e do corpo revela que eles possuem a mesma substância. 

07. À medida que Descartes desenvolve sua ideia de um sistema de conhecimento, observamos surgir um componente importante, a saber, a ênfase na unidade do sistema, de maneira a ser possível propor a noção de que todas as coisas que se incluem no alcance do conhecimento humano, estão interligadas. Nesse sentido, é possível pensar que a concepção cartesiana de ciência busca
A) uma visão fragmentada, dividida em pacotes epistêmicos que espelham um modelo disciplinar de conhecimento.
B) um critério distintivo de refutabilidade para a definição do que é e do que não é cientifico.
     C) uma articulação englobando todos os objetos de cognição humana.
D) uma metodologia de verificação lógica para atestar a verdade ou a falsidade de proposições científicas através da dúvida metodológica.
Questão 14 Em suas Meditações metafísicas, Descartes tem em vista abandonar todas as opiniões que se mostram duvidosas e incertas que são tomadas como "princípios mal assegurados". 

Com isso, Descartes tem por objetivo: 
A) defender que são impossíveis verdades objetivas, apenas subjetivas. 
B) rejeitar ceticamente qualquer fundamento para a ciência. 
C) demonstrar que a matemática é o fundamento do conhecimento. 
        D) estabelecer algo de constante e de firme nas ciências. 

Questão 22 Na Carta-Prefácio aos Princípios da Filosofia, Descartes compara seu projeto filosófico a uma árvore, indicando quais conhecimentos corresponderiam a sua raiz, a seu tronco e a seus galhos. Raiz, tronco e galhos dessa árvore da sabedoria de Descartes são, respectivamente: 
A) Matemática (raiz); Lógica (tronco); Metodologia, Botânica e Moral Provisória (galhos). 
B) Método (raiz); Matemática (tronco); Filosofia, Física e Astronomia (galhos). 
     C) Metafísica (raiz); Física (tronco); Medicina, Moral e Mecânica (galhos). 
D) Metafísica (raiz); Matemática (tronco); Medicina, Moral e Física (galhos). 
Questão 23 A noção de "realidade objetiva das idéias" é premissa da prova da existência de Deus apresentada por Descartes na Meditação Terceira. Nesse caso, "realidade objetiva" significa: 
A) que a idéia necessariamente tem que ter por origem um objeto real, ainda que supra-sensível (como Deus). 
     B) a participação, por representação, em graus de ser ou de perfeição. 
C) a referência necessária de uma idéia, seu sentido. 
D) o complemento eidético à subjetividade do cogito. 


Marque "V" verdadeiro..............
Notei certas leis que Deus estabeleceu de tal modo na natureza, e das quais imprimiu tais noções em nossas almas que, depois de refletir bastante sobre elas, não poderíamos duvidar que não fossem exatamente observadas em tudo o que existe ou se faz no mundo. 
René Descartes. Discurso do método. 
Tendo em vista o texto acima e a filosofia de René Descartes, julgue os itens que se seguem. 
57 - Na filosofia de Descartes, parece ser possível afirmar uma verdade por correspondência. (V)
59 - Se, entre as idéias inatas, há idéias matemáticas e metafísicas, como, por exemplo, a existência de Deus, a física cartesiana decorre, em alguma medida, de certos postulados metafísicos. (v)

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Questão 33 
[...] não vejo que, além disso,
 ela (a natureza) me ensine que dessas diversas percepções dos sentidos devêssemos jamais concluir algo a respeito das coisas que existem fora de nós, sem que o espírito os tenha examinado cuidadosa e maduramente. Pois é, ao que me parece, somente ao espírito, e não ao composto de espírito e corpo, que compete conhecer a verdade dessas coisas. 
(DESCARTES, R. Meditações. 5. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991.) 
A partir do texto e dos conhecimentos sobre Descartes, analise as afirmativas. 
I - Para Descartes, corpo e mente se comunicam e essa noção de composto substancial possibilita a fundamentação da ciência nos aspectos qualitativos de nossas representações. 
II - No idealismo cartesiano, a ciência, do ponto de vista dos resultados finais do conhecimento, privilegia, como ponto de partida, as representações intelectuais claras e distintas da realidade. 
III - Para Descartes, o mundo físico só pode ser verdadeiramente conhecido se submetido a procedimentos matemáticos, considerando-se as representações intelectuais evidentes da extensão dos corpos. 
Está correto o que se afirma em 
[A] II, apenas. 
[B] I e III, apenas. 
     [C] II e III, apenas. 
[D] I, II e III. 


Pascal, Blaise (1623-1662)

Spinoza, Baruch de (1632-1677)
QUESTÃO 29 -Às ações de pensar que só têm a mente humana como causa chamamos de volições. A mente humana, enquanto é concebida como causa suficiente para produzir tais ações, é chamada vontade. (...) Deve-se notar que, embora a alma humana seja determinada pelas coisas exteriores para afirmar ou negar, não é determinada a ponto de ser constrangida por elas, mas permanece livre, pois nenhuma coisa tem a capacidade de destruir a essência dela. 
Baruch Espinosa. Pensamentos metafísicos ( com adaptações). 
Não é apenas nos fenômenos semelhantes ao seu, entre os homens e os animais, que reencontramos como essência íntima esta mesma vontade. (...) Pode-se vê-la na força que faz crescer e vegetar a planta e cristalizar o mineral; na comoção que ocorre no contato de dois metais heterogêneos (...) e até mesmo na gravidade que age com tanto poder sobre toda matéria e que atrai a pedra para a Terra assim com a Terra para o Sol. 
Arthur Schopenhauer. O mundo como vontade e representação ( com adaptações). 
Tendo em vista os textos acima, julgue os itens subsequentes
I - Os dois autores defendem uma mesma fundamentação da vontade. 
II - Para Schopenhauer, a vontade pode ter um caráter irracional. 
III - Mente e vontade são substâncias distintas, segundo Espinosa. 
IV - A vontade é livre, segundo Espinosa. 
V - A vontade é inexorável e se manifesta na Natureza, segundo Schopenhauer. 
Estão certos apenas os itens 
A - I, II e III. 
B - I, IV e V. 
C - II, III e IV. 
     D - II, IV e V. 
E - III, IV e V. 
20- De acordo com seu conhecimento sobre a ética de Spinoza, é correto afirmar: 
a) A necessidade não se aplica às ações livres do homem. 
b) O homem virtuoso procura agir com compaixão. 
c) A felicidade é o prêmio da virtude, pois a ação virtuosa tem como recompensa a felicidade. 
     d) Quanto mais um homem se esforça por preservar o seu ser, mais ele é virtuoso. 
e) O homem é mais livre na solidão, pois aí ele só obedece a si mesmo. 
29 - Assinale a alternativa que contenha o filósofo que escreveu a obra Tratado Breve sobre Deus: 
a) Gottfried Wilhelm Leibniz 
     b) Baruch Espinosa 
c) Blaise Pascal 
d) John Locke 

Locke, John (1632-1704) 

44. Juntamente com Hobbes e Rousseau, Locke é um dos representantes do jusnaturalismo ou teoria dos direitos naturais. O modelo jusnaturalista de Locke é, em suas linhas gerais, semelhante ao de Hobbes: ambos partem do estado de natureza, que, pela mediação do contrato social, realiza a passagem para o estado civil. Existe, contudo, grande diferença na forma como Locke, diversamente de Hobbes, concebe especificamente cada um dos termos do trinômio estado natural/contrato social/estado civil. (Weffort, Francisco (org.). Os Clássicos da política. São Paulo, Ática, 2006, vol. 1, p. 84) 
Sobre a relação entre os três pensadores citados, é possível dizer que 
(A) a concepção de estado de natureza para Locke é análoga àquela concebida por Hobbes. 
      (B) para Locke, em estado de natureza os homens vivem em condições de perfeita liberdade e igualdade. 
(C) segundo Rousseau, o pacto social permite a superação do estado de selvageria vigente em natureza. 
(D) os três pensadores pressupõem a existência de uma natureza humana destinada à tensão e conflito permanentes. 
(E) os três pensadores elaboram suas teorias estabelecendo continuidade com o jusnaturalismo de Maquiavel. 
QUESTÃO 26 - A mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer idéias; como ela será suprida? De onde provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. 
John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano ( com adaptações). 
Tendo como referência o texto acima, analise as asserções a seguir. 
Para Locke, 
a mente é uma tabula rasa e não contém nada inscrito antes de qualquer contato do homem com a experiência 
porque 
todo o material da mente é constituído exclusivamente de idéias. 
Considerando as afirmativas acima, assinale a opção correta.
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
      B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é falsa. 
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas. 
QUESTÃO 31 - Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através de acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade. 
J. Locke. Segundo tratado sobre o governo civil. 
De acordo com o texto acima, 
I - os homens são coagidos por sua natureza a se reunir em sociedade. 
II - há um momento real em que os homens entram em entendimento e criam a sociedade civil.
III - a sociedade civil tem como fim a promoção de uma vida confortável e segura. 
IV - a sociedade civil impõe a submissão do indivíduo ao poder do Estado. 
V - em estado de natureza, os homens são considerados livres e iguais. 
Estão certos apenas os itens 
A - I e II. 
B - I e IV. 
C - II e III. 
     D - III e V. 
E - IV e V. 

Questão 16 
Apenas os princípios da não contradição e da identidade nascem conosco. 
Diante dessa tese, Locke: 

A) concorda; sem esses princípios nenhuma percepção lógica da realidade é possível. 
B) concorda; na idade adulta todos os homens alcançam essas máximas. 
     C) discorda; se assim fosse, crianças e idiotas também alcançariam esses princípios. 
D) discorda; tais noções primitivas são recebidas na alma no momento de sua criação. 
Questão 47 
Thomas Hobbes e John Locke divergem a respeito dos termos do trinômio "estado de natureza", "contrato social" e "poder soberano". No entanto, Hobbes e Locke compartilham a ideia de que: 
A) o "estado de natureza" é um estado de igualdade e liberdade entre os indivíduos e de "guerra de todos contra todos". 
B) a propriedade privada é efeito do contrato social e do decreto do poder soberano. 
C) o soberano desfruta de poder absoluto legítimo. 
D) a soberania pertence àquele a quem foi transferido o direito natural de usar a força coercitiva. 
     E) a finalidade do poder soberano é a de garantir direitos naturais dos indivíduos, como a vida, a liberdade e a propriedade. 
Questão 32 
A respeito da teoria do conhecimento de John Locke, 
analise as afirmativas. 
I - Contrapõe os entraves ao conhecimento postos pelos escolásticos aos ideais de homens como Newton e Boyle empenhados no progresso do conhecimento experimental. 
II - Insiste em que todas as opiniões devem ser investigadas e examinadas com cuidado e só depois julgadas de acordo com a autoridade de quem as emite. 
III - Afirma que os pensamentos, mesmo os mais sublimes, - "que se elevam acima das nuvens"-, não são mais que resultados de experiências individuais. 
Estão corretas as afirmativas 
[A] I e II, apenas. 
[B] II e III, apenas. 
[C] I, II e III. 
     [D] I e III, apenas. 
________________________________________ 

Quando qualquer número de homens, pelo consentimento de cada indivíduo, constituíram uma comunidade, fizeram dessa comunidade, por isso mesmo, um só corpo, com o poder de agir como um só corpo, isto é, somente pela vontade e determinação da maioria. Pois o que faz qualquer comunidade agir é somente o consentimento dos indivíduos que a compõem; e como é necessário a todo objeto que forma um só corpo que se mova num sentido, é necessário que este corpo se mova para onde leva a força maior, que é o consentimento da maioria. 
John Locke. Dois tratados sobre o governo (com adaptações). 

À luz do texto acima e de acordo com a filosofia política de Locke,
 julgue os itens a seguir. 

77 - Locke pode ser corretamente incluído tanto entre os pensadores do liberalismo como entre os adeptos de uma teoria contratual do Estado. (V)
Leibniz, Gottfried (1646-1716)
Questão 24 Para Leibniz, as mônadas são: 
A) os seres entendidos em sua própria singularidade. 
     B) as substâncias simples, inextensas e indivisíveis. 
C) os atributos divinos em suas perfeições próprias. 
D) os caracteres essenciais do melhor dos mundos possíveis. 


Vico, Giambattista (1668-1744)
Berkeley, George (1685-1753)
Montesquieu (1689-1755)
Voltaire (1694-1778)
Reid, Thomas (1710-1796)
Hume, David (1711-1776)

QUESTÃO 12 
O calor e a luz são efeitos colaterais do fogo, e um efeito pode justamente inferir-se a partir do outro. Se, por conseguinte, nos convencermos a nós mesmos quanto à natureza desta evidência, que nos assegura das questões de fato, devemos indagar como chegamos ao conhecimento da causa e do efeito. Atrever-me-ei a afirmar, como uma proposição geral, que não admite exceção, que o conhecimento desta relação não é, em circunstância alguma, obtido por raciocínios a priori, mas deriva inteiramente da experiência, ao descobrirmos que alguns objetos particulares se combinam constantemente uns com os outros. 
Hume. Investigação sobre o entendimento humano. Edições 70. 

Com base no texto acima, assinale a opção correta. 
A - A relação causa-efeito é um princípio necessário. 
B - Não existem proposições conhecidas a priori. 
     C - A relação causa-efeito ocorre por mera combinação regular entre objetos. 
D - Questões de fato são evidenciadas unicamente pelo intelecto. 
E - O ponto de partida do conhecimento é o princípio de causalidade. 

30. Ora, Hume torna impossível tanto a universalidade quanto a necessidade pretendida pela razão. O universal é apenas um nome ou palavra geral que usamos para nos referirmos à repetição de semelhanças percebidas e associadas. O necessário é apenas um nome ou palavra geral que usamos para nos referirmos à repetição das percepções sucessivas no tempo. O universal, o necessário, a causalidade, são apenas meros hábitos psíquicos. (Chauí, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2003, p. 73) 
A crítica de Hume à universalidade foi diretamente influenciada 
(A) pelo neoplatonismo adotado por esse filósofo. 
(B) pela influência escolástica notável nesse filósofo. 
      (C) pela primazia do sensível como fonte do conhecimento. 
(D) pela rejeição das teses empiristas de sua época. 
(E) por sua concepção de uma ?metafísica renovada?.



33. Empirismo.
 Corrente filosófica para a qual a experiência é critério ou norma da verdade, considerando-se a palavra ?experiência? como recurso à possibilidade de repetir certas situações como meio de verificar as soluções que elas permitem. Em geral, essa corrente caracteriza-se pelo seguinte: 1. negação do caráter absoluto da verdade, ou ao menos da verdade acessível ao homem. 2. Reconhecimento de que toda verdade pode e deve ser posta à prova, logo, eventualmente, modificada, corrigida ou abandonada. (Abbagnano, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2007, pp. 660-663. Adaptado) Considerando essa definição, a filosofia empirista pode ser caracterizada como 
(A) uma reformulação moderna da filosofia metafísica clássica. 
(B) um estilo filosófico baseado na crítica da razão pura de Kant. 
(C) uma filosofia conhecida por ter propagado a existência de ideias inatas. 
       (D) uma filosofia para a qual o conhecimento depende de percepções sensíveis. 
(E) um estilo filosófico de natureza escolástica baseado em Tomás de Aquino. 


QUESTÃO 27 - Examinando com atenção o que eu era, e vendo que podia supor que não tinha corpo algum e que não havia qualquer mundo, ou qualquer lugar onde eu existisse, mas que nem por isso podia supor que não existia; e que, ao contrário, pelo fato mesmo de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas seguia-se mui evidente e mui certamente que eu existia; ao passo que, se apenas houvesse cessado de pensar, embora tudo o mais que alguma vez imaginar fosse verdadeiro, já não teria qualquer razão de crer que eu tivesse existido, compreendi por aí que era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material. 
René Descartes. Discurso do método. 
Eu ou pessoa não corresponde a nenhuma impressão, consistindo naquilo a que todas as nossas várias impressões e idéias estão supostamente referidas. Se alguma impressão der origem à ideia de eu, esta impressão deve permanecer invariavelmente a mesma, durante toda a duração de nossas vidas, uma vez que se supõe que o eu existia desta maneira. Mas não há nenhuma impressão constante e invariável. A dor e o prazer, a tristeza e a alegria, as paixões e as sensações sucedem-se umas às outras, e nunca existem todas ao mesmo tempo. Não pode ser, portanto, de nenhuma destas impressões, nem de nenhuma outra, que nossa ideia de eu é derivada e, conseqüentemente, essa ideia não existe. 
David Hume. Investigação sobre o entendimento humano. 
Considerando os trechos acima, assinale a opção incorreta. 
A - O "eu" cartesiano independe da matéria, e sua certeza constitui-se pelo próprio pensamento.
B - A dúvida, para Descartes, deve constituir-se como puro pensamento, a qual, metodologicamente, levará ao cogito. 
C - O pensamento, para Descartes, é algo que existe por si, daí ser uma substância. 
D - A crítica de Hume à denominada identidade pessoal tem como base sua doutrina empirista, estendida aqui à mente. 
       E - Embora por caminhos diferentes, os dois autores chegam à mesma conclusão sobre a identidade do "eu". 

11- "Assim como a natureza ensinou-nos o uso de nossos membros sem nos dar o conhecimento dos músculos e nervos que os comandam, do mesmo modo ela implantou em nós um instinto que leva adiante o pensamento em um curso correspondente ao que ela estabeleceu para os objetos externos, embora ignoremos os poderes e as forças dos quais esse curso e sucessão regulares de objetos totalmente dependem". 
Fonte: HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. Tradução de José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Editora UNESP, 1999, p.79-80. 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria do conhecimento de Hume, assinale a alternativa correta: 

a) Para Hume, o princípio responsável por nossas inferências causais chama-se instinto de autoconservação. 
b) Entre o curso da natureza e o nosso pensamento não há qualquer correspondência. 
c) Na teoria de Hume, a atividade mental necessária à nossa sobrevivência é garantida pelo conhecimento racional das operações da natureza. 
       d) O instinto ao qual Hume se refere chama-se hábito ou costume. 
e) Segundo Hume, são os raciocínios a priori que garantem o conhecimento das questões de fato. 


Questão 18 Em sua Investigação sobre o entendimento humano, Hume distingue as percepções da mente humana em dois tipos: de um lado, o pensamento (ou as ideias); de outro, as impressões (as sensações). 
Sobre essas percepções, pode-se afirmar que o pensamento: 
      A) é menos vivaz do que a mais embotada das sensações. 
B) atinge sempre a mesma vivacidade que as sensações. 
C) é tão vivaz quanto as sensações, por ir além da experiência. 
D) é mais vivaz que as sensações, por ser mais complexo. 
Questão 25 Segundo Hume, em seu Investigação sobre o entendimento humano, os "objetos da razão ou investigação humana podem ser divididos naturalmente em duas espécies", a saber: 
A) relações de causa e efeito e entes de razão. 
     B) relações de idéias e questões de fato. 
C) fenômenos e teorias. 
D) hipóteses e dados empíricos. 
Questão 26 Na Investigação sobre o entendimento humano, Hume observa que objetos vistos pela primeira vez não revelam sua causa ou efeito que deles decorre, porque: 
    A) a conexão de um acontecimento com outro que lhe antecede ou sucede se apóia apenas na regularidade, o que em última análise explica-se pelo hábito. 
B) a associação de eventos ocorre por conceitos do entendimento e não por observação da experiência. 
C) a conexão de um acontecimento com outro que lhe antecede ou sucede não se apóia na regularidade, mas antes nas operações do intelecto humano. 
D) a associação de um acontecimento com outro se apóia no hábito e no intelecto humano. 
30 - Assinale a alternativa que contém uma obra que não é do filósofo David Hume
a) Ensaios Morais e Políticos. 
b) História Natural da Religião. 
c) Investigação sobre o Entendimento Humano. 
     d) Questões sobre a Enciclopédia. 

Rousseau, Jean-Jacques (1712-1778)
Marque (V), verdadeiro ...........
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18- "A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça e dando às suas ações a moralidade que antes lhe faltava. E só então que, tomando a voz do dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, o homem, até aí levando em consideração apenas sua pessoa, vê-se forçado a agir, baseando-se em outros princípios e a consultar a razão antes de ouvir suas inclinações". 
Fonte: ROUSSEAU, J. Do contrato social. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p.77. 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contratualismo de Rousseau, assinale a alternativa correta: 

a) Por meio do contrato social, o homem adquire uma liberdade natural e um direito ilimitado. 
b) O homem no estado de natureza é verdadeiramente senhor de si mesmo. 
     c) A obediência à lei que se estatui a si mesmo é liberdade. 
d) A liberdade natural é limitada pela vontade geral. 
e) Os princípios, que dirigem a conduta dos homens no estado civil, são os impulsos e apetites. 

Questão 17 Para Rousseau, quando alguém ousou dizer "Isto é meu" e encontrou pessoas que lhe deram crédito, foi fundada a sociedade civil, a qual significa o afastamento da vida natural. 
Sobre tal afastamento, considere as seguintes teses: 
I. Os homens adquiriram uma ideia de propriedade distante do primeiro estado de natureza; 
II. A bondade própria ao puro estado de natureza não convinha à sociedade civil nascente; 
III. No estado de natureza os homens viviam livres e felizes; 
IV. A igualdade desapareceu, a propriedade se introduziu e o trabalho se tornou necessário. 
De acordo com Rousseau, estão corretas: 
A) apenas as teses I e II. 
B) apenas as teses I e III. 
C) apenas as teses I e IV. 
     D) as teses I, II, III e IV. 

Questão 30 Para Rousseau, a liberdade pode ser definida como um princípio: 
A) a ser limitado pelo hábito, já que a liberdade de cada um termina quando começa a do outro.
          B) segundo o qual o que o homem pode fazer corresponde às forças que lhe dá a natureza. 
C) que se deve alienar em favor do contrato social, regido por um poder soberano. 
D) contrário à busca da autonomia, sendo esta a responsável direta pelos males da civilização. 


O exemplo dos selvagens, que foram encontrados quase todos nesse ponto, parece confirmar que o gênero humano era feito para sempre nele permanecer, que esse estado é a verdadeira juventude do mundo, e que todos os progressos ulteriores foram, aparentemente, outros tantos passos para a perfeição do indivíduo, e, efetivamente, para a decrepitude da espécie. 
Jean-Jacques Rousseau. Discurso sobre a desigualdade (com adaptações). 

Tendo em conta o texto acima, julgue os itens a seguir de acordo com o pensamento de Rousseau. 
92 - A educação deve seguir a ordem da própria natureza, adaptando-se à s necessidades individuais do desenvolvimento da criança e proporcionando-lhe o conhecimento do mundo por meio do contato com as próprias coisas. (V)
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Questão 04 
"(...) com exceção de Rousseau, o pensamento liberal do século XVIII permanece restrito aos interesses dos proprietários e portanto elitista." "Embora o pensamento de Montesquieu tenha sido apropriado pelo liberalismo burguês, as suas convicções dão destaque aos interesses de sua classe e portanto o aproximam dos ideais de uma aristocracia liberal." (ARANHA, Maria L. de Arruda e MARTINS, Maria H. Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2003, p. 249). 
Assinale o que for correto. 
01) Para Rousseau, o soberano é o povo entendido como vontade geral, pessoa moral coletiva livre e corpo político de cidadãos, portanto o governante não é o soberano, mas o representante da soberania popular. 
02) Montesquieu fundamenta-se na teoria política do contrato social de Rousseau para elaborar sua teoria da formação da sociedade civil e do Estado. 
04) O Estado republicano, para Montesquieu, permite a melhor forma de governo, pois possibilita aos cidadãos exercer um controle eficaz sobre os governantes eleitos, limitando seu poder. 
08) Na sua obra O Espírito das Leis, Montesquieu trata das instituições e das leis e busca compreender a diversidade das legislações existentes em diferentes épocas e lugares. 
16) Montesquieu elabora uma teoria do governo fundamentada na separação dos poderes, isto é, do poder legislativo, do poder executivo e do poder judiciário, cada um desses três poderes deve manter sua autonomia; é dessa forma que se pretende evitar o abuso do poder dos governantes. 
04-------- 25-------- 01-08-16 
Kant, Immanuel (1724-1804 )

QUESTÃO 30 
(...) se a razão só por si não determina suficientemente a vontade, se está ainda sujeita a condições subjetivas (a certos móbiles) que não coincidem sempre com as objetivas; numa palavra, se a vontade não é em si plenamente conforme à razão (como acontece realmente entre os homens), então as ações, que objetivamente são reconhecidas como necessárias, são subjetivamente contingentes, e a determinação de uma tal vontade, conforme a leis objetivas, é obrigação. 
Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes. Coleção Os Pensadores. Segunda Seção, §12. 

De acordo com esse texto, é correto afirmar que as inclinações 
A - tornam a lei moral subjetiva. 


B - determinam a vontade objetivamente. 
        C - fazem que a lei moral seja vivenciada como uma obrigação. 
D - possuem caráter imperativo. 
E - são parte da natureza humana como ser racional. 

QUESTÃO 25 
Uma ação praticada por dever deve ter o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina; não depende portanto da realidade do objeto da ação, mas somente do princípio do querer segundo o qual a ação, abstraindo de todos os objetos da faculdade de desejar, foi praticada. 
Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes.Coleção Os Pensadores. 
De acordo com essa passagem, pode-se concluir que o valor da ação moral em Kant é determinado 
A - pelos objetos que orientam a faculdade de desejar. 
     B - por sua subordinação ao princípio do querer em geral. 
C - pela validade objetiva dos objetos. 
D - por sua subordinação à vontade subjetivamente determinada. 
E - por sua conformidade ao dever. 


39. A razão, diz Hegel, não é nem exclusivamente razão objetiva (a verdade está nos objetos), nem razão subjetiva (a verdade está no sujeito), mas ela é a unidade necessária do objetivo e do subjetivo. Ela é o conhecimento da harmonia entre as coisas e as ideias, entre o mundo exterior e a consciência, entre o objeto e o sujeito, entre a verdade objetiva e a verdade subjetiva. (Chauí, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2003, p. 81) 
Sobre a relação da filosofia de Hegel com tradições filosóficas anteriores, é correto afirmar que 
        (A) este pensador criticou as tradições empirista e kantiana, entendendo a razão como resultado de um processo histórico. 
(B) ela resgata a primazia dada pelos empiristas aos dados da experiência como única fonte do conhecimento. 
(C) seu caráter negativo explica-se pela fundamentação essencialmente cartesiana e mecanicista. 
(D) não estando a verdade nem nos objetos, nem no sujeito, o processo cognoscente subordina-se à relação do espírito humano com Deus. 
(E) a harmonia entre as coisas e as ideias é explicada por Hegel por meio de fundamentos materialistas. 
34. Como, para Kant, só há conhecimento quando a experiência fornece conteúdos à sensibilidade e ao entendimento, a razão, separada da sensibilidade e do entendimento, não conhece coisa alguma e não é sua função conhecer. Sua função é a de regular e controlar a sensibilidade e o entendimento. Do ponto de vista do conhecimento, portanto, a razão é a faculdade reguladora da atividade do sujeito do conhecimento. (Chauí, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2003, p. 78) 
De acordo com a citação sobre a estrutura e as funções da razão pura, pode-se afirmar que 
(A) todo conhecimento é reduzido a feixe de percepções, inexistindo na razão qualquer categoria anterior à experiência. 
(B) o principal papel da razão pura consiste em conhecer os objetos da experiência concebidos como coisas-em-si. 
      (C) o conhecimento epistemologicamente válido constitui-se pela integração da sensibilidade e do entendimento. 
(D) o cogito cartesiano desempenha a função transcendental de integrar as categorias da sensibilidade e do entendimento. 
(E) como faculdade reguladora da atividade cognoscente, a razão produz conhecimentos inatos e independentes da esfera empírica. 
36. O cidadão não pode se recusar a pagar os impostos que lhe cabem; a recusa veemente de cumprir tais tarefas, caso seja levada adiante, pode inclusive ser punida como escândalo (posto que poderia gerar ampla desobediência civil). É uma questão de justiça, por outro lado, que não se lhe proíba de, como douto, fazer observações que serão apresentadas ao julgamento público a respeito da improcedência e injustificativa dessas incumbências. (Kant, Imanuel. Resposta à pergunta: "Que é o esclarecimento?", citado em: Marcondes, Danilo. Textos básicos de ética - de Platão a Foucault. Rio de Janeiro, Zahar, 2007, p. 90) 
No texto, o filósofo Kant define uma das implicações contidas no esclarecimento, o que significa que 
(A) uma vida esclarecida e emancipada pressupõe a obediência, tanto no uso público quanto no uso privado, da razão. 
(B) tanto no que se refere ao uso público quanto ao uso privado da razão, prevalecem parâmetros de autonomia irrestrita. 
(C) a relação dos indivíduos com o Estado deve ser guiada pela liberação de impulsos anárquicos e revolucionários no plano público e privado. 
(D) a reprodução social da existência de uma condição de heteronomia intelectual é compatível com uma vida emancipada e esclarecida. 
      (E) a autonomia do indivíduo no exercício da razão pressupõe simultaneamente a obediência e a crítica racional, de acordo com o contexto. 
QUESTÃO 28 - Se queremos denominar a receptividade de nossa mente a receber representações na medida em que é afetada de algum modo, de sensibilidade, a faculdade de produzir ela mesma representações, ou a espontaneidade do conhecimento é, contrariamente, o entendimento. (...) Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas. 
Immanuel Kant. Crítica da Razão Pura. 
A partir do texto acima, analise as asserções abaixo. 
Para Kant, 
pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas 
porque 
faz-se necessária, para que ocorra conhecimento, a síntese das intuições com os conceitos. 
A propósito dessas assertivas, assinale a opção correta. 
     A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas. 
33) Em relação à filosofia moral, é INCORRETO afirmar que: 
     a) uma ação amoral é considerada como uma ação idêntica à ação moral. 
b) a moral apresenta um caráter pessoal, sendo assim, pode ser subjetiva. 
c) os aspectos normativos da moral são as normas de ação, as regras que enunciam o "deve ser". 
d) o ato moral é constituído pelos aspectos normativos e factuais. 
e) a moral apresenta um caráter social. 

06- Na segunda seção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant nos oferece quatro exemplos de deveres. Em relação ao segundo exemplo, que diz respeito à falsa promessa, Kant afirma que uma "pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: Não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: Quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedilo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá". 
Fonte: KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 130. 
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a moral kantiana, considere as afirmativas a seguir: 
I. Para Kant, o princípio de ação da falsa promessa não pode valer como lei universal. 
II. Kant considera a falsa promessa moralmente permissível porque ela será praticada apenas para sair de uma situação momentânea de apuros. 
III. A falsa promessa é moralmente reprovável porque a universalização de sua máxima torna impossível a própria promessa. 
IV. A falsa promessa é moralmente reprovável porque vai de encontro às inclinações sociais do ser humano. 
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: 
a) I e II 
     b) I e III 
c) II e IV 
d) I, II e III 
e) I, II e IV 
13- "Em todos os juízos em que for pensada a relação de um sujeito com o predicado [...], essa relação é possível de dois modos. Ou o predicado B pertence ao sujeito A como algo contido (ocultamente) nesse conceito A, ou B jaz completamente fora do conceito A, embora esteja em conexão com o mesmo. No primeiro caso, denomino o juízo analítico, no outro sintético". 
Fonte: KANT, I. Crítica da Razão Pura. Tradução de Valério Rohden e Udo Baldur Moosburger. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p.27. 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a distinção kantiana entre juízos analíticos e sintéticos, assinale a alternativa que apresenta um juízo sintético a posteriori: 
a) Todo corpo é extenso. 
     b) Todo corpo é pesado. 
c) Tudo que acontece tem uma causa. 
d) 7 + 5 = 12. 
e) Todo efeito tem uma causa. 
06. Ao pensar em como a coação poderia contribuir para a liberdade, Kant estabeleceu um imperativo no sentido de que a restrição da liberdade de cada indivíduo se harmonizasse com a liberdade de todos os outros, segundo uma lei universal da liberdade. Esse imperativo é o
A) categórico da ética, que é hipotético.
      B) do direito.
C) da moral, que é hipotético e categórico ao mesmo tempo.
D) da coisa em si. 
13. Kant estabelece três princípios da constituição republicana que fundamentariam os regimes calcados em uma ordem democrática. Esses três princípios são:
A) Liberdade para todos os membros da sociedade; construção de legislações específicas para classes sociais diferentes; igualdade, como cidadãos, perante a lei.
      B) Liberdade para todos os membros da sociedade; dependência de todos e de cada um a uma legislação comum; igualdade, como cidadãos, perante a lei.
C) Construção de legislações específicas para classes sociais diferentes; separação dos poderes; devido processo legal.
D) Construção de legislações específicas para sujeitos que sejam hipossuficientes; liberdade para todos os membros da sociedade; proteção das minorias étnicas contra legislações discriminatórias.
Questão 19 Na "Quarta Proposição" da Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita, Kant escreve: 
"O meio de que a natureza se serve para realizar o desenvolvimento de todas as suas disposições é o antagonismo delas na sociedade, na medida em que ele se torna ao fim a causa de uma ordem regulada por leis desta sociedade. Eu entendo aqui por antagonismo a insociável sociabilidade dos homens, ou seja, sua tendência a entrar em sociedade que está ligada a uma oposição geral que ameaça constantemente dissolver essa sociedade. Esta disposição é evidente na natureza humana." 
Com base nesse texto, o antagonismo que leva ao desenvolvimento das disposições naturais dos homens ocorre entre: 
A) a tendência individual para a socialização e a disposição para a vida natural. 
B) diferentes sociedades em estado de guerra, e não entre indivíduos isolados. 
C) diferentes classes sociais; cada época possui seu próprio conflito entre classes. 
      D) a tendência para a socialização e uma oposição geral dos indivíduos entre si. 
Questão 20 Segundo Kant, na Crítica da razão pura, as formas originárias da sensibilidade, espaço e tempo, são: 
A) conceitos a priori, mas não puros, pois pertencem à sensibilidade. 
      B) condições necessárias de todas as relações em que objetos são intuídos. 
C) intuições a priori, mas não puras, pois constituem o objeto empírico. 
D) conceitos puros a priori, que organizam os objetos empíricos. 
Questão 21 
Kant, na "Analítica do belo", na Crítica da faculdade de julgar, compreende o juízo de gosto como faculdade do julgamento do belo. 
Sobre os conceitos "juízo de gosto" e "belo", pode-se afirmar, respectivamente, que: 
      A) é determinado independentemente de todo interesse - apraz universalmente sem conceito. 
B) é determinado independentemente de todo interesse - apraz particularmente através de conceitos. 
C) é constituído pelo interesse no que é agradável - apraz particularmente sem conceito. 
D) é constituído pelo interesse no que é bom - apraz universalmente através de conceitos. 
Questão 43 
Em sua Crítica da razão pura, Kant propõe uma teoria do conhecimento que é denominada de filosofia transcendental. 
NÃO está de acordo com as ideias defendidas na obra a afirmativa de que: 
A) os juízos analíticos são a priori e os juízos sintéticos a posteriori. 
B) a estrutura da razão é inata e universal, enquanto os conteúdos são empíricos e podem variar no tempo e no espaço. 
C) a razão se limita a conhecer os fenômenos, dado que a realidade em si mesma é incognoscível. 
     D) o conhecimento em geral independe dos conteúdos fornecidos pela experiência, já que não proveem deles. 
E) a razão é sempre subjetiva, e, como tal, pode alcançar o conhecimento verdadeiro e científico. 
Questão 31 O conceito de dever, na ética kantiana, significa: 
A) a necessidade de realizar uma ação conforme a lei moral, relacionando-a com um objeto da faculdade de desejar. 
B) a ação objetivamente prática, isto é, a coincidência entre a intenção do agente e os efeitos da ação. 
    C) a ação objetivamente prática, isto é, a coincidência entre a máxima que determina a vontade e a lei moral. 
D) a necessidade de realizar uma ação por respeito à lei moral, sem relação com a motivação da vontade. 

Marque (V), verdadeiro .............
Age como se a máxima de tua ação se devesse tornar, pela tua vontade, em lei universal da natureza. 
Immanuel Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes. 
Com relação ao texto acima e de acordo com o pensamento de Kant, julgue os seguintes itens. 
108 - O imperativo categórico, formulado por Kant, afirma a autonomia da vontade como princípio universal de conduta. (V)
109 - Ao obedecer às normas e às leis que propôs a si mesmo, o homem encontra a possibilidade de sua autonomia, ou seja, da liberdade. (V)
111 - Kant procurou formular uma filosofia moral pura, ou seja, despida de tudo que seja empírico. (V)
Marque (V), verdadeiro ...........
À luz da filosofia moderna dos séculos XVI e XVII, julgue os seguintes itens. 
119 - As características gerais do pensamento moderno incluem a valorização da razão como critério último do conhecimento verdadeiro e a da idéia de método ou de mathesis universales.(V)
Em 1781, é publicada a Crítica da razão pura de Immanuel Kant. Com base nessa obra, julgue os itens subseqüentes. 
117 - O noumenon - coisa-em-si - não é acessível ao conhecimento. (V)
Questão 22 Sobre o conceito de razão em Kant, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) Razão teórica refere-se aos objetos sob leis necessárias de causa e efeito; independe da vontade humana. 
( ) Razão prática refere-se à relação dos fenômenos naturais entre si; trata da realidade concreta e objetiva. 
( ) Razão teórica refere-se à vida moral; trata da realidade abstrata e intersubjetiva. 
( ) Razão prática refere-se às relações entre os homens; depende da vontade humana. 
Assinale a sequência correta. 
[A] V, F, V, F 
      [B] V, F, F, V 
[C] F, V, V, F 
[D] F, V, F, V 
Questão 27 Na Crítica da Razão Pura, Kant chama de "unidade sintética originária da apercepção" a seguinte representação: 
A) o espaço, pois ele unifica a síntese de nossas percepções originais dos fenômenos, por ser uma forma pura da sensibilidade. 
     B) o eu penso, pois ele é a autoconsciência que deve poder acompanhar todas as demais representações e é una e idêntica em toda consciência. 
C) o tempo, pois ele é uma representação necessária que serve de fundamento a todas as intuições e a possibilidade dos princípios apodíticos. 
D) o juízo sintético a priori, pois ele serve de fundamento a todas as nossas experiências possíveis, ligando no sujeito as representações de experiência. 
Questão 28 Na concepção de Kant, o problema geral da razão pura é saber como são possíveis os "juízos sintéticos a priori", os quais dizem respeito a: 
A) uma incógnita "x" sobre a qual o entendimento se apóia e que viabiliza a metafísica como uma possibilidade da experiência. 
B) um juízo em que a sensibilidade e o entendimento se apóiam para relacionar um dado "A" a um predicado "B" a posteriori. 
    C) uma incógnita "x" sobre a qual o entendimento se apóia ao crer descobrir fora do conceito de "A" um predicado "B" estranho a esse conceito e não obstante conectado a ele. 
D) uma relação entre um dado "A" e um conceito "B", cuja conexão encontra-se como intuição pura do entendimento. 
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